Capítulo 22: Erik
⚠️Alerta🔞🔞🔞: Esse capítulo contém uma cena hot que é+18.⚠️
Eu entro no barzinho que me indicaram e a primeira coisa que noto é que Benício está ali com uma mulher. Eu não sei se é um encontro, mas a forma que ele ri quando ela diz algo, é totalmente nova. Ele realmente parece outra pessoa.
Eu sento em uma mesa e resolvo pedir um suco e uma porção de frios. Um tempo depois, vejo que a mulher se despediu de Benício. Ela passa por mim e ele continua sentado, até que me nota e vem em direção a mim.
— Eu liguei para o detetive.
Uau. Essa foi rápido.
— Isso é bom. Espero que tenha um bom desfecho.
—Eu também.
Assinto, ele hesita uns minutos e se movimenta para ir.
— Quer sentar e tomar algo? Estou no suco porque ainda não descansei da viagem e preciso dirigir, mas você pode pedir outra coisa.
Por que fiz isso? Eu não faço ideia, faço menos ainda do motivo que fez Benício arrastar a cadeira e aceitar meu convite.
— Eu não bebo álcool.
Então, ele se senta e eu noto que tem um livro nas mãos.
— Não sabia que você era do tipo de livros.
— Eu sou.
É a única coisa que ele me diz sobre isso, então gesticula um sinal para o garçom e faz o pedido. Quando o garçom saiu, um silêncio estranho pairou entre nós. Parecia que nenhum dos dois sabia o que dizer.
— Você ficou fora bastante tempo.
— Tive que ir até a empresa para uma leva de contratações. Depois um dos meus diretores faleceu e precisei ficar mais.
— Sinto muito.
— Obrigado.
Logo que eu respondo, o celular dele toca. Ele se afasta um pouco e retorna em seguida.
—Era Violeta, ela quer sair da noite de garotas e ir para a casa de uma amiga.
Não me passa despercebido que Violeta pediu a ele e não usou Flora de intermediária.
—Você vai voltar para a pousada hoje?
Algo muda em sua expressão, mas não sei o que é.
— Hoje não. Eu tenho uma casa aqui, vou ficar na cidade mesmo.
Sempre acho graça deles se referirem ao centro como "cidade" como se a pousada não fosse parte de Serra Dourada também só porque fica em uma zona rural.
—Você sente falta de morar em uma cidade grande? - Pergunto querendo puxar assunto e ainda sem entender o motivo disso.
— Eu sinto falta de poder sair em paz, ir para algum lugar que as pessoas não me conhecem e não saibam que sou um babaca.
— Eu sei que você não gosta da Flora, mas se você a tratasse melhor e todos os seus funcionários, talvez as pessoas não achassem isso.
— Nunca disse que não gosto da Ana. Só achava estranha a falta de informações. Minha mãe se arriscava colocando dentro da pousada pessoas que ela não conhecia.
— Ela tinha esse hábito?
Noto que ele fica mais sério.
— Sim, Ana, Alane e tantos outros que não estão mais aqui.
— Certo, mas isso não justifica tudo.
—Você me chamou para sentar aqui e me dar um sermão?
— Não, desculpa, você está certo. É só que, porra, Benício, nessas últimas semanas você não está parecido com o Benício que conheci. Quer dizer, você é um babaca, mas não é o babaca que era quando eu cheguei aqui. Isso é confuso, talvez seja um caso de Fragmentado.
Ele dá de ombros e nessa hora, seu refrigerante chega. Ele abre a lata e despeja o líquido em seu copo. Então ele suspira.
— Talvez eu também precisasse de um tempo, como todos vocês em algum momento da vida.
Quando ele bebe seu refrigerante fingindo que não me disse nada importante, minha ficha cai. Esse homem está de luto. Ele perdeu a mãe. Ele tem uma cidade inteira dizendo que não é merecedor de sua herança. Ele precisou mudar totalmente sua vida para cuidar de uma adolescente e ainda ter que tocar um negócio que nunca tocou antes. Talvez sua ausência na pousada é por não saber como fazer. Talvez todos nós estivéssemos enganados.
— Além disso… - ele continua - Todos na cidade já não iam com minha cara antes de eu ficar com a pousada. Nunca fui de ter muitos amigos, eu jogava bola, mas nunca estava com os caras. O único cara que eu posso chamar disso está nos Estados Unidos cuidando de sua filha.
— O advogado de sua mãe?
— Você sabe sobre ele?
— Sim. Flora me contou. Eu sinto muito.
—É uma merda. Mas ela está se recuperando, acho que Dominic vai voltar em breve.
— Que bom.
Peço outro suco e outra porção.
— Sua vez. - Eu digo.
Ele arqueia a sobrancelha.
— Minha vez de?
— Perguntar algo. É assim que a gente faz novas amizades.
A sobrancelha continua arqueada e eu tenho que prender minha vontade de rir. Nunca conheci um cara tão mal humorado e eu sou o oposto disso. Exceto quando Bernardo está se metendo em minha vida.
— Nós vamos ser amigos?
— Nós vamos. Você vai me ver muito em sua pousada e eu sinceramente estou de saco cheio desse seu humor.
Ele revira os olhos.
— Você pensa em se mudar?
— Eu não posso. Minha mãe acha que devo, meus amigos acham que devo, até eu penso que seria tudo mais fácil, mas eu não posso virar as costas para tudo o que o meu pai e o de Flora construíram.
—É isso que te impede? Lealdade ao legado do seu pai?
— O que mais seria?
— Sei lá, dinheiro. A gente vive num mundo capitalista. A gente precisa de dinheiro.
Eu já tenho dinheiro. Eu poderia fechar a loja hoje, sem vender, apenas fechar que eu não quebraria.
— Você fala loja como se fosse uma lojinha de bairro e não uma das maiores redes do país.
— Por isso eu digo que não é o dinheiro. Apenas… tudo isso foi meu pai que construiu. Eu sou o herdeiro. Meu pai e o pai de Flora eram pobres e conseguiram erguer um império.
— Mas ela pode virar as costas pra isso e você não?
Não é uma crítica pesada, eu mesmo ainda não entendo porque Flora não quer isso, mas sinto que preciso defendê-la.
— Você disse que pesquisou sobre ela… Viu sobre a morte dos pais dela?
— Sim. Eu entendo o que quer dizer, mas acho que você não me entendeu. Acha que se você não existisse, ela precisaria ficar mesmo se tudo tivesse acontecido igual?
— Claro que não.
— Então, para que você largue isso, você precisa passar por algo ruim? Só assim não seria uma traição? Sei lá, sua felicidade não é justificativa?
Ele me deixa sem resposta e fico com raiva porque esse cara em menos de dez minutos joga por terra todos os argumentos que eu uso para me convencer que eu tenho uma obrigação com o legado do meu pai. Mas não dou o braço a torcer.
— Não é tão simples.
— Não. Não é. Não estou dizendo que você devia fechar, isso provavelmente geraria uma crise econômica nacional já que milhares de pessoas ficariam desempregadas, mas tenho certeza que poucas empresas do tamanho da sua tem os donos trabalhando na matriz tão de perto como você.
— Você tem razão e esse é um de nossos diferenciais. Um dos ideais do meu pai.
— Eu achava que Flora era burra, mas acho que você também é.
— Você venderia a Pousada?
— Eu venderia a Pousada por muito menos que o amor da minha vida. Eu odeio aquele lugar. Apenas estou lá por Violeta. Até ela terminar sua faculdade e bater o martelo sobre o que quer fazer, eu preciso estar lá. Pelo menos por hora é isso.
São muitas informações de uma vez e eu não sei o que dizer, mas também acho que ele não iria falar sobre isso. Nós mudamos de assunto e começamos o papo clichê de esporte, clima, pesca. Quando falamos sobre a capital e ele me conta sobre uma ex que joga vôlei, eu me sinto confortável em perguntar:
— Então, a garota que estava com você é alguém que poderia te fazer vender uma empresa que vale bilhões?
— Cecília? Não. Apenas uma amiga. Ela mora em São Bento.
— Pensei que você tivesse dito que não tinha amigos.
— Não tenho. Ela é diferente.
— Não é sua garota, mas é diferente?
— Sim. Ela é daqui, mas mora em São Bento. Ela também morou em São Paulo um tempo e nos reencontramos por lá. Ela… Ela me apresentou alguém.
— Uma namorada?
— Não. Meu padrinho.
— Seu padrinho?
— Sou alcoólatra. Eu, bem… não bebo há quatro anos, mas isso não me faz não ser. Eu sempre serei um.
Quando volto para a Lago Encantado, repasso toda minha conversa com Benício. Ele não me pediu segredo e eu, normalmente, não guardaria nada de Flora, mas não vou contar sobre ele ser um alcoólatra. Não por não confiar nela, mas porque eu senti que há muita coisa na história dele. Jesus. Eu já estou preocupado com o cara. Eu não sei explicar, mas sinto que realmente podemos ser amigos. Vou até meu quarto. Tiro minha camisa e antes de tomar um banho, mando mensagem para Flora.
Erik: Já estou na pousada. Está se divertindo?
Inferno. Estou com uma saudade do caralho dela. Por mim, eu estaria desde ontem trancado em um quarto com ela, mas eu precisava respeitar o último dia dela com Charlene. Eu não sei como farei quando precisar voltar definitivamente para São Paulo.
Flora: Sim! Mas as meninas já estão indo.
Erik: Estou indo tomar um banho. Vai querer o beijo de boa noite?
Flora: Com certeza, tome seu banho e venha aqui! Violeta foi para a casa de uma amiga.
Meu pau dá sinal de vida só de imaginar Flora esperando por mim. Tomo um banho, me controlando para não ser muito rápido. Eu desço em seguida, ignoro o pequeno sorriso que Vicente dá e vou até a casa de Flora.
Quando eu bato na porta, ela abre imediatamente como se também estivesse esperando por mim. Meu queixo cai um pouco quando a vejo. Ela está com um vestido preto curto, ele é simples, não há detalhes mas é colado em todo seu corpo. Ele faz suas curvas como se fosse uma pintura e não um tecido de malha canelado. Eu vejo o início de seus seios, o pingente descansando no meio como se ali fosse seu ninho.
Eu não digo nada. Apenas entro e a beijo com força, eu escuto quando ela fecha a porta, giro nossos corpos e a empurro para a parede. Flora corresponde cada momento de minha língua explorando a sua. Eu beijo seu pescoço e dou uma leve mordida. Ela geme.
— Ah, porra, como eu senti saudade desse som.
Digo e agora mordo o lóbulo de sua orelha. Ela me responde com outro gemido.
— Erik!
Ela passa a língua em meu ombro e me lambe até o pescoço. Eu sinto suas mãos entrando em minha camiseta. Ela arranha levemente minhas costas e eu acho que vou gozar com o arrepio que toma meu corpo.
— Gostosa!
Ela empurra sua coxa em meu pau e é minha vez de gemer. Eu tenho certeza que vou ser como um virgem e sujar minhas calças gozando. Me afasto um pouco e olho para ela. Não tenho forças para ir embora. Então eu abaixo um pouco seu vestido e deixo seus peitos pularem para mim.
— Nunca vi nada tão bonito quanto seus peitos.
Digo isso e chupo cada mamilo. Eu os prendo em meus dentes e escuto outro gemido.
— Você ainda gosta disso.
— Sim, mais forte, Erik.
Eu aperto mais um pouco os dentes e enquanto isso, eu levo minha mão para dentro de seu vestido.
— Você está molhadinha. Está pronta para mim.
— Então foda ela.
— Flora…
— Deixa a calma para amanhã. Hoje eu quero seu pau com desespero.
— Faz muito tempo. Não vou durar nada. - Antes que ela responda, chego perto de seu ouvido. - Mas se você não gozar no meu pau, vou fazer você gozar na minha boca e vou lamber cada gota.
Eu digo enquanto a penetro com meu dedo. Eu a sinto me apertar e gemo.
— Quer saber? Você vai gozar na minha boca, mesmo se gozar em meu pau. Você quer desespero, certo? Então vai ser aqui.
Assim que digo isso, eu viro seu corpo. Vejo quando ela descansa a bochecha na parede e empina a bunda para mim. Eu termino de levantar seu vestido. Não resisto e dou um tapa em sua bunda. Abro minha calça e tiro meu pau para fora. Pego uma camisinha em meu bolso e a coloco rapidamente. Eu não aviso quando a penetro, mas a gente geme junto quando meu pau está em sua boceta.
— Tão gostosa, essa boceta é maravilhosa.
— Ela é sua, Erik!
Isso me faz aumentar mais ainda os movimentos de vai e vem. Eu faço de tudo para me controlar e não gozar como um garoto inexperiente, mas a biologia não me permite durar tanto quanto eu gostaria. São quase 8 anos. 8 anos com saudade dessa boceta, 8 anos com saudade de ouvir esse gemido gostoso que ela solta.
Quando sinto que seu corpo está se preparando para gozar, eu puxo levemente seu cabelo. Isso faz que ela se empine mais e o movimento faz meu pau pulsar.
— Flora…
Ela goza e eu também. Sempre amei gozar junto com Flora e, dessa vez, a urgência que ela precisou de mim, me fez ver que ela e eu estamos na mesma página.
Depois que gozamos, eu a viro de frente para mim e me ajoelho.
— Eu disse que você ia gozar no meu pau e em minha boca, amor.
Então, eu afasto um pouco suas pernas e levo minha boca até sua boceta. Eu brinco com seu clitóris com calma, apesar do desespero que está entre nós. Quando seu corpo começa a se contrair, eu aumento os movimentos com a língua.
— Pode gozar, eu seguro você!
Então, ela se solta em mim e eu sinto quando se desmancha. Cumpro minha promessa e cada gota de seu gozo está em minha boca e língua. Quando eu me levanto, ela me puxa para um beijo.
— Foi um bom beijo de boa noite. - ela murmura sorrindo.
— Foi. - Concordo. - Eu beijo sua testa. Agora vamos que eu vou te colocar na cama.
— Você não quer ficar?
—Eu quero, mas se eu ficar, não vou querer dormir. Preciso descansar para amanhã e também ainda tenho que arrumar algumas coisas que vou levar. Tudo bem?
— Tudo bem. - Ela me abraça. - Eu apenas sinto que não posso largar você.
— Flor, você não vai mais se livrar de mim.
Digo isso mesmo sabendo que não posso me mudar definitivamente para cá, mas apenas preciso pensar em uma solução. Não tenho intenção de deixar Ana Flora. Eu vou arrumar uma forma de estar com ela. Tantos casais fazem isso.
Nós ajeitamos nossas roupas, ela pega minha mão e vamos em direção ao quarto.
— Posso ficar até você dormir? - Pergunto porque eu também não quero me afastar.
— Claro!
Natal, 8 anos atrás
Depois de jantar e comer o pudim, nós transamos de novo. Estamos deitados em sua cama, o relógio marca 3 horas e Flora está tão encaixada em meu corpo, que eu não quero ir embora.
—Eu preciso ir. - digo, mas não me movo.
— Foi diferente. - ela diz.
— O que?
— Hoje. Nós dois.
Eu entendo o que ela quer dizer. Foi mais urgente, mais natural. Foi como se a gente se pertencesse.
— Eu tinha certeza que nunca mais faria isso com você. - ela confessa e eu sinto um soco no estômago.
— Por quê?
— Por causa dos nossos pais e de como eles querem que a gente seja um casal.
E de como ela não quer isso. Eu penso e sinto um gosto amargo na boca.
— Você está arrependida?
— Eu nunca me arrependi de nada.
— Eu tinha que perguntar, você acabou de dizer que abriu a porta para mim achando que seria só um encontro entre amigos.
— Eu não disse isso. Eu não disse quando pensei. Eu soube que estava enganada no momento que comecei a pintar a aquarela.
Ela suspira.
— Estou cansado de brincar, Flora. - eu confesso. - Não estou te pedindo em namoro e muito menos dizendo que devemos nos casar como eles querem. Mas eu gosto de estar com você. Eu quero estar com você. Talvez a gente devesse começar a fazer coisas juntos, além do sexo espontâneo.
Estou meio que tratando isso como se fosse algo comercial, mas não quero que ela saiba a profundidade do que eu sinto.
— Eu gosto da ideia. - ela diz.
Uau. Eu não esperava por isso.
— Mas Erik… - ela continua - Eu não gosto de dividir.
Prendo um sorriso.
— Você está me reivindicando?
Ela me belisca de brincadeira.
— Sério.
— Eu nunca transei com você quando a gente estava saindo com outras pessoas. Por que isso mudaria agora?
— Mas transar comigo nunca te impediu um sexo casual.
Opa. Impediu sim.
— Certo. Entendi. Eu não quero outros caras por aí também se achando no direito de enfiar a cara em suas pernas.
Ela revira os olhos e me chama de pervertido. Eu a beijo.
— Mas podemos manter isso em segredo por enquanto? Não porque quero esconder você, mas porque não quero que ninguém nos influencie. Quer dizer, vamos sair e tudo mais, se alguém nos ver, tudo bem. Eu só não quero ter que contar já.
— Certo. Eu entendo. Concordo.
Vez dela de me beijar.
— Eu preciso mesmo ir.
— Por quê?
— Estou com sono. Você drenou minhas forças, garota, se eu ficar, vou acabar dormindo aqui.
— E qual o problema?
— Nós nunca ficamos a noite toda.
— Agora nós somos exclusivos. Você pode ficar e me acordar com a cara no meio das minhas pernas.
Apenas isso. Apenas palavras fazem meu pau dar sinal de vida. Flora sorri.
— Você não estava com sono?
— Passou de repente.
Eu digo e a beijo de novo.
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