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12 anos depois

Era madrugada e o castelo estava em silêncio, com a maioria de seus ocupantes adormecidos. Apenas duas pessoas estavam acordadas, e uma melodia harmoniosa e suave soava num dos quartos dos aposentos do diretor.

Severus cantava uma canção de ninar para seu filho caçula, que se recusava a adormecer novamente e parecia determinado a fazê-lo iniciar o dia mais cedo. Romeo, de apenas seis meses de idade, estava em fase de dentição e por isso seu sono estava todo atrapalhado. Sendo seu terceiro filho, o bruxo já estava acostumado e tinha aprendido uma ou outra coisa ao longo dos anos para sobreviver aos desafios constantes da criação de crianças: uma delas foi a invenção de uma pasta para dentição infantil, um verdadeiro milagre em forma de pomada. Um novo lote estava cozinhando em seu laboratório e estaria pronto pela manhã, o que garantiria o alívio para seu filho.

- Você não vai dormir mais, não é? - Severus perguntou ao bebê que lhe respondeu com um sorriso banguela bem animado - Certo. Eu imaginava. Mas vamos ficar quietos, sim? Hoje será um dia importante e a mamãe precisa descansar.

Romeo levantou as mãozinhas gorduchas em direção ao seu rosto, acariciando o nariz grande de Severus, que não resistiu e lhe depositou beijos entre seus dedinhos úmidos que cheiravam a paraíso.

- Vamos brincar então, pequenino.

Severus acendeu as luzes e convocou alguns brinquedos, dedicando-se a passar a próxima hora brincando com Romeo. Quando o sol começou a nascer os olhos castanhos do filho começaram a ficar pesados e sonolentos. Ele então chamou um elfo que se deliciou com a tarefa de fazer Romeo dormir.

Em silêncio, Severus se vestiu e desceu para o café da manhã, dando um olhar faminto para a mulher adormecida em sua cama. Eles geralmente começavam o dia após uma foda matinal bem divertida, mas ele deixaria Hermione descansar hoje. Uma vez no Salão Principal, ele cumprimentou os poucos professores presentes, se serviu de café preto, e logo abriu o Profeta Diário que o esperava com as notícias do dia. A manchete de primeira página lhe fez abrir um sorriso impossivelmente grande e orgulhoso.

"A BRUXA MAIS PODEROSA DA GRÃ-BRETANHA: HERMIONE SNAPE, NOVA MINISTRA DA MAGIA SERÁ EMPOSSADA HOJE"

Ele leu o artigo, completamente imerso em todas as palavras que enalteciam sua amada esposa. Hermione era, de fato, uma mulher fantástica. Ela lecionou em Hogwarts por cinco anos, mas logo ficou claro que sua maior vocação e o maior desejo de seu coração eram lutar pelos injustiçados. Como ativista ela libertou os Elfos Domésticos, garantiu diretos para lobisomens integrando-os a sociedade, fez modificações incríveis no sistema carcerário bruxo, que agora tinha uma prisão muito mais segura e menos sombria que Azkaban, ajudou a abrir um novo banco bruxo e liderou de uma pesquisa de rastreamento mágico que comprovava que os nascidos trouxas eram descendentes de abortos que transferiam os genes mágicos até a sétima geração. Isso foi a chave para que os mais conservadores compreendessem que os trouxas não roubavam a magia e que os nascidos trouxas tinham total direito de frequentar a sociedade bruxa. E essas eram só algumas de suas conquistas.

Os títulos e conquistas que o artigo não anunciava eram os preferidos de Severus: Hermione era uma esposa e mãe maravilhosa. Ela, e apenas ela, tinha feito surgir o melhor em Severus em todos os níveis.

Ele estava se sentindo nostálgico naquela manhã, lembrando-se de tantos momentos importantes que viveram juntos: enfrentar os preconceitos de amigos e sociedade no começo do relacionamento, mas ignorar pois estavam absolutamente e perdidamente apaixonados um pelo outro. O casamento tão romântico na praia. O nascimento da primogênita Beatrice e a loucura que é ser pai e mãe de primeira viagem. A descoberta da gravidez de Edmund quando Bea tinha apenas dois anos de idade. Severus assumindo como Diretor após Minerva se aposentar. Hermione mudando de carreira e abrindo uma ONG pelos direitos das criaturas mágicas. A gravidez planejada e sonhada de Romeo quando eles sentiram saudades de ter um bebê, agora que suas crianças estavam tão crescidas.

E tudo o que viveram foi tão mágico, tão perfeito. 12 anos depois, Hermione ainda era sua garota perfeita.

O Salão Principal começou a encher, mas ele se retirou rumo aos seus aposentos logo após terminar a refeição, recebendo cumprimentos dos colegas parabenizando sua esposa. Mas, antes de chegar ao seu escritório, a luz do seu mundo apareceu no corredor indo em sua direção iluminando todo o ambiente.

- Bom dia, Ministra. - ele ronronou - Essa é uma vista amigável ou devo me preparar para uma inspeção no castelo?

Hermione geralmente não saia da torre do diretor, argumentando que era anti profissional que ela vagasse livremente pelo castelo e que não era justo que tivesse privilégios desse tipo. Uma bobagem completa, na opinião dele.

- Diretor Snape. Acabo de receber uma denuncia muito grave a seu respeito, então vim para uma investigação de emergência.

Oh, os olhos castanhos dela tinham aquele brilho malicioso que fazia o pau de Severus se contorcer entre a seda das vestes. Ele a alcançou e enlaçou a cintura feminina com as mãos.

- Lhe asseguro minha total colaboração, Ministra. - Severus deu um selinho casto na esposa, já que ainda estavam nos corredores da escola - Como posso ajudá-la?

- Sua esposa acordou sozinha e molhada essa manhã, e você não estava lá para atendê-la adequadamente. Essa é uma falha muito grande, Diretor.

Ele sorriu satisfeito. Severus sabia que ela reclamaria, mas ele pretendia recompensá-la mais tarde com um jantar romântico e uma noite só para eles.

- Desculpe, amor. Romeo despertou de madrugada e quando adormeceu novamente já era hora do café. Eu pensei em deixá-la descansar um pouco mais para o grande dia.

Hermione franziu as sobrancelhas.

- Dentição?

- Parece que sim. A pasta já está pronta.

- Bom. - ela lhe deu mais um beijinho - Nesse caso o senhor está perdoado, Diretor.

Severus pegou a mão dela e ambos caminharam lentamente até seus aposentos privativos. Ao chegarem, Hermione o atacou com um beijo avassalador e antes que ele estivesse pronto ela se afastou, despedindo-se com um sorriso indo pegar o Flu para o Ministério.

*****

O diretor estava tomando um café em seu escritório após o almoço quando passos altos e rápidos soaram junto de gargalhadas vindas das escadas que as gárgulas guardavam. Ele sorriu e calmamente depositou a xícara no pires, sabendo muito bem quem estava para invadir a sala.

- Papai, papai! Você viu o Profeta? - Beatrice entrou praticamente derrubando a porta com sua euforia - A foto da mamãe está incrível!

Edmund chegou logo atrás, um pouco mais contido do que a irmã.

- Sim, querida, ela está deslumbrante. Venham cá, vocês dois.

Severus abriu os braços para receber os filhos, que correram para abraçá-lo. Beatrice estava em seu primeiro ano letivo, a menina tinha as características orgulhosamente copiadas do pai e também havia sido selecionada para a casa da Sonserina. Edmund, que era mais parecido com a mãe, iniciaria seus estudos no próximo ano, mas o garoto já lia livros mais grossos que seu próprio punho. Ambos os pais tinham certeza de que ele seria um Corvinal, devido a sua inteligência super dotada e timidez. Já Romeo, mesmo tão pequeno, mostrava sinais de que claramente seria um grifinório.

Severus reconhecia a arrogância e teimosia grifinória de longe.

- O senhor vai nos levar para ver o discurso dela, não é, pai? - Ed perguntou, empurrando os óculos que insistiam em deslizar pelo narizinho dele.

Ele se levantou e beijou a cabeça dos dois filhos, puxando-os para a torre do diretor em busca do caçula.

- Obviamente, meus amores. Os Snapes sempre ficam juntos. Vamos, vamos pegar Romeo e já iremos para o Ministério.

*****

Hermione estava secando as palmas das mãos no vestido vermelho escuro pela décima vez. Ela lançou um feitiço de limpeza nelas e um refrescante sobre si, tentando amenizar a sudorese causada pela sua ansiedade.

Droga, Severus! Ele poderia tê-la ajudado a relaxar pela manhã, mas preferiu ser um cavalheiro e deixá-la descansar. Agora ela estava ali tensa e rígida, mil coisas para fazer e morrendo de saudade dos filhos e excitada pelo marido perfeitamente maravilhoso que ela tinha.

Hermione o amava de todo o coração.

No começo do relacionamento deles, ela temia que o preconceito alheio e suas experiências anteriores fossem um obstáculo para ambos, mas foi exatamente o contrário. Eles já se conheciam, tinham história e bagagem. Eles se respeitavam e descobriram que se amavam em pouquíssimo tempo. Se apaixonar por Severus foi tão natural e suave como adormecer, e desde então, pelos últimos doze anos, Hermione não imaginava uma vida sem ele.

Durante a manhã em seu primeiro dia no novo trabalho, ela resolveu pendências burocráticas e participou de reuniões internacionais com o Ministro da França, Bulgária e Espanha e também com o Primeiro Ministro trouxa. Até que, após o almoço, o horário da cerimônia de posse finalmente chegou. Ela subiu no palco elegantemente montado no átrio do Ministério e escondeu o choque ao ver a multidão que se acotovelava para ver seu discurso. Flashes de câmeras quase a cegaram enquanto ela assumia seu lugar diante do público e ela tirou um momento para observar a multidão que aplaudia. Ela passou os olhos pelo mar de pessoas até que encontrou um pequeno grupo que tirou o ar dos seus pulmões.

Severus estava lá com as crianças. Romeo em seu colo, olhando curioso ao redor, enquanto Beatrice e Edmund pulavam ao lado dele igual pipoca, tentando chamar a atenção dela. Hermione precisou respirar fundo se concentrar para não chorar ao ver sua família ali por ela. A nova ministra acenou para eles com um sorriso contido no rosto, pois estava focada demais em não se desmanchar em lágrimas.

É por vocês, ela pensava, é tudo por vocês. Quero tornar o mundo um lugar melhor para vocês. Vocês merecem o melhor de mim.

Severus, parecendo ler seus pensamentos como sempre, sussurrou um "eu te amo" que ela nunca ouviu, mas leu em seus lábios. Ela sorriu para o marido, absurdamente agradecida por ele estar ali em pé orgulhosamente, acompanhado dos frutos da vida que compartilhavam. Todo vestido de preto, os cabelos negros lisos agora salpicados de prata aqui e ali. O nariz adunco e algumas novas rugas de expressão, mas ainda atraente e intimidador como sempre. Os olhos negros ainda capazes de aquecê-la com um olhar. Seu homem, seu bruxo, seu Severus, sua fortaleza, se alicerce, sua paz. O amor da sua vida.

Hermione olhou para ele e nessa troca de olhares ela enviou todo o amor que tinha em seu coração, que ela soube que ele recebeu no discreto aumento de seu sorriso. Então ela respirou fundo e fez seu discurso.

A mídia o noticiaria como épico, mas tudo que ela se lembraria seria Bea e Ed falando as palavras junto dela, tendo decorado após vê-la ensaiar noite após noite na última semana. Quando ela terminou, foi ovacionada em palmas ensurdecedoras. Discretamente, ela chamou seu assistente e pediu que ele encaminhasse sua família para seu escritório, onde os encontrou mais tarde após longos minutos de entrevista para a imprensa.

- Mamã! - Romeo foi o primeiro a vê-la entrar em seu grande escritório.

O bebê estava brincando no tapete, de bruços com alguns brinquedos ao redor dele. Quando todos perceberam sua presença, rapidamente se aglomeraram ao seu redor e todos se sentaram no chão para um momento em família entre as obrigações de Hermione.

- Eu fiquei tão feliz que vocês vieram. - ela beijou todos os quatro - Tão feliz.

Depois de alguns minutos, Beatrice e Edmund foram explorar a estante da mãe, interessados nos tomos grossos, ambos ratos de biblioteca. Hermione aconchegou Romeo para mamar em seu seio, enquanto Severus permanecia sentado no chão ao seu lado com ela, por sua vez, aconchegada ao marido.

- Você sabe que eu não perderia isso por nada, querida. Assim como as crianças. Eu suspeito que se eu não concordasse em vir quando eles perguntaram, algum plano mirabolante teria sido colocado em ação.

- Apenas Merlim sabe o que esses dois seriam capazes. - ela riu.

- Teríamos sorte se eles apenas se inspirassem na mãe e aparecessem aqui voando em alguma criatura mágica.

- Num hipogrifo, trestálio ou dragão? - ela zombou.

- Dragão. - ele riu, divertido - Você sabe a tendência de Beatrice a explodir coisas.

Severus beijou a bochecha dela e ambos observaram Romeo mamar e adormecer ao seio dela.

- É uma nova fase, Severus. Eu não estou exatamente com medo, mas estou tensa. Não sei o que esperar, temo não ser boa o suficiente. Eu era professora e ativista de direitos humanos e criaturas, não sou uma política.

- Hermione, amor... Você está onde deveria estar. O mundo bruxo precisa de você, das mudanças que só você teria a visão e a força de realizar. Você é minha garota perfeita. - ele mordeu o lóbulo de sua orelha, arrepiando sua pele, e sussurrou - Eu quero te foder na sua mesa, Ministra. Podemos voltar aqui a noite, depois que todos forem embora?

- Talvez. - ela sorriu, realmente animada com a sugestão pecaminosa - Eu só... Eu te amo, Severus.

- Eu te amo tanto que todas as palavras do meu vasto repertório são insuficientes para expressar, Hermione.

O coração dela se aqueceu e logo as crianças voltaram para junto deles, todos bem próximos e meio que unidos num grande abraço.

- Obrigada por me apoiarem tanto nessa nova fase. - ela disse a sua família - Eu jamais conseguiria sem todos vocês.

Severus beijou o topo de sua cabeça e aumentou o aperto ao redor de sua cintura.

- Estamos juntos, amor. Sempre.

*****

Naquela noite, Severus deixou o vice-diretor Longbottom responsável pelo castelo e dois elfos domésticos encarregados das crianças. Ele se dedicou a expressar todo o amor por sua esposa com tudo o que foi capaz de planejar: um jantar delicioso num restaurante romântico seguido de uma noite numa suíte cinco estrelas num arranha céu na Londres trouxa, onde eles se amaram repetidamente com o mesmo desejo ardente que sempre tiveram um pelo outro.

Eles estavam agora observando a cidade da varanda, uma taça de vinho em mãos, sua esposa vestindo nada além de sua camisa com seus longos cachos impossivelmente selvagens num magnífico visual pós foda. Até que ela olhou para ele e sugeriu que fossem dormir, pois, afinal, eles não eram mais tão jovens e ambos tinham responsabilidades pela manhã.

Aconchegados na cama grande demais, Severus teve uma percepção repentina: se lhe fosse oferecido a oportunidade de voltar ao passado e recomeçar, ele não mudaria nada, absolutamente nada em sua vida, pois todas as escolhas que fez o levaram até os braços de Hermione: sua esposa, o amor de sua vida. Ela era o final feliz perfeito que ele nunca pensou que alcançaria. Mas alcançou.

Nada mal para o morcegão das masmorras.

FIM





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