Casa do Pai
Quando me vi, eu era uma criança novamente e usava uma longa veste branca.
A parede dourada à minha frente se dissipou. Assim que olhei para a paisagem à minha frente, vi um jardim enorme, com grama verdinha que se estendia por quilômetros. Nessa grama, árvores altas, baixas, pontudas e redondas. Verdes, amarelas, rosa... de todo tipo.
Ao fundo, montanhas enormes cobertas de neve cercavam em cordilheira o jardim. Descendo de uma das pontudas montanhas, um rio serpenteava por aqui e ali, antes de cruzar de leste a oeste.
Sobre ele, uma ponte dourada subia e descia, levando ao pátio de um castelo dourado com altas torres.
Ao olhar para a direita, percebi uma figura alta e vestida com uma roupa branca. Ao me virar, meu coração se comprimiu quando encarei Jesus. Ele usava uma coroa e tinha cabelos castanhos compridos.
Ele sorria para mim com amor e compaixão. Veio até mim e me ergueu, abraçando-me e logo em seguida me segurando em seu colo, apontando em uma direção.
Assim que olhei, vi duas asas brancas se desenhando no ar. A partir delas, mais alguém surgiu. Ele também usava uma longa veste branca e parecia mais velho que Jesus, e era levemente transparente.
Era o Espírito Santo, o meu amigo!
Estiquei meus braços para ele, então ele veio até mim com olhar gentil, tocando levemente minha cabeça em sinal de carinho.
Ele e Jesus fecharam os olhos por alguns segundos, enquanto sorriam. Logo que abriram os olhos, caminharam até o pátio do castelo, enquanto Jesus me levava em seu colo.
O pátio do castelo estava cheio de outras crianças! Uns pegavam maçãs das macieiras, outros brincavam com os passarinhos e eu tenho quase certeza que vi alguém se segurando firmemente em um cavalo que corria descontrolado!
As flores nasciam aqui e ali, o sol era brilhante e acolhedor, mas não era tão quente. Ele fazia brilhar a neve no topo das montanhas e a água do rio.
Olhei para cima, para a direção de onde eu tinha vindo e apontei para lá. Havia uma nuvem enorme e, no meio da nuvem, um castelo menor e mais simples, sem tantas torres.
Jesus e o Espírito Santo se elevaram para alcançar o castelo. Jesus apenas planou, enquanto o Espírito Santo bateu suas asas.
Assim que chegamos ao castelo das nuvens, Jesus me colocou na nuvem e foi abrir a porta com o Espírito Santo, cada um empurrando uma folha.
Quando a porta se abriu, veio um clarão cegante, que logo cessou. Ao entrar, percebi que o teto era tão alto quanto os das antigas catedrais. Do chão até o teto, anjos voavam batendo as longas asas e dizendo "santo, santo, santo".
Anciãos estavam organizados pelo lugar, todos vestidos de branco. Levei meus olhos até o final da sala, onde havia um trono grande e dourado. Sentado nele, o Pai. Usava uma coroa parecida com a de Jesus, mas ele, fisicamente, era maior. Ele era enorme!
Do trono, ergueu sua mão para mim. Disparei correndo até ele, e não parei até que seus braços me alcançassem e ele me colocasse em seu colo.
De dentro do castelo, o mesmo parecia ser feito de vidro translúcido, pois eu conseguia ver o céu através dele. Mas lá de dentro, o céu estava de várias cores, como se fosse um eterno pôr-do-sol. Era rosa, laranja, lilás, azul...
De repente vi Jesus se achegando, e agora ele também estava do tamanho do Pai. Assentou-se à direita, enquanto eu encarei o Espírito Santo atravessando a sala até nós com toda a sua majestade e glória.
Lindo! Lindo! Lindo!
Logo em seguida várias outras crianças entraram. Alguns deles eu conhecia, outros não. Eles correram até os tronos e se lançaram sobre Jesus, o Pai e o Espírito Santo, abraçando-os. Eu abracei o Pai o mais forte que pude, junto com eles. E o Pai nos abraçou de volta.
E eu moraria naquele abraço para sempre.
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