Capítulo 7: Ana Flora
🔞Alerta de Hot! Esse capítulo contém uma cena + 18!🔞
Uma ocasião especial, 10 anos atrás
Erik hesitou quando eu perguntei se ele queria me trazer aqui. Eu percebi sua luta interna, mas eu o convenci. Como o motorista me buscaria, eu tive que dizer para minha mãe uma meia verdade. Eu disse que estaria aqui, mas que outras pessoas estavam também. Nosso combinado é eles sempre saberem onde estou. Minha mãe você dizendo que ano que vem, quando eu estiver na faculdade, poderei ter meu próprio apartamento, desde que eu sempre mantenha esse combinado e ela saiba meu paradeiro.
Hoje, depois de ler minha mensagem, ela disse que tudo bem e mandou abraços ao Erik. Mostrei para ele a mensagem.
-Será que ela não estranhou?
-Não, ela te adora.
Eu percebo algo de diferente em sua expressão, mas não pergunto.
-Você tem alguma bebida?
Erik não responde de imediato. Ele pega o meu rosto entre as mãos, beija meus lábios delicadamente.
-Por que você quis vir aqui?
Eu estranho. Não tenho coragem de dizer claramente, mas …
-Hum, para ficarmos mais a vontade.
-Então, podemos beber refrigerante? Nós já bebemos no baile e não quero que você se arrependa de algo depois, Flora.
Acho isso fofo. E gentil. E agora mais do que nunca eu quero que ele seja meu primeiro cara.
-E você? Você não quer se arrepender de nada também?
Ele me dá outro beijo.
-Eu quero tudo o que você quiser. Sei que parece uma frase feita, mas…
Ele segurou minha cintura com a mão, a outra colocou meu cabelo para o lado e falou em meu ouvido.
-Estou cansado de fingir que não quero você, Flora. O que você me pedir, eu dou.
Arrepiei. Eu dizia para mim mesma que queria perder a virgindade com ele porque era uma pessoa que eu confiava, mas a verdade é que além disso, eu queria porque ele me atraía de um jeito impressionante. Eu não sei como isso começou. Nem quando, mas aí estava.
-Eu quero você, Erik. Por hoje, eu quero você!
Ele soltou um barulho parecido com um gemido e me beijou com força. Quando ele me encostou na parede, algo em mim fez eu levantar minha perna, ele a segurou e puxou a outra fazendo com que eu circulasse seus quadris.
-Nossa, Flora, assim você vai me matar.
Ele diz enquanto me beija de novo. Eu percebo ele se movimentando e me levando para o quarto. Ele me deita na cama.
-Um dia, vou te foder em pé no meu corredor. - Ele diz enquanto deixa um caminho de beijos em meu pescoço. - De quatro em meu sofá… - Ele desce os beijos para meu colo. - De pé em meu chuveiro… - Agora em meus seios, mas sem abaixar meu vestido. - Mas hoje… Hoje vai ser aqui em minha cama, Flora, e, linda, hoje eu não vou te foder, eu vou te adorar.
E está aí! Esse é o motivo de eu ter certeza de que minha primeira vez deve ser com ele. Ele sabe o que isso significa.
Esse é o último pensamento que eu tenho porque Erik começa a abaixar a alça de meu vestido e meus seios pulam. Ele sorri.
-O que foi?
-Eu sabia que eles eram lindos… Eu já tinha visto, na minha cabeça, muitas e muitas vezes!
Quando termina de dizer isso, ele leva a língua ao meu mamilo e eu arqueio gemendo.
-Você gosta disso? - ele murmura?
-Sim. - respondo ofegante.
-Vamos ver se esse vestido sai fácil!
Ele diz isso, se levanta um pouco e puxa o tecido para baixo. Ele sorri de novo ao olhar meu corpo. Ele toca a beira da minha calcinha. Ela é pink e de renda.
-Acho que rosa virou minha cor preferida!
Ele diz isso e tira sua própria roupa ficando só de cueca, mas eu vejo seu pau apontando. Fica de joelhos na cama e beija minha coxa, enquanto ele faz isso, suas mãos vão até o meu mamilo de novo e ele aperta. Eu gemo mais uma vez. Ele vem até mim de novo e beija minha boca. É lento. Molhado, nossas línguas explorando uma a outra. Maravilhosamente.
Ele cumpre o que prometeu porque quando desce deixando rastros de beijos em meu corpo, eu me sinto adorada. Minutos mais tarde, quando já não aguentamos mais e ele pega o preservativo. Ele é tão carinhoso que a dor passa rápido e tudo o que eu consigo pensar é que confiei no homem certo.
Eu me questiono se fiz a escolha certa quando vejo Erik se aproximar de mim e dos cavalos. Eu não estava raciocinando direito aquela noite porque Margarida tinha acabado de deixar escapar que "levava chá para o Sr. Barbieri todas as noites porque o pobre rapaz quase tinha infartado".
Eu precisei disfarçar a preocupação e agir com tranquilidade quando ela começou a falar sobre empresários que se sobrecarregam. Em todos esses anos, eu imaginei muitas coisas para a vida dele: casamento, filhos (e não sei ainda sobre essa parte, embora ele não tenha aliança), playboy solteiro que não deixa uma mulher passar. Mas nunca morto. Daí o choque.
Depois, ele apareceu e tudo o que eu queria era mandá-lo para o inferno por não se cuidar! De que adianta milhões se você não divide o poder? Se você não se dá uma vida tranquila? Qual era o ponto? Nossos pais descansavam. Ele não aprendeu nada?
Por isso não falei nada quando ele disse que iria embora e que não era a raiva que estava dizendo isso. Eu simplesmente percebi que eu não era feliz. É! Eu não era. Eu tinha momentos alegres, claro, mas eu não era feliz. Felicidade é outra coisa. E eu sabia que a decisão de partir tinha sido errada desde o dia que contei para Rosa.
Eu sabia que devia ter curado meu luto e meus traumas ao lado dele. Eu poderia ter aberto mão da empresa e do casamento, sem acabar com a nossa amizade porque, embora ele não me amasse como mulher, ele me amava como amigo. E ele era um homem digno e responsável, por isso ele me pediu em casamento. Ele se sentiu obrigado pelas circunstâncias e nunca reclamou. Sim, seu respeito e carinho por mim, existiam. E a química entre a gente também. Mesmo que toda nossa relação tenha sido forçada pelos verões.
Mas não tinha mais volta. Eu não poderia voltar. Por isso me afastei das redes sociais, por isso nunca procurei por ele. Por isso nunca movimentei minha conta bancária.
-Boa tarde! - Ele me diz sorrindo, seu sorriso é leve como se não estivéssemos em um momento tenso e eu me questionei se era fingimento.
-Olá!
-Quem são nossos amigos? - Ele pergunta se aproximando dos cavalos, eu não me preocupo quando ele os acaricia porque sei que ele sabe lidar com eles. Ele ama cavalos.
-Esse é o Mr. Darcy. - Aponto para o cavalo preto. - Você vai nele. E esse é o Eugênio. Ele vai comigo!
-É claro que você ainda tem a mania de dar nomes de personagens de livros aos seus animais. E claro que teria um Mr. Darcy para mim.
Ele diz e ri. Isso me faz relaxar um pouco. Erik leu Orgulho e Preconceito porque perdeu uma aposta pra mim e odiou cada linha de Jane Austen. Ele poderia ter apenas fingido, mas leu cada página. Secretamente, eu gostava de pensar que ele dizia ter odiado só para me irritar e que ele também amava minha escritora preferida.
-Apenas coincidência, juro! - Brinco.
-Claro, vou fingir que acredito.
-ntão, vamos montar?
Ele assente. Eu tive dúvidas sobre o caminho que faríamos o dia inteiro.
-Então… Antes, quero falar duas coisas.
Ele que já estava montando, para e me olha.
-O que?
-Não vamos fazer o caminho que eu geralmente faço quando guio alguém. Nós vamos para um lugar que podemos falar melhor.
-Tudo bem, mas se alguém te questionar algo?
-Vou dizer que te falei sobre as cachoeiras e você quis ir lá. Não é sempre que isso acontece, mas não é incomum.
-Tudo bem
-Você não vai pagar esse passeio.
-Mas…
-Você e eu sabemos porque estamos indo conversar. Eu não quero dinheiro envolvido, você não está comprando uma conversa comigo, ok?
Ele parece querer argumentar, mas acaba concordando. Nós ficamos em silêncio enquanto montamos nos cavalos e começamos a andar.
-Eu sinto muito pelo seu pai.
Eu digo. Eu realmente fiquei triste quando ele disse.
-Obrigado.
-Posso perguntar como ele morreu?
-Ele teve um AVC, mas segundo os médicos, ele não sofreu. Pelo menos não na hora da morte.
A segunda parte é dita mais baixa e com pesar. Não há uma crítica a mim, mas eu percebo que nunca pensei no sofrimento do pai de Erik. Se eu perdi meus pais, ele perdeu o melhor amigo. Algo óbvio que eu só pensei 7 anos depois.
-O que tem pra fazer na cidade?
-Hum… Bom, aqui é totalmente turismo de cidade pequena. Artesanato, trilhas, restaurante de fogão a lenha, praça com coreto e alguns shows.
-É por isso que vocês investem bastante aqui? Faz as pessoas quererem ficar mesmo se enjoar da cidade.
-Sim, bem… eu não invisto. Apenas trabalho.
-Eu não gosto do seu chefe.
Eu sorrio.
-Entre na fila!
-Você diz que não investe aqui, mas eu vejo algumas coisas e elas são totalmente você. O deck, por exemplo!
-Rosa, a mãe do meu chefe, era dona daqui. Ela morreu há uns meses, ela me ouvia. Nós duas trabalhávamos bem juntas e sim, algumas coisas são minhas ideias.
-Como o deck…
-Como o deck. Antes dela morrer, estávamos pensando em uma sala de cinema e um salão de festas.
-Isso é uma excelente ideia porque além dos hóspedes, também pode ser atrativo para as pessoas da cidade e até das cidades vizinhas!
-Sim, essa era a ideia.
-O filho dela não levou isso pra frente?
-Não. Eu nem sei porque ele quis a pousada. Ele não morava aqui. Por um lado é bom porque assim eu consigo ficar perto de Violeta já que ele é o tutor, mas ele não cuida daqui e é grosseiro com os funcionários.
-Quem é Violeta?
-A irmã dele. Você já deve ter visto por aí, uma adolescente com cabelo colorido.
-Ah! Achei que ela era filha da Alane.
O fato dele saber o nome de Alane não deveria me incomodar. Nós não servimos refeições noturnas gratuitas para que os hóspedes queiram ir ao bar, já que as opções de nossa cozinha são limitadas. Ele está aqui há quase sete dias, óbvio que já sabe o nome dela. Isso não significa nada. Ou significa?
-Não. Ela apenas ajuda lá às vezes quando chega da escola.
Eu não sei se conversar sobre a cidade e a pousada era estratégia dele para o clima não ficar tenso. Sendo ou não, estava funcionando.
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