🦋 02- Memórias Amargas
A música era alta, e o ambiente já se mostrava quente com tantos corpos em movimentos, Seoho nunca se incomodou com aquilo, parecia que a música e a dança, junto as bebidas alcoólicas faziam parte de si. Sempre fora um jovem que o divertimento chamava por si, e que não tinha muito do pensar no dia seguinte ou futuro. Porém, agora mais adulto, sabia que a vida não era só diversão, e que no dia seguinte teria que estar intacto para a mudança de cidade.
Sua atenção seguiu a mão que alcançava sua cintura, sentindo a mesma ser apertada num toque de possessão, esse quem ele sabia que tinha total controle sobre si, seus olhos subiram para o rosto que respousou sobre seu ombro, vendo na face do jovem Keonhee um pequeno bico nos lábios.
- o que houve? Não está se divertindo? - levou o copo colorido aos lábios bebendo suavemente o líquido que havia dentro.
- mais ou menos- seus olhos negros foram para seu rosto. - eu estou meio triste em saber que meu amado vai embora. - Seoho acabou por gargalhar.
- oh meu querido. Eu não vou embora para outro país. Estou indo só para a cidade de Busan. Não sei pra que todo esse drama. - suas mãos seguraram o rosto de keonhee, esse que não desviou o olhar dos olhos de Seoho.
- mas mesmo assim. A minha faculdade ficou aqui em Seul. É uma viagem longa de lá até aqui. E ainda temos estudos até nos finais de semana. - Seoho pareceu pensar um pouco, ele realmente ficaria com pouco tempo de visitar seu pai e seu namorado.
- eu entendo, realmente ficará bem difícil. Mas não será impossível- seus lábios abriram um belo sorriso, Keonhee retribuiu o sorriso juntando seus lábios ao do Seoho. Dando inicio ao beijo calmo e misturando os gostos dos alcools, um beijo suave, que demonstrava um desejo ao qual Keonhee sentia por ele. Um sentimento ao qual ele não queria nunca se afastar. Mas por que em seu peito sentia uma dor como se aquele fosse o último momento. Como se aquele fosse a última noite. Tentou retirar aquele sentimento de dentro de sua mente e coração, para apenas focar em seu garotinho.
O beijo parou quando o ar já se fez ausente em ambos, olhou nos olhos de Seoho que se abriam devagar, teve a admiração mais perfeita sobre o mesmo, percebendo que aquele garoto era mais que a perfeição. Pegou a mão de Seoho erguendo até seus lábios depositou um beijo, parecia que o redor deles havia parado no tempo, como se Seoho estivesse em um dos seus sonhos onde cada arfar era um suspiro de paixão.
- Seoho - sussurrou no ouvido do menor quando seu rosto se aproximou do ouvido alheio, fazendo uma onda de choque percorrer pelo corpo de Seoho arrepiando seus pelos. - queria dizer algo a você- os olhos do moreno menor miraram ele, parecia confuso, porém havia entendido que Keonhee queria era privacidade.
Pegando a mão do jovem, começou a desviar das pessoas na volta e a procurar a entrada para as salas vips onde possuía os quartos mais luxuosos do ambiente. Seoho achando a escada começou a subir até entrar na primeira porta que viu, vendo ali um quarto vazio. Os dois entraram no ambiente, Keonhee lentamente fechou a porta atrás de si.
- o que queria me falar? - a voz estava receosa, Keonhee achou graça do medo do mesmo, se aproximou do moreno e segurou com as duas mãos seu pequeno rosto, fixsando seus olhos nos dele.
- eu nunca me abri com ninguém. E passando pelo que já passamos juntos. Ficando. Achei que essa noite tínhamos que dar um ponto no que seria nossa relação. - os olhos do menor estavam brilhantes como as estrelas no céu noturno, e Keonhee novamente se apaixonara por aquele menino - Lee Seoho, aceita ser meu namorado? - como negar aquilo, como dizer que não se o que sentia era três vezes mais que uma paixão. Acenando em lágrimas de felicidade concordou.
- sim, eu aceito- aquela noite era mágica para Seoho, não tinha coisa melhor que ambos saberem que seus sentimentos eram correspondidos, e que agora estavam oficializando o namoro. Keonhee retirou do bolso uma caixinha preta e nela continha dois aneis de compromisso. Um Keonhee pegou e pôs sobre seu dedo direito, e o outro Seoho colocou. Por segundos ele ficou a analisar os pares de anéis, apaixonados eles se olharam, juntando os lábios iniciaram um beijo. E como Seoho sabia que as palavras de Keonhee na mensagem não eram lançadas da boca para fora.
Ainda beijando foi guiando o corpo de Seoho para cama, lentamente foi deitando sobre o objeto coberto sobre um lençol vermelho vinho, começou a distribuir beijos sobre o pescoço arrancando palavras baixas do jovem abaixo de si, Seoho era mais que um pecado, ele era a própria luxúria, e queria de todas as formas obter aquele corpo só para ele. Ambos começaram a retirar suas vestes, Seoho abria a camisa de Keonhee e admirava, já Keonhee abria a sua e ia chupando parte por parte daquele corpo.
Ambos corpos nus, começou então os toques quentes, as mãos de Keonhee passava pelo corpo do Seoho, sentindo seus músculos relaxarem e ficarem tensos ao mesmo tempo, o jovem sabia provocar, e atiçar cada sentimento no amado, seus lábios vinham numa trilha molhada deixando marcas por onde passava até chegar no local que queria. Seoho olhou corado para Keonhee que com seus dedos polegar e indicador acariciava a Glade inchada de seu membro. Estava envergonhado por aquele olhar, mas para Keonhee não deixava de ser uma cena tão sexy e quente.
Tendo a liberação do pedido que seus olhos fizeram, a cabeça de keonhee abaixou, seus lábios começaram a iniciar, beijos depositados, após isso foi engolido por sua boca. E foi ai que a Sinfonia mais gostosa e quente que podia ouvir começou a ecoar em seu ouvido. Os gemidos horas agudos outras roucos dos lábios gordinhos e vermelhos de Seoho. Naquele momento ele sabia que cada som e expressão feita do moreno não era apenas um vício. Era paixão. Quando percebeu que iria fazer o menor gozar parou seus atos recebendo um olhar de desaprovação.
- calma gatinho. Eu nem comecei a te dar prazer- Seoho suspirou pesado ouvindo aquilo dos lábios de Keonhee, com aquela voz rouca. Ele se ajeitou entre as pernas de Seoho, como já havia melado bem a entrada do menor se deu liberdade de entrar. As costas de Seoho subiram, e um gemido sofrido ecoou de seus lábios. A invasão era mesmo desconfortável, porém Keonhee não deixava ele se concentrar na dor. Seus lábios faziam trilhas de mordidas e beijos pela coxa do mesmo, sua mão segurava a perna sobre seu ombro dando mais facilidade de entrar tudo dentro dele.
Assim que ambos estavam prontos, as estocadas começaram a ganhar rítimo, Keonhee ia fundo e acertava o ponto sensível de Seoho, enquanto o mesmo com suas mãos gordinhas fazia movimentos de vai e vem sobre o membro seguindo os ritmos do amado em sua entrada. Não demorou muito para que ambos se entregassem ao prazer, gozando juntos e abafando os gemidos num beijo desejado por ambos.
Alguns minutos depois que conseguiram estabilizar as respirações já estavam de pé, vestindo as vestes que estavam largadas sobre o chão do quarto. Keonhee antes de abrir a porta para eles voltarem a balada abraçou o Seoho prendendo o mesmo em seus braços fortes.
- eu te amo amor- sussurrou, Seoho sorriu como nunca havia sorrido na sua vida.
- eu também te amo Lee Keonhee- beijaram novamente e abriram a porta do quarto, porém os barulhos não eram de música, e o cheiro não estava nenhum pouco agradável. Seoho levou a mão ao rosto e sufocando seu nariz. - o que esta acontecendo? - a sua pergunta ainda não obtinha resposta, somente desespero e o aroma forte dos fios queimados.
- eu não sei. Esta cheirando a fio queimado- Keonhee caminhava atrás de si, quando chegaram ao local do som de desespero estava lá a cena mais aterrorizante. A boate estava pegando fogo, os dois apavorados com o que viam tentaram correr para a saída, e no meio daquela multidão os dois acabaram se perdendo. Mas a saída Seoho não conseguia achar, mesmo que pedisse licença ou que chamasse para o deixar passar não conseguia nem se quer se mover do lugar, sua respiração estava sufocada com o cheiro da fumaça. Tentou achar outra saída.
- deve haver uma porta dos fundos- exclamou para si, saiu do meio do povo, correndo em direção ao local onde ficava a cozinha dos que serviam as bebidas. Mas antes mesmo que pudesse chegar perto da entrada, uma das vigas queimadas caiu sobre sua cabeça. Seu corpo fora para o chão sangue escorrida entre seus fios negros. Seu rosto sujo de fuligem. Estava agora Lee Seoho desacordado no chão.
Keonhee quando conseguiu sair para a rua, procurava seu amado entre os jovens que iam saindo, outros caindo no pés e sendo esmagado por aqueles que queriam sair o quanto antes. Era uma cena devastadora, seus olhos ao longe, viram dois caras altos com gasolina e esqueiro, aquele fogo não foi um acidente, ele fora forjado. O intuito era matar alguém ali, mas quem era o alvo?
Quando se deu conta tentou voltar lá dentro, Seoho era o alvo que levaram com sigo muitos mortos. Quando iria prosseguir, alguém agarrou seus braços e o puxava para trás.
- não! O seoho! Ele precisa sair. Me solta! - eram os guardas de seu pai, jogaram ele dentro do veículo preto, e deram partida, Keonhee batia no vidro desesperado, vendo a boate se afastar de seus olhos, e saber que seu amado poderia ter se tornado um dos mortos dentro daquela boate. Keonhee não suportando a dor e o choro acabou desmaiando e seguindo a viagem sem ver mais nada.
Ambulâncias e bombeiros chegaram a tempo do pior acontecer, Seoho fora resgatado com poucos batimentos. Levado as pressas ao hospital entrou na emergência sendo logo atendido pelos médicos profissionais. Hanseo quando soube da trágica notícia sentiu o mundo inteiro desabar, chorando em pratos sem ninguém para o consolar correu para o hospital, ficou horas e horas esperando pelo menos uma notícia do seu amado filho, rezando a todos os deuses existente que salvassem o seu filho da morte. Sabendo que tudo aquilo era culpa dele, que tudo aquilo fora culpa dele, se amaldiçoava se o filho não saisse daquela bem.
Na casa, Keonhee era arrastado até a sala de seu pai, um homem se nenhum pingo de amor, parecia a sombra negra de um espirito maligno parado sobre a escuridão da sala iluminada apenas pela luz da lua. Keonhee fora jogado sobre o chão de madeira, olhou para o homem com raiva e repulsa.
- por que fez isso?
- eu não tive nada haver com o incêndio, mas vejo que essa é a melhor coisa ter acontecido. Você vai estudar em outro país. Amanhã mesmo você vai embora. E como seu namorado esta morto. Não precisa mais viver aqui me dando prejuizo. - um ódio cresceu sobre o peito de Keonhee, que tentou avançar contra seu pai, mas fora segurado por dois guardas fortes.
- eu te odeio. Eu não vou a lugar nenhum. E meu namorado esta vivo. - respondeu a gritar, todas as frases ditas com nojo e discórdia, nem tanto não acreditava que aquele fora mesmo o fim de seu namorado.
- você simplesmente vai aceitar esse destino. Acabou. Eu não vou mais aceitar birras nojentas sua. Entendeu? Levem ele e o ponham no avião amanhã mesmo. Acabou Lee keonhee, eu mando aqui. - arrastado Keonhee foi levado para o quarto que já estava com tudo pronto para a sua mudança. Queria poder gritar, mas a dor da perda de nunca mais ver seu amado era a mais sofrida de todas. Saber que tudo acabou aquela noite. Keonhee pode enfim chorar, como nunca havia chorado antes.
E Hanseo, caindo sobre seus joelhos num grito de dor, recebeu a drástica notícia, seu filho estava em coma, e ninguém sabia quando aquele anjo poderia acordar de volta. E nem como seria após ele despertar. Aquilo tudo havia virado memórias amargas de uma dor jamais esquecida.
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