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Ataque de Gorgols

O pequeno grupo de "viajantes religiosos" estava com sede. De manhã eles haviam bebido o que restava na jarra de água que a Grande Ama trouxera com ela, mas agora não havia um pingo de água, mas pelo menos havia um pouco de pão seco.

Pelo menos agora eles já estavam no reino de Tahrl, e já era de tarde, lá pelas cinco horas, quando eles chegaram a um pequeno vilarejo de Tahrl, chamado Dortal. O vilarejo era pequeno e simples, e lembrava a Kenner Joachen, a vila onde havia vivido até pouco tempo com Petal, porém o povo de lá era mais inseguro. Cada um carregava sempre uma arma, mesmo que fosse uma foice de arado, e haviam vários guardas postos por algum lorde para proteger a vila, mas todos tinham equipamentos precários, diferentes da guarda de Joachen que havia sido derrotada pelos homens de Darlon.

Essa precaução toda era contra ataques dos temíveis gorgols da tribo Xarwa. Haviam várias tribos de gorgols, porém as três mais poderosas, que controlavam as outras, eram Xarwa, Rohrka e Baluan. A tribo Xarwa, antigamente, ocupava todo o extremo sul de Taurolen, onde agora há o reino de Tahrl, porém com a chegada dos humanos, aos poucos, o domínio de Xarwa se reduziu apenas à algumas terras no sul/leste, e a tribo estava extremamente fraca, mas oferecia resistência de suas terras e direto fazia ataques de fronteira a Tahrl, saqueando o que podiam e levando escravos, e de vez em quando conseguindo alguma terra que logo era retomada pelos humanos. 

Os habitantes de Dortal, que ficava ao leste de Tahrl e perto da fronteira com os gorgols, sofriam direto com esses ataques, por isso sempre havia guardas na vila, porém eram mandados para lá os piores homens que não seriam utilizados nas guerras contra Rohrka e Baluan, as tribos mais fortes. Porém os habitantes também não podiam mudar de lugar, pois se mudassem eles não conseguiriam novas terras provavelmente e iriam acabar virando mendigos, então estavam presos àquela vila decadente que era praticamente um estoque de comida e tesouros para os gorgols de Xarwa.

Kenner, Wilh e a Grande Ama chegaram ao vilarejo, desesperados por água, e a encontraram em um poço lá perto. Viram que daqui há uma hora e meia iria anoitecer e decidiram fazer uma parada na vila para descansar.

Eles foram até uma casa mais agradável do vilarejo.

- Queremos passar uma noite aqui. - Disse Kenner, enquanto a Grande Ama ignorava o aldeão irritado, pois tinha coisas melhores a olhar em sua mochila.

- A casa não está à aluguel. - Disse o aldeão, mau humorado.

Kenner desembainhou Nekrens. 

- Reconsidere a questão. - Pediu com um sorriso gentil, porém com a espada girando perigosamente na mão.

O aldeão não gostou de ser ameaçado por alguém tão jovem, mas com a vista de Nekrens falou:

- Ah, reconsiderei, podem usar a casa. Posso providenciar um pouco de palha para as camas.

E saiu de má vontade para buscar a palha.

Foi quando os gorgols atacaram. Um pequeno grupo, formado de dez gorgols, havia se esgueirado por entre as colinas, e agora apareceram no horizonte. Havia uma pequena torre no centro da vila com um sino de alerta, e o sino soou quando eles apareceram e as pessoas começaram a correr desesperadas.

- O que está acontecendo? - Gritou Kenner.

- Ataque de gorgols!!! - Gritou um aldeão ao passar correndo por ele.

Dez gorgols podem não parecer muito, mas cada gorgol tinha, em média, 2,10 m de altura; os menores dos menores tinham 1,90; e os guerreiros, que eram mais altos, tinham sempre cerca de 2,20 m. E todos aqueles gorgols eram guerreiros. Um só gorgol podia matar ao mesmo tempo uns cinco daqueles guardas despreparados, e só haviam quarenta guardas vigiando o vilarejo.

Havia uma pequena paliçada de madeira que protegia a vila, porém ela ainda não estava terminada após o último ataque de gorgols ter a destruído e os gorgols simplesmente pularam ou quebraram elas.

Os guardas, às pressas, se adiantaram para se chocar contra os gorgols e formaram uma parede de escudos de duas camadas, que era uma estratégia de batalha, em que os soldados usavam escudos para formar uma espécie de parede e atacavam com lanças, porém a parede estava trêmula e havia sido formada às pressas.

O primeiro gorgol já rompeu a parede, se chocando contra os escudos e levando uma lança na coxa no processo, mas isso não o impediu de varrer os guardas com sua grande clava. Os gorgols eram seres imensos com chifres e focinhos de porco, que Kenner nunca havia visto na vida, apenas ouvido falar e sonhado. Eram piores do que nos sonhos.

Kenner desembainhou Nekrens. 

- Wilh, precisamos nos aproveitar da burrice dos gorgols, forme armadilhas simples ao redor, com cordas, para fazê-los tropeçar, e vou tentar segurá-los e atraí-los para aí. - Falou ele com autoridade, mas na verdade o garoto estava morrendo de medo. Porém, pelo que ouviu dizer, os gorgols eram estúpidos, e Kenner iria se aproveitar disso.

Mas mesmo morrendo de medo ele foi ajudar os guardas, que já tinham tido quinze baixas em apenas alguns segundos, e dez feridos sangravam no chão, enquanto apenas um gorgol estava morto.

Um dos gorgols massacrava um guarda com sua clava, Kenner se adiantou até ele. Kenner rugiu um grito de guerra:

- RANVAL!

Reuniu coragem, e pulou alto o suficiente para conseguir acertar a cabeça do gorgol. Ele não teve tempo de fazer nada, e Nekrens se cravou em seu cérebro estúpido. Ele cambaleou por alguns segundos e depois caiu.

- Platin at mos Nekrar! - Kenner ouviu a Grande Ama, em algum lugar ali perto, pronunciando as palavras estranhas, então de repente plantas brotaram do chão e envolveram um dos gorgols, e mesmo ele tentando lutar elas o cercaram e ele acabou ficando sem ar.

Outro gorgol, que estivera lidando com dois guardas e cortou a cabeça dos dois ao mesmo tempo com a espada imensa, se virou para Kenner, furioso.

- Ops. - Disse ele. 

O gorgol partiu em sua direção, e Kenner fez o menos esperado, correu até ele, lutando contra o impulso de fugir. Isso surpreendeu o gorgol, que hesitou e, ao invés de se chocar contra Kenner, parou e preparou um golpe. As espadas dos gorgols eram pesadas e lentas, então Kenner apenas jogou o corpo para o lado e deu um golpe na espada para afastar a lâmina, que ficou cravada no chão. Ele enfiou Nekrens no peito do gorgol, que urrou de dor, porém ele ergueu Kenner com raiva e começou a pressionar seu pescoço. Ele poderia ter esmagado o pescoço de Kenner facilmente porém o ferimento no peito o deixava fraco, e Kenner retirou a espada de seu peito desesperadamente e fincou na mão do gorgol, que o deixou cair no chão, urrando. Kenner então pegou impulso e cravou sua espada uma segundo vez no peito do gorgol, mas ele ainda respirava, e agarrou Kenner de novo. O garoto fez cada vez mais força, enfiando a espada lentamente, e teve uma ideia, chutou a espada do gorgol, que o estava dando apoio cravada no chão. Assim que a espada voou para longe o gorgol quase morto perdeu seu apoio e desabou pesadamente no chão, soltando Kenner, que caiu, vitorioso, sobre o corpo do inimigo morto. Se os gorgols contassem, esse já era o quinto homem que Kenner matava. O número só aumentava.

Ainda haviam cinco gorgols. Eles evitavam a Grande Ama, que havia matado um deles cruelmente, os guardas haviam matado dois e o próprio Kenner dois também. Então dois gorgols dos restantes, que eram bastante habilidosos, um com uma clava outro com uma massa, viram Kenner matando seu amigo e correram atrás do garoto, em fúria.

Pernas pra que te quero! Kenner correu até as casas, já que todas os moradores já estavam longe da vila exceto alguns loucos que haviam se juntado aos guardas, e era lá, entre as casas, que Wilh teria montado as armadilhas. Alguns aldeões que quiseram ficar para proteger seus pertences estavam lá perto, com enxadas de capinar e foices de arado como armas, e encaravam aterrorizados Kenner sendo perseguido pelos dois gorgols. Os gorgols eram muito rápidos, mas Kenner, adolescente nos seus plenos quatorze anos e já acostumado a correr, no início em pique-pegas em Joachen, e mais recentemente em fugas, era mais rápido. O garoto percebeu com satisfação uma corda que cruzava uma ruela da vila, e Wilh escondido atrás de uma casa segurando a corda, fazendo um sinal para Kenner. O garoto foi até lá, e os tolos gorgols o seguiram. Logo após Kenner passar, Wilh subiu as cordas para fazer os gorgols tropeçarem.

Kenner teve medo da corda se arrebentar, ou não fazer efeito nenhum nas grossas pernas gorgoleanas, mas na verdade não era uma corda, mas sim um cabo de aço que Wilh havia conseguido na forja da vila depois que Kenner o mandou preparar as armadilhas.

Os gorgols não viram a tempo, e o primeiro tropeçou, enquanto o segundo tropeçou em cima do outro. A multidão de aldeões corajosos, aproveitando a oportunidade, se reuniu ao redor dos odiados inimigos caídos e começaram a trucidá-los. Dois aldeões morreram para as armas dos gorgols, mesmo caídos e surpresos, e um aldeão foi morto asfixiado por um dos gorgols, mas os monstros foram mortos. Kenner sorriu para Wilh, agradecendo, e Wilh assentiu com a cabeça.

- Sempre ao seu dispor, senhor.

Os três gorgols restantes foram derrotados pelos quinze guardas sobreviventes, a Grande Ama, e os aldeões, e um deles fugiu, vendo o fracasso do ataque para roubar suprimentos.

Os aldeões agradeceram a Kenner, que havia matado nada mais, nada menos do que dois gorgols, sendo que matar um já era feito difícil o bastante, agradeceram à Grande Ama e a Wilh, que ajudou a deter dois gorgols. Os aldeões que mataram os dois gorgols ficaram conhecidos como heróis e ficaram se vangloriando, e o administrador da vila, um homem veterano chamado Cherts, ofereceu a Kenner 100 jarls como recompensa pelo serviço. Kenner sabia que a vila precisava desse dinheiro, e então, impelido pela honra, recusou.

- Posso ser um mercenário, mas sou um mercenário honesto. - Disse ele, sempre tomando cuidado, agora, para manter o rosto escondido por um capuz na presença de pessoas que não fossem Wilh ou a Grande Ama. - Vocês não me contrataram para isso, não me pediram para ajudar, por isso não posso cobrar dinheiro. Mas se quiserem me contratar, estarei pronto para qualquer missão.

- Qual o seu nome, meu amigo? - Perguntou Cherts.

Kenner pensou um pouco.

- O Mercenário. - Disse decidindo adotar o codinome que o velho Ranval havia dado a ele, como forma de honrar a morte de seu amigo.

A Grande Ama ganhou várias seguidoras na vila, que acabaram indo conosco até Kharnel para se tornarem discípulas de Linvar. Wilh também ganhou admiradoras, para seu espanto, e ele não conseguia acreditar na sorte. Eles dormiram na vila durante a noite e de manhã partiram, e assim Kenner começou a fazer fama como o "Mercenário".


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