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Capítulo 10 - O Ministro da Máfia

A sala de Valentim apresentava uma certa desordem, com vários livros abertos sobre a mesa, um jornal jogado no chão e um copo com resto de bebida.

— Por favor, não repare, Maresca. Meu robô pessoal, é quem arruma tudo isso quando estou em casa.

— Pobre coitado! O que ele recebe como recompensa?

— Minha eterna gratidão é claro.

— Não me parece o suficiente. Ele com certeza merece licença para tratamento de saúde, aumentos periódicos de salário e férias remuneradas.

— Não é o caso dele. Ele existe apenas para me agradar.

— No fundo, essa é a fantasia de todos os homens!... Afirmou ela ainda olhando em volta. Seus olhos pareciam buscar pistas de algo que nem ela sabia ao menos o que era.

—Mas é um sentimento mútuo! Gasto muito tempo pensando em como deixá-lo mais perfeito.

— Imaginando meios de fazê-lo render mais, não é mesmo? Ao ouvi-la, Valentim ficou subitamente sério.

— O que ele fez com você, Maresca?

— Quem? — Perguntou, sentindo um friozinho na boca do estômago.

— Q homem que a tornou tão desconfiada assim.

— Qual dos homens?

— Aquele que você amou é claro.

— Julguei que o amava. Aos poucos, descobri que não sabia absolutamente nada a respeito dele.

— Quem sabe ele tenha mostrado apenas um lado de sua personalidade e com isso quisesse criar uma imagem ideal. Ninguém é perfeito. Cada um de nós possui falhas e qualidades, então... Deu de ombros como se escondesse um passado doloroso também. — Qualidades e Defeitos: Todos temos. Mas o que me conforta é saber que na balança da vida, as QUALIDADES pesam mais que os DEFEITOS.

Ela respirou fundo, desconcertada. Há muito tempo não se permitia recordar nada que fosse agradável no que dizia respeito ao ex-noivo. A traição que ele lhe fizera fora totalmente inesperada. Havia, porém, um fundo de razão no que Valentim dizia. O problema era que ele acabara por odiar a si mesmo. E talvez a todos a sua volta.

— Não sou uma mulher amargurada e gosto imensamente dos homens. Acho que o mundo seria aborrecido sem eles se quer mesmo saber.

— Ufa, que alívio! Confesso que gostaria de conhecê-la melhor, Maresca.

— Não deve ser difícil. No fundo, sou uma criatura normal, sem a menor complicação.

— Não guarda nenhum segredo? Perguntou a olhando profundamente nos olhos.

— Mas o que eu seria sem alguns segredos, Valentim?

— Você continua sendo misteriosa. Jamais conheci duas mulheres iguais. Cada uma acaba revelando uma individualidade surpreendente.

— Então por que deu ao seu robô o nome feminino? Deve ter enxergado nele uma semelhança com a feminilidade.

— Esse nome a incomoda, não?

— Não fuja da minha pergunta. Rosie por acaso lembra alguém em especial?

— Em absoluto! Não sinto o menor impulso de subjugar as mulheres.

— Eu não disse isso...

— Em voz alta, não. Mas com certeza pensou.

— Desde quando você consegue ler pensamentos? Corro o risco de estar em sérias dificuldades!

— Esqueça... O que você gostaria de beber?

— O mesmo que você.

Pouco depois, ele voltava da cozinha com dois copos e colocava-os sobre uma mesinha ao lado do sofá.

— Sua hospitalidade está se tornando de uma generosidade fora do comum! — Comentou Maresca. — Meus antepassados vão se sentir desonrados caso eu não consiga retribuir.

—Você já retribuiu mais de uma vez. E eu agradeço por isso. — Ele disse, com ternura.

— Como assim?

— Ficou ao meu lado, me deixou tocar em você...

— Essas coisas não se retribuem, Valentim. Eu me referia aos seus convites para ir a restaurantes e beber...

Magoado por essas palavras, Valentim endureceu a expressão do rosto e retrucou de modo brusco.

— Desculpe... Julguei que você estivesse falando do fato de eu cuidar da sua bicicleta e aceitar a sua ajuda também, obrigado por me levar ao pronto-socorro. Se não gosta de estar em dívida comigo, retribua enviando algumas latas de alimento depois... Foi ensinado a jamais contar com a ajuda de ninguém, mas você me demonstrou ser diferente e...

— Valentim, sinto muito...

Maresca sentia-se envergonhada por ter interpretado mal as palavras dele e inclinou-se em sua direção.

Visivelmente tensa, ela roçou ligeiramente os lábios nos dele. Estremecendo, Valentim depositou seu copo em cima da mesa e abraçou-a.

— Maresca... — Murmurou Valentim repetidas vezes.

Em seguida, beijou-a com ternura. Aos poucos, sua paixão foi aumentando de intensidade, e ele se pôs a acariciar-lhe as costas com movimentos lentos e sensuais, que a excitavam.

Gemendo de prazer, puxou-a contra si e deslizou as mãos por seus ombros, costas e ventre. Sem se manter numa atitude submissa, Maresca tomava iniciativas ousadas, excitando-o cada vez mais com seus beijos.

Ansiando para que ele fosse adiante, não protestou quando os dedos másculos desabotoaram seu sutiã, acariciando-lhe os mamilos intumescidos, ao mesmo tempo em que seus corpos se amoldavam um ao outro numa espécie de balé erótico.

Em vez disso, porém, os beijos de Valentim foram aos poucos perdendo todo o ardor, e ele acabou se afastando dela.

— Não aguento mais, Maresca... — Murmurou, um brilho de paixão no olhar.

— Como você percebeu, sou descendentes de mulheres que não costumam ficar devendo durante muito tempo.

Ignorando a observação irônica, ele pegou o copo.

— Você sempre procura explicações para tudo que acontece, Maresca?

— Acho que isso acontece com todo mundo. Em que você está pensando?

— Nas coincidências da vida e do destino... — Como Maresca se mantivesse em silêncio, ele prosseguiu: — Creio que elas são extremamente importantes. Por exemplo, não adianta nada a gente estar no lugar certo, mas no momento errado. Encontrar a pessoa certa no momento errado, então, é ainda pior.

— Rosie deve ser mais esperta do que eu, se consegue entender tudo o que você fala, Valentim.

— Ela possui uma vantagem em relação a você. Quando começo a filosofar, me interrompe no ato, dizendo: "Mensagem falha... Mensagem falha... Favor começar de novo... Pane no sistema!..."

— Começo a gostar dela! — Disse Maresca, rindo. Em segui da consultou o relógio. — Preciso ir andando. Sei que você precisa trabalhar.

Nesse exato momento o telefone tocou, e Valentim atendeu.

— Por favor, fique até eu acabar de falar. Não demoro um minuto... — Após trocar algumas palavras, ele começou a sorrir. — Formidável... Irei até o aeroporto esperá-lo. Tome cuidado. Não quero que ninguém o veja.

Profundamente desapontada, Maresca levantou-se com um sorriso artificial nos lábios, e bateu de leve no ombro de Valentim.

— Preciso ir embora.

Ele franziu a testa e cobriu o bocal do telefone com a mão.

— O quê? Você não vai a lugar nenhum, preciso falar com você!

— Depois nos falamos. Até mais, Valentim.

Assim que entrou em seu chalé, Maresca foi direto ao banheiro preparar um banho. Sabia que se Valentim tivesse lhe pedido desculpas pelo que acabara de dizer, ela certamente não resistiria. Quem seria a pessoa da qual Valentim deveria encontrar?

Enquanto se enxugava, após uma ducha relaxante e prolongada, o telefone tocou. Era Angela Ferriero.

— Fiquei sabendo que você é agora o terror das nossas estradas. Que história é essa?

— Bem, hoje sofri apenas dois acidentes. Bem na verdade um foi comigo e o outro foi com um conhecido.

— Dois? Soube apenas de um. Quer explicar isso direito.

Tive receio de contar a Angela que quase destruí a bicicleta que ela me alugou.

— Eu sou bastante compreensiva... Afinal, o que você pretende? Assustar os turistas da

nossa linda ilha?

— Ora, então é essa a sua preocupação? Na verdade é o meu conhecido que talvez eu esteja muito machucado.

— Posso ir até aí conferir? Principalmente se for o gato gostoso do seu vizinho.

— Não é preciso. Pode deixar que eu cuido dele!...

As duas cairam na risada, e ficaram conversando mais um pouco. Maresca achou muito legal Angela ser uma amiga em comum, as indicações de Angela foram excelentes realmente.

Enquanto isso Valentim estava ainda na ligação, Lancellotti gostava muito de flertar, mas fazia aquilo com tanto encanto que ele não conseguia ficar zangado.

— Não fiquei com o menor arranhão como prova das minhas desgraças. Então pare de drama!...

—Terei prazer em verificar melhor... Quem sabe você não tenha observado direito...

— Talvez. Porém, aconselho você a procurar informações com um dos nossos informantes, que é o meu protetor também.

—Aquele sujeito! Vive tentando conquistar as mulheres e os homens que conheço! O que acha de jantar comigo hoje à noite? Prometo lhe mostrar o lado agradável da ilha.

Quando ia recusar, Valentim lembrou-se de que Maresca talvez acabasse desconfiando se ele trouxesse para o chalé o homem que iria buscar no aeroporto.

A parede que os separava era frágil, e havia o risco de ela ouvir todos os barulhos que seus vizinhos fizessem.

— Aceito. A que horas você vem?

— Que tal às oito?

— Ótimo.

Após vestir-se, Valentim telefonou para Varella, a fim de relatar seu último incidente. O ex-agente que atendeu informou que Júlio Varella estava ocupado, mas ligaria assim que pudesse.

Enquanto esperava, Valentim analisava o que havia acontecido na estrada com Maresca tinha haver com a tentativa de atropelamento que ele sofrêra. Seria possível um grupo rival ou seria obra de alguém do grupo a qual pertencia?

Sem dúvida o carro era o mesmo que Maresca encontrara pela manhã. Fechou os olhos e recordou os traços do rosto magro daquele homem e sua expressão ao reconhecê-lo. Havia um tal brilho de raiva em seu olhar que ainda agora a arrepiava. Valentim não estava enganado, ele conhecia aquele olhar de algum lugar, mas de onde. Em todo caso, eles o estavam vigiando, pois sabia o quanto Maresca havia se tornado importante para ele nesse momento. Maldição, como ele foi tão descuidado assim?

Mas, e se estivesse enganado?

Já ouvira testemunhas de diferentes acidentes e sabia que elas tinham tendência a enxergar apenas o que queriam ou temiam. A mente humana era capaz de lançar mão dos recursos mais estranhos... Sabia que Maresca era inteligente e as suas perguntas no momento do ocorrido comprava isso.

Além disso, por anos seu Capo insinuara mais de uma vez que a imaginação de Valentim era desenfreada, um verdadeiro caos. Antes ele se indignara com suas afirmações maldosas, mas agora começava a ter dúvidas quanto à própria capacidade de se auto-sugestionar.

Subitamente indignado, levantou-se e começou a andar de um lado para o outro. Podia perfeitamente ter encontrado o mesmo homem duas vezes e não devia eliminar a possibilidade de estar sendo seguido realmente. Havia lidado com o mundo do crime durante muito tempo e respeitava os seus métodos. Era a mente estratégica por trás de tantas coisas que ele nem ao menos sabia a real dimensão de seus projetos.

Talvez, sem saber, estivesse envolvido em alguma complicação relacionada ao último projeto que havia feito para o Don da Máfia italiana, e era bem possível que o tivessem seguido até a ilha por motivo de vingança. Eles desconfiaram de seu atual desempenho ou mesmo de seu desejo de sair definitivamente da organização.

O telefone tocou e ele atendeu, hesitando em comunicar a Varella seu envolvimento com alguns diretores do FBI. Encontrava-se em outro país e não tinha a menor obrigação de revelar sua verdadeira identidade a quem quer que fosse. Por fim, recebera ordens expressas no sentido de não se envolver com nada e não estava nas ilhas Cayman como o Ministro da Máfia e nem como o agente duplo.

— Valente, estava para lhe telefonar quando recebi o seu recado. Acho que localizei o tal carro preto. Mas preciso lhe informar que tem uma segunda pessoa buscando as mesmas informações, só que não consegui descobrir quem é por estar sendo muito bem protegida. Quem quer que seja está acima de mim e dos meus contados dentro da agência. Por isso tenha cuidado! Aconselhou Varella.

Valentim suspirou irritado.

— Onde ele está? Quer que eu vá identificá-lo?

— Calma aí! — Disse ele, rindo de seu entusiasmo. — Ainda não o vi. Lembra-se de ter citado uma casa onde um senhor sonolento a atendeu a sua vizinha? E cara pelo amor de Deus, jura que você está vigiando a sua vizinha.

— Sim. E o que eu faço não é da sua conta!...

— Pois bem. Atrás daquela rua, há uma cerca viva de plantas altas.

— Eu notei. Quando fui investigar o local...

— Aquela cerca oculta uma grande propriedade...

— Não podemos ir lá verificar se o carro está escondido?

— Para isso precisaríamos de um mandado de busca. E acabaríamos levantando muitas suspeitas.

— É fácil! Basta que eu vá até a delegacia e faça uma queixa.

— Não vai adiantar nada. Não dispomos de provas suficientes para expedir um mandado.

— Então como ficamos?

— Pelo menos temos ideia de onde localizar o tal carro. Quer deixar isso com os investigadores locais. Você deveria estar focado em resolver os seus próprios problemas.

— Para alguém encarregado de preservar a lei, você me parece um tanto desinteressado.

— Valente, estou fazendo o que posso. Quer parar de quer salvar o mundo. Sabe muito bem que deveria estar cuidado de si.

Imediatamente ele se arrependeu do que dissera. Quantas vezes experimentara a mesma sensação de impotência, ao constatar que as vítimas de crimes tornavam-se impacientes com a lentidão da Justiça! Bancar o justiceiro não resolveria nada, nem os seus atuais problemas.

— Fique tranquilo!... — Prosseguiu Varella. — O seguro vai se encarregar de tudo. Sua vizinha não precis ase preocupar com nada e quanto a você fique longe de encrencas.

— Mas não é uma questão de dinheiro! Ela pode estar em perigo e...

— Eu sei. Há uma coisa a respeito das ilhas Cayman que você precisa entender. Somos apenas um pontinho perdido no meio do oceano. Não dispomos de recursos naturais que nos ajudem a sobreviver e nos tornamos um verdadeiro paraíso para os ricos e alguns milhares de criminosos. Os donos daquela enorme propriedade não ficariam nada contentes se começássemos a investigar suas vidas. Pois não temos certeza se são da organização ou mesmo um grupo rival querendo expandir os seus negócios.

— Pelo menos, tente descobrir quem é o dono daquele lugar.

— Quanto a isso não há o menor problema. Consultarei os nossos arquivos e em breve lhe darei a informação. O que você queria comunicar, quando me telefonou?

— Varella, sofri outro acidente hoje. Esse é o segundo em menos de três dias.

— Conte como foi.

Ele descreveu rapidamente o que acontecera em frente ao restaurante e hesitou antes de dizer que desconfiava do mesmo carro preto que havia visto o seguindo do aeroporto até as ilhas. A organização tinha a péssima mania de fazer tudo para aterrorizar as suas vítimas, isso incluía usar o mesmo carro, e o mesmo modo de operação.

Quando ele terminou, fez-se um prolongado silêncio do outro lado da linha.

— Tem certeza de que era aquele carro? Bem, digo, o mesmo que o estava vigiando dias atrás... O mesmo que bateu em sua vizinha e que depois tentou te atropelar em frente ao restaurante.

— Não absoluta, mas acho que não me engano. Como sabe acabei fazendo inimigos dos dosi lados.

— Bem, mantenha os olhos abertos. Isso infelizmente acontece quando se joga dos dois lados. Se o tal carro voltar a aparecer, procure anotar o número da placa. Deixarei meus homens de sobreaviso e sugiro que fique na praia amanhã. Talvez isso evite muitos problemas.

— Desculpe, Varella. Espero não importunar mais com más notícias. Avise a Rainha do Gelo que estou bem.

— A chefe sabe disso. Mas Valente, tenha cuidado. Estou tentando descobrir algo sobre essa Maresca Falconne e não encontrei nada de relevante.

— Então ela está limpa! Afirmou sorrindo.

— Romeu vá com calma aí. Eu não tenho certeza disso. Só acho a ficha dela perfeita demais pra ser verdade.

Valentim dá mais um suspiro e desliga o telefone ficando pensativo.

Durante o jantar, Valentim não conseguiu concentrar-se na conversa de Turner. Sua cabeça doía, e ele não parava de pensar em Maresca, temendo o momento de vê-la ao lado de seu amigo fora dos padrões convencionais.

— Está com algum problema? — Perguntou Turner, muito solícito, ao notar seu estado de ânimo.

— Sinto dor de cabeça. Acho que foi muita coisa para um dia só.

— Então vou levá-lo para casa imediatamente.

Assim que chegaram ao chalé, Valentim avistou o carro de Maresca estacionado num canto.

Despediu-se de Turner, afirmando que não havia a menor necessidade de ele acompanhá-lo até a porta.

Assim que entrou na varanda, a luz da sala de Maresca se apagou, e Valentim sentiu o coração pesado. Como não ouvia o menor ruído, sentiu-se mais animado e foi para o quarto. Despiu-se e deitou-se, enquanto ouvia o barulho de alguém cantarolando baixinho. Maresca parecia tão feliz, que ele chegou quase a odiá-la.

Sabendo que não suportaria escutar qualquer ruído que viesse do outro lado do chalé, vestiu um roupão, pegou um travesseiro e um acolchoado e foi para a sala. A ansiedade, os pensamentos confusos e o cansaço por causa das atuais pesquisas... Decidiu reler o seu projeto que mantinha em segredo, mas sua cabeça latejava terrivelmente.

Precisava conversar com alguém. Consultou o relógio e resolveu telefonar para a sua irmã, em Washington.

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