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Capítulo bônus

Dois anos antes...

  Meu sono parecia uma grande tormenta, um pesadelo atrás do outro. Acho que pode ser a falta que sinto da minha mãe nesse fim de ano. É véspera de natal e meu irmão e minha mãe foram passar as festas com a minha vó, não consegui ir justamente por ter que tocar no ano novo em uma grande festa na praia de Santa Mônica. É minha estreia no cenário da música eletrônica em Los Angeles, essa é uma das maiores festas do ano e eu estava bastante ansioso ultimamente.

Meu pai não saía de seu escritório desde que minha mãe viajou, eu me sentia sozinho. Levantei da cama ainda sonolento, olhei para o relógio do celular e tudo parecia um pouco embaçado, consegui constatar que já se passavam das duas da manhã então decidi ir até a cozinha comer alguma coisa. As escadas estavam iluminadas pelas luzes quentes das luminárias, não temos decoração de natal esse ano, nada estava igual.

Meu pai nunca foi o pai presente e amoroso, era ocupado e rigoroso com seus afazeres, mas ele demonstrava amar a minha mãe.

Ou pelo menos fingia bem.

Nos últimos meses tudo mudou, ele não para em casa e muito menos têm tempo e vontade de estar com a minha mãe, quem dirá jogar bola com o Nate.  

Minha mãe sempre fez questão de deixar a casa brilhante no natal, uma árvore enorme na sala de estar, lâmpadas que piscam pela casa, Visco e gôndolas espalhados pelas portas. Lembro que quando era pequeno minha mãe sempre nos dava um beijo na testa quando passávamos juntos debaixo do visco, vi meus pais se beijarem algumas vezes.

Meu pai ficava feliz no natal, mas esse ano tudo estava diferente.

Alcancei o fim da escada ouvindo vozes desconexas, parecia a voz do meu pai e a outra eu não reconhecia. Parecia uma voz feminina, o que eu achava impossível já que minha mãe estava fora e as empregadas já haviam se recolhido.

Me aproximei com cautela e em completo silêncio, eu podia ser bem curioso as vezes e quando algo me intrigava eu sempre dava uma de espião e tentava descobrir tudo. Várias vezes descobria festas surpresa, presentes e o que mais minha mãe tentasse esconder de mim.

A porta do escritório estava um pouco aberta, meu pai não estava muito preocupado em ser ouvido ou surpreendido, afinal ele estava sozinho em casa.

— Eu só preciso que você consiga a sociedade da empresa. —A mulher de voz fria falou. —Eu te dou a minha porcentagem quando o divórcio sair e dou um jeito de você obter a parte das meninas também.

—Você quer deixar o pai das suas filhas sem nada é isso? —Meu pai parecia intrigado com o rumo da conversa.

—Eu quero que ele rasteje no chão onde eu pisar, quero ver ele perder as filhas, a empresa e a casa.

—Mas por que tudo isso? Nós já estamos juntos. Você já tem o controle do hospital por que trazer essa dor ao Jeremy Russel.

—Porque ele me quebrou e eu não costumo deixar pra lá.— Vi pela fresta da porta ela se levantar da cadeira e ir até onde meu pai estava sentado. Ela fez uma expressão sexy e sentou em seu colo, como se meu pai fosse o seu namorado.

Eu só conseguia pensar na minha mãe.

Ao tentar ver melhor o que acontecia lá dentro, esbarrei em uma estatueta de marfim e a observei se espatifar no chão em câmera lenta. Senti meu peito se contrair em antecipação ao ver meu pai furioso me olhando. Ele me pegou pela gola da blusa e me jogou contra a parede.

Eu não era uma criança como Nate, mas com meus dezesseis, ainda não era páreo para enfrentar meu pai. Ele era alto e forte e tinha um rosto imponente, sinto dizer que puxei sua aparência.

Ele aproximou seu rosto do meu e apertou meu pescoço me deixando com pouco ar. Eu me debati contra ele, mas era impossível me livrar dele.

—Me escute bem garoto, se sua mãe ou irmão ficar sabendo dessa minha reunião eu mato você, está me entendendo? — Apertou mais meu pescoço.—Eu não tenho problema algum em mandar uns amigos cuidarem de você, e pode ter certeza que eu estarei aqui sendo o pai sofredor que consola a sua mãe.

—Eu não vou falar nada.—Minha voz saiu esganiçada e como se facas estivessem fincadas em minha garganta.

Ele me soltou e me deixou caído ali, bem do lado do seu escritório.

☀️

Julho de 2020

Allison estava deitada em meu peito enquanto admiramos o céu estrelado de Santa Mônica. Meu pai depois de dois anos resolveu que queria passar uns dias na cidade em um de seus hotéis, minha mãe ficou radiante com a ideia. Eu não podia deixar minha família sozinha com aquele monstro, então vim de bom grado.

Mas como era de se esperar minha mãe estava trancada em um dos quartos e a senhora Russell trouxe as filhas para passar as férias no mesmo hotel.

Coincidência, não?

A pior de todas é que meu irmão é amigo de infância da filha mais nova. Eu vi a garota diversas vezes entrar e sair da minha casa, vi meu irmão praticamente se mudar para casa dela, mas nunca conheci a filha mais velha.

Sei que estudamos na mesma escola, mais uma artimanha do meu pai. Mas fiz questão de nunca sequer esbarrar com ela pelos corredores, me mantendo distante dos alunos mais novos. Não me preocupei em saber o seu nome e absolutamente nada sobre ela.

Se eu soubesse, ou tentasse conhecê-la eu provavelmente seria um babaca com ela.

A trataria pior que lixo.

Eu não quero ser esse cara, e eu não vou ser esse cara. Sempre tentei não cruzar com a garota de cabelos avermelhados lá em casa, Jossy estava sempre sorrindo e era bem astuta. A forma como sempre tinha uma resposta na ponta da língua deixava meu pai maluco.

Há dois anos eu sei porque ele incentivou tanto a amizade dos dois.

O telefone de Ally toca de forma persistente a fazendo se forçar a abrir os olhos e atendê-lo.

—Nossa nem são onze da noite ainda, minha mãe já quer que eu volte. —Falou em um muxoxo.

—Finge que não recebeu as trezentas mensagens e sabe lá quantas ligações.

— Não posso fazer isso, seria desrespeitoso com a minha mãe. E se eu quiser a confiança dela, preciso demonstrar responsabilidade.

—As vezes eu esqueço que você não é uma adolescente de dezessete anos e sim uma menina de dez.

—Eu não sou infantil Scoot, eu só me importo com a minha mãe o suficiente para não deixá-la preocupada.

—Uma mensagem de estou bem, deveria bastar. É sempre assim, não importa o que seja, se ela manda você faz como um cachorrinho adestrado.

—Eu não sou um cachorro adestrado.

—Prova!

—Como?

—Manda uma mensagem para ela e fala que vai a uma festa com umas amigas que conheceu na praia.

—Ela não vai me deixar ir.

—Essa é a parte que você me prova que sabe se opor às decisões dela. Você não está pedindo, está avisando.

—Eu não sei. —Ela respira fundo. —Definitivamente você não é o namorado que nós esperaríamos que eu tivesse.

—Nós?

— É, eu e meus pais. Você está me manipulando para que eu me oponha a minha mãe.

— Não. Eu estou tentando fazer você se impor, desde que eu te conheci você só faz e obedece. Vive correndo de um lado para o outro com o mínimo toque da sua mãe.

—Eu realmente não quero falar sobre isso.

—Você nunca quer, e eu também não vou insistir. E ainda bem que eu não sou o namorado que você esperava ter, afinal sempre deixei claro que não pretendo ter um relacionamento.

—Você sabe ser cruel quando quer. —Ela pegou sua bolsa e se apressou a descer da caminhonete. —Eu preciso achar a minha irmã, foi isso que a minha mãe pediu.

Me dei por vencido, e desci atrás dela. Peguei em sua mão e a puxei para um abraço, seu corpo estava quente e ela sempre estremecia ao meu toque.

Eu amava isso.

—Desculpa, eu sou um idiota. Talvez eu não esteja acostumado a ter pais me procurando o tempo todo, talvez a minha relação com os meus pais, que seja totalmente errada.

—Quando se trata de mim, minha mãe exagera e você sabe porque.

— O cérebro de ouro da família...

—Ally, Ally...— Ao longe perto do píer vimos a menina ruiva de óculos correr em nossa direção. Minha mente não consegue assimilar de primeira que se tratava de Jossy Russel gritando pela garota em meus braços.

—Acho que nem preciso procurar a minha irmã afinal.

—Irmã? Você é irmã da Jossy Russel.

— Sim. — Ela sorriu.— Allison Adrià Russel.—Ela estendeu a mão divertida.

Foi como se um buraco sumidouro tivesse se aberto sob os meus pés. Eu nunca senti uma decepção tão grande na minha vida, eu nunca me culpei tanto.

Eu estava apaixonado pela filha da amante do meu pai.

Feliz Natal adiantado pessoal... Eu estou postando esse bônus hoje porque sabem como é a correria de natal, preparação da ceia, receber a família e esse ano minha casa vai sediar esse encontro. Obviamente não estará todo mundo por conta da pandemia, mas mesmo assim é cansativo e corrido.

 Vejo vocês logo, logo.

Bjs

Obs: A play list do livro já está disponível no spotify só procurar pelo nome do livro, mas deixarei o link fixado no meu mural de conversas no meu perfil.

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