🦋 03- Reencontros
Não foi fácil, dois anos se passar e ver seu filho deitado sobre a cama de um hospital, respirando por aparelhos, tendo uma montanha russa de melhoras e pioras. Mas claro que Hanseo não tinha desistido do filho, mesmo que haviam pedido a si, desligar os aparelhos era a mesma coisa que cometer um assassinato, e ele não queria perder seu único filho. A empresa havia deixado um casal amigo do menor como administradores do prédio, seguindo o fluxo por esses dois anos em que não saira do lado do filho.
Quado os médicos se surpreenderam com a melhorar do garoto, ficaram sem jeito dizendo que Seoho estava começando a reagir, seu pai sorria mesmo assim, saber que seu filho estava despertando do coma ao qual passou por dois anos.
Porém não foi como pensávamos, Seoho despertou de seu coma mas ainda andava em trevas, médicos corriam para tentar saber por que o jovem Lee Seoho havia perdido a visão. Os médicos fizeram exames, e Hanseo apenas tentava falar com o filho que não lembrava de nada. Nem de seu nome.
— a perda de memória já imaginávamos que ele teria, a pancada no acidente fora feia, imaginávamos que seria assim. Nós avisamos ao senhor que poderia ocorrer esse risco. — o médico tentava explicar ao homem sobre tudo com a maior paciência. Seoho ouvia a conversa parado, sem se mexer, mantendo seus olhos fixo em algo que não via. Sua mente estava uma caixa vazia não lembrava nem se quer do homem que dizia ser seu pai. Tudo em sua cabeça acabou sendo apagado de vez, e isso incluiu aquele que um dia ele amou.
— mas ele vai recuperar a visão? Ele vai? — o médico olhou meio triste, não sabia como ele tinha perdido a visão, e não sabia como ele poderia recuperar.
— perdão, pode levar ele ao médico, fazer exames nas vistas quem sabe seja um processo mais lento, porém pode haver uma saída. — Hanseo concordou e depois de conversar sobre os medicamentos do seoho ele voltou ao quarto, sentando ao lado da cama de Seoho, tocou em sua mão dando um leve susto em seu filho.
— desculpa meu anjo. Isso tudo é culpa minha, eu devia ter cuidado de você— Seoho entendeu que a voz era de choro do Homem ao seu lado.
— está tudo bem pai, tudo vai se resolver. Eu vou me lembrar de tudo e recuperar a minha visão. Eu tenho certeza que vou. — sorriu angelical, Hanseo sorriu e beijou a mão do filho.
— você tem razão, meu filho, eu acho que para lhe proteger melhor eu vou contratar um guarda costas para você, nem tanto como vou te proteger assim? — indicava seu corpo cansado, Seoho sorriu negando.
— esta tudo bem pai, pode fazer como achar melhor. — Hanseo sorriu e abraçou o filho, quando uma voz entrou no ambiente em prantos.
— meu amor! Meu amor você acordou! — sentiu alguém lhe apertar, estava confuso com o que ouvia e sentia que não sabia como reagir.
— amor? — foi a sua dúvida, o jovem se afastou de si, e segurou sua mão de leve.
— você não lembra de mim? Sou seu namorado o Jackson — Seoho ainda estava confuso, não lembrava de nada, imagina se tinha um namorado.
— eu sinto muito. Mas eu não lembro e não enxergo você. Por isso eu não o reconheço— o homem fingindo um choro falso pegou a mão de Seoho e beijou a mesma levemente.
— esta tudo bem meu amor. Mesmo que isso esteja acontecendo com você, farei lembrar de tudo. E todos os nossos momentos. E mesmo que não lembre de mim eu o amo igual. — beijou sua testa, Seoho sorriu grato em ouvir aquilo, ele estava feliz em saber que tinha pessoas ao seu lado que se importavam com sigo. Logo no ambiente o som de um salto ecoou. Ela chegou ao lado do Jackson olhando em seus olhos ecoando aquele aroma de desejo e crueldade. Pegou a mão de Seoho suavemente e fazendo carinho começou a chorar.
— então não lembras de mim. Sua amiga de anos Soso, a Harin— fungava, Seoho ficou com uma expressão triste ao ouvir o tom melancólico da jovem ao seu lado.
— desculpa Harin, eu queria me lembrar, mas não consigo. E ainda mais não consigo lhe ver. — ela sorriu disfarçadamente para Hanseo não ver, um sorriso amargo, cheio de maldade e de injustiças.
— esta tudo bem meu anjo. Nada vai acontecer, estamos com você. — o moreno ao ouvir aquilo sorriu, grato por saber que estava acompanhado de pessoas boas. Sentiu o beijo do namorado nos lábios, mas na sua mente parecia que havia algo errado, ele não sentia nada naquele beijo, quem sabe por que ele não lembrava e ai estava sendo mais complicado, ou era por que havia algo mesmo errado em toda aquela história.
Os dois ficaram ali a conversar com o jovem, contando coisas engraçadas e acontecimentos que Seoho, mesmo que tentasse não lembrava, o horário da visita havia acabado e apenas restou o jovem sozinho no ambiente. Agora deitado na cama naquele escuro ambiente, mesmo que claro aos nossos olhos, Seoho parecia não estar aceitando tudo aquilo, era como se as peças não encaixasse e ele ainda não entendesse toda aquela história que ouvia. Soltou um suspiro até ouvir os paços de seu pai.
— tenho ótimas notícias. Amanhã iremos para casa, você vai ficar de cama lá. — os lábios de Seoho se abrem em um sorriso calmo, sem mostrar os dentes— o que esta te afligindo?
— eu não sei. Só está sendo um pouco difícil para mim, esse problema todo de perda de memória e perda de visão. Esta sendo um baque muito assustador pai. — ele queria chorar, despencar numa tristeza, queria se lembrar de tudo que parecia ser tão bom e na realidade estava naquele mar de dúvidas e escuro.
— meu anjo— Hanseo sentou a beira da cama e abraçou seu corpo frágil— não fale assim, esta tudo bem. É um processo lento, e todos vamos te ajudar. Você tem a mim, o guarda costas que vai estar ao seu lado vinte quatro horas por dia. E tem sua amiga Harin, seus amigos que estão cuidando da empresa em seu lugar. — beijou a testa do filho — fique calmo está bem, eu vou cuidar de você e lhe proteger de tudo e todos.
— obrigado pai— sorriu entre as lágrimas e abraçou seu pai sentindo seu tato, aquele abraço carinhoso que lhe acalmou teve fim somente quando seu corpo amolecer e Hanseo percebeu que o menor havia dormido. Deitou o pequeno sobre a cama e começou a fazer seu trabalho. Sabia que agora estava na corda bamba, e que poderia estar pondo em risco a vida do seu filho e dos amigos dele, precisava dar um jeito antes que aqueles quem quer lhe ver morto viessem atrás de si.
Descendo do avião, o jovem dos cabelos negros passava pelas portas do aeroporto para pegar as malas e seguir caminho de volta ao local que um dia chamou de lar. Pediu para um táxi o levar até lá. Durante o caminho, pensava em somente uma coisa, reencontrar seu namorado, aquele ao qual ele sabia que não tinha morrido, e que só estavam abafando ele para si. E já sabia que o problema na realidade era seu pai.
Durante o percurso ajeitava suas vestes pretas, e a arma que carregava na maleta de prata, Keonhee nos Estados Unidos havia aprendido a ser agente secreto, e como estava inscrito para uma vaga de emprego surgiu a oportunidade de voltar para casa. Iria iniciar no dia seguinte sendo guarda costas de um jovem milionário, na faixa de coisas para fazer estava uma coisa que ele não estava a entender.
— auxiliar ele nas tarefas simples e também empresarias, cuidar para que ele não tome decisões sem serem ouvidas por vós ou por qualquer outro da empresa. Além de tudo ir aonde ele for. — lia tudo, acabou rindo no banco de trás fazendo o taxista ficar confuso. Já que estava ouvindo tudo que ele falava e fazia. — estou lidando com um bebê? Uma criança adolescente?
— pode ser que seja um deficiente senhor— Keonhee parou de rir se ajeitando no banco.
— hum, pode ser mesmo por esse lado — tentou contornar a vergonha passada, logo que chegou em frente a casa pagou o taxista e seguiu a caminhar para dentro da mesma. — cheguei. Alguém em casa? — sua pergunta pairou no ar, um silêncio tão mortal reinava ali.
— jovem mestre? Que bom revelo meu senhor. — se curvou de leve, uma senhora de meia idade, beirando os quarenta e poucos anos estava a sair da cozinha. Keonhee sorriu para a mesma, se curvando de leve em respeito a mais velha.
— por que essa casa está tão silenciosa? Aconteceu algo? — a jovem mulher parecia pensar se devia contar ao mesmo que acabará de chegar de viagem.
— meu filho, eu nem sei como vou te falar isso. — seu semblante estava triste— seu pai faleceu semana passada. Eu sinto muito. Ele havia pedido que falasse a você quando voltasse para a mansão. E como não esperávamos a sua volta tão cedo não imaginei que teria que dizer isso agora. Não deu tempo nem de me preparar. — Keonhee ficou em choque, saber daquilo realmente lhe deu um soco no peito, respirou fundo deixando as coisas ali e saiu da casa. Não ia conseguir ficar lá depois de saber daquela notícia. Pegou o carro do seu pai e seguiu a estrada apenas para parecer a mente.
A velocidade alta, numa rua permitida Keonhee gritava no volante, mesmo que havia se desentendido com seu pai na última vez que se viram, ele nunca odiou o homem, mesmo das ruindades que cometera com sigo, ele ainda o amava e respeitava. E agora estava sozinho no mundo. Sem seu pai era agora um homem só, e ainda por cima dia seguinte iniciaria seu mais novo emprego.
Respirou fundo depois que pôs tudo para fora dirigiu de volta para a mansão, chegando lá explicou a a empregada que estaria agora trabalhando como guarda costas e teria que ter outra casa, já que aquela era longe de onde ficaria. A mesma sorriu em concordância de proteger a casa com a sua família e cuidar do bem precioso que era a má são do jovem Lee. O mesmo sorriu para si e seguiu para seu quarto para poder dormir. Fazendo as higienes se deitou na cama olhando para o teto, estava tão curioso para saber quem seria o jovem ao qual protegeria. E naqueles pensamentos afundou- se no travesseiro e logo dormiu.
A manhã se beirava num jovem com as mãos juntas dentro do escritório da mansão ao qual ele já tinha passado antes. Os nervos estavam a flor da pele, a ansiedade de sua mente não estar pregando uma peça estava super visível.
— esta tão nervoso assim senhor Lee? — Dongju, secretário da família sorriu ao ver suas mãos suadas. — prazer, sou o secretário dos Lees, me chamo Son Dongju.— o maior de curvou de leve sorrindo apenas para passar empatia.
— prazer, Lee Keonhee — as sobrancelhas de Dongju se ergueram, como era radiante ouvir a voz dele, logo entregou nas mãos do mesmo os papéis contendo a lista de fazer do jovem naquele dia, e dos que se seguiriam.
— ele está chegando do hospital. Essa é a lista de remédios, e de coisas ao qual ele vai precisar refazer. Ele ainda não consegue andar, terá muita dificuldade a retomar cada coisa dessa casa. Como guarda costas você terá que auxiliar ele em tudo. Além de o proteger de qualquer coisa. Ainda mais agora nessa situação.— keonhee ficou ainda mais confuso de como o jovem dizia.— a gente vai procurar alguém depois que o ajude com detalhes. Por hora você fica com isso. Tudo bem? Alguma objeção?— negou para o mesmo, Dongju sorriu para si e seguiu o caminho para a entrada da casa com o guarda costas lhe seguindo. E seus olhos se deram com o veículo preto chegando, de dentro dele o diretor Hanseo saiu pela porta da esquerda, e quando seus olhos bateram em quem saia a sua frente teve o mundo todo parado naquele momento.
— não pode ser você — seu reencontro com quem amou e nunca mais lhe procurou estava ali, Lee Seoho estava na sua frente sorrindo levemente como se não o conhecesse. E isso Keonhee não estava entendendo.
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