Plágio é crime: Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 – Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.

Capitulo sujeita a revisão.

Boa Leitura!

O conheço desde criança. Uma linda amizade, porém os meus sentimentos ficaram tão grandes que não soube como controlar.

— Jimin, eu gosto de você.

Naquele momento ele, por um minuto hesitou, e logo se desculpou dizendo que não poderia estar correspondendo, mas que prezava pela nossa amizade de anos.
Como fui tola! Simplesmente acreditei que poderia ser correspondida? A resposta da minha própria pergunta era "sim". Acreditava mais do que todas as coisas que poderia ser reciproco.

Alguns meses se passaram e tudo continuou como que era. Admirava o quanto nos esforçamos para que essa amizade pudesse continuar. Com passar do tempo, Jimin me dizia algumas coisas que fizeram com que aquele sentimento enorme voltasse.

Muitos falariam: "Mas é só uma gentileza, um elogio qualquer."
Não, não era só uma gentileza ou um elogio. Era raro vindo dele, ele conseguia demonstrar uma admiração por mim sem que eu pudesse pensar "ele está gostando de mim", mas quando soltou algumas palavras, isso  me balançou por completo.

Durante dois meses ficamos inseparáveis. Durante dois meses eu vivi o mais espectacular dos meus dias. O beijei? Peguei em sua mão? Não. Eu simplesmente consegui admirar seu sorriso e sentir que ele estava sendo ele mesmo, não tentando esconder nada. Suas piadas, seu jeito um pouco irônico e seu lindo modo de sorrir quando me vê.

Ele precisou ir embora, mudar de casa. O que eu poderia fazer? O amor de infância estava mudando? Meu primeiro amor iria me deixar?

Finalmente o abracei com todas minhas forças e em meu rosto escorria algumas lágrimas indo em direção dos meus lábios me fazendo sentir o gosto salgado, tão salgado quanta a saudade que sentirei dele.

— Se cuide, Jimin. Volte para me visitar, uma vez por mês, pelo menos. -digo chorando. 

— Eu sempre te amei.

— O que? -pergunto com a voz tremula.

— Eu voltarei para te ver. Me desculpa não ter falado antes...

Ele se explicou e eu estava tão feliz, mas ao mesmo tempo tão triste pela sua partida.

Jimin estava se mudando para outro país devido o trabalho de seus pais.
Foi o último abraço naquele dia e durante alguns meses ou anos.

— Espere por mim. Eu voltarei por você.

— Eu estarei sempre aqui.

Ele da um sorriso e vejo ele partindo. 

— Volte logo, Jimin...

***

Nos ver pela por uma tela de notebook não era o suficiente. Ele era discreto ao mesmo tempo muito tímido, mas dizia coisas doces que enchiam meu coração de amor e de saudades.

— Faltam apenas duas semanas para nos reencontramos, depois de sete meses distante. Estou ansioso.

— Sinto sua falta, Jimin. As coisas realmente mudaram sem você aqui.

Sim, realmente haviam mudado. Nas primeiras semanas que ele estava longe, eu sofri. Eu sentia sua falta ao sair de casa, tinha impressão de ouvir sua voz, mas não o encontrava e às vezes até sentia seu cheiro. Por algumas noites solitárias depois de conversar com ele pelo celular chorava querendo sua presença. Podem pensar: "mas pelo menos vocês se falam". Mas eu os digo que isso me ajudava sim, mas querer ele por perto era algo que nada podia substituir. Um relacionamento a distância? Eu estava em um. 

Era nosso último ano do ensino médio. Jimin iria voltar quando suas aulas acabassem, daqui duas semanas.

Durante essas duas semanas, me preocupei com as provas finais, procurei uma faculdade que pudesse me oferecer aquilo que sonhava, moda. Iria fazer o vestibular faltando dois dias para volta de Jimin e o resultado sairia no dia de sua volta.

***

Finalmente o grande dia. Estou no aeroporto ansiosa querendo o ver. O procuro entre as pessoas que saiam por aquele enorme corredor e finalmente vejo.
Meu coração dispara e a pernas ficaram sem força alguma. Ele me vê e acelera seus passos com sua bagagem, chegando até a mim soltando tudo que havia em tua mão e me abraçando forte.
Finalmente nos olhamos e vejo teus olhos lacrimejados.

— Eu senti muito sua falta. -disse Jimin

Finalmente nos beijamos. Um beijo de saudades e de urgência um pelo outro.
Um beijo que eu pude falar que o sentimento que senti durante um bom tempo estava sendo totalmente retribuído de uma forma sincera, calma e cheia de afeto.

 ***

Estou sentada na cama encostada na parede e Jimin ao meu lado.

— Passei no vestibular!

— OH! Sério?! Meus parabéns, querida. Vai dá tudo certo daqui em diante.

— Ficará quanto tempo? -digo um pouco animada.

— Essa semana. Preciso resolver as coisas da faculdade.

A animação vai embora

— Jimin... Eu tenho medo.- digo com a voz baixa.

— Do que?

— Estamos pouco tempo juntos e tivermos que esperar sete meses. Eu amo você, mas tenho medo do tempo. É um relacionamento a distância, nunca sei se você vai voltar no mês seguinte. Vocês estavam estabilizados no novo país em dois meses e você pensou que poderia estar me encontrando no mês seguinte, mas demorou mais que isso. Eu tenho medo e tenho, infelizmente, minhas inseguranças. - digo fazendo ele me olhar e suspirar.

— Durante os cinco meses que fiquei longe de você conversei com os meus pais que gostaria de morar sozinho. Quero fazer minha faculdade aqui na cidade para ficar próximo de você. Eles aceitaram, porém pelo menos em dois em dois meses precisaria visitá-los e depois de terminar a faculdade me mudar para lá. Eu aceitei, mas peço que venha comigo depois do término da faculdade.

Mal acreditei em suas palavras. Eu estava feliz, muito feliz. Jimin iria deixar muitas coisas para trás. Isso era um sonho? Eu não sabia. Cada vez mais tinha certeza que era ele.

Depois de um mês, Jimin veio para minha cidade e ficou morando em um simples apartamento.
Durante o período da faculdade inteira sempre nos vimos quando dava. Não estudávamos na mesma faculdade, mas sempre íamos nos ver. Tínhamos nossos momentos de brigas, pois não somos perfeitos. Brigamos, mas conversamos depois sobre a briga e ficávamos em paz. O amava a cada segundo, cada parte de seu corpo e seus fios de cabelos. Ele me fez surpresas, eu fiz surpresas a ele. Ficávamos a toa assistindo um filme comendo besteira.
Arrumamos estágio enquanto a gente estava na faculdade e nosso tempo diminuiu. Dormia as vezes em seu apartamento e também cancelamos muitos encontros.
Foi difícil, mas conseguimos terminar a faculdade juntos.

Uma guerra estava aberta. Meus pais não queriam permitir minha ida.
Jimin foi e eu fiquei. Chorei durante algumas horas e até pelo telefone.

— Querida, não chore. Vai ficar tudo bem.

Essa distância durou exatamente um ano inteiro. Não direi para vocês que foi fácil. Jimin não podia me visitar por causa do seu novo trabalho, eu não poderia estar indo por causa do meu trabalho. Falávamos pelo Skype e pelo celular e quase terminamos.

 — Você não sabe o quanto estou triste por não poder te tocar. Por favor, não desista.-digo aos prantos.

— Não desista de mim também. Em breve estaremos juntos. -disse colocando a mão na câmera do notebook fazendo que eu colocasse a minha também porque era o único contato que tínhamos.

Jimin e eu fizemos uma conta bancaria e durante o um ano colocamos dinheiro nela, com a ajuda do meus pais e dos dele. Conseguimos um dinheiro para comprar um pequeno apartamento em uma cidade próxima da onde eu moro que era onde havia uma afiliada da empresa que ele trabalhava, e ele seria transferido para lá.

Jimin novamente voltou para meus braços. Moramos juntos nesse apartamento e sinceramente foi ótimo, mas não sabíamos que seria tão difícil. Ambos haviam manias insuportáveis e sentíamos raiva disso. Mas os poucos fomos nos ajeitando e ele me pediu em casamento depois de dois anos morando juntos.

— Quer casar comigo?

— CLARO QUE SIM! -digo gritando.

O resto vocês já sabem.
Nosso casamento foi simples e lindo.  Amava suas qualidades e defeitos, amava o seu sorriso e suas ironias. Ele me amava. Amava meus defeitos e qualidades, amava minha ignorância e minhas péssimas piadas.

Durante minha vida eu fui feliz. Jimin foi o homem que me amou com todas suas forças e eu sempre o amei como se fosse a primeira vez.