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Capítulo 21 - O Ministro da Máfia

Darlan os esperava na frente de uma casa toda construída em madeira e pedras vulcânicas. Era um homem lindo, de cabelos escuros e ondulados, pele clara e olhos azuis.

— Estou feliz por conhecer você, Maresca. — Disse ele, aproximando-se do jipe.

Entraram n casa, cuja sala de estar era mobiliada com móveis de carvalho. De aspecto aconchegante, tinha uma das paredes coberta por uma estante repleta de livros com belas encadernações.

— Que vestido lindo! — Comentou Darlan. — É de seda, não? Que tal colocar algo mais descontraído?

— Eu acharia ótimo.

Conversando, os dois seguiram pelo corredor. Quando Darlan abriu uma porta, Maresca mal pôde conter sua admiração diante do quarto de criança mais belo que já vira. Pintado de vibrantes e coloridas, exibia um berço talhado a mão e cortinas de renda brancas nas janelas. As estantes guardavam animais de pelúcia e livros infantis.

— Que tal? Gosta?

— É lindo!

— Decorei o quarto há muitos anos. Ficamos grávidos por duas vezes, mas as barrigas solidárias perderam as crianças. Esqueça! Você não veio aqui para ouvir as minhas lamúrias. — Abrindo o armário, apanhou um túnica de algodão e entregou-a a Maresca. — Gosta?

— É linda! Será que serve?

— Lógico! Minha irmã tem o mesmo corpo que você.

Após mudar de roupa, Maresca notou um retrato sobre a cômoda e examinou-o de perto.

Era Turner, bem mais jovem, com o uniforme da Marinha, sorridente e relaxado.

— Turner e Valentim serviram juntos no Vietnã?

— Mais ou menos. Valentim era apenas um adolescente quando foi enviado para traçar planos estratégicos na guerra, por sorte a guerra estava no fim. ele deve ter ficado apenas dois ou três anos servindo a marinha. — Darlan mordeu os lábios e ficou de olhos baixos durante alguns momentos. — Foi na época em que perdemos a primeira criança. Turner tinha ido para a guerra...

— Por que vocês perderam o bebê?

— Até hoje os médicos não descobriram. As mulheres que aceitaram ter os nossos filhos irão fazer alguns exames no mês que vem, para verificar as possibilidade de voltarem a engravidar. Elas são aqui dá ilha mesmo e são amigas maravilhosas.

— Garanto que vou torcer por vocês... Nunca pensou em adotar um bebê?

— Se o tratamento não der certo, iremos recorrer a essa solução. Valentim prometeu nos ajudar com isso. Vamos agora?

Assim que voltaram à sala, Valentim lançou um olhar de admiração a Maresca. Pouco depois, os quatro subiam no jipe e tomavam uma estrada cheia de curvas, que seguia paralela ao mar.

— É este o barco... — Anunciou Turner, brecando de repente.

Subiram a bordo, e a velha embarcação seguiu rumo a um banco de recifes, onde havia centenas de lagostas.

Assim que lançaram a âncora, Turner e Valentim jogaram uma caixa com fundo de vidro no mar.

Ao avistar as lagostas, Maresca não conteve o espanto.

— Imaginei que elas fossem pequenas, mas devem pesar mais de um quilo. Então Turner não estava brincando quando disse que elas eram gigantescas.

— Isto é para você fisgá-las... — Disse Turner, entregando-lhe um espeto de metal com dentes.

— Em seguida pode jogá-las na caixa.

— Quem ouve você falar pensa que é fácil!

Após inúmeras tentativas frustradas, Maresca conseguiu fisgar sua primeira lagosta.

Logo os quatro se animaram, dando início a uma verdadeira competição para ver quem fisgava mais.

Quando voltaram para a praia, Valentim e Maresca recolheram alguns gravetos para fazer uma fogueira. Darlan encheu um grande caldeirão com água do mar misturada a vinagre, a fim de manter macia a carne das lagostas. Em outra panela, colocou água potável e grãos de milho, levando-a ao fogo. O vapor que se erguia deixou-o corado, e Turner fitava o companheiro com tanta ternura que Maresca chegou a se comover.

Instintivamente, ela se voltou e procurou o olhar de Valentim, que lhe sorriu e apertou a mão, dando a entender que compartilhava de suas emoções.

Decorridos vinte minutos, tiraram as lagostas do caldeirão e quebraram suas caudas.

Para Maresca aquela carne rosada e suculenta, temperada com manteiga e ligeiramente salgada, era a coisa mais deliciosa que já havia comido.

Após se servirem, sentaram-se junto ao fogo tomando o vinho tinto seco que Valentim trouxera do albergue.

— Lembra-se daquela vez em que trouxe sua mãe aqui, Valentim? — Perguntou Darlan.

— Ela fisgou mais lagostas do que todos nós. — Acrescentou Turner. — E sua irmã ficou gritando o tempo todo.

Valentim sorriu, mas havia tristeza em seus olhos.

— Nunca poderei agradecer os bons momentos que ela passou aqui. Foram aqui que ele pode esquecer um pouco os problemas.

— Para nós foi uma alegria tê-la conosco. — Disse Darlan. — Se algum dia eu tiver um filho, faço questão de que entre nós haja o mesmo relacionamento que você mantém com sua mãe e irmã. E claro, sem esquecer o pequeno Oliver.

— Seu sobrinho é mais parecido com você que com o próprio pai.

— Sorte a dele. Disse Valentim se lembrando do idiota do Varella.

— E a sua rivalidade com seu cunhado como anda?

— Nada mudou! Disse encerrando o assunto.

— Pareciam ótimos amigos, e você foi muito bom para ele apesar dos acontecimentos.

— Eu deveria ter o afogado nesse mar assim que ele engravidou a minha irmã. Teria nos poupado muitos problemas.

— Não leve a 'sério o que o Valentim diz sobre o Varella, no fundo aqueles dois se adoram.

— Pelo jeito Darlan está tentando impressionar Maresca com as suas qualidades, Valentim! Provocou Turner, sorrindo.

Em poucos instantes, a conversa desviou-se para o trabalho de Valentim com os robôs. Ao notar o interesse de Turner, Maresca deduziu que ele entendia bastante de eletrônica e procurava se inteirar de alguns detalhes técnicos.

— Acho que está na hora de voltarmos, Turner. — Disse Valentim consultando o relógio.

Eles juntaram os restos do piquenique e regressaram a casa. Maresca foi se trocar e, ao despedir-se, abraçou Darlan com simpatia.

— Acho que você e Valentim se entendem bem. — Ele murmurou.

— Espero que tudo dê certo para vocês.

Diante do albergue, Valentim e o amigo combinaram um encontro para a manhã seguinte.

— Como me diverti! — Exclamou Maresca, entrando no quarto. — Mas senti tanta pena

de Darlan... Você viu o quarto do bebê?

— Sim. Que tristeza, não?

— Por que eles não adotam uma criança?

— Antes Turner precisaria mudar sua atitude em relação à adoção.

— Como assim?

— Ele se recusa a pensar no assunto. Não quer ir ao restaurante tomar um café?

— Aceito um refrigerante. Mas ainda não consigo compreender a atitude de Turner. Já que os dois desejam tanto ter um filho, a adoção não seria algo tão absurdo assim.

— Pro Turner é difícil aceitar uma criança que não vai ter o sangue deles. Pra ele o sangue carrega mais do que uma ligação sanguinea, ele acredita que no nosso sangue está arquivado toda a história de ancestrais e que a qualquer momento esse arquivo passa ser acessado. Então um filho que tenha o sangue deles irá carregar um legado. Significa algo único e precioso pra ele.

— E você acredita nisso? Quero dizer, bem...

— Eu não sei. Mas acredito que a ciência brevemente irá descobrir muitos mistérios escondidos dentro de nosso corpo. Só espero que tudo sempre traga benefícios para toda a humanidade.

— Sabe que isso não depende dos cientistas, mas dos governantes. Pois são eles que detém o poder nas mãos.

Valentim deu um suspirou e ficou em silêncio refletindo.

Ficaram lá durante algum tempo, bebendo e gozando a brisa que soprava do mar.

Finalmente dirigiram-se para o quarto. Valentim voltou-se para fazer um comentário quando notou alguém que descia rapidamente pela escada. Era um homem e havia nele algo de vagamente familiar, mas o estranho desapareceu antes que ele conseguisse identificá-lo.

— Valentim, vou até a recepção ver se deixaram algum recado. Quer que traga algo para você?

— Não, obrigado. Daqui a pouco nos veremos. — Disse ele, tentando disfarçar a inquietação.

Ato contínuo, atravessou o pátio e subiu pelos degraus mal iluminados. Os arbustos isolavam aquele lado do albergue, e em torno dela reinava o mais absoluto silêncio.

Assim que chegou ao final da escada, fez uma pausa olhando cuidadosamente à sua volta. De repente ocorreu-lhe que, se alguém se dirigisse para um dos quartos naquele momento, seria o alvo perfeito para um assassino de aluguel. Mas logo afastou essa ideia, convencido de que quase não aconteciam crimes em Cayman Brac.

Apesar disso percorreu rapidamente o corredor, parando em frente à porta de seu quarto. Nesse instante, lembrou-se de que entregara sua chave a Maresca, pedindo-lhe que a guardasse em sua bolsa. Impaciente, encostou-se na parede e esperou.

Consultando o relógio, decidiu que aguardaria mais três minutos antes de descer à procura da chave. Sua intuição gritava que algo não estava certo. Naquele momento Valentim dava lugar para O Ministro da Máfia, seu raciocínio rápido e preciso lhe dava múltiplas escolhas, mas nenhuma seria favorável já que estava acompanhado.

Estava ansioso e isso o incomodava muito, estava ficando esgotado também por fingir diante de Maresca, esconder suas habilidades não era fácil. Quanto mais um agente duplo se envolvia em tarefas perigosas, mais agudos se tornavam seus sentidos.

Quando começou a ser treinando por agentes mais experientes, Valentim se admirava da capacidade que eles possuíam. Demonstravam ter desenvolvido uma percepção completa de tudo que os cercava, a ponto de notar quando a menor coisa estava fora do lugar, como, por exemplo, a ponta de um cigarro num quarto vazio há muitas horas, ou a folha de um árvore caída em um jardim onde só existia gramado, além de sons pouco perceptíveis aos ouvidos de pessoas consideradas normais.

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