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CAPÍTULO XI


Então, era ela. Não havia abertura nenhuma para dúvidas ou solicitação de um exame de DNA. Diante dela estava uma mulher com exatamente os mesmo traços no rosto. A face era em um formato suave de diamante, com belos e grossos lábios ovalados. Um nariz pequeno com a ponta redondinha, bochechas altas, sobrancelhas arredondadas e grandes olhos amendoados. Olhando neles pode entender do que seu pai falava mais cedo. O azul nos olhos dela era qualquer coisa, menos humano. Era do mesmo tom que o dos seus e estavam acessos, pareciam vibrar em energia e poder.

Mas, algumas diferenças podiam ser pontuadas. A começar pelos brancos e lisos cabelos que caiam pesados sobre seus ombros e iam até sua cintura. A parte da frente estava dividida no meio e presa bem rente ao couro cabeludo, sendo posta para trás da orelha. Usava uma tiara de pérolas imponente e com quase dez centímetros de altura na divisão do penteado. Atrás da coroa, os fios caiam livres. Sua pele era retinta como a de Nicolao e seu corpo, um magro esbelto. Seus seios eram pequenos e ela usava um vestido da mesma cor de seus olhos, com alguns degradês em outros tons de azul, com uma saia do mesmo tecido que a de Melina, mas seu corpete era diferente. O tecido mudava para um couro também azul e a divisão não era reta, mas algumas grossas tiras de tecido foram pregadas no couro de forma assimétrica até que se formasse uma saia esvoaçante. Na parte de cima da peça, uma tira de couro dourada, incorporada ao corpete, simulava um cinto e mais duas tiras finas subiam dele até os ombros, cortando os seios, a uma distância de três dedos de onde o vestido se abria em um profundo decote em V que ia até o cinto, pouco acima do umbigo. Outra tira dourada atravessa a roupa horizontalmente, prendendo nos ombros uma capa feita do mesmo tecido da saia.

Ali, diante dela, estava a tão amada rainha Cibele. Sua mãe.

Seus braços finos acariciaram os seus e ela se virou para as pessoas que ainda estavam ali ajoelhadas.

— Podem se levantar — sua voz era gentil e amável e todos ali obedeceram seu comando. — Posso lhe dar um abraço, tio?

Nicolao gargalhou e abriu os braços como forma de convite. A rainha foi ao seu encontro e parecia quase se perder no meio dele. Seu pai era um homem grande, com um largo peitoral e braços que há alguns anos deviam ter sido muito bem definidos.

— Pelo visto você conseguiu amolecer o coração desse ogro — sua mãe disse. — É a primeira vez que ele cede a um abraço tão facilmente.

Melina concluiu que provavelmente, era verdade. Lembrava que seu pai costumava ser um homem rude, do tipo que furava as bolas que caiam em seu quintal e era o terror das crianças da vizinhança. Menos com ela. Mesmo com seu jeito abrutalhado, sempre a tratou como uma princesa e a coisa mais importante de sua vida. Agora entendia o porquê.

— E você — disse, apontando para o garoto loiro, se desvencilhando de Nicolao e indo em sua direção. Segurou suas mãos e olhou em seus olhos com um sorriso —, obrigada por trazer minha menina em segurança.

— Por nada — respondeu de maneira tímida e abaixou um pouco a cabeça para que a rainha pudesse lhe beijar a testa.

— Senhor Tyro, Ana, muito obrigada por tudo que fizeram até agora! — agradeceu a rainha, se virando para os dois. — Mas poderiam subir na nossa frente e nos dar licença por um minuto?

Ambos acenaram com a cabeça e se foram.

A rainha Cibele voltou para perto da filha que permanecia em silêncio, alisando seus cabelos com um sorriso e um olhar curioso.

— Deuses, o seu cabelo! — exclamou.

— Tem alguma coisa errada? — perguntou Melina, com um levantar de sobrancelhas apavorado, olhando para os próprios fios. Sentia que precisava de algum tipo de aprovação por parte da mãe.

— Não. Você está absolutamente bonita — disse, passando a mão em sua bochecha. — Só está... diferente.

— Ela ainda tá bem humana — Joe explicou —, acho que ainda demora uns dias pra voltar ao normal. Com cauda e tudo o mais.

— Entendi, tudo bem — respondeu, concordando com a cabeça. — Então eu suponho que ainda esteja sem memória.

— Pois é — respondeu a filha.

— Bom, você não é obrigada a se lembrar de ninguém lá em cima, só os via esporadicamente. Mas precisa fingir que se lembra do seu tio.

— E como ele é?

— É o cara bonitão que parece um elfo — Joe respondeu —, tu vai identificar logo de cara.

— Bom... Eu suponho que sim — disse Cibele, com um certo estranhamento na voz. Melina não sabia se ela estranhava a parte do bonitão ou do elfo. — E tem a Agatha e o Ikaro. Eles moram no palácio, então é de se esperar que você tenha alguma lembrança deles.

— Quem?

— Ikaro é meu filho mais novo — lembrou Nicolao.

— Ah, claro! E a Agatha?

— É minha skopós. Está com uma espada nas costas, parecendo uma deusa da guerra. — Pelo tom de voz, Cibele parecia nutrir uma profunda admiração e carinho por ela.

— Você também não deveria estar armado? — Melina perguntou ao seu guardião.

— Ah, mas eu tô!

Quis perguntar onde exatamente ele havia escondido o que quer que fosse seu armamento, mas decidiu deixar baixo. Temia a resposta.

— Creio que também não se lembre do idioma, mas, tudo bem. Ninguém espera que ainda seja fluente em grego após doze anos.

— Vocês falam grego? — Subitamente se deu conta de que a vida não era uma novela da Glória Perez onde você vai para a Turquia e todos lá falam português. — Claro! Por que não?

— Mas é fluente em italiano — Nicolao disse para a rainha. — Botei ela num cursinho quando era criança.

— O idioma oficial é grego — disse o Sr. Sabe Tudo, novamente a tirando de sua confusão. — Mas com o tempo o povo percebeu que italiano é bem mais fácil, então é o que falam no dia a dia.

— Mas faz muito tempo que eu não pratico, pai — retrucou a declaração de Nicolao. — Tô enferrujada.

Cibele levantou uma sobrancelha ao ouvir a palavra pai, mas logo se tocou do porque Melina o chamava assim e prosseguiu com o assunto da conversa.

— Não tem problema, eu faço eles aprenderem português — A rainha falou. — Pode ensiná-los, Joseph?

— Claro, suave!

— Ótimo, vamos então? — perguntou, alegremente.

— Vamos — Melina falou, concordando com a cabeça e tentando controlar a ansiedade.

A rainha Cibele se aproximou mais dela e depositou um beijo em sua testa.

— Eu amo você. — Ainda derramava, involuntariamente, lágrimas de felicidade.

— Eu... — queria dizer que também a amava, mas não conseguia terminar a frase.

Sua mãe percebeu sua hesitação e logo a interrompeu.

— Tudo bem. Não precisa dizer nada — a confortou. — Eu sei.

Subindo as escadas de braços dados com sua mãe, percebeu que fez bem em não criar expectativas. Talvez a maioria das pessoas choraria de emoção, gritaria de raiva, questionaria muitas coisas, desmaiaria, ficaria feliz ou faria qualquer outra coisa. Sentiria qualquer coisa. Mas, para ela, aquela amorosa mulher era uma total desconhecida. Sentia que deveria devolver todo o afeto e amor que estava recebendo, mas ainda não sentia-se pronta para isso.

Esperava que quando suas memórias voltassem, se lembraria também de amar sua própria mãe. Caso não, não saberia o que fazer. Crescer sem a presença materna nunca foi realmente uma questão. Havia se conformado com a inexistência dela e era muito grata por ter sido adotada e acolhida. Seu pai cozinhava e pagava as contas, ela estudava e limpava. Haviam construído uma boa e transparente relação, ambos possuíam uma personalidade difícil, mas conseguiam ser carinhosos um com o outro quando necessário. Tinham cada um os seus próprios amigos, mas no fim do dia eram apenas os dois, um pelo outro. Não eram uma família comum, mas a família tradicional brasileira é uma completa bagunça então, estava tudo bem. Tudo perfeitamente bem. Até agora.

No topo da escadaria, havia bandeiras hasteadas bem alto de ambos os lados. Era bem simples, porém elegante. Um azul marinho bem escuro com a parte superior de um tridente dourado no meio. Doze estrelas circundavam a base do garfo até as pontas, formando uma meia lua e uma pérola ficava acima da arma, bem no meio. Anastasia e Tyro já estavam ali junto a um agrupamento estranho de pessoas os esperando. Todos se ajoelharam, com exceção de um homem que estava à frente dos demais. Ele devia ter em torno de um metro e noventa e aparentava ter cerca de trinta anos, sua pele era branca e parecia suave ao toque. Seu rosto era magro com um maxilar bem definido e lábios finos. Possuía um nariz reto e longo, não de um jeito feio, combinava bem com ele. Seus cabelos eram lisos e pretos, prendidos atrás da orelha e seus fios pesados e brilhantes iam até a altura do peito. Apesar da altura, não era nem um pouco desengonçado e mesmo trajado com um casaco azul marinho bordado em preto, era perceptível que fazia o tipo magro atlético. Seus olhos finos e pequenos eram enfeitados por longos e curvos cílios. Tinham o mesmo tom de azul que o dela e o de Cibele. Trazia na cabeça, colocada de modo que atravessava sua testa, uma coroa formada por grossos fios de ouro entrelaçados como arame e conchas banhadas no metal dourado estavam pregadas na joia, espalhadas de maneira espaçada. Não era imponente como a da rainha, mas era graciosa a seu próprio modo. Fez uma reverência elegante, acompanhada de um leve sorriso e disse:

— É uma incrível satisfação tê-la de volta ao lar, Melina. — Sua voz era calma, assim como a sua expressão. Joe tinha razão, ele era inegavelmente bonito e realmente lembrava um elfo.

— Também é uma alegria estar de volta tio... Calisto! — Ele não parecia ser muito fã de abraços e a garota agradeceu aos céus por isso.

Enquanto tentava se lembrar se realmente ouviu Nicolao dizer que Cibele e Calisto eram gêmeos, já que não tinham absolutamente nada a ver um com o outro, a rainha pediu que que todos ali se levantassem e um grupo em específico ali chamou a sua atenção ao se deslocarem en direção a Nicolao, que também foi se dirigindo até eles. Era composto por três homens e uma mulher, esta, era uma jovem de pele amarela, longos cabelos lisos, com leves ondas, naturalmente vermelhos, a julgar pelas sobrancelhas. Estava de mãos dadas e muito próxima a um homem preto muitíssimo parecido com Nicolao e pareciam ser um casal. Aquele devia ser um dos filhos mais velhos dele, pois era como uma versão mais nova de seu pai. Olhos pequenos, nariz largo e lábios bem grossos. Cabelo cortado ao estilo militar, uma barba cheia e bem delimitada. Era alto e bastante musculoso. Tinham feições duras mas os olhos estavam cheios dágua, parecia fazer um esforço imenso para não se debulhar em lágrimas e deu um abraço bem hétero em Nicolao, que também estava tentando manter a pose de machão. Apresentou a jovem mulher ao seu pai em uma língua que ela identificou como italiano, então ela pôde entender mais ou menos o que diziam. Pelo visto o nome da ruiva era Agnes, a senhora de Zoe e eles haviam se casado há cinco anos atrás.

Ao lado dele, estava seu gêmeo idêntico, a única diferença era que este não tinha barba e seu cabelo era cortado bem baixo dos lados e possuía pequenos dreads em cima. Este, não parecia se importar tanto em manter uma pose durona e sorria mais. Deu um abraço apertado em seu pai e ria alegremente, de maneira que chegava a ser contagiosa. Por fim, Ikaro, que era um pouco diferente dos irmãos e obviamente era o mais novo, deu um abraço relutante no pai, por assim dizer. Ele era mais baixo e não tão forte. Seus olhos eram maiores, suas sobrancelhas mais finas e seu cabelo era um volumoso black. Chorava um pouco, mas seu semblante demonstrava um pouco de raiva misturada com felicidade. Talvez não tivesse engolido muito bem a parte da história onde Nicolao fingia a própria morte. Todos ali, incluindo Melina e sua família, os olhavam, atentos à reunião familiar, quando o gêmeo de dreads veio antes dos demais enquanto eles ainda botavam a conversa em dia. Com um sorriso imenso no rosto, jogou seus braços ao redor de Joe e estendeu uma mão para Melina.

Cugino! Non so se ti ricordi di me. Sono Thálles, la gemella più bella.
(Prima! Não sei se lembra-se de mim. Sou Thálles, o gêmeo mais bonito.)

È un piacere rivederti, Thálles — Melina respondeu.
(É um prazer revê-lo, Thálles.)

Joseph, tu cabinotto! Dobbiamo parlare prima di domani — disse o gêmeo para Joe.
(Joseph, seu mauricinho! Precisamos conversar antes de amanhã.)

Dai! Ma, per favore, parla portoghese — este lhe respondeu.
(Vamos, sim! Mas, por favor, fale português.)

Portoghese? Perché?
(Português? Por que?)

Perché la principessa non pratica l'italiano da molto tempo — Explicou e o jovem homem se virou para Melina.
(Porque faz muito tempo que a princesa não pratica italiano.)

È vero — admitiu —, se parli portoghese, lo apprezzerei.
(É verdade, se puder falar português, eu agradeço.)

Sai che non sono molto bravo in questo — disse para Joe —, ma proviamo.
(Sabe que eu não sou muito bom nisso, mas vamos tentar.)

O garoto loiro estendeu uma de suas mãos para Thálles, que a segurou e fechou seus olhos em concentração. Da mesma maneira que os homens no porto haviam feito mais cedo, porém ele demorou um pouco mais. Quando abriu seus olhos novamente, pareceu pensar por um instante e em seguida disse:

— É assim que se fala português? Tô falando direito? Até que é parecido com o italiano.

Melina teve que se obrigar a conter a expressão de surpresa e então sorriu para disfarçar.

— Sim, muito bom!

— Inclusive, vamos ali comigo ensinar o resto do povo — Joe disse para Thálles.

— Por que eu tenho que ir junto? — retrucou.

— Porque a maioria ali não vai com minha cara.

— Faz sentido — respondeu e os dois foram falar com os demais que estavam um pouco mais afastados, conversando bem baixinho e olhando tudo com curiosidade.

— Depois eu te ensino a fazer aquilo — príncipe Calisto disse atrás dela, a assustando levemente.

— Dá pra aprender um idioma só tocando em alguém?

— Sim. Isso é apenas o básico, há muito mais possibilidades — disse com um sorriso divertido, como se gostasse muito daquele assunto. — Veremos do que você é capaz.

— Vem, vou te apresentar ao resto do pessoal — a rainha Cibele, que também estava quieta até então, disse, tomando sua mão e a puxando para onde estavam todos.

Nicolao e seus outros filhos, juntamente com sua nora, já haviam se juntado ao grupo e logo foram a cumprimentar também. O gêmeo sério, Augustus, e sua esposa, Agnes, foram incrivelmente corteses com ela. Porém, na hora de cumprimentar o irmão mais novo, Ikaro, Melina teve a leve impressão de que ele não estava muito feliz em vê-la. Resolveu relevar, afinal, eram muitas emoções para um dia só e ele não era obrigado a morrer de amores por ela, pensou.

Cumprimento também Agatha, a skopós de sua mãe, usando todo o seu talento para a dramaturgia ao fingir reconhecê-la. Cibele não mentiu quando disse que ela parecia uma deusa da guerra. Agatha era uma mulher preta, um pouco mais alta que a maioria ali e seus cabelos estavam presos em duas tranças boxeadoras que desciam até suas costas. Usava uma capa preta de couro, justa no corpo, de manga comprida e gola alta que se abria em uma fenda frontal na altura dos quadris e ia até os joelhos, juntamente com uma calça e botas pretas. Ela realmente trazia uma espada de cabo dourado nas costas. Parecia ser absolutamente letal se fosse necessário, mas foi simpática com ela como os adultos são quando encontram alguém que pegaram no colo anos antes.

Melina conheceu as outras pessoas e descobriu que todos eles eram senhores e senhoras de ilhas e estavam reunidos ali para celebrar a chegada dela em seus melhores trajes, usando suas mais caras joias. Alguns pareciam simpáticos, outros nem tanto. Havia entre eles jovens educados como Agnes e velhos estranhos como Memnon, que parecia realmente detestar o pobre Joe. Mas ele não se deixou abalar nem um pouco por isso pois logo descobriram uma coisa que deixou ele e Nicolao bastante animados: haveria uma festa.










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Inauguramos oficialmente o meio do livro! ✨
Nem tô acreditando que chegamos até aqui, entaaaaooo, se tu tá aqui acompanhando essa história e tá gostando, pode comentar bastante e deixar seu voto porque isso me motiva muito! ❤️

Bandeira de Anamar:

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