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capitulo: 5

June ainda a esperava voltar naquela máquina, enquanto ela confusa com o ocorrido falava ao primo.

_ está tudo bem?

_ sim, não se preocupa.

_ me preocupar com o que?

_ não é nada.

Ela voltou a sala de terapia.

June a fitou.

_ você está bem doutora?

_ sim.

Ela não o encarava.

_ não precisa ficar assim, apenas aconteceu.

_ não aconteceu nada, June.

_ para mim sim, aconteceu.

_ o que esta querendo?

Desta vez, ela o encarou.

_ acho que você sabe.

_ eu não vou ter um caso com você sou sua médica.

_ então não chega perto de mim, doutora.

Ela ficou em silêncio.

_ desejo sair dessa máquina estúpida.

_ você está indo muito bem.

_ não entende uma ordem?

_ ordem? Eu sou médica e estou tentando fazer você voltar a andar.

Ela disse calma ainda que estivesse sob forte tensão, após o beijo.

_ agradeço doutora, mas desejo voltar ao meu sacorfago.

_ precisa terminar os exercícios.

_ está mesmo disposta.

_ estou aqui para estar disposta.

_ é claro...

Após algum silêncio ela voltou a fazer os movimentos eletrônicos a perna dele amarrada a máquina.

_ você faz bem os movimentos.

Ela parou de movimentar a maquina.

_ talvez você os faça. Estou sendo guiado por movimentos que faz a esse controle que está em suas mãos.

_ June, eu parei de movimentar a maquina.

Ele a fitou e parou de se movimentar

_ vou tirar você com cuidado, e se apoie bem em mim, você vai caminhar com minha ajuda.

_ não desejo.

_ não entende o que acaba de fazer? Você pode mover suas pernas.

_ talvez eu possa já hoje mesmo correr uma maratona que acha doutora?

_ talvez sim.

Ele sorri. Ela era astuta sempre o dava boas respostas.

_ tudo bem. Eu vou colaborar.

Ele diz e a notou sorrindo enquanto o ajudava a sair da máquina.

Ele a segurou pelos ombros.

Estava de pé.

_ olhe só para você está de pé.

Ele apenas a encarou.

Ele dava alguns passos.

_ você pode andar.

Ele de repente parou de se movimentar.

_ June, tente.

Ela dizia

_ minhas pernas estão trêmulas.

_ isso é normal está a meses sem movimenta-las.

_ estou cansado e não quero desapontar você.

_ continuamos mais tarde.

Ela o levou lentamente até a cadeira de rodas onde ele se sentou.

_ você foi muito bem.

_ vou tentar ser melhor da próxima vez.

_ isso me anima bastante.

Ele se calou, enquanto ela o levava de volta ao quarto dele.

Ela entrou com ele ao quarto.

_ não me diga que vai me deixar nesse quarto sozinho.

_ vou ficar aqui com você.

_ quero te beijar outra vez.

Ele diz de repente.

_ June, não falemos mais sobre isso.

_ porque? Eu sei que você quis me beijar e beijou.

_ não piore as coisas.

_ não tem como piorar...

_ eu não posso beijar você, tocar você ou ter um caso com você.

Ele a obervou enquanto ela dizia isso e a notou trêmula

_ eu fiz mal a você?

Ela o encarou

_ não.

_ então não se sente mal pelo ocorrido.

_ não precisamos falar disso.

_ que merda... Eu preciso falar disso, eu estou apaixonado por você.

Ouvir ele dizer aquilo a impactou.

_ June... Por favor.

_ é a verdade. Eu fico totalmente louco com você perto de mim, meu instinto é sim de levantar e tomar você entre meus braços e te beijar inteira.

June confessa.

Ficaram se encarando até ele dizer:

_ me deixe sozinho, doutora, talvez eu a demita para te poupar disto.

_ não é sobre isso, June.

_ você nega seus desejos eu sei que sente o mesmo. Um homem sempre sabe.

_ sim eu... Eu me sinto... Envolvida por você se isso o deixa contente.

Ele sorriu.

_ eu já sabia disto.

_ mas eu não posso.

_ então a demito e poderá.

_ eu quero ver você andar. Quero continuar cuidando de você.

Aquelas palavras não causa efeito positivo em June.

_ quer me deixar maluco, talvez.

_ você é meu paciente.

_ não cansa de dizer isso? Me deixe só.

Ele se virou com a cadeira e foi ate a sacada que havia ao quarto.

Ela ficou olhando para aquele homem.

Parecia que querer ela era um capricho de June.

_ ainda está aqui doutora. Posso sentir seu aroma...

Ele murmurou.

_ não quis magoar você.

_ magoar?

Ele voltou-se e a encarava.

_ você se reprime, não é sobre magoa especialista, psicanalista e etc.

_ se quer fazer amor comigo, para entender o que sente, não precisa dizer como me sinto.

_ ah... fazer amor com você... Acho que você não iria querer fazer amor com um aleijado.

_ você está paralisado emocionalmente e não está aleijado.

_ certo, eu posso sentir meu membro quase explodir de desejo por você.

Ela se sente umedecer e ruborizou.

_ vamos, não sabe o que provoca? Você é linda voluptuosa e olha para mim com esses olhos gulosos e eu não sou de ferro, doutora.

_ parece algo bem carnal.

Ela comentou após um certo silêncio.

_ está me avaliando? Quer entender o que um homem pensa quando está perto de uma mulher como você? Eu tenho as respostas.

_ Eu já sei.

_ ótimo então me deixe sozinho. Não desejo ve-la hoje mais.

As palavras dele a magoou. Mas ela não deveria se importar.

_ não está se ajudando, June.

_ estou sendo o mais sincero possível.

_ se deseja ficar sozinho me retiro, mas precisa fazer a fisioterapia.

_ hoje não quero fazer mais nada, além de ficar aqui neste quarto.

Ignorando o que ele dizia ela sentou-se a cama.

_ o que esta fazendo?

_ tentando criar um vínculo com você.

Ele gargalhou.

_ doutora, eu estou ficando ainda mais excitado.

_ ótimo.

_ ótimo?

_ significa que também pode levantar dessa cadeira e andar.

_ significa que a quero.

_ então porque está ainda nessa cadeira? Estou a sua cama.

Ela o provocou.

Ficaram se olhando e ela esperava uma reação positiva.

_ saia.

_ June.

_ saia! Agora!

_ você é um homem caprichoso e mimado senhor June.

_ eu sou um homem sim! Um homem cheio de desejos por uma bela e gostosa mulher que é você e não preciso de sua caridade para entender  isso.

_ não irei avaliar sua dedução sobre o que eu disse.

_ estava me testando.

_ se isso o fizer levantar dessa cadeira e parar de sentir pena de si mesmo então estamos lucrando.

Ele foi até próximo a ela com a cadeira de rodas.

_ não me subestime, se eu tocar você, nunca mais sairá dessa casa, Tina você será minha.

Ela o encara firme.

_ não quero me tornar mais uma de suas obsessões.

_ então saia do quarto e não apareça mais aqui, medrosa.

_ não confunda as coisas.

_ talvez você esteja confundindo...

Ela não entendeu o que ele quis dizer mas não disse mas nada ela levantou da cama e saiu do quarto.

June irritado deu um longo suspiro.

Confessou o que sentia, e ela o estava fazendo lutar contra si mesmo.

Psicanalista...

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