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cap : 4

  Ela o obervou, e claro acreditava que aquele homem com uma vida cheia de luxos nunca havia se apaixonado.

Talvez o julgasse por rico e mimado.

_ imagino que meu estereótipo a faz pensar que digo a verdade.

Ele diz após o silêncio de Tina.

_ talvez eu... Julguei por seu estereótipo, confesso.

Ela diz olhando firme para ele.

_ não somente por isso, quando meu convívio social também é com pessoas como eu.

_ que não se apaixonam?

Ele riu com gosto.

Ela sorriu também.

_  tudo é muito fácil para quem tem dinheiro.

_ se apaixonar não é fácil, June.

Os olhos dele se perdeu sobre os de Tina, que desvia o olhar sob alguma tensão aparente.

_  na verdade sinto que sim, bastante fácil se apaixonar.

Ele diz enquanto Tina o fitou de repente e diz:

_ melhor ir descansar, June e não pensar em se apaixonar e sim em recuperar suas pernas.

Com aquela resposta malcriada ela se retirou caminhando até o quarto.

June a vê entrar ao quarto dela que ficava de frente ao dele, e que vontade louca sentiu de invadir aquele quarto e o corpo de Tina...

Olhou para si mesmo e suspirou.

Se ela acreditava na sua cura, ele iria acreditar também.

Aquela mulher o intrigava. June não sabia sobre seus sentidos quando estava próximo a ela só sentia desejo de descobri-la.

Invadir aquela intimidade e se aprofundar naquela cavidade úmida e prazerosa entre as pernas de Tina.

Tentou afastar os pensamentos, porém não poderia uma vez que Tina o havia encantado chegando ao seu mero mundo sombrio preso a uma cadeira de rodas...

Contrariado, June foi para o quarto.

Tina ouviu a porta do quarto de June se fechar e sobre a cama, pensou em June.

Pensou em ética...

Ele era seu paciente e um romance com ele era algo anti ético.

Porém... Nada é proibido a uma paixão quando surge...

Ela adormeceu tentando se focar apenas na recuperação de June.

June passou quase toda noite com raiva de si mesmo.

Ele cochilou sobre a cadeira de rodas.

_ june estou entrando.

Ouviu a voz de Tina.

_ entre.

Diz se recompondo sobre a cadeira.

_ bom dia.

Ela diz olhando para ele com um sorriso.

_ bom dia, doutora.

_ como se sente hoje?

_ paralítico.

_ você não dormiu bem?

_ não, eu nem mesmo deitei a cama.

_ dormiu nessa cadeira? Isso não faz bem aos seus músculos.

Ela foi até ele e se agacha fazendo massagens em suas pernas.

_ estou começando a gostar de suas massagens

Ele diz e ela o encarou seriamente.

_ não está ajudando com sua recuperação.

Ela levantou e ficou de pé de frente a ele.

_ me pergunto se você não faz como os mesmos médicos que me avalia todos os meses, me fazendo acreditar em uma possível cura.

_ eu vi em seus exames os últimos que você evoluiu bastante e eu não o faria acreditar em uma cura se não houve essa possibilidade.

_ certo, e isso significa que o tratamento fitoterapico me fará caminhar novamente? Vamos não minta para mim, doutora.

_ June, eu não minto aos meus pacientes.

_ quantos dos seus pacientes voltaram a andar?

Em toda sua curta carreira, alguns de seus pacientes, sim voltaram a andar.

_ alguns e não tenho números.

_ então não contou?

_ eu não os trato como símbolos numéricos, são pessoas.

_ você é boa demais, logo vai perder a paciência e falhar ao juramento que fez de " salvar vidas "

_ espero que esteja relaxado, faremos exercícios a um aparelho que vai fazer você caminhar,

_ isso eu quero ver... Me dá uns minutos eu apenas desperto.

_ me avise quando acabar. Estou do lado de fora.

Após alguns minutos, ele saiu do quarto e a viu olhando pela sacada a sua espera.

_ já estou pronto, doutora.

Ela caminhou até ele é o levou a sala onde estava o aparelho.

Ele olhou aquela máquina.

_ que tipo de geringonça é isso?

_ isso tem sido muito útil para o tratamentos de pacientes paraplégicos.

_ certo vai transmitir em mim o sonho de voltar a andar.

Ela o fitou e fez uma careta.

Ela o ajudou a colocar-se a máquina.

Ela fazia os movimentos dele sobre um controle.

Ele olhava fixamente para ela que também mantinha contato visual.

_ seus movimentos estão perfeitos, June

Ela diz incentivando-o.

Ela se aproximou de June

O vê sorrir e isso alimentou um desejo forte e incontrolável nela de tocá-lo

Ela o tocou sobre os ombros e foi nesse momento que June sob um impulso a beijou.

Ela recebe o beijo e se permite.

Quando o beijo termina, ambos estão trêmulos e ela se afastou.

June esperava ela usar o controle para continuar o exercício

_ Tina?

Ela o ouve chamar ainda sob o impacto do beijo.

_ porque me beijou?

_ devo dizer que nos beijamos e foi ótimo.

_ isso não tem que acontecer.

_ tudo bem, então não aconteceu.

_ parece ótimo você negar.

_ o que quer que eu diga? Foi um beijo... Incrível.

_ eu sou sua médica.

_ não gostou de ser beijada por mim?

_ vou pedir para o seu secretário te ajudar com o banho.

_ costuma fugir de assuntos profundo psicológica?

Ela o fitou.

_ sabemos que não dará em nada um envolvimento entre nós.

_ eu devo ter assinado alguma cláusula sobre isso e não me lembrar

_ parece anti ético.

Ele riu e isso a irritou

_ ética? Eu sei que se sente como eu quando estamos perto um do outro e não existe ética aqui.

_ não diga bobagens.

_ bobagem seria agir como hipócrita e negar isso, doutora.

_ isso não vai acontecer mais. Foi um erro.

_ erro algum... E você beija muito bem.

Ela saiu caminhando até a sala onde estava o primo.

_ que cara é essa viu algum Fantasma?

O primo perguntou notando ela tensa.

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