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Capítulo 2 - Atena.

Daniel estava imóvel, ainda olhando a figura sinistra que estava, também imóvel, no jardim da sua casa. Porém, ela era mais ameaçadora, estava segurando um bastão e claramente ele não queria confusão com um estranho segurando um bastão.

O telefone tocou. Era amarelo mostarda, sua mãe havia ganhado de um amigo no trabalho alguns anos atrás. Ele não se moveu, continuava imóvel, olhando a figura do outro lado da janela. Tocou mais uma vez.

"Não estamos em casa, pode deixar o seu recado", era a voz de Caeme na gravação. "Filho, não vou poder chegar tão cedo quanto esperava, não precisa me esperar para o jantar. Nada de ficar acordado até tarde... mamãe te ama."

Mesmo a mensagem não fez com que Daniel despertasse daquele estado. Mas, diferentemente dele, a figura sinistra se aproximou um pouco da casa, cada vez mais próxima da porta de entrada, ainda com o bastão na mão. E ele, por outro lado, só conseguia mexer os olhos.

Bateu na porta com tanta força, que os pelos do corpo de Daniel levantaram, um a um. Seus dedos se enrijeceram e pareciam querer fincar no chão.

"Não vai abrir? Serei obrigada a entrar sem ajuda. E olha que não será tão problemático assim... E eu vou gostar muito mais."

A voz não era tão ameaçadora quanto a aparência pelo vidro da janela. O corpo de Daniel relaxou, como se recebesse confiança com a voz da garota. Conseguiu, então, mexer os braços, que pareciam ter sido amarrados com uma corda invisível. Se aproximou da porta e a abriu.

"Anões de jardim me dão raiva, desculpa por aquilo", disse ela enquanto arrancava o capuz da sua cabeça.

Era baixinha, nada ameaçadora. Suas bochechas eram vermelhas, como maçãs maduras recém colhidas. Sua voz condizia com sua estatura. Por baixo do capuz usava calças jeans, uma blusa branca com um arco-íris no meio.

"Quem é você?"

A garota olhou para ele, como se aquela pergunta fosse suficiente idiota e que ele deveria saber a resposta, mesmo sem antes ter conversado ou visto ela na sua vida.

"Atena. Tem mais alguém na casa?"

Ela andou um pouco, colocando apenas a cara na porta dos cômodos, ainda com o bastão na mão, como se estivesse caçando algo ou alguém. Provavelmente bateria na cabeça do primeiro que visse na sua frente com ele.

"Não, por enquanto só eu e uma pessoa que eu não sei absolutamente nada, que entrou sem convite na minha casa."

"Felizmente não preciso de convites. E continuará sem saber quem sou, até que eu decida que precisa saber de algo. Onde está a Caeme?"

A expressão de Daniel se modificou mais uma vez, provavelmente fosse alguma conhecida da sua mãe. Ou filha de alguma outra funcionária da empresa em que ela trabalhava.

"Não. Ela não anda ficando muito em casa. Mas se quiser deixar algum recado, estou aqui", ele disse, apontando para si.

"Qual a parte do "continuará sem saber até que eu decida" você não entendeu?", ela revirou os olhos.

"Certo, você quebra o anão de jardim da minha casa, entra nela, procura por minha mãe e ainda me trata como se eu devesse saber de tudo e não precisasse saber de nada ao mesmo tempo?"

"Não sabe de nada? Como você não sabe de nada se já possui o livro?", ela apontou para o livro que Adelaide havia dado mais cedo, na aula, para Daniel.

"Um livro velho que minha tia me deu, pertenceu ao meu pai e agora me pertence."

"Adelaide causa muitos problemas para o Alto Inquisidor, reportarei isso. Mais alguma coisa que eu deva saber?"

Ela voltou a andar pela casa, como se procurasse alguma coisa que tivesse passado despercebido durante a sua primeira inspeção.

"Espera, espera, quem é o Alto Inquisidor?", ele agarrou o braço da garota antes que ela olhasse novamente o quarto de Caeme.

"Você o conhecerá quando chegar a hora. Agora me solte.", ela disse, puxando o seu braço.

"Acho que está na hora de ir embora."

"Corajoso como o pai, admirava bastante isso nele.", ela falou, passando o bastão no rosto dele.

Os lábios do garoto se contraíram, e o movimento do seu rosto seguiu o do bastão da menina. Esperava que ela batesse com força, uma hora ou outra, mas ela não fez. Abaixou a arma e deu meia volta, indo para a porta de entrada da casa. Colocou o capuz na cabeça.

"Ah, já ia me esquecendo", ela arrancou um envelope negro de dentro do bolso da roupa que estava. "O Alto Inquisidor pediu para que entregasse a sua mãe, como ela não está, minha tarefa estará concluída se entregar a você, mas me certificarei de que entregou a ela. Só será aberta por ela, então não tente nenhuma gracinha, caso contrário eu voltarei, e não será o anão de jardim que quebrarei."

Ele agarrou o envelope e o observou bastante, estava lacrado, como se fazia durante os reinados. Com uma letra prateada, estava escrito "Caeme Abralin", sem endereços ou remetente.

"Diga a sua tia, que cedo ou tarde, farei uma visitinha a ela.", disse a garota, enquanto abria a porta. "Até mais, Daniel."

"Espera, como sabe o meu nome?"

Ela sorriu, já do lado de fora da casa e de costas para ele. Como se aquela perguntasse tivesse provocado nela algo engraçado.

"Você é mais famoso do que imagina."

"Mais famoso do que imagino", ele pensou. Olhando novamente para o envelope negro que estava nas suas mãos.

Assim que voltou o seu olhar para a porta, a garota já não estava, como se tivesse virado pó e levada com o vento fraco do começo do outono.

"Mais famoso do que imagino", ele repetiu, procurando a garota que minutos atrás estava parada na porta.

Entrou em casa e fechou a porta, esperando e desejando que não houvesse mais visitas inesperadas e indesejadas como aquela. O telefone tocou mais uma vez e ele deixou que fosse, mais uma vez, para a caixa de mensagens.

"Querido, sou eu novamente, está tudo bem? Acabei de conversar com sua tia, ela me disse que deixou um livro com você", Daniel agarrou o telefone na mesma hora. "Não abra ele", ela continuou.

"Mãe, quem é Atena?", ele perguntou.

"Querido, tranque as portas e só abra quando eu e sua tia chegarmos, tudo bem? Já estamos indo.", e, antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, a mulher desligou o telefone.

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