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Capítulo 32: Erik

— E então? Como estão as coisas?

Bernardo e eu estamos jantando na casa de Charlene. Tenho certeza que o convite foi um combinado dos dois para me verificarem.

— Bem. Estou cansado. Só isso.

— Quando você vai começar a fazer um curso pra seguir os passos da família e virar um ator famoso? - ela provoca e eu reviro os olhos.

— Você contou pra ela? - Pergunto para Bernardo.

— Eu tive que contar. Sua mãe é um meme!

— Mas ninguém pode saber.

— Pra quem você acha que vou falar? - Charlene diz. — Além disso, você ia me contar mesmo. Como você está com isso?

— Eu estou preocupado que minha mãe estranhe a exposição. O fato dela ter um relacionamento é estranho para mim, mas eu não sou um neandertal. Sei lidar com isso. Mas ela não parece estar nem um pouco preocupada com tudo isso. Inclusive, fez questão de frisar que eles só não tornaram o relacionamento público antes por minha causa.

— Isso definitivamente soa como Dona Ágatha. - Bernardo diz.

— E o incêndio? -  Charlene pergunta.

— A polícia ainda está investigando, mas eu quis dar um passo à frente e amanhã vou me reunir com meus diretores e falar sobre meu vigia. Eu não vou demiti-lo.

— Essa decisão pode ser sua?

— Se eles não concordarem, vou criar um clima ruim, mas pode.

— Você está fazendo certo, irmão. Ele veio até você, ele podia apenas ter escondido tudo.

— E ainda tem a chance de nem ter sido aquele cigarro.

— Por isso vou ficar aqui por um tempo e também vou voltar para Salvador.

— Você já falou sobre isso com Flora? - Charlene pergunta.

— Sim. Eu disse que não sei quando vou voltar.

— E ela?

Dou de ombros.

— Disse para eu não sumir.

Charlene ia responder alguma coisa, mas uma Elaíse feliz e saltitante entra na sala. Primeiro ela vem até o meu colo e depois vai ao de Bernardo.

Charlene sorri e revira os olhos, ela sempre diz que fica sem vez quando nós estamos.

— Tio Rik e o Evaito?

Ela me pergunta e eu não consigo deixar de sorrir.

— Ele ficou na casa dele.

— Com o Nini.

Eu sorrio de novo, Benício conquistou essa garota e eu nem tenho ideia do motivo. Ele ainda era um idiota quando as duas estavam lá.

— Com ele.

— Ele já se mudou? - Charlene pergunta como quem não quer nada.

— Não, está fechando a compra da chácara ainda.

— Ainda estou surpresa dele decidir vender a mansão.

— Benício é o cara do lago, certo? - Bernardo pergunta olhando para Elaíse e a gente entende sobre o que ele está falando.

— Sim. - Charlene responde. — Ele mesmo.

Ela parece ficar pensativa quando responde e eu penso em como Benício ficou diferente depois que Charlene esteve lá. Será que foi por ela e por Elaíse?

— Ele é meu amigo. - Elaíse diz. - Não é, mamãe?

Charlene sorri para ela.

— Sim, querida.

Elaíse sorri, desce do colo de Bernardo e vai até o espaço na sala que fica seus brinquedos e um tapete macio que Charlene comprou para que ela brincasse sem perigo. Eu olho para Bernardo e Charlene, os dois são meus melhores amigos. Houve um tempo que Charlene era apenas uma conhecida, mas a partida de Flora nos aproximou. Hoje somos um trio e ela é uma das pessoas que mais confio na vida.

— Eu tenho pensado em uma coisa.

Os dois olharam para mim.

— O que?

Então, eu finalmente pronuncio as palavras que nunca pensei pronunciar.

— Acho que vou desistir.

Eu saio surpreso da reunião com meus diretores. Apenas um deles ficou receoso de manter o emprego do meu funcionário, mas todos concordaram que foi um acidente. Nós todos também concordamos que precisamos reforçar as medidas de segurança e fazer programas que conscientizem os funcionários que elas precisam ser seguidas.

Adiantar a conversa e falar com eles antes da polícia, foi uma boa ideia. Foi transparente. Como sempre fui e como meu pai sempre quis e me ensinou. Eu não sou religioso, mas eu creio que essa jornada não é a única que temos, então sei que meu pai tem se orgulhando de cada passo que dei como dono dessa empresa. Estou em paz e sei que onde quer que ele esteja agora, ele também está.

Entro em minha sala e olho direto para a aquarela que Flora fez para mim. Sinto uma saudade imensa, são apenas três dias e mesmo assim parece que uma parte de mim está faltando. Eu suspiro, preciso me acostumar com isso. Preciso me acostumar novamente com sua ausência.

Como se ela estivesse pressentindo meus pensamentos, meu celular toca com sua chamada.

— Ei, Flor.

— Oi, você está no trabalho?

— Estou.

— Posso ligar depois, se quiser.

— Não, acabei de sair de uma reunião, estou em minha sala.

— Eu acabei de conversar com o engenheiro e o arquiteto, sobre a obra.

Por um instante, eu me amaldiçoo. Eu esqueci completamente que Flora teria essa reunião hoje, já estava marcada desde a semana passada e, mesmo que eu não fosse participar, eu queria conversar com ela sobre isso.

— E então?

— Eu fechei o salão e a sala de cinema.

— Isso é muito bom, querida! Parabéns!

— Obrigada. - Pela sua voz, sei que ela está feliz  - Eu tive um pequeno momento de achar que devia esperar, eu até refiz as contas, mas é o momento.

— É normal ter receio, mas se as contas bateram… E os chalés?

— Fazer os chalés agora, ia acabar com a reserva que eu quero.

Eu pondero se devo falar o que estou pensando, por fim, resolvo falar com cautela.

— Flora, como empresário, sou terminantemente contra usar dinheiro pessoal para reformas na empresa, se há dinheiro em caixa. Mas… Eu acho que o chalé temático é uma tendência que ainda não é tão comum no Brasil. Minhas pesquisas mostraram que só um hotel no país aderiu, esse hotel não fica na sua região. Talvez fosse o momento de você usar o dinheiro que você tem e iniciar essa ideia. Você será uma das pioneiras e vai passar a responsabilidade de inovação para os seus concorrentes.

Ela fica em silêncio. Eu sei que ela não desligou porque a chamada não encerrou e eu posso ouvir sua respiração.

— Eu não quero mexer nesse dinheiro, Erik.

— Eu entendo você não querer usar esse dinheiro para uma vida luxuosa, mas usar para seu trabalho não seria diferente?

— Como seria diferente? Meu trabalho, em tese, não vai fazer eu melhorar de vida?

— Não usar esse dinheiro, não vai fazer essa fortuna desaparecer. Ela é sua por direito. É sua herança.

— Justamente. É minha herança, então posso fazer o que eu quiser com ela, inclusive não fazer nada.

Eu solto um suspiro. Seu tom me atinge um pouco.

— Eu não quero brigar. - Digo.

— Então respeite minhas escolhas.

— Eu respeito.

Ela solta um grunhido irônico. Isso não me passa despercebido.

— O que foi isso?

— Nada.

— Ana Flora…

— Virei Ana Flora de novo? - Ela diz. - Você apenas finge que respeita minhas escolhas.

Eu me sinto em um dèjà-vu. Nós caímos nessa de novo, mas ao contrário da outra vez, eu não digo que eu só vivi as escolhas dela.

— Por que você acha isso?

— Você queria que eu fosse para São Paulo em definitivo. - Ela acusa, mas não me dá tempo de falar, pois logo diz - Além disso, você não perde a oportunidade de falar nesse dinheiro. O que é? Você quer seguir com o plano dos nossos pais?

Porra. Isso dói pra caramba, mas é minha vez de soltar uma risada irônica.

— Você está me acusando de estar com você por dinheiro? É sério? - Falar isso em voz alta, me deixa com mais raiva. - Eu peguei a empresa e me tornei um bilionário, Ana Flora, a nossa empresa. Por qual motivo eu iria querer juntar meu dinheiro ao seu?

— Ela não é nossa.

— Ela devia ser. E se a gente desse certo? Se mesmo agora a gente se casasse, ela seria sua. Você já pensou nisso?

—  Acho que vou desligar, Erik.

— Eu vou para Serra Dourada.

— O que?

— Eu vou pegar um táxi e vou aí. Nós vamos conversar.

— Você não vai enfrentar 3 horas de viagem e depois voltar só porque a gente teve uma briga.

Eu suspiro.

— Não é por isso. Nós precisamos conversar em definitivo, eu não tenho data para voltar e ia apenas descansar no fim do dia de hoje e amanhã. Não vou ficar aqui indefinidamente com uma conversa pendente com você. Eu não sou um adolescente.

— Tudo bem. Então, até mais tarde.

— Até mais tarde.

Ela desliga e eu solto um suspiro. Passo as mãos em minha têmpora. Eu não acredito que Ana Flora me acusou de estar com ela para aumentar meu dinheiro. Qual é o ponto disso? Jesus Cristo. Eu só espero que a gente consiga conversar sem brigas.

Enquanto aviso minha secretária, peço para ela providenciar o táxi e vou para minha casa me arrumar, eu me permito sentir raiva.

Chego e antes de arrumar minhas coisas, eu me sento no sofá. A raiva vem forte. Raiva por Ana Flora me acusar, raiva porque eu também fiquei fodido com toda esse história e isso não quer dizer que eu não saiba que ela é a mais afetada.

Eu estou com raiva até porque essa atitude dela está adiantando todas as minhas escolhas e eu queria tempo para agir. Eu queria tempo para me acostumar com a ideia. Eu queria tempo e paz. Paz é tudo o que estou precisando agora. Sinto o peito apertar. Um flashback de toda minha história passa em minha mente. Não devia ser assim. Não devia ser tão sofrido. Ter um trabalho de sucesso não devia ser a única coisa que me traz paz em minha vida.

Inferno. Nem isso tem me trazido paz ultimamente. Ontem, enquanto conversava com Bernardo e Charlene, eu tinha certeza do que devia fazer.  Eu tinha certeza de ter tomado a decisão certa. Não era fácil. Mas era a certa.

Agora, pensando em meu trabalho e em Ana Flora, eu não sei mais o que é certo ou errado. Eu não sei mais o que é o melhor para mim. E pior, tenho a sensação de que isso poderia ser resolvido facilmente, por isso não é um exagero ir para Serra Dourada.

Não é precipitado e nem desespero. O aperto no meu peito mostra que é apenas a necessidade de respirar. Eu não quero mais me sentir sufocado por causa de uma escolha, seja minha ou dela. Eu só preciso me levantar, arrumar uma pequena bolsa e ir.

Tento fazer isso, mas quando me levanto e dou um passo em direção ao quarto, o aperto no meu peito vira dor e a minha casa vira escuridão.

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Atenção!

Como o mundo capota e a gente cospe pra cima, eu (que sempre disse que nunca ia publicar duas histórias ao mesmo tempo) resolvi postar outra obra por aqui!

Segue a sinopse:

Sinopse

Esmeralda

Eu estava despedaçada.
Um coração partido em mil pedaços…
E eu sabia que apenas um lugar poderia me curar.
O mar, as ondas e aquelas paisagens devastadoramente lindas iriam me recompor.
Quando fui atrás de um velho amigo, não o encontrei. Havia outro em seu lugar, um homem pecaminosamente lindo. Talvez ele pudesse pôr meu coração no lugar, exceto que no pacote vinha uma garotinha linda e adorável e eu não queria partir o coração dela…
Mas eu não deixo de ir ao bar e ficar um pouco mais enfeitiçada a cada noite.
Eu devia me afastar, mas o verão está longe de acabar…

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Gustavo

Os antigos dizem que quando temos tempestades todas as noites é sinal de boas novas. As águas sempre nos trazem bênçãos.
Preciso disso desde que estão fechando nosso centro cultural e eu tenho uma garotinha para cuidar.
Então a porta do meu bar se abre de repente e eu vejo uma mulher ensopada. Seus olhos fixam nos meus e ela fica um pouco surpresa com o que vê, é como se ela não esperasse me ver ali.
Mas, por algum motivo ela volta todas as noites e tudo o que eu quero é levá-la para o quarto que mantenho em cima do bar.
Pelo menos até o verão acabar…

Se você achou interessante ou coisa do tipo, você pode acessá-la em meu perfil! Beijinhos

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