🦋 05- Reaprendendo
— Tinta? — perguntou quando seus pés pisaram no ambiente, Seoho não tinha a mesma visão de Keonhee, quadros pintados em desenhos lindos. Pinturas que Seoho tinha muito orgulho de mostrar, foram tantas chamadas de vídeos naquele lugar, Keonhee sorriu ao lembrar que ele estava a pintar quando decidiu fazer uma chamada, Seoho colocou sobre o tripé e foi mostrando a ele a bela obra de arte que pintava, era um campo e nela continha muitas borboletas. O quadro estava a frente de Seoho, mesmo ele não enxergando sentia que tinha algo mais que importante a sua frente. — Keonhee, eu pintava?
— sim senhor. Essa sala é sua e nela estão os quadros que o senhor estava pintando. — pegou a mão de Seoho e o guiou até o quadro que ele estava pintando — pelo visto estava a pintar esse quando tudo aconteceu. — não quis dizer nada do acontecido e nem que havia o visto alegremente pintar aquele quadro.
— o que está faltando nele?— tocava no quadro, não sentia nada, apenas o áspero da tela e o cheiro das tintas sobre ele.
— alegria, ele apenas está no azul do céu com um campo verde.
— o que eu estava pintando?
— era uma borboleta, e nela estava começando o arco-íris, o senhor parou somente no preto dela, pelo visto ia começar as asas.— explicou, Seoho meio desajeitado foi tocando nas coisas e sentindo cada uma, o relevo delas poderia usar isso para voltar a pintar, seu desejo de artes não tinha se ido com sigo, o problema era como desenharia sabendo que não enxergava nada. — senhor?
— Keonhee, quero que me guie aqui. Quero sentir e saber o que estou fazendo, me diga o local como é e o tamanho da tela que estou a pintar.— Keonhee se aproximou dele e ficando com o rosto próximo do mesmo apoiando em seu ombro começou a lhe guiar para saber o que era o que. A sentir cada movimento.
Hanseo ao entrar no corredor que guiava até o quarto do filho vê a porta do ateliê aberta, se aproximou da mesma e não teve como não sorrir ao ver a cena do seu filho aprendendo a sentir as texturas e ainda mais a voltar a pintar. Não pode segurar as lágrimas que caíram sobre seu rosto, saber que aquele era o quarto do filho, e que aquele lugar era transposto a alegria do menor, onde ele chegava da escola e corria para ali, e chorando pelos meninos da escola lhe ferirem ele descontava nas telas em branco desenhando algo que lhe acalmava.
Seoho para si sempre foi um filho especial, ele sempre tinha um belo jeito de concertar as coisas, e sabia que aquele dom vinha de berço, sua mãe sempre foi uma mulher calma e alegre, nunca se arrependeu de ter se casado com ela, e quando a notícia havia chegado sobre a gravidez, parecia que o mundo havia ganhado brilho de ouro. Que aos poucos começou a se ofuscar, a gravidez se tornou algo de risco, e no nascimento do seu menino levou a vida de sua esposa.
Porém, nunca disseram a Seoho ser sua culpa da grande mulher de sua vida ter morrido na quelé dia, parecia que Seoho era algo muito especial, era um pedaço dela que caminhava sobre aquela casa. Se tornou pai solteiro até os dezoito anos do filho, para o quase perder num acidente na boate. E agora estando com ele ali, percebia o quanto seu amado filho era importante a si. Resolveu sair do local, seguindo para seu escritório, não estava com muita fome então optaria para organizar tudo para seu filho começar a fazer dali por diante.
Keonhee ficou a observar o movimento do pincel, era como ver uma mágica acontecer, o objeto molhado em tinta branca fazia o movimento certinho sobre a tela que antes estava tampada e cheia de pó. A mente de moreno era incrível, imaginando bem o quadro na sua frente e as paletas de cores ao qual Keonhee havia lhe ensinado , assim a paisagem começou a ganhar vida, a concentração dele era surreal.
— amor não vai— a voz de Jackson invadiu o ambiente e Seoho levou um susto fazendo o pincel cair de seu dedo e estragar a pintura que estava a fazer, Keonhee olhou assustado segurando o jovem em seus braços, mas ficou mais triste em ver a terrível mancha que tinha na borboleta que ganhava vida. — o que quer aqui pintando? Você nem pode enxergar e quer ficar a pintar. Vamos amor, quero tomar café, tenho que sair.
Keonhee sentiu um ódio daquele homem que a sua vontade fora de lhe dar um soco na cara, sabia que Seoho não era noivo dele, e muito menos o conhecia, já que Seoho nunca se quer mencionou outro nome ou homem a não ser seu pai. Olhando para o menor, viu que ele estava de lábios abertos olhando reto, seus olhos estavam cheios de lágrimas, nunca pensou que aquelas palavras poderiam sufocar o menor.
— jovem mestre, está tudo bem? — o moreno menor se indireito sobre o banco que sentava, e secou as lágrimas com a mão suja de tinta marcando o rosto suave do mesmo, Keonhee queria rir daquela cena, porém ver a dor no olhar do menor era muito pior. Limpou o rosto do mesmo que ficou parado, e assim que terminou pegou a mão do jovem.— senhor, não deixe que pessoas falem assim para você. Seu talento ninguém pode roubar, nem mesmo o seu acidente. Então, continue a fazer o que achas que precisa ser feito.
— obrigado Keonhee, eu irei sim. Não desistirei de me sentir bem novamente como me senti agora. Vamos tomar café, não quero estressar ele novamente. — concordando seguiu a guiar o mesmo novamente a saída, Seoho voltou a aprender cada canto da casa até a mesma de café. Na frente do menor estava o jovem moreno alto, o mesmo olhava pra Seoho com nojo e repulsa, como se estivesse vendo um saco de lixo ou algo muito pior que a mente de Keonhee ainda não tinha imaginado.
Além do mais, estava desconfiado do homem ali, era muito estranho ele estar agindo assim se dizia ser noivo do menor, claro que na mente do mesmo era a maior mentira nem tanto Seoho sempre dizia que nenhuma mentira era dita a Keonhee, já que seus lábios arrancavam as verdades. Ajudou o menor se sentar, Seoho apoiou as mãos a frente do corpo, não seria nada fácil saber o que estava a frente dele.
Jackson iria surtar em ódio, já que ele não servia para nada, era só mais um ceguinho que precisava de atenção para não fazer nada errado. Aquela intensidade Seoho começou a sentir, como uma áurea negativa estava ao seu lado. Keonhee tentou então quebrar aquele clima antes de ver o menor agitado.
— meu senhor vamos por partes, a sua frente está o prato, em formato redondo — Seoho começou a tocar de vagar e sorrindo em resposta de sua conquista — a direita está a xícara de chá que vais beber, toque pelo piris assim não queimara a mão. — seguindo a sua dica Seoho conseguiu descobrir onde estava cada coisa e assim levou o chá a boca e provou suavemente. — a sua esquerda está os talheres. Vá descobrindo lentamente qual é qual e mantenha no mesmo lugar. — assim seguiu a fazer, estava gravando tudo e logo que memorizou pegou os talheres e começou a comer um belo bolo de frutas que estava servido no prato seu.
Seu namorado olhou para si, vendo que o guarda costas parecia ser muito mais prestativo que si, achando isso estranho, sua mente então começou a pensar que poderia ele gostar do jovem Seoho, e isso colocaria o seu plano completamente para baixo, negando isso sabia que precisaria estar mais prestativo com o menor também coçou a garganta.
— desculpa por aquelas palavras. Eu juro que me senti mal em saber que meu amado não pode mais pintar — se desculpou forçado, Seoho não era tolo, seu novo talento de poder ler o som da voz que ambos falam percebeu que ele não estava falando do coração, dando de ombros sorriu de leve bebendo seu chá com cuidado.
— está tudo bem Jackson. Eu vou voltar a pintar mesmo eu não podendo ver. Keonhee, pessa para mim materiais que sejam relevadas para pessoas com problemas de visão.
— sim senhor.— se curvou, Jackson olhou com fúria, vendo o sorriso vitorioso sobre os lábios de Keonhee.
— agora se me der licença, eu tenho uma reunião com os acionistas para apresentação do novo líder no lugar de meu pai — se levantou devagar da cadeira, pegando a bengala batendo sobre o chão de leve começou a caminhar sabendo que Keonhee o seguia atrás. Jackson socou a mesa com força e rosnou em raiva, poderia ele ter muitos problemas com o Seoho. Ele logo mandou mensagem para Harin, a mesma que estava deitada sobre a cama comendo morangos numa tigela de vidro. Ela sorriu, não tinha como não sorrir com a mensagem alheia.
Eu quero acabar com esse merda cego.
Por que chorasse meu amor? Hum? Eu disse que vou matar ele. Vou torturar ele. Vou destruir a vida do Seoho.
Então trate de uma vez. Não quero ficar namorando esse inferno de menino. Ele não é burro. Pode ser cego mais não é burro.
Não se preocupe, já estou com meus planos em ação. De um jeito ou de outro eu vou acabar com a vida dele. Bem devagar.
Eu acho bom. Vou lá, tenho que lidar com a empresa.
Te amo meu amor. Boa sorte.
Também te amo.
Assim a mensagem chegou ao fim, ela deu uma alto gargalhada, já que os planos dela estavam começando a dar seu início. Ela se levantou fechando seu Hobe e foi até a sacada de sua janela sentindo o sol sobre sua pele.
— espere Seoho, sua vida está por um fio de acabar.— gargalhou novamente assustando seus empregados na parte de baixo que limpavam.
Entrando no carro Seoho estendeu a mão para não cair, mas quando foi entrar acabou batendo a testa com força gemendo manhoso, keonhee segurou ele no colo e o colocou sentado.
— senhor, tome mais cuidado. Eleve sua mão acima da cabeça para saber onde fica a porta.— Seoho massageando a testa atingida concordou com um biquinho, o que lhe deixou fofo, Keonhee sentiu uma louca vontade de beijar ele, mas não podia entregar de vereda seus sentimentos pelo menor, nem tanto queria que ele lembrasse dele.
Assim que entrou no carro,seguiram a estrada para a empresa do senhor Lee Hanseo. Esse que já estava lá esperando para dar a boas vindas ao filho e nomear o mais novo dono da empresa e líder. Seoho estava um pouco ansioso, seus dedos mexiam freneticamente mesmo que não vendo nada que acontecia ao seu redor, ele enxergava apenas claridade, mas nada era formado, havia cores e tudo, porém não tinha forma nenhuma em sua visão. Manchas, era isso que via, manchas. Sentiu sobre sua mão algo ser colocado, sabia que o toque era de Keonhee, por se lembrar da pele que o mesmo tem.
— é um óculos, para não danificar mais a sua vista com a claridade da luz. — Seoho sentiu sobre a mão pra colocar no rosto, quando colocou sorriu.
— eu fiquei bonito?— keonhee não conseguiu deixar de gargalhar, e alisando a mão do menor concordou.
— sim senhor. Ficou elegante — o menor sorriu com sua resposta, nela havia uma verdade, sorriu envergonhado. Keonhee soltou a mão do mesmo corado e logo virou pra frente, o motorista segurava o riso. Keonhee faz um sinal para ele não rir e seguir a estrada.
Depois de alguns minutos a mais, eles chegam no estacionamento privado da empresa, Keonhee não podia entrar, já que a reunião era dos empresários logo viu ali o jovem Dongju acompanhado de um jovem mais menor que Seoho.
— Seoho! Que pena que não lembra de mim— abraçou o pequeno loiro, Seoho ficou em choque por segundos, já que não sabia quem era. — eu sou o Kim Hwanwoong, éramos colegas de aula, seja bem vindo a sua empresa.
— prazer Hwanwoong, eu sinto muito não poder lhe ver e nem lembrar. Mas fico grato que esteja aqui.
— sempre meu jovem. Sou um anão, e não tenho nada de diferente. Apenas um carinho por você meu amigo. Vamos? Seu pai lhe espera.
— obrigado. Vamos sim. Estou animado.
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