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CAPÍTULO LV

— Quero dizer — analisou a foto mais atentamente —, é ela, não é? 

No entanto, apesar de muito mais nova, não havia como negar que era ela. Os mesmos grandes e intimidadores olhos azuis — a marca característica de sua família — ainda eram assustadores, mesmo por foto. 

Joe pegou a foto de sua mão e correu os olhos por ela. 

— Fofos — disse ele, após alguns segundos. 

Melina revirou os olhos. — Quantos anos acha que ela tem aqui? 

— Não sei — deu de ombros. — Uns vinte? 

Pegando a foto de volta, examinou os constituintes da imagem: poucas dezenas de pessoas agrupadas em frente à uma janela no que parecia ser uma sala de aula. Nice estava sentada na fileira da frente, de mãos dadas com o rapaz ao seu lado, que inclinava levemente o corpo na direção dela.

— Quem é essa gente toda? — perguntou ela. 

— Esse é o senhor Tyro — apontou com o dedo para um homem de meia idade, em pé, no canto da foto. — O resto eu não sei ou não reconheço.

Melina estreitou os olhos. — Há quanto tempo esse homem é velho? 

— Muito. 

A garota, de súbito, dobrou a fotografia e a colocou dentro do vestido, sobre o seio. Fechou a pasta de documentos e levantou-se, ajeitando a roupa. 

— Vem — chamou, estendendo a mão para ele se erguer.

— Não me diga que planeja tirar essa foto daqui — aceitou a mão levantou-se em um impulso. — A gente tem que devolver esse cartão hoje.

Melina revirou os olhos. — Ninguém vai reparar. Um dia eu devolvo.

— E aonde pretende ir com isso?

— Falar com meu pai. 

Não tinha cem por cento de certeza de que queria incluir Nicolao em toda aquela bagunça. Prometera a si mesma deixá-lo descansar e ter a merecida paz em companhia dos filhos. Mas, uma pergunta não poderia fazer tanto estrago. Além do que, precisa de alguém que tivesse as devidas respostas que ela tanto queria. 

Sabia que corria o risco de ele questionar mais do que deveria e acabar a par de tudo. Por isso, quando o encontrou na mesa, entornando uma enorme caneca, já estava com a língua pronta para cortar qualquer pergunta que ele fizesse.

Abriu espaço entre uma porção de bêbados e sentou-se ao lado dele. Bebeu e jogou conversa fora por alguns minutos até fingir que havia se lembrado de algo, puxar a foto e estendê-la para ele.   

— Encontrei isso. Queria te mostrar. Parece ser da sua época, durante a pangeia.

— A senhorita anda muito engraçadinha pro meu gosto — reclamou, mas pegou a fotografia mesmo assim.  

Nicolao riu brevemente, como se uma memória feliz tivesse invadido sua mente e apontou para um rosto aleatório.

— Saudades desse cara, já namorei com a irmã dele. Olha! Sua avó... com o Marion. Nem lembrava disso — focou os olhos na filha e ergueu a imagem. — Onde disse que encontrou isso? 

— Perdida por aí — deu de ombros. Torcendo para que ele estivesse alterado o suficiente para não se importar com aquilo. — A vovó já namorou com esse cara? Esse tal de Marion?

— Não sei se dá pra chamar de namoro. Foi um namorico. Na época da faculdade. Acho que não durou muito, ela conheceu meu irmão pouco tempo depois. 

— Ah — limitou-se a uma onomatopéia murcha. — Conhece mais alguém da foto? — instigou, apoiando o queixo na palma da mão para fingir que não estava tão interessada assim. 

— Hmmm — examinou cada rosto até que encontrou mais um que lhe era familiar. — Ah, Tyro! Quase não reconheci antes dos cabelos brancos e dos pés de galinha — gargalhou. 

— Ele estudava com minha avó?

— Hã? Não, não. Ele era professor. Depois que a fi... — tossiu e limpou a garganta para disfarçar o que estava começando a dizer — ele queria um... hobbie. — Naquele momento Melina teve certeza absoluta de que seu pai era um péssimo mentiroso. — Coisa de gente à toa. Não precisava, mas quis ser professor enquanto o pai dele ainda era governador.   

— QUEM QUER JOGAR PÔQUER? — gritou uma mulher aleatória do outro extremo da mesa. A excitação para o jogo tomou todos os presentes ali, incluindo Nicolao.

Melina sabia bem que não conseguiria arrancar mais nada dele depois que ele lhe devolveu a foto e sorriu para as cartas. Toda a sua atenção estaria na partida e na cerveja. Então, obrigou-se a dar-se por satisfeita, recusar gentilmente o convite para participar da competição e sair dali. 

Reencontrou Joe no ponto combinado: em frente à sala do trono. Mesmo de longe, ela o viu acenar positivamente com a cabeça, indicando que já havia devolvido o cartão de acesso sem nenhum percalço. Ela acenou de volta, para dizer que tudo também havia corrido bem com sua parte, contudo, sabia que ele não tinha considerado aquele aceno convincente, dado o olhar examinador que ele trazia no rosto quando ela se aproximou. 

— Conseguiu descobrir algo de útil? — Ela assentiu. — Então, por que essa cara?

— Que cara? — tentou fingir desentendimento, como se a pergunta não fizesse sentido algum. 

— Melina. — Soube que ele falava sério pelo simples fato de chamá-la pelo nome. — Não precisa tentar esconder nada de mim. Aconteceu alguma coisa que te chateou?

Bufou, frustrada e descruzou os braços. Gesticulou, dobrando o cotovelo e fazendo movimentos circulares com a mão, tentando comunicar algo que nem ela própria entendia bem. 

— Odeio essa sensação — murmurou, mais para si mesma do que para qualquer um. 

— Que sensação?

— A sensação de que eu estou prestes a agarrar alguma coisa, que está bem na minha frente, mas ela continua escapando. Me sinto burra. Me sinto inútil. Me sinto correndo atrás do próprio rabo! 

— Tu é tudo, menos burra! E também não é nem um pouco inútil. Só está estressada demais. 

— Eu não estou "estressada" — fez o sinal de aspas com as mãos —, não é isso. É só que... tudo acontece muito rápido, não tenho tempo de processar. Minha mente fica confusa, não consigo pensar direito. 

— Eu sei.. foi muita informação pra três semanas. — Melina concordou com a cabeça, lentamente e em silêncio, encarando o chão de pedra. — Tu precisa de férias.

— Tecnicamente, eu estou desempregada até a coroação — lembrou-o, encostando as costas na base da estátua de Poseidon. 

— E daí? É feriado nacional, Linda. Tu levanta quando o sol nasce e só para de madrugada. Pode relaxar, pelo menos hoje. Digo, quem quer sua cabeça numa bandeja de prata estava virando um barril de vinho da última vez que eu chequei. Acho que tu pode aproveitar essa brecha.

Ela deu uma gargalhada cansada. 

— Além do que, de nada vai adiantar quebrar a cabeça com alguma coisa sobre a qual você não pode fazer nada a respeito — continuou seu argumento. — Pelo menos, não no momento. Se não dá para ser resolvido hoje, pode esperar até amanhã. Ou depois, no caso. Hoje, a gente se diverte. Que tal?

— Você só quer beber.

— Eu quero te ver bem; e beber — acrescentou quando viu que as sobrancelhas dela franziram em incredulidade. 

— Justo — concluiu e suspirou. — Tudo bem — passou as mãos pelos cabelos soltos para os ajeitar, usava a tiara que Joseph havia dado à ela de presente —, posso tirar folga hoje. 

— E amanhã. Feriado prolongado.

Ela riu. — Combinado. 

— Então — estendeu a mão para ela cordialmente, curvando-se como um cavaleiro faria à uma donzela em uma história medieval —, aceitar beber e dançar comigo esta noite?   

— Ainda é dia, na verdade. Mas — deu de ombros —, aceito mesmo assim.

Ele forçou uma expressão ultrajada. — Beber durante o dia é muito deselegante para uma moça do seu porte, Vossa Alteza!

Gargalhou alto. — Deixa de palhaçada e vamos logo! 

Pegou sua mão e puxou-o para perto de si. Virou-se na direção da festa e começou a puxá-lo naquela direção até que parou. Um calafrio percorreu sua espinha.

— O que foi? — perguntou Joe, seu corpo assumindo uma posição alerta.

— Eu não sei — soltou a mão dele e olhou para trás, erguendo o queixo até que a cabeça de Poseidon estivesse em seu campo de visão. 

A sensação de que algo estava errado não condizia com o que seus olhos viam. Tudo parecia perfeitamente normal. Caminhou em passos vagarosos ao redor da escultura apenas para ter certeza. Quando chegou à parte de trás da estátua, localizou algo que não parecia certo. 

Correu seu dedo indicador pelo tornozelo do deus, até o calcanhar, onde uma fina rachadura machucava o mármore. 

— Estava assim antes? — inquiriu quando percebeu que Joe estava ao seu lado.

— Não faço ideia — vasculhou seu rosto com o olhar enquanto a visão dela continuava fixa na rachadura. — Mas essa estátua é mais velha do que o Brasil. É provável que já tenha uns anos. — Melina concordou, sem pressa.

— Não é nada — disse para si mesma. Virou a face para o rapaz a sua esquerda e sorriu.  — Não é nada — disse para ele. — Vamos para festa.

O mesmo sonho ruim — que a perseguia desde o dia em que partira de Anamar — a visitou naquela noite.  

Acordou agitada como já não acontecia há alguns dias. Agitada o suficiente para que demorasse a se familiarizar com o próprio quarto. Agitada o suficiente para que sua respiração levasse algum tempo para voltar ao normal. 

O lilás do céu indicava que o sol estava prestes a nascer. Não voltaria a dormir. Já havia dormido o bastante por uma semana no dia anterior — para curar os exageros do fim de semana. Seu corpo e mente já estavam descansados e cheios com expectativa para o novo dia.

Passou os olhos pelo quarto e viu que Joe ainda estava adormecido no sofá. Sabia que o espírito do pobre rapaz ainda não estava pronto para voltar à rotina, então, resolveu não acordá-lo. Foi ao banheiro e retornou pensando no que faria a seguir, quando avistou sua lira pendurada na parede. Já havia um tempo que queria tocá-la outra vez, porém, sua agenda não permitia. Decidiu aproveitar o curto período vazio naquele início de manhã. 

Vestiu seu robe sobre a camisola e tomou o instrumento em mãos. Foi ao terraço pois queria desfrutar da visão do nascer do sol e do cheiro do mar. Colocou algumas almofadas sobre o chão e acomodou-se.  

A música que era retirada da lira não poderia ser mais suave. Conseguiu limpar a mente o suficiente para conseguir encontrar beleza e doçura no aroma salgado, no som das ondas quebrando lá embaixo e no grasnar de um pássaro. 

Demorou alguns segundos para perceber o que havia de errado ali. 

Levantou os olhos na direção da ave que emitia o som. Identificou um pássaro preto do outro lado do terraço. Um corvo. Apoiado na amurada, com o horizonte atrás de si. 

— Não há animais aqui — balbuciou enquanto o corvo mantinha seus olhos nela e meneava a cabeça, como um convite para uma aproximação. 

O mais prudente seria sair dali o quanto antes e buscar alguém que pudesse explicar o que estava acontecendo. Talvez o sacerdote do palácio pudesse fazer algo a respeito.  

Sabia o que corvos significavam. Mau agouro.

Porém, não sentiu medo.

Como se um puxão a atraísse na direção da criatura, deixou a lira sobre as almofadas e caminhou em passos lentos até a ave que a esperava na amurada. 

Parecia consciente demais para um animal irracional.

Melina poderia jurar que havia uma espécie de reconhecimento e até mesmo empatia nos olhos do pássaro. Como se ele estivesse ali por ela. Soubesse quem era ela. Como se soubesse de algo que ela não sabia. 

Quando já estava perto o suficiente para ver o efeito do vento no brilho dos penas, ela sussurrou, como se falasse a um amigo confidencial:

O que é você? 

Não sabia o que esperava, mas, definitivamente, não esperava que ele falasse em alto e bom tom:

— Confie em sua intuição. Ela não falhará com você.

Então, assistiu a luz do sol invadir seus olhos com uma violência cegante. Com as mãos sobre o rosto, entre seus dedos, foi capaz de ver o corvo explodir em chamas, à medida que o mundo ao seu redor se tornava um borrão e uma voz distante chamava seu nome.

Acordou de sobressalto com uma mão a sacudindo. Abriu os olhos e viu Joe a fitando com preocupação. Sentou-se apressadamente, tateando em volta, em busca de qualquer coisa que pudesse ser usada como arma. 

— O que foi? — indagou exasperada. — O que aconteceu? — gritou, ordenando que uma resposta lhe fosse dada. 

— Nada. Está tudo bem — pousou a mão no ombro dela e afirmou com firmeza, na intenção de acalmá-la. — Tu não me parecia muito bem. Estava agitada. 

Melina respirou fundo. Acostumando-se com o fato de que estava em segurança.

— Desculpa... — sussurrou. — Você me assustou — tomou alguns segundos para inspirar o ar — bastante. 

— Teve o mesmo pesadelo? — questionou ele, com os olhos carregados de preocupação. Tentando disfarçar o quanto sentia muito por aquilo. Melina não gostava que sentissem pena dela e ele sabia.  

— É. Quer dizer, não — passou as mãos pelo rosto e teve sua mente invadida pela imagem do pássaro em chamas. — O corvo. 

Empurrou para longe de si as cobertas e apressou-se a correr para fora do quarto. Passou pela porta da cozinha, ignorando o cheiro de pão recém-assado e lançando-se para as escadas, saltando três degraus por vez até que estivesse encarando o mesmo local onde (em sua mente) a ave estava empoleirada alguns minutos antes.  

Parou para escutar.

Não havia som nenhum além dos que já estava acostumada. O vento. A água. Ao fundo: um palácio acordando em passos lentos; todos iniciando mais um dia de trabalho. Ainda mais distante: o murmúrio de motores de embarcações criando ondulações no mar gracioso. 

Nenhum pássaro. Como sempre. 

Precisa daquilo para ter certeza de que havia sido apenas um sonho.

Pelo canto dos olhos, enxergou Joe terminar de subir as escadas, olhando em volta, completamente perdido. Antes que ele questionasse sua sanidade, explicou:

— Eu tive um sonho dentro de um sonho. E foi — tentou encontrar as palavras certas para justificar seu comportamento estranho — muito real. 

Ele assentiu, dizendo, sem palavras, que entendia e não exigiria mais explicações do que ela estava disposta a dar. 

— O barco fica pronto às 11h30 — mudou de assunto, pegando-a de surpresa. 

— Não vou me atrasar — garantiu. 

Encararam-se em silêncio por alguns segundos.

— Café? — ele perguntou, por fim. 

Ela sorriu. — Café.

De fato, Melina não se atrasou. Antes que o relógio marcasse 12h30, já estavam à porta do escultor, com homens preparados para carregar a peça para a embarcação e até seus aposentos, no palácio.

— Só preciso que me lembre de uma coisa: por que precisamos vir aqui pessoalmente se não sou eu quem vai carregar nas costas? — Melina sussurrou enquanto entravam.

— Porque precisamos conversar com o escultor — ciciou de volta.

— Sobre o quê? O clima? — perguntou disfarçadamente, no meio de um sorriso, pois já estavam dentro do estúdio e o proprietário já vinha sorrindo para eles. 

— Não tenho a mínima ideia. Conversa sobre arte. Faz ele falar da obra — acenou para o artista, simpaticamente. 

O homem de cabelos grisalhos e pele bronzeada descia as escadas com os braços abertos. Não estava sujo de poeira branca e nem segurava nenhuma ferramenta como da última — e primeira — vez em que se viram. Usava um terno risca giz e seu perfume caro já podia ser sentido à distância. O local também havia sido limpo para recebê-los. Os gigantes em mármore que os cercavam estavam lustrosos e os inacabados haviam sido cobertos por panos brancos, contrastando com o chão preto. 

— É uma honra tê-la de volta, Alteza! — reverenciou-a. — Digo o mesmo a ti, senhor Joseph — fez uma reverência mais contida.

— Eu estava morrendo de ansiedade — abriu seu melhor sorriso e disse ao homem: — Tive que vir buscar pessoalmente, não iria aguentar mais nenhum segundo! 

— Ah! Pois, então, não vamos fazê-la esperar. Venham comigo!

Levou-os a uma sala separada, onde apenas uma forma coberta se fazia presente, da altura de uma pessoa. Melina havia pedido que não fosse exorbitantemente grande. Deveria caber em uma sala de culto comum. Porém, também não queria que fosse minúscula como a Ártemis que tinha — e que seria substituída. 

O criador da obra caminhou até o centro do cômodo, fazendo um certo suspense e perguntando se estavam prontos. Melina sinalizou que sim, com um sorriso. Até que ele era engraçado. 

Quando o tecido deslizou pela pedra, revelando o deus do submundo, Melina perdeu a fala. Era melhor do que esperava. O manto negro parecia ter mais movimento do que suas próprias roupas tinham. O arpão de dois dentes lhe pareceu tão letal quanto uma arma real. O trabalho feito nos cachos da barba e no abdômen foram o suficiente para que a princesa decidisse pagar um pouco a mais pela obra. 

— É perfeita! — Não mentia. De fato, queria aquela estátua. 

O homem suspirou de alívio. — Nada menos do que o melhor para a senhorita. 

Percebendo que Melina estava ocupada demais apreciando a peça de queixo caído, Joe se aproximou do artista e começou a enchê-lo de perguntas que este respondeu com entusiasmo. Quando já havia voltado a si, chegou perto deles e intrometeu-se na conversa. O escultor falava sobre como o principal era manter-se fiel à referência. 

— Passei dias no templo, memorizando o rosto, os traços, as veias, os músculos — dizia ele. — Queria ter certeza de que não perderia nada. Não me perdoaria se esse encontro da Antiguidade com a nova geração começasse a se perder por minha causa. 

— Você fez um trabalho excelente! — elogiou a garota. — Sinto como se estivesse me encontrando pessoalmente com Hades. 

O escultor arregalou os olhos e olhou em volta como se esperasse alguma tragédia. 

— Não dizemos esse nome com tanta frequência — explicou depois de um tempo, envergonhado ao ver que os dois não tinham medo. — Mas eu tive a honra de esculpir duas das únicas três estátuas do Imperador do Inferno — desconversou, sorrindo —, talvez isso seja um sinal de benevolência divina. 

— Desculpe — Joe interrompeu —, tu disse "três"?

Ele assentiu, genuinamente confuso. 

— Essa — apontou Melina — e mais uma no templo, que é a original. Qual é a outra?

— A que esculpi para o senhor Tyro — contou. — Não sabiam?

— Não — negou o rapaz, enquanto Melina tentava descobrir o porquê de Tyro ter fingido estar tão abismado, com seu desejo de ter uma estátua de Hades, quando ele próprio tinha uma  —, não sabíamos.

— Pensei que havia sido esse o motivo de ele recomendar meus serviços...  Enfim, já faz muito tempo e era uma obra bem diferente — gesticulou um sinal de desdém com a mão —, essa é uma criação única e especial para a princesa. Empenhei meu corpo e espírito para dar vida à essa peça. 

— Quanto tempo? O senhor saberia me dizer? — Melina voltou ao assunto. — Se não se lembrar, tudo bem. É só uma curiosidade besta — riu docemente. 

— Ah, não. Eu me lembro. Me lembro, sim. Me lembro de cada escultura que essas mãos já fizeram — mostrou as palmas de suas mãos, divertido. — A escultura do senhor Tyro foi entregue em — olhou para cima por alguns segundos — 1994!

Melina apenas sorriu enquanto seu cérebro fazia as contas. Os carregadores entraram e começaram a preparar a estátua para ser embarcada. O escultor foi ajudá-los (ou supervisioná-los, não tinha certeza), queria garantir que sua arte não sofresse nenhum dano no processo. Joe, por sua vez, a encarava com curiosidade.

Quando sua intuição invadiu sua mente, e começou a materializar-se em uma hipótese, a epifania a atingiu como um raio e ela bradou:

Puta merda! 













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Primeiro capítulo do ano (eba)! ✨

Gostaria apenas de dizer que o final do livro está mais perto do que vocês imaginam!

Então, nessa reta final, queria saber se vocês tem alguma teoria, alguma suspeita, algo que vocês juram de pé junto que vai acontecer.

Comentem aqui. Tô ansiosa pra ler!

Amo muito vocês! ❤️





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