Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 36 - O Ministro da Máfia

Com um sorriso malicioso, Maresca escondeu-se, enquanto o marinheiro pulava para dentro do barco fazendo o máximo de barulho.

— Vim receber o dinheiro que vocês me devem! — Ele berrou a plenos pulmões.

Valentim voltou-se, e Maresca notou que Turner avançava em direção ao desordeiro.

— Acho que se enganou, rapaz. O que deseja aqui no meu barco?

Aproveitando-se da confusão, ela saiu correndo e esgueirou- se para dentro do barco. O marinheiro tatuado fingia-se de irritado, e Valentim ordenou-lhe que se retirasse imediatamente.

Mal contendo o riso, Maresca desceu para o convés de baixo, mas parou assim que notou a destreza dos movimentos de Valentim. Com movimentos rápidos e usando o peso de seu adversário logo colocou o jovem de joelhos, para a seguir o imobilizá-lo no assoalho do barco.

Os demais praticamente aplaudiram e gritaram de alegria, exaltando a maestria de seu líder.

Maresca nem podia reconhecer o homem a sua frente, Valentim era mestre em luta corpo a corpo, e olhando com mais cuidado ela notou duas pistolas presas em coldres de ombros, e uma faca militar presa em sua perna direita. Algo que somente os combatentes com treinamento especial usavam.

O que mais Valentim Salvatore escondia dela?

Balançando a cabeça com irritação abriu uma porta que dava para um pequeno compartimento. Agachou-se e escondeu-se por trás de alguns caixotes. O ambiente estava quente a abafado, e logo ela sentiu cãibras nas pernas, devido à posição forçada em que se encontrava.

Agora, as vozes lhe chegavam distantes e aos poucos foram diminuindo de intensidade. Tentou encontrar uma posição mais confortável, mas acabou desistindo. Sabia que teria de esperar durante muito tempo, e o mais sensato seria procurar dormir um pouco. Esperava acordar com o balanço do barco, quando ele deixasse o porto.

Finalmente o sono apoderou-se dela. Quando acordou, Maresca sentiu o assoalho de madeira vibrar e percebeu que o barco ia em direção ao alto-mar. Levantou-se com dificuldade, mas bateu com a cabeça numa prateleira. Gemendo de dor, voltou a agachar-se, as pernas adormecidas e a cabeça latejando.

Sentindo o estômago roncar de fome, serviu-se de um pedaço de chocolate amargo e pegou a bolsa. Quando ia abrir a porta, ouviu passos que se aproximavam. A pessoa parou a curta distância de onde ela se encontrava e logo mais alguém chegou perto.

— Teve mais alguma notícia sobre a localização da tempestade? — Perguntou Valentim.

— Dentro de uma hora teremos novas informações. Na minha opinião deveríamos evitá-la. Podemos navegar em direção a Cayman Brac e esperar na minha casa. — Sugeriu Turner.

— Se está com medo da tempestade, por que não embarca num bote salva-vidas e rema até a costa? Sabe muito bem que preciso alcançar aquele iate antes daqueles malditos chegarem no ponto demarcado. E você sabe que aquela mulher vai me dar mais uma série de sermões, estou cansado de ouvir que vivo quebrando as regras da agência.

Os dois se afastaram, e Maresca prestou muita atenção, procurando perceber o que diziam.

— Aquele bando de salafrários não se arriscará a permitir que um iate caro como aquele enfrente a tempestade. Quando ela passar, prometo que seremos os primeiros a pôr as mãos na mercadoria.

— Dispensamos a tripulação normal, todos que estão aqui foram escolhidos a dedo por ela e agora só está você aqui, Turner. Eu vou...

As vozes morreram, e Maresca abriu ligeiramente a porta. Não se via ninguém. Com muita cautela, procurando não fazer o menor ruído, ela se esgueirou até a escada.

Consultou o relógio e verificou que ainda estavam no começo da tarde. Começou a subir a escada, detendo-se em cada degrau, à espera do menor ruído.

Quando finalmente chegou ao convés, olhou rapidamente à sua volta e percebeu os dois homens junto ao leme. Estavam de costas, mas ainda assim ela esperou, indecisa entre aparecer ou aguardar que o barco se afastasse ainda mais.

A insistência de Valentim em alcançar a tal mercadoria antes do grupo de mafiosos a intrigava. Estaria ele decidido a não deixá-los se apoderar do conteúdo da caixa de metal ou apenas tentando ocultar os seus segredos?

Seria verdade que Valentim Salvatore era a mente por detrás de cada passo dado pela organização ou apenas se preocupava que roubassem suas ideias sem pagar o que ele acreditava ser seu por direito? Precisava descobrir a verdade, antes de tomar qualquer atitude em relação a ele.

Maldição! Seria tão mais fácil se o próprio Valentim tivesse confiado nela e revelado toda a verdade.

Valentim, por sua vez, estava espantado com o receio que Turner manifestava em relação à tempestade. Seu amigo nunca reagira daquela forma. É claro que corriam perigo, mas se a chuva não caísse dentro de uma hora, teriam tempo de sobra para alcançar o iate e resgatar a caixa de metal ou destruí-la. Inclinando-se para a frente, ele gritou.

— E então como vai isso aí, Turner?

— Não muito bem.

— A mim parece perfeito. Pelo visto você não quer que recuperamos a mercadoria. — Turner o encarou e Valentim notou uma expressão de medo em seus olhos. — O que aconteceu?

— Vou dar meia-volta. A tempestade não será brincadeira, Valentim.

— Você até parece um cão enfiando o rabo por entre as pernas! Dê-me esse leme.

Ato contínuo, empurrou o amigo para o lado e empunhou o timão. Pagara um preço muito alto pelo aluguel do barco e se responsabilizaria por todos os danos causados pela tempestade...

— Saia já daí! — Gritou Turner, num tom ameaçador. — O capitão dessa embarcação sou eu e não você, seu maluco.

Valentim voltou-se e mal acreditou no que viu. O amigo empunhava um revólver em sua direção.

— Você ouviu o que eu disse. O barco é meu, e não estou disposto a enfrentar a tempestade e nem lhe ajudar nessa missão suicida.

— Deixe disso, Turner. Compro o barco, se este for o preço para chegar até ao iate do Denaro e seus comparsas.

Turner aproximou-se ainda mais, erguendo a arma.

— Estou falando a sério, Valentim. Afaste-se do leme. Eu recebi ordens de ser a sua sombra nessa e em outras missões, mas não para colocar a minha vida em risco por causa dessa sua maldita vingança.

Valentim deu um passo atrás, espantado com a atitude irracional de Turner.

— Turner, me conte o que o preocupa! Essa atitude não faz parte de só acreditar que eu estou agindo errado. Quero a verdade!...

Turner, porém, limitou-se a sacudir os ombros, num gesto de indiferença. Continuava a empunhar a arma e manobrava o leme com a mão livre.

— Estou guiando o barco de volta. Não perca tempo em me fazer perguntas. Não vou lhe responder nenhuma agora.

Num impulso, Maresca saiu de seu esconderijo e aproximou-se, empunhando o revólver.

— Jogue fora a sua arma, Turner! — Ordenou, no tom mais profissional possível.

O capitão voltou-se rapidamente, e ela, com uma agilidade surpreendente, desarmou-o.

— Maresca! — Murmurou Valentim, sorrindo. — Você chegou a tempo. Acho que Turner enlouqueceu e...

— Você também, Valentim. Fique junto a Turner para que eu não perca vocês de vista. E se livre de suas pistolas e da faca.

A surpresa foi tão grande que Valentim empalideceu. Aproximou- se de Turner, calculando suas chances de arrebatar o revólver da mão de Maresca. Seus temores se confirmavam! Ela fazia, parte da equipe de Denaro! Considerara essa possibilidade mais de uma vez, mas se recusava a acreditar.

E agora...

— Quer dizer então que o seu... Ele engoliu seco e seus olhos por um momento ficou frio e sem vida. — sequestro não passou de uma farsa?

Confusa diante da estranha pergunta, hesitou antes de afirmar.

— Não sei o que se passou entre vocês, mas agora quem dá ordens sou eu.

— Maresca... — Começou Turner, num tom amistoso.

— Sua obrigação é conduzir o barco em direção as coordenadas que o Valentim lhe indicou.

— E eu, o que devo fazer? — Perguntou Valentim, tentando se controlar emocionalmente.

— Guiar-nos até onde a caixa de metal se encontra.

— E então você o entregará a seus amigos companheiros?

Mantendo o revólver apontado para eles, Maresca abriu a bolsa e tirou sua carteira de identidade.

— Engana-se, Valentim Salvatore. Você está às voltas com uma operação do FBI e sou agente secreta.

— Meu Deus! Quer dizer então que o Departamento de Estado te enviou também para ser a minha babá!

Valentim sentiu um alívio imenso por não estar envolvido sozinho naquela história sinistra e aos poucos compreendeu o alcance do que Maresca lhe dizia.

— Por que não me disse antes, criatura? Sabia o quanto eu estava preocupado. Por que escondeu a sua identidade?

— Eu não estava designada para trabalhar nesse caso quando cheguei a Grand Cayman. Eu estava de licença por causa de outra missão, que no momento não vem ao caso. E quem faz as perguntas aqui sou eu agora. — Explicou, olhando para Turner, que parecia querer se afastar. Ele parou no instante em que notou a expressão de Maresca, e ela prosseguiu. — O departamento em que trabalho não se envolve com casos de tráfico internacional, mas aos poucos fui percebendo que você me ocultava algo, Valentim Salvatore.

— Então recebeu aquele telefonema ontem de manhã...

— Sim, de uma amiga do FBI que me contou tudo. Disse que suspeitavam de você...

— De mim? Mas me acham suspeito de quê? Se eu faço... Mas antes de revelar a verdade, Valentim se lembrou das ordens de Svetlana e ficou em silêncio.

Desolado, ele chegou à conclusão de que vivia uma repetição do que lhe sucedera no passado. Só que dessa vez a situação se tornara bem mais grave, pois haviam mentido para a mulher que ele amava... As experiências do passado tinham lhe ensinado que era inútil tentar convencer os outros de sua inocência, mas ainda assim precisava esforçar-se nesse sentido.

Ele tinha uma escolha a fazer no momento, revelar toda a verdade e desobedecer as ordens superiores ou seguir com o plano e concluir a missão que levou anos arquitetando.

Afinal, Maresca significava muito para ele agora. Mas também havia o juramento feito a honra de sua família, Valentim sabia que não teria futuro se não acabasse com a organização que havia destruído os eus sonhos no passado e no presente.

— Tentei me livrar desses da organização desde que entraram em contato comigo pela primeira vez, anos atrás. Entretanto, eles sempre me encontravam e colocavam a minha família em risco...

— Por que você não suspendeu a coleta dessas caixas metálicas durante algum tempo?

— Bem, já que você é tão esperta, deve ter ouvido falar do contrato de honra e sangue que sustenta uma organização assim. Preciso terminar isso de um amaneira que não haja danos colaterais.

— E isso significa terminar sua vingança? E isso realmente vale tanto sacrifício?

Valentim olhou rapidamente para Maresca. Era evidente que ela não acreditava em suas meias verdades e muito menos em suas palavras.

— A minha vida e família tem sido vítima de uma série de boatos falsos. Tenho grandes responsabilidades perante inúmeras pessoas, honestas e trabalhadoras, que investiram em mim ao longo de todos esses anos. Preciso me esforçar ao máximo para garantir o fim desse ciclo. — De repente, ele deu as costas a Maresca e foi até a janela, sem se importar com o revólver. — Ainda que eu ficasse rouco de tanto falar, você continuaria convencida de que sou culpado. E eu não posso lhe revelar mais do que isso!...

— Por que disse a Valentim que ele não conseguiria encontrar a mercadoria? — Perguntou ela, a Turner, tentando descobrir mais alguma coisa, pois Valentim demostrava que não iria dizer mais nada.

— Devido à tempestade.

— Acho que não será tão grave assim. Iremos atrás da mercadoria e ponto final.

Turner começou a tremer e descontrolou-se.

— Perdão, Valentim. Nunca pensei que pudesse agir assim com você, mas foi por causa de Darlan. Disseram-me que se eu não os ajudasse a conseguir a mercadoria, eles contariam para ele o que aconteceu na última missão que tivemos a cinco anos atrás.

— Quem fez a ameaça, Turner?

— Carlo Denaro, o tenente da organização da Itália. Ele é quem comanda essa operação daqui. Ofereceu-se para conseguir todas as mercadorias que estão no fundo do mar e vendê-las em seguida as demais organizações aliadas que estão perseguindo você.

— Quer dizer então que você está agindo de comum acordo com eles? Você me traiu? — Perguntou Valentim, muito pálido. — Eu devia ter adivinhado. Desde que cheguei, percebi que algo o perturbava, mas jamais poderia imaginar que fosse uma coisa dessas. Foi você que me treinou nas forças armadas, foi você que me levou pra dentro da agência e...

— Amarre as mãos dele, Valentim... — Sugeriu Maresca. — Espero que você conheça o suficiente de navegação para nos levar até onde devemos ir.

— Presumo que você esteja insinuando que acredita em mim, não é mesmo, Maresca?

Ela fez que sim e Turner interveio, diminuindo a tensão que havia entre eles.

— Deixe-me ajudá-los. Garanto que agora estou do lado de vocês.

— Amarre as mãos dele. — Repetiu Maresca.

Valentim hesitou, mas retirou-se. Dali a pouco, voltava com uma corda.

— Amarre para trás.

Enquanto ele cumpria suas instruções, Maresca guardou o revólver na bolsa e foi examinar a carta de navegação.

— Acho que o barco não está indo na direção exata. O que lhe parece, Valentim?

— Vai acabar dando certo. Se conseguirmos nos aproximar do iate deles, tenho uma solução.

— O que é?

— Possuo um controle remoto de várias bombas que espalhei a bordo do iate quando foi resgatá-la, que pode levá-lo à autodestruição.

— E o seu trabalho? E o dinheiro que você investiu?

— Não há dinheiro nenhum e eu não fiz investimento nenhum. Logo você vai entender tudo. Apenas confie em mim. Não permitirei de modo algum que os nossos inimigos se apoderem-se daquela caixa de metal.

— De que adianta eles roubarem apenas essa caixa de metal? Você disse que o esquema de localização delas estão em sua cabeça.

— Ontem completei a maioria dos resgates. Agora falta apenas essa caixa, descobri que essa caixa é como um cofre onde o meu pai deixou um micro clip com o número de contas espalhadas pelo mundo onde a organização tem as suas diversas contas, além do endereço da maioria de seus clientes.

— Mas com certeza, esse micro clip está codificado.

— Eu posso decifrar a maior parte do seu código. Foi por isso que meu pai também introduziu nessa caixa metálica um dispositivo que permite que ela se destrua caso caia em mãos erradas. Por isso, precisamos chegar antes deles!

Enquanto isso, Turner encostou-se na parede sem dizer nada. Quando as coisas se acalmaram, Maresca dirigiu-se a ele.

— O que aconteceu na missão a cinco anos atrás que poderia tomá-lo alvo de uma chantagem?

— Conte para ela, Turner, ou então serei obrigado a fazer isso. Acreditei que já havia resolvido essa situação. Eu lhe perdoou por ter mentido para mim. Apenas me deixe ajudá-lo, sabe que o considero muito. — Declarou Valentim com tristeza.

— Não quero que Darlan descubra que tive um filho lá. Fazia apenas alguns meses que estávamos casados quando fui convocado para a missão ao lado do Agente Valente. Tinha acabado de assumir Darlan e o nosso relacionamento. Chegando na Itália, senti um medo terrível da morte e decidi aproveitar todos os prazeres que a vida podia me oferecer.

Maresca contemplou a expressão angustiada de Turner e no íntimo sentiu pena dele.

— Bem, engravidei uma garota, mas senti pena dela. Não a amava pois ainda estava muito ligado ao Darlan, o que só fez piorar a situação. Eu tinha a sensação de que havia me aproveitado daquela garota, mesmo ela sendo uma GP.

— E o que aconteceu com Darlan durante esse tempo? — Perguntou Valentim.

— Eu não sabia, mas ele estava cuidando da barriga de aluguel que havia engravidado antes de minha partida. Inicialmente eu pretendia lhe contar o que tinha acontecido comigo na Itália para saber se ele me perdoava, mas foi impossível. Nem mesmo consegui levar meu filho para os Estados Unidos quando a mãe dele morreu no parto. Aí a mulher que havia aceitado ser a nossa barriga solidária, acabou perdendo os nossos filhos e Darlan entrou em uma profunda depressão. Ele achava que era culpa dele, os nossos bebês terem morrido. Acreditava que o nosso amor era uma maldição.

—A garota seguia Turner aonde quer que fôssemos. Eu me lembrou o tanto que ela era carente em todos os sentidos. — Explicou Valentim, interrompendo-o. — Foi morta durante a missão e me acusaram de fornecer informações ao inimigo. Preferi ficar em silêncio para proteger o segredo do Turner, eu devia a minha vida a ele.

— E onde se encontra seu filho?

— Na Itália, em um orfanato católico, as freiras estão cuidando muito bem dele. Nunca o abandonei. Mando dinheiro para seu sustento, mas não quero que Darlan fique sabendo. Não sei o que eu faria se ele descobrisse que fui infiel, no momento em que estava tão ansioso para que nossos filhos sobrevivessem. Na verdade, a culpa foi toda minha, eu fui fraco diante da beleza daquela jovem.

— E como Carlo Denaro descobriu tudo isso?

— Não sei! Veio me procurar com fotos de meu filho e ameaçou contar tudo o Darlan, a menos que eu cooperasse. Ele sempre me viu fazendo a segurança do Valentim, então deve ter visto uma excelente oportunidade para recuperar tudo o que o pai do Valentim havia escondido da organização.

— Que tipo de mercadoria a dentro dessas caixas metálicas? E como você deveria cooperar com ele?

— Eu devia ajudar Valentim a recuperar as caixas. Só que eles estavam mais interessados na caixa de número 666. Em seguida teria de impedi-lo de abri-la, na verdade, eu deveria mantê-la em alto mar até que eles tivessem oportunidade de roubá-la.

— Por que não me contou? Afinal, sou seu amigo, Turner. Poderia muito bem tê-lo ajudado a resolver o problema, como eu lhe prometi anteriormente. — Declarou Valentim.

— Vocês dois estão esquecendo algo muito importante. Darlan tinha o direito de saber a verdade desde o início. E nenhum dos dois tem certeza da reação dele, talvez o mesmo, possa aceitar a existência dessa criança com o coração aberto. Nenhum dos dois pensou que essa poderia ser a chance da realização do sonho dele.

— Maresca, só lhe peço uma coisa. Deixe-me contar tudo, antes que ele tome conhecimento dessa história através do FBI. — Suplicou Turner.

— Farei o possível, Turner, mas somente em consideração ao Darlan. Nada disso é culpa dele. Mas sabe que os dois vão precisar dialogar bastante e esclarecer toda essa confusão.

À medida que o tempo se passava a situação tornava-se desesperadora. Os boletins que traziam dados sobre o comportamento da tempestade tornavam-se cada vez mais frequentes, e os ventos começavam a soprar na direção deles. Valentim segurava o leme do barco com toda força e procurava mantê-lo na direção certa.

Maresca preparou um café e o substituiu durante alguns momentos a fim de que ele ficasse de olho nos controles que estavam ligados ao iate.

— Se pelo menos conseguirmos nos aproximar alguns quilômetros! Jamais me perdoarei se as ideias, os projetos ou qualquer outra coisa que o meu pai tenha inventado possa cair nas mãos erradas.

— Vai dar certo! — Garantiu Maresca. — Não estamos sozinhos nessa aventura...

— Diz isso, só agora. Não fui eu que colocou sonífero na água da minha equipe. Perdemos pelo menos dez homens treinados nessa brincadeira. Disse Valentim, segurando o riso.

De modo resumido, contou seu encontro com Thiago Santineli e informou que naquele momento um helicóptero da Marinha se encontrava a caminho.

— Não quero depender da ajuda de ninguém. — Insistiu Valentim. — Já passei por esse tipo de experiência.

Maresca enfrentou a chuva e foi até a ponte do barco olhar através da luneta. Ficou surpresa com o que viu e chamou Valentim.

— O iate deles. Está logo adiante.

— Tem certeza?

— Absoluta!

— Então colocarei o leme sob controle automático e vou me preparar para destruir as defesas deles.

— Ainda não, Valentim! Espere!

Ondas enormes avançavam sobre o barco, inundando a ponte. A embarcação jogava, e Maresca teve dificuldade para voltar para junto do leme, onde encontrou Turner agitado.

— Preciso convencer Valentim a recuar! Se eu puder manobrar o leme, conseguiremos ultrapassar o iate.

Maresca hesitou durante alguns segundos, mas decidiu soltá-lo.

— Não nos decepcione novamente! — Pediu, indo em seguida para a sala de controle, ao encontro de Valentim, antes que ele se jogasse ao mar na vã tentativa de se aproximar do iate e ir ao encontro da caixa de metal.

— O que aconteceu? — Perguntou ele, preocupado terminando de vestir o equipamento de mergulho.

— Turner acha que temos uma chance de ultrapassar o iate do Denaro.

— Só se ele estivesse no leme...

— Pois está. Em que posso ajudá-lo?

3428 Palavras

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro