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Capítulo 45: Um Novo Ciclo

— Damos graças ao início do Solstício de Verão! Sejam todas bem-vindas ao início do Sabbath Litha!

Bárbara cumprimentava as bruxas que iam chegando na clareira da floresta. Estava cedo, provavelmente eram dez da manhã, mas o sol já estava mais forte do que antes. Eu usava um vestido laranja, e as outras mulheres vestiam cores semelhantes como o amarelo.

— O que a gente vai fazer aqui, hein? — Luisa pergunta com receio ao meu lado, enquanto presenciava seu primeiro Sabbath.

— Você vai ver. Relaxa. — Respondo enquanto cumprimentava outras bruxas que passavam por nós.

— Bom, vamos fazer o seguinte. Luisa e Vitória arrumam o altar enquanto a Mari e eu arrumamos o círculo e pegamos os materiais. — Eduarda diz ao se aproximar, segurando uma bolsa de pano com alguns objetos dentro.

— Vocês não vão fazer tipo, sacrifício com animais não, né? — A loira pergunta receosa e eu seguro o riso.

— Não, Luisa. Não somos bruxas como a Cassandra. — Vitória responde enquanto caminhava na nossa direção e fica ao lado de Luisa. — Eu não acredito que finalmente tudo voltou ao normal.

— Nem eu. — Eduarda concorda. — Mas agora só temos motivos para comemorar e aproveitar. Começando pelo ritual Litha.

Logo, Eduarda começa a preparar o centro, colocando pedras no chão no formato de uma circunferência de no mínimo três metros de diâmetro. Pego a espada de cerimônia e, com as pontas no chão, começo a desenhar um pentáculo bem no centro da circunferência. Quando termino o desenho, outra bruxa se aproxima e coloca, em cada ponta do pentáculo, começando pelo Leste, uma vela verde ainda apagada.

No ponto correspondente ao Ar, Eduarda coloca o sino de latão já consagrado e um incensório de olíbano, com um incenso de mirra ainda não aceso. No ponto correspondente à Água, foi colocado um cálice com vinho, um pequeno prato com sal e uma pequena tigela com água fresca da chuva de ontem. Para seguir as regras, colocamos os pontos em suas devidas oposições; água oposta ao fogo e ar oposta a terra.

No altar, Vitória colocava a pequena estátua representando a deusa e Luisa a ajudava, colocando uma vela branca de cerimônia em cada lado.

As outras bruxas cantavam melodias calmas e dançavam ao redor da clareira, enquanto preparavam os alimentos e as ervas sagradas para o ritual. Não demorou muito para darmos início de fato ao ritual.

— Louvado seja o Homem Verde! Senhor dos espíritos da natureza, Aquele que dirige sabiamente os animais, os bosques e os campos verdes de infinita beleza. — Bárbara começa a falar, enquanto agradecemos mentalmente e pedimos benção. — Ser sagrado das folhas novas do carvalho, ouça o chamado da nobre druidisa. Inspire-nos pelos ventos da transformação Na divina sabedoria de nossos ancestrais.

Luisa olhava muito confusa para aquilo, mas não questionou nem por um instante. Eu não julgava, pois na minha primeira vez também foi assim, e eu tinha certeza que Luisa se adaptaria muito mais fácil que eu. Após sair da Igreja, imaginei que ela não quisesse se envolver com nenhuma religião doutrinadora, só que ela verá que a Wicca é uma religião de espírito livre.

— Resgate o amor e a esperança divina nos corações de todas as criaturas, através da água mais pura e cristalina. Abençoe-nos para que tudo sempre renasça. Que assim seja e assim se faça! — Bárbara finaliza aquela parte do ritual e olha para mim com um sorriso no rosto. — Fique a vontade para a cerimônia, querida.

Entendo o recado e coloco as mãos cobrindo o cálice de vinho, abençoando-o.

— Eu consagro e abençoo este vinho sob o nome divino da Deusa. — Começo a falar e vejo Eduarda se aproximar com um pote de sal na mão. Pego um pouco do pó e salpico sobre o sino de latão. Seguro com a palma das mãos um pouco da água na vasilha e salpico também sobre o sino. — Com sal e água eu consagro e abençoo este sino sob o nome divino da Deusa. Abençoado seja!

Pego um palito de fósforo e acendo o olíbano e a mirra. Fecho os olhos e levanto as mãos no céu, enquanto mentalizava visões sobre a Deusa Mãe. Sorrio quando me recordo do nosso primeiro encontro na feira, de quando ela me deu o seu legado e de todas as vezes que ela esteve presente, mesmo eu achando que estava sozinha.

— Abençoada Mãe, deusa-ventre, criadora de tudo, a ti é consagrado este círculo Sagrado! Em seu nome sagrado e sob a tua proteção, inicia-se este ritual do Sabbath! — Faço o sino soar três vezes enquanto rezava. — Espírito feminino sagrado do ar, virgem do fogo, bela e formosa, mãe terra, doadora de vidas, anciã da água, sem idade e sábia, eu invoco a tua divina imagem!

Coloco o sino de volta ao altar de pedra, com ambas as mãos. Seguro o cálice de vinho e o levo até a boca, bebendo um pouco e derramando o resto no pentagrama como libertação à Deusa.

— Eu derramo este vinho abençoado como uma oferenda a ti, oh graciosa Deusa do amor, da fertilidade e da vida! — Coloco o cálice vazio de volta no altar e soo o sino três vezes novamente. — Com o sol no seu zênite eu realizo este ritual do solstício em honra a ti. E em teu sagrado nome eu dou graças.

Me ajoelho diante do altar e ofereço mais incenso. Faço soar o sino em honra à Deusa e me preparo para encerrar a cerimônia do Sabbath Litha.

— Abençoada seja a deusa! A Deusa é vida. A Deusa é amor, ela faz girar a grande roda solar que muda as estações e traz nova vida para o mundo! Abençoada seja a Deusa! A Deusa é a Lua e as estrelas. A Deusa é a vida, a morte e o renascimento. Ela é o dia, a noite, a luz, a escuridão e todas as coisas selvagens e livres. Assim seja!

Quando termino o ritual, me levanto do chão e vejo as outras bruxas agradecendo pelo Sabbath. Elas se organizam e forram uma toalha no chão, semelhante a de piquenique, e logo começam a ajeitar as coisas do banquete. Me sento no chão enquanto elas conversam, cantam, dançam e recitam poesia em homenagem à Deusa.

— Você foi muito bem! — Bárbara se senta ao meu lado com um enorme sorriso no rosto.

— Obrigada. Fiquei com medo de fazer errado. — Digo timidamente e vejo as meninas se sentarem perto de mim. — O que achou, Luísa?

— Eu achei lindo! É muito diferente do que eu achava, é tão mágico! — Ela responde com um ar de sonhadora.

Nos servimos ao banquete composto de pães, frutas e suco cítrico. Quando a celebração chegou ao fim, guardamos tudo juntas e nos despedindo, pouco perto do meio dia.

— Quem quer ir comprar roupa nova de natal e ano novo? — Luisa questiona empolgada enquanto caminhavamos para casa.

— Você ainda não comprou? Hoje já é vinte e um. — Eduarda pergunta surpresa e Luisa nega.

— Não deu tempo. Aliás, vocês vão passar natal aonde? Meus avós vão viajar num cruzeiro e vão me abandonar aqui. — Ela diz se fingindo de triste, mas eu sabia que ela odiaria passar as datas comemorativas longe da gente. — Eu não sei se estou pronta para ver os meus pais. Eles tentaram entrar em contato comigo e tudo mais, fiquei sabendo que meu pai pediu o divórcio.

— Eu vou passar em casa com os meus pais. E você deveria dar uma chance para falar com seus pais, mas não necessariamente voltar a ter a mesma relação de antes, sabe? — Pergunto e ela concorda com a cabeça. — Você pode passar lá em casa se quiser.

— Eu vou ficar com minha mãe e minhas tias. Mas assim que der meia noite eu vou para a sua casa comer a ceia da minha sogrinha. — Eduarda diz demonstrando empolgação, o que me deixou surpresa.

— E você, Vitória? Vai passar aonde? — Pergunto, vendo que a garota estava em silêncio, apenas nos ouvindo.

— Em casa, dormindo. — Ela responde.

— Nada disso, você vai encher o saco da tia Helena comigo. — Luisa insiste e segura a mão de Vitória. — Vamos usar roupas combinando.

— Eu não gosto dessas comemorações, gente. Para mim é mais agradável ficar em casa dormindo como mais um dia qualquer.

— Por favor! Pense nisso como uma comemoração por termos detido a Cassandra! — Luisa faz uma cara de piedosa e Vitória revira os olhos.

— Tudo bem. Mas eu vou para casa depois, viu?

— Eu vou com você. Teremos alguns dias juntas enquanto meus avós não chegam. — A loira diz perversamente, fazendo Eduarda e eu nos olharmos incrédulas. — Tá, agora quem vai comprar roupa comigo?

— Eu vou. Preciso comprar uma para mim também. — Me ofereço, e finalmente vejo que chegamos na minha casa. — Te espero depois do almoço. Você sabe que o ônibus hoje demora, e lá pro centro deve vir lotado.

— Eu sei, eu sei. Até mais.

• • •

Assim que descemos da sardinha de atum, agregalo os olhos ao ver o centro da cidade cheio. Essa era a época em que recebemos mais turistas, pois a cidade vira um mundo mágico de natal. Os postes e as casas eram todas enfeitadas com pisca-piscas coloridos e bonecos de neve feitos de isopor, dentre outras decorações.

Entramos em umas nove lojas até Luisa achar finalmente uma roupa que gostasse. A do natal era uma saia preta de couro super justa e um cropped lilás com decote e com a manga comprida. O estilo dela era totalmente diferente do meu, que optei por um vestido vermelho simples, rodado e de alcinha.

— Mari? — Ouço uma voz familiar atrás de mim e me viro para ver quem era.

— Oi, Nicolas. — Digo sem graça ao vê-lo se aproximar, e Luisa faz uma cara nada boa.

— Estão comprando as roupas do natal? — Ele pergunta tentando puxar assunto, colocando as mãos no bolso da calça.

— Não, viemos comprar frango assado. Não tá vendo não? — Luisa questiona irônica e eu dou um leve soquinho discreto no seu braço.

— Sim, viemos. — Respondo forçando um sorriso. — E você? Veio fazer o que aqui?

— Eu estava no dentista. — Responde, ainda sem graça. — Olha, eu sei que eu fiz muita merda...

— Nem começa, Nicolas. Sem discursinho a essa altura do campeonato, né? — Luisa se mete novamente e ele a encara.

— Eu só queria dizer que eu sinto muito. Depois da formatura não tive tempo de conversar com ela, sei que fiz muita coisa errada. Eu não quero pagar de santo logo agora, só quero ser menos babaca assumindo meus erros. — Ele diz com um tom de sinceridade. — Bom, feliz natal para vocês.

— Feliz natal para você também. — Respondo me despedindo, vendo ele se virar e ir embora. — Você precisava ser tão grossa?

— Depois de tudo o que ele fez? Mas é claro!

— Você sabe que a maior culpada disso tudo é a Cassandra, não sabe? — Questiono apenas para relembrar a Luisa. — Eu nunca teria nem chegado perto dele se ela não tivesse influenciado.

— Mesmo assim. Não anula o fato dele ter se aproveitado de você. — Ela se vira e começa a andar no meio das pessoas. — Agora vamos comer uma coxinha e meter o pé.

— Tá bom, tá bom. — Tento segui-la antes de perdê-la de vista e paro de andar quando ouço som de latidos.

As energias do ambiente começam a mudar, e os latidos se tornam cada vez mais altos. Olho para frente e vejo a figura de uma mulher me observando entre uma nuvem de fumaça roxa, acompanhada de três cães que latim sem parar.

Ela sorri para mim com o olhar de orgulho e logo desaparece entre as pessoas, que nem sequer a viram ali.

Era Hécate, bem na minha frente, agradecendo pela missão cumprida.

Sorrio sozinha ao saber que ela viu até onde eu consegui ir, com a sua ajuda, sendo o Legado de Hécate. Era algo que eu não imaginava nunca que aconteceria justo comigo, a garota tímida e sem graça que tinha medo da própria sombra. Mas agora, a nova Mariana surgiu das sombras, pronta para enfrentar qualquer coisa que venha pela frente.

Continua...

Representação de um altar do Sabbath Litha.

Prontos para o último capítulo? Porque eu não.

Créditos ao blog Oficina das Bruxas!

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