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Capítulo 18: Erik

— Você é muito rico?

Eu quase engasgo com a pergunta de Violeta. Eu estou tomando meu café e quando ela me viu, perguntou se podia se sentar comigo. É sábado e ela não tem aula. Charlene está ajudando Flora com o banho e com os curativos.
Já são quatro dias da cirurgia de Flora e nossa rotina tem sido agradável. Ela ainda está de repouso, mas às vezes já sai da cama e vai para o sofá. Charlene ajuda com os banhos e os curativos, eu fico durante o dia para pegar coisas e ajudá-la a se levantar caso precise.

Nós vemos séries, conversamos, eu tenho conseguido administrar bem o trabalho. Às vezes Charlene e Elaíse vêm e eu digo que vou trabalhar. Quer dizer, eu realmente vou, mas saio porque sei que essas duas também precisam se reconectar.

Segunda eu irei para a empresa, mas pretendo voltar na quarta de manhã. Terça irei receber os novos contratados e não abro mão dessa parte.

—Você sabe que perguntar isso não é muito educado?

Ela dá de ombros.

— Eu posso perguntar pro Google, mas achei mais justo perguntar pessoalmente.
— De fato, é justo. E sim. Eu sou.
—Muito?
—Muito.
—Por quê?
—Eu sou dono da Casas A&B.
—Não fode! Sério?
—Violeta! - Eu repreendo porque nesses dias eu já vi Flora chamar atenção sobre os palavrões.
—Você fala isso o tempo inteiro.
—Mas Flora não gosta que você fale!

Ela revira os olhos e toma um pouco do seu chocolate.

—Então você conhece muitas pessoas, certo?
—Sim, Violeta, por que tantas perguntas hoje?

Ela abaixa o olhar e eu lembro que ela é só uma adolescente. Acho que essa é a coisa com adolescentes, eles agem como adultos, mas ainda são crianças crescendo. Flora e eu fomos assim. Sei que nem todos conhecem alguém especial nessa época, mas todas as pessoas que mais amo em minha vida - fora meus pais - eu conheço desde sempre. Será que Violeta tem alguém assim também? Quando Flora tinha a idade dela, nós já tínhamos nos beijado algumas vezes e eu definitivamente tinha meu pau em minhas mãos por ela. Certo, um cara com o pau nas mãos pensando em Violeta me deixa um pouco puto.

— Eu quero achar minha mãe.
— Sua… mãe? - Eu estranho.
— Eu sou adotada. Eu tenho feito perguntas por aí, mas ninguém sabe ou não querem me dizer. Se você é muito rico, deve conhecer um detetive bom e me ajudar. Eu ajudo a Alane no bar e posso ir te pagando aos poucos. Por favor, Erik!

A ansiedade em sua voz me quebra, mas eu sou o adulto aqui. Eu gostaria que a vida fosse um romance de suspense, seria mais fácil chegar ao final feliz assim, mas essa não é a realidade.

— Violeta, eu não posso te ajudar sem falar com Flora, além disso… Nem ela pode dar permissão, seu tutor é…
—Meu irmão, eu sei, mas ele nunca vai entender. Meu irmão não tem sentimentos. Ele não se importa comigo.
—Ele é seu irmão. Sei que você já é quase maior, mas ainda é dependente dele. Eu posso ter todo o dinheiro do mundo, mas sem a permissão dele, eu não posso ajudar.
— Isso é injusto. Eu tenho o direito de saber minhas origens. E se eu me machucar ou ficar doente e precisar dela? E se eu tiver algum histórico de doença que eu precise saber?
—É por isso que você quer saber dela? Por que tem medo que algo ruim aconteça com você?
—Não só isso. Eu amo minha mãe, a Rosa, eu também amo meu irmão mesmo que ele não me ame de volta, mas eu quero amar essa outra mãe também.

Eu tenho vontade de levantar, procurar Benício onde quer que ele esteja e socá-lo. Ele é quem devia estar aqui conversando com Violeta, ele é quem devia estar aqui ponderando se é prudente ajudá-la nessa empreitada.

—Eu sinto muito, Vi, eu prometo que se seu irmão autorizar, eu te ajudo, mas eu não posso passar por cima dele. Vamos fazer o seguinte? Espera a Flora melhorar e aí eu e ela conversamos com ele. Mas, independente disso, existe um mapeamento genético que a gente descobre nossas tendências a doenças. Eu prometo que pago isso pra você. Combinado?

Ela suspira.

— Tudo bem. Mas talvez vocês devam levar a Charlene e a Elaíse nessa conversa, meu irmão não sabe lidar com elas direito.

Eu sorrio porque todo mundo notou isso. Acho que nunca ninguém enfrentou Benício como Charlene faz.

— Você também notou?
— Eu acho mesmo que ele tem medo dela. Também acho que ele pensa que Elaíse vai quebrar ou coisa do tipo. Homens…

Eu sorrio para ela e espero, do fundo do meu coração, que Benício entenda seus motivos. Eu não vou confessar, mas às vezes acho sim que ele tem sentimentos. Ele ainda é grosseiro com seus funcionários, mas ele sempre pergunta como Flora está. Mesmo que seja para reclamar que está fazendo o trabalho dela. Além disso, eu estava indo devolver umas vasilhas que Margarida mandou com comida para Flora e antes de ser visto, eu ouvi quando ela estava agradecendo a ele os remédios que ele comprou para ela. Ela falava em devolver o dinheiro, mas ele estava recusando.

— Falando nisso, você pode dormir com Flora hoje? Eu queria dormir na casa de uma amiga.

Dou graças ao bom Deus que Flora ainda tem pontos porque eu não sou confiável ao lado dela. Meu pau fica duro o tempo inteiro, é meio bizarro porque qualquer movimento que Flora faz, eu acho sensual.

—Claro. - Respondo como se dormir na mesma casa que Flora fosse a coisa mais normal do mundo.

Bem mais tarde, quase meia-noite, estou sentado no sofá de Flora. Ele abre como uma cama e ela quis vir assistir série antes de dormir. Estamos revendo a primeira temporada de Supernatural, nós sempre assistíamos no verão, mas o final da série vimos separados e até agora, nem eu e nem ela tivemos coragem de falar sobre isso. Fodido. Em que ponto uma série despretensiosa tornou-se um assunto sensível para nós? Será que um dia iremos recuperar a facilidade de falar?

Enquanto Dean e Sam estão em uma de suas intermináveis brigas que seriam resolvidas em poucos episódios se eles se comunicassem, mas que vai se resolver quando um deles vender a alma para salvar o outro, eu aproveito e falo com ela sobre minha conversa com Violeta. Ela suspira quando termina de me ouvir.

— Eu sabia que ela estava procurando pela mãe, mas não imaginei que estava tão decidida.
— Você acha que Benício vai se opor?
— Eu não faço ideia, se eu tiver que apostar acho que sim, mas eu nunca conversei com ele sobre isso. Aliás, eu nem sabia que ela era adotada, eu não sei se Rosa achou que tivesse me contado ou se apenas era algo que ela não conversava. Quer dizer, não é um segredo, todo mundo sabe e eu só fui saber há um mês.
—Ele pode se opor ao mapeamento genético?
— Eu não sei, imagino que sim.
— Vou consultar um dos meus advogados, também vou perguntar sobre o direito dela de querer procurar a mãe. A menina tem dezesseis anos, ela já sabe algumas coisas da vida. Se eles me disserem que não precisamos de uma autorização de Benício, eu vou ajudá-la. Mas sem ela saber, a mãe pode não querer saber dela ou já ter morrido. Ou ser uma cretina e…

Noto que Flora está sorrindo.

—O que foi?
—Você defendendo Violeta.

Eu sorrio sem graça.

— A garota me pegou no dia de sua cirurgia.
—Como?
—Ela veio toda defensora de você. Eu entendi ali, Flor, entendi que eles são sua família.
—Você pode me beijar?

Eu não respondo, apenas me aproximo dela e a beijo com delicadeza. Quando termino, ela está com uma cara estranha.

— O que foi?
— Eu quero um beijo de verdade.
—Isso foi um beijo de verdade.
— Isso foi um beijo delicado. Quer dizer, foi gostoso, mas Erik, até agora você não me beijou do jeito que eu realmente quero.
—O jeito que você quer vai te machucar. Não tem uma semana que você operou.
—Você pode me beijar assim sem me tocar, sem fazer com que eu me mexa.
—Flora, eu estou explodindo. Eu não posso me conter, se eu te beijar do jeito que está me pedindo, eu vou… eu vou machucar você, tem quatro dias que você operou.

Ela bufa, mas não reclama.

— Não ouse morder essa bochecha.

Ela acaba sorrindo e eu a beijo de novo. Leve, brincando com sua língua como se eu não quisesse foder essa boca maravilhosa.

—É o seguinte… - ela diz. - Você tem que estar aqui no dia que eu tirar os pontos. Eu sei que você precisa ir para a empresa alguns dias, como essa semana. Mas arrume sua agenda para você não trabalhar no dia.
—Eu adoro você toda mandona.
—Eu estou falando sério.
—Tudo bem, eu estarei aqui.
— E de folga? - ela pergunta.
—Sim. O que vamos fazer?
—Eu não sei se já vou poder transar, mas assim que sairmos você vai me levar a um motel e vai me dar orgasmos.

Eu fico duro só de ouvir. Ela sorri e coloca a mão em minha calça, em cima do meu pau. Ela aperta levemente, fecha os olhos e morde os lábios. Porra de mulher gostosa!

—E eu vou retribuir.

Ela abre os olhos e me olha.
—Temos um acordo?
— Temos, Flor.

Ela sorri para mim e me dá mais um beijo, preciso me controlar para não aprofundá-lo. Eu espero que ela saiba que só não estamos transando porque ela está operada. Eu não vou fingir de santo. Óbvio que eu não insistiria em transar se ela não quisesse, mas se ela não estivesse operada, eu não ia pensar duas vezes em transar com ela. Não é só pela parte biológica, não é só porque eu estou há anos apenas masturbação, mas é porque sempre foi espetacular entre Flora e eu. Eu sempre me sentia em casa quando estava dentro dela. Não sou de poesia e declarações tocantes de amor, sempre achei brega as diferenciações entre foder e fazer amor, mas eu preciso admitir: com ela sempre foi diferente.

Uma tarde qualquer, 10 anos atrás.

Erik: E então? Decidiu sobre a roupa do baile?

Que porra eu tinha me transformado em puxar assunto com uma garota perguntando sobre roupa? A questão é…  Ana Flora está há uns dois meses monossilábica e isso é estranho.
Eu até cogitei aparecer por acaso em seu caminho porque eu conheço essa garota e sei identificar como ela está.

Flora: sim :)

Arrá! Flora nunca responderia assim sobre seu vestido. Ela me contaria detalhes dele, detalhes que eu não perceberia porque com certeza eu só vou notar o quão gostosa ela vai ficar com ele.
Decido fazer mais um teste. É final de bimestre e no início, quando ela ainda tagarelava comigo, ela estava com dificuldades em genética. Além de estar com o nervosismo normal de terceiro ano.

Erik: E a genética?
Flora: Deu tudo certo.

Tento recordar se eu fiz ou disse alguma coisa que poderia chateá-la. Talvez ela esteja com algum garoto e aí se afastar de mim seria natural. Odeio isso, mas é compreensível. Ou talvez… Talvez ela tenha descoberto que nossos pais sempre quiseram que a gente ficasse junto.

Erik: Flora, está tudo bem?
Flora: Sim. Correria, nos vemos no baile.

Eu largo o celular na cama e troco de roupa para ir malhar. Estou cansado. Cansado da faculdade, cansado de fingir que eu não quero Flora com todo meu corpo.  Eu gostaria apenas de poder falar claramente com ela sobre as coisas. Meu celular apita e eu olho com a esperança de ser ela com um áudio interminável.

Bernardo: Não vou conseguir ir ao baile. Estou fodido em uma prova.
Erik: Tudo bem. A gente curte nas férias.

Bernardo está fazendo medicina em outra cidade, nosso contato tem sido online e acho que talvez isso esteja fodendo mais minha cabeça. O cara é bom conversador e consegue ler bem as pessoas. Talvez se ele estivesse aqui, diria para eu tirar a cabeça da minha bunda e fazer alguma coisa em relação a Flora.
De qualquer forma, Flora e eu seria complicado em muitos cenários. Eu precisava fingir que não imaginava a garota gemendo meu nome. Eu precisava fingir que não a queria, se desse errado… Se a gente se afastasse, droga, eu não saberia viver sem ela.

Meu pai me manda uma mensagem perguntando se eu vou jantar com eles no fim de semana. Assim que entrei para a faculdade, eu vim morar sozinho, mesmo meu curso sendo em São Paulo. Eu quis e eles não se opuseram. Óbvio que meu pai ainda paga as contas e esse apartamento é mais dele que meu, mas aparentemente estou "aprendendo a me virar" - nas palavras de minha mãe. E meu pai já avisou que assim que eu começar o estágio remunerado, ele vai, gradativamente, diminuir o dinheiro que me dá. Acho que eles se preocupam que eu seja um playboy escroto ou algo do tipo.

Atitudes que vão completamente de contra a ideia arcaica que eles sempre tiveram de incentivar um relacionamento entre Flora e eu. Isso me deixa puto até hoje, mas, dado minha preocupação com o silêncio dela, percebo que a minha raiva não é por eles terem essa ideia retrógrada e sim porque eu caí nela. Meus pais venceram.

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