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Capítulo 5: Ana Flora

Eu entro no elevador e por um instante aperto o botão de travar. Respiro fundo soltando o ar pela boca e absorvendo pelo nariz. Eu não acredito que ele está aqui. Não acredito que todos esses anos me escondendo caíram por terra.
Quer dizer, eu apenas parti. No fundo, sempre achei que Erik iria me procurar, como ele sempre dizia, dinheiro movia o mundo. Mas eu o conheço. O conheço a vida toda. Eu vi em seus olhos que ele estava aqui por acaso. Eu percebi que ele não sabia.

Pisquei os olhos para não chorar. Destravei o elevador e saí para a recepção tentando parecer normal. Quando saí, Violeta estava conversando com Zoé. Forcei um sorriso.

- Oi, você. Não te vi depois que salvamos o Evaristo.

Ela sorriu. Violeta tinha 16 anos e desde que sua mãe tinha morrido, era difícil sorrir assim. Foi por ela que fiquei. E ficaria aqui enquanto não fizesse 18 anos.

-Eu fui andar a cavalo com a Fabiana e o irmão dela.
-Isso é bom. Como estão todos?
- Bem. Ela disse que a mãe dela disse para você aparecer.
-Eu vou.
-Você acha que posso dormir na casa delas hoje? Meia-noite a Netflix vai lançar a última temporada de Stranger Things e nós vamos maratonar.
-Claro que pode.
-Mas meu irmão... - Eu estremeço, mas disfarço.
-Eu falo com ele, Vi.

Outro sorriso, um beijo no rosto e ela vai até a parte da casa que moramos.
-Você está bem? - Zoé pergunta. - Parece abatida.
-Estou, só cansada. O dia está louco.
-E o quadro?

Eu não pensei em uma desculpa.

-Bom na verdade ele...
-Eu apenas pedi desculpas por isso. - Uma voz diz na escada. Ela e eu olhamos para Erik que está descendo. Noto que sem malas. Também noto que ele está mais lindo do que nunca. Embora pareça cansado. - Aquele quadro apenas... Me lembrou alguém e eu tive um momento difícil. Mas é um quadro magnífico!

Zoé sorri para ele se derretendo a seus encantos e eu quero revirar os olhos.
-É mesmo um quadro lindo. - Ela diz e ele se vira para mim.
-Depois que você saiu, notei que ele não tem assinatura. A pessoa que o pintou é conhecida?

Eu mordo a língua porque ele está me provocando. Ele sabe. Sabe que é meu. Mas Zoé, minha amiga que não sabe a metade do que está acontecendo aqui, não para de fofocar.

-Foi a Ana mesmo que pintou. Todos os quartos têm uma pintura dela e veja: esse também é dela. - Ela aponta para o quadro que é a imagem da pousada.

-É lindo. Não tinha percebido como esse lugar me lembra outro... - Ele diz mais baixo e eu entendo. Eu ignoro que todas as minhas sugestões de melhorias na pousada lembram a fazenda dos nossos verões. Mas não quero continuar com isso.
-Você desceu por que precisa de algo?
-Sim. Eu quero saber como funciona o passeio a cavalo.

Então ele vai ficar. Não sei o que pensar disso.

-O passeio que sai da Pousada é guiado, mas se você tiver experiência e quiser andar sozinho, pode andar em nossas imediações. Você precisa apenas assinar um termo dizendo que tem costume de montar.
-Eu tenho experiência.

Eu não respondo e me viro para Zoé.
-Chame o Vicente. Peça para ele levar o senhor Barbieri até o estábulo. Depois, você providencie o termo para ele assinar- Então, me viro para ele. - Eles vão te explicar tudo.
-Ok. Explicações seriam mesmo boas. -
Ele diz me provocando. E eu saio dizendo que preciso ir conversar com Alane.

Mais tarde, quando Benício volta. Vou até o escritório falar com ele.

-Violeta vai dormir na casa da Fabiana. - Eu digo quando entro.
- Boa tarde para você também.
- Agora você preza pela educação?
- Eu sou educado, Ana. Apenas tenho um jeito diferente do seu de tratar meus funcionários. Sobre Violeta, ela não deveria me pedir?
-Eu disse a ela que não precisava. Que eu falava com você.
-Eu sou o tutor dela, Ana. Não você.

Eu estou tão exausta que não discuto com ele.

-Você não estava presente.
-Você acha que não, mas me importo com minha irmã.
-Benício, você nem vivia aqui. Só está aqui porque você não pode vender. Mas se você me deixar cuidar de tudo...
-Eu já deixo. Se você quiser mais, vamos ter que dar um jeito de fazer a promessa da minha mãe se cumprir, mas são meus termos agora. Já que ela se recusou a dar os dela.
-Eu estou cansada de você jogar isso em minha cara. Ok. A pousada é sua. Sua mãe prometeu, não cumpriu e fim. Mas você sabe sobre a promessa e sabe que ela pode não ter tido tempo porque a doença dela se agravou.

Ele dá de ombros.

-Não muda nada, Ana. Eu sou o herdeiro dela de qualquer forma. Eu e Violeta, enquanto ela for menor, eu gerencio tudo.
- Eu saio.

Ele arregala os olhos surpreso.

-O que?
- Se você me der a tutela da Violeta. Eu saio e você nunca mais vai ter que me ver. Você pode ficar com a pousada, com tudo.
- Eu não vou deixar minha irmã com uma estranha, Ana.
- Eu não sou uma estranha. Estou aqui há sete anos e...
- Ah, você é sim! Eu nem sei o seu sobrenome. Você recebe seu salário em dinheiro e não tem um registro nessa pousada. Você pode ser uma fugitiva da polícia, uma assassina e eu nem sei.
-Se eu fosse já teria me livrado de você!

Ele gargalha e me deixa com mais raiva.

- Pelo amor de Deus, Ana. Não se rebaixe. Ok? Vamos fingir que somos civilizados.

Eu não respondo. Apenas me viro e saio, mas antes de chegar na porta, eu paro.

-É Martins. Ana Martins.

Digo isso e saio. Eu não menti. Martins é o nome da minha mãe, mas nossa família é conhecida pelo nome do meu pai. Um dos donos da maior rede de lojas de eletrodomésticos do país: a Casas A&B. Eu sempre fui Ana Flora Albuquerque.

Baile de Inverno, 10 anos atrás

-Vamos, eu pego mais um drink pra você!

Paulo insiste tentando empurrar minha cintura. Ele estuda na mesma escola que eu. Está sendo incoveniente essa noite. Eu já disse que Charlene e eu queremos dançar, mas ele não sai de perto e já tentou me beijar três vezes. Charlene foi ao banheiro e eu me arrependo de ter dito que eu não queria ir junto.

-Eu já disse que não quero. - Falo ríspida. - E tire a mão da minha cintura! Eu não gosto.
-Nossa, eu não sou digno de tocar uma Albuquerque?

Ele diz bravo e não me solta, pelo contrário, pega meu braço e tenta me puxar.

-Deixa disso, Flora, eu sei que você quer. O cu doce estava charmoso no início, mas agora já encheu o saco.

Estou prestes a mandá-lo pro inferno.

-Você está surdo? Ela mandou você tirar as mãos dela!

Uma voz diz atrás de mim. É Erik. Paulo me solta, mas zomba.

-Claro que um Barbieri apareceria para marcar território. Está com medo de ter que dividir sua marmita? Achei que você só comia no verão.

Quando ele diz isso eu gelo, Erik fecha o punho e vai para cima dele, mas eu entro em sua frente e o impeço.

-Pare, não vale a pena.

Ele respira fundo e me olha. Depois olha para Paulo e diz:

-Saia da minha frente e se você se aproximar de Flora não tem ninguém que me impeça de quebrar sua cara.

Paulo dá uma risada de deboche e sai.

-Você está bem? - Erik me pergunta e passa a mão em meu rosto.
-Estou. Desculpe por isso.
-Se desculpar pelo o que? Ele é um idiota.

Eu mordo o lábio, a consciência me pesando.

-Sim, ele é, mas ele insinuou que nós temos alguma coisa.
-De um modo nojento, o que só mostra que ele é ridículo.
-Sim, mas...
-Mas o que?

Eu respiro fundo. Erik e eu não nos vemos com frequência na cidade, apenas em ocasiões específicas como esse baile que é uma tradição do clube. Mas nós nos falamos bastante pela internet, acho que ele meio que é meu melhor amigo. E eu estou evitando falar com ele nos últimos meses, por isso a insinuação de Paulo me paralisou um pouco. Ando com vergonha do que eu fiz. Eu tenho 17 anos. Deveria agir melhor.

-Preciso te contar uma coisa.
-Diga.
-Hum... dia desses, fizemos uma festa do pijama.

Ele entende mal o que eu disse. Arregala os olhos bravo.

-Você e esse cara?
-Não! Eu e as meninas da minha sala. Elas começaram a falar das experiências delas e eu não tinha nada para contar. Fiquei com vergonha e...
- E?
-Eu talvez tenha dito algumas mentiras sobre nossos verões e sobre nós dois. A fofoca meio que se espalhou.

Eu espero ele ficar bravo, mas ele ri. Ele realmente ri. Será que a música e a bebida fez ele entender errado?

-Você está rindo?
- Sim. Acho engraçado. Eu te garanto que muita coisa que elas disseram sobre elas mesmas também é mentira. Ninguém quer pagar de inexperiente. Espera, é por isso que você tem me evitado?
-Você percebeu isso?
-Bom, você, literalmente passou de textão e ligações demoradas para respostas monossilábicas. Mas achei que era apenas época de prova.
-Desculpe.

Ele ri de novo e eu noto pela milésima vez o quanto ele é lindo. Uma parte de mim gostaria que todas as minhas mentiras fossem verdades. Quer dizer... Nós já nos beijamos algumas vezes, eu espero que nossos pais nunca descubram porque não sei como eles encarariam isso. Somos meio que uma grande família. Mas também, o que eles queriam? Nós passamos um mês do verão juntos todo ano, óbvio que em alguns momentos seríamos todos hormônios e instintos.

-Charlene foi embora? - ele muda de assunto.
-Não. Foi ao banheiro e depois ia pegar uma bebida e eu fui burra o suficiente para não ir junto.
-Pare, você já se xingou o suficiente.
-A verdade é que eu quero mesmo uma bebida, mas não quero ir com ele.
-Vamos então, eu te acompanho.

Quando vamos em direção ao barman, vejo Charlene aos beijos com um primo de Erik. Ele também vê.

-Acho que ela vai demorar mais do que disse.

Eu sorrio. Minha amiga para de beijar e me vê passando, eu aceno e digo que vou sentar. Ela me dá um ok e é nosso sinal de "prometo que não é a noite toda". Quando seguimos para pegar a bebida, noto que Erik está me guiando segurando minha cintura, da mesma forma que Paulo tentou fazer e não é ruim.

-O que você quer?
-Um pau na coxa.

Digo isso e fico vermelha, eu sei que é o nome do drink, mas Erik ri porque pensa o mesmo que eu. Ele abaixa um pouco para falar em meu ouvido.

-Espero que você tenha inventado algo melhor que isso, Flora, porque eu faria muito mais.

Eu arrepio. Não sei se ele está brincando ou flertando. Então sorrio e encaro na brincadeira.

- Você está no sexto ano e não consegue resistir a uma piada de sexo?

Ele também sorri, não me responde, mas pisca para mim e eu acho que deixei um bom flerte passar.

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