Capítulo 17: Ana Flora
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Eu tive dores ontem quando acordei da cirurgia, mas passei bem a noite e meu corpo reagiu da forma que os médicos esperavam. Ainda estou um pouco dolorida, mas nada que eu não consiga aguentar, por isso, quando Charlene encosta o carro assim que entramos na estrada que chega na pousada, eu viro para dizer que estou bem.
— Não é isso. Preciso te dizer uma coisa antes de chegarmos. - Ela diz.
—O que foi? - Pergunto preocupada.
— Erik está aqui.
—O quê?
—Desculpa, eu simplesmente arranquei esse band-aid, mas não tinha como falar de outra forma.
— Por que ele está aqui?
— Você realmente não sabe?
— Acho que preciso ouvir.
—Ele veio por você. Ele está aqui desde ontem, ajudou a Violeta com a Elaíse porque eu disse que nem morta eu deixaria que ele ficasse no hospital. Sei que talvez você preferisse ele, mas vocês não teriam tempo de conversar e…
Eu toquei a perna dela.
—Eu amei que você veio e ficou comigo. Eu não trocaria sua presença pela de ninguém.
Ela sorriu.
— Ontem quando conversamos, você sabia que ele viria?
— Eu sabia, mas nada disso influenciou o que eu te falei. Eu juro, Flora, sei que temos uma dinâmica nova aqui comigo e ele sendo amigos, mas eu sei separar as coisas.
Eu afirmo com a cabeça. Essa é mais uma das tantas mudanças que estamos vivendo. Antes Charlene era apenas minha amiga, agora, a ligação que ela tem com ele é muito maior.
— O que significa ele estar aqui? - eu pergunto.
— Eu não sei, amiga, - ela diz sincera - mas eu sei que ele soube da cirurgia e veio correndo.
— Eu comentei com ele sobre isso, mas eu não sabia que você não tinha contado.
—Ele estava fechado. Deixei que Bernardo lidasse com ele.
—Certo. Bom, acho que agora eu terei que lidar com ele.
Ela sorri e aperta minha mão num gesto de carinho.
— Vamos nessa, garota!
Quando chegamos na pousada, todos vêm me receber, menos Charles que foi responsável pelo turno da noite. Erik também não está, eu imagino que ele apareça depois. Provavelmente não quis nenhum constrangimento na frente de todos. Até Benício fica atento quando Margarida me pergunta como passei a noite. Acho graça disso.
— Eu disse para Margarida providenciar suas refeições. - ele diz e eu estranho.
—Hum… obrigada.
— Você vai cobrar dela? - Charlene pergunta de supetão.
— Oi? - Ele fica surpreso e eu estranho. - Claro que não.
— E o mês? - Charlene pergunta.
— O que tem o mês?
— Ela me disse que não tem carteira assinada, mas eu espero que você tenha consideração porque eu já sei que ela dá a vida por esse lugar.
Eu percebo que todos estão atentos e confesso que também não consigo desviar minha atenção. É difícil alguém enfrentar Benício. Eu mesma demorei muito para ter coragem. Embora hoje eu ache que ele apenas é um homem grosso.
— Você é o que? Advogada dela?
— Eu não sou, mas posso arrumar os melhores. Você pode?
Benício está prestes a responder, sei que ele vai dizer que eu disse 15 dias e ele me ofereceu 30, o que foi estranho. Eu me preparo para ouvir também que ele pode pagar porque é a porra de um ganhador da loteria. Mas, nesse instante, Elaíse (que estava dormindo em seu carrinho) acorda e chama por Charlene. Eu vejo a expressão dele mudar. Isso faz com que ele diga num tom calmo que eu nunca o vi usar.
—Eu já tratei disso com minha funcionária. Com licença que preciso trabalhar.
Ele sai depois de dizer isso.
— Uau. Eu nunca vi meu irmão se calar assim. - Violeta diz e só uma adolescência de dezesseis anos tem coragem de dizer o que todos viram. Charlene da de ombros enquanto pega Elaíse nos braços.
—O que falta para seu irmão é alguém que o coloque no lugar dele. Enfim, vamos levar nossa paciente para o quarto. Ela já está de pé por tempo demais.
Depois que eu já estou acomodada em meu quarto e Violeta repassou toda a noite dela e de Elaíse para Charlene, nós ouvimos alguém na porta. Violeta vai abrir e eu ouço a voz de Erik. Momentos depois ele está em meu quarto. Eu o olho fixamente porque ele está mais lindo do que nunca.
—Bom, eu acho que vou descansar um pouco e curtir minha nenê. Você se importa, Flora? - Charlene me pergunta.
—Não, claro que não. Obrigada por tudo.
—E eu vou fazer minha tarefa. - Violeta diz e as duas logo tratam de sair.
Só então, Erik termina de entrar em meu quarto, não sem antes fechar a porta. Ele se senta ao meu lado e eu percebo o cuidado que ele faz isso.
— Ei. - Ele diz.
— Ei. - Eu digo.
Jesus, eu só quero abraçá-lo.
—Você está com dor?
— Só um pouco.
Ele pega minha mão e me encara.
— Desculpe, Flor…
— Erik… - nós falamos juntos.
— Por favor, me deixa falar primeiro.
Eu apenas afirmo com a cabeça. Antes de continuar, ele leva minha mão aos lábios e beija. Depois a descansa em minha perna, mas me acaricia com seu polegar.
—Eu não soube lidar com nosso reencontro. Estava tudo bem em nossos momentos juntos e aqueles dois dias foram os melhores em anos, mas eu enterrei muita coisa e quando ouvi você falar de como Benício é um babaca eu senti que não era bom o suficiente porque você preferiu isso a me procurar. Eu fui egoísta. Mas agora entendi, Violeta… essas pessoas, elas são a família que você fez e eu não posso te pedir para ficar longe deles. Você já perdeu sua família uma vez, eu não vou ser o responsável por uma próxima. Então, tenho uma proposta.
—Qual? - Pergunto com o coração disparando.
—Bernardo me disse uma coisa que mexeu comigo. É óbvio, mas eu precisava que alguém berrasse em minha cara.
— O quê?
—Nós vamos brigar, mas não vamos resolver se não estivermos perto um do outro. Então, se você aceitar, eu gostaria de ficar um tempo aqui. Sem tempo determinado dessa vez, eu vou trabalhar online e quando precisar irei até o escritório da empresa, mas voltarei. Até a gente se resolver por completo, até vermos onde iremos.
Eu não consigo segurar meu sorriso.
—Minha vez de falar.
—Sim?
—Estou lidando com um monte de culpa aqui porque cada vez mais eu percebo que também fui egoísta, não agora, há sete anos.
—Você foi a maior vítima, Flor.
—Sim, eu fui, mas isso não significa que todos não estivessem sofrendo também. E acho que se eu fui a maior, você foi o segundo. Você sofreu por mim, por nosso bebê, você sofreu por meus pais, você sofreu em ver seus pais sofrendo. Você foi um pára-raios e eu te deixei sofrer sozinho. Você tem todo o direito de ter raiva acumulada aí dentro.
—Eu prometo, e dessa vez vou cumprir, que quando essa raiva sair, nós vamos resolver. Você me deixa ficar?
Jesus, esse homem pedindo minha permissão para algo era encantador.
—Você não precisa me perguntar isso.
—Tem mais uma coisa que eu quero deixar claro.
—O que?
—Eu quero você. Eu quero ver onde podemos ir.
—Nós nunca fizemos assim, não é? Eu tenho pensado nisso, era só diversão em uma época e depois, quando resolvemos arriscar, foi o compromisso porque a gente ia ter um bebê.
—Justamente. Acho que finalmente, depois de anos, podemos tentar só porque queremos. Sem precisar esconder e sem evitar certas coisas.
Eu sei o que ele está querendo dizer. Quando éramos mais novos e vivíamos transando por aí, a gente tinha um acordo velado de que os momentos de amizade e de sexo eram separados. Não tinha muito carinho ou demonstração de afeto se estávamos sem roupa. Óbvio, isso mudou um pouco depois que engravidei e noivamos, mas eu imagino que era a forma dele lidar com meus hormônios.
— Então, agora o que? Você tem mais coisas pra dizer ou finalmente vai me abraçar?
Eu pergunto provocando e ele ri.
— Estou com medo de te machucar. Ainda não posso te abraçar do jeito que eu quero.
Mas ele se aproxima mais de mim, faço menção de erguer um pouco o corpo, mas ele não deixa.
—Estou fodido de saudades, Flor. Como eu consegui ficar 7 anos longe de você e um mês quase me matou? - ele fala baixinho antes de inclinar o corpo em minha direção. Ele não joga o peso em mim porque sabe que estou com os pontos, mas encaixa seu rosto em meu pescoço e eu sinto que poderia morrer assim.
Não percebo que dormi até que eu abri os olhos e percebi ao olhar pela janela que já está escuro.
—Eu já ia acordar você. Você precisa jantar e tomar seus remédios. Depois a Charlene vem para te ajudar com o banho e a troca dos curativos.
Eu viro em direção a voz e Erik está do meu lado, suas pernas esticadas em minha cama e um notebook em seu colo.
—O idiota já mandou sua comida.
— Você sabe… não foi o Benício que mandou, foi a Margarida.
Erik faz uma careta.
—Não. Ele veio trazer.
Eu franzo a testa.
—Sério?
—Ele achou que você estaria acordada e disse que trouxe apenas para tranquilizar você que seu pagamento está seguro.
—Ele já tinha me dito isso, mas Charlene meio que o confrontou. Foi uma cena meio estranha. Nunca vi alguém enfrentá-lo assim. Quer dizer, eu já fiz às vezes quando o assunto é Violeta, mas não do jeito que ela fez.
— Eu preciso te falar algo, aliás.
— Sim?
—Eu tive uma conversa com ele. Nada demais, eu apenas disse que estava aqui por você e esperava que isso não te causasse problemas.
—E ele?
Erik dá de ombros.
—Soltou uma provocação de que você e ele estavam unidos como num casamento. Mas eu fui superior e apenas avisei que você não está sozinha. Acho que ele entendeu.
—Você tinha certeza que eu concordaria com você ficando? Eu definitivamente sou muito fácil para você.
Ele sorri, fecha o notebook e coloca em cima do criado-mudo, me dá um selinho.
—Não tinha, mas se você não me quisesse na pousada eu apenas alugaria uma casa pra mim. Eu ainda estaria na cidade.
Ele diz e se levanta.
—Você estaria?
—Sim. Eu disse. Eu vim sem dia para ir.
Então ele sai.
Natal, 8 anos atrás.
Nós petiscamos alguns frios e bebemos vinho. O pudim já estava gelando. Ele olha o celular e diz:
—Quase meia-noite!
Mesmo tendo comprado a ceia, eu fiz questão de manter as outras tradições: petiscos e conversas antes, ceia e presentes meia-noite.
Ele se levanta e pega o pacote que ele carregava quando entrou. É uma caixa simples, toda preta com um laço dourado em cima.
—Feliz Natal, Flora!
Então, ele me entrega. Eu sorrio e abro. Dentro da caixa há um saquinho de veludo. Eu o abro e perco o fôlego. É uma corrente de ouro branco. Um pingente de Tsuru, só com o contorno do origami, me deixa sem fôlego. Delicado e lindo. Ele tem pequenos diamantes no contorno do bico.
—Uau, Erik. É lindo.
—Sei que você gosta de ouro branco, então pedi que fizessem assim.
Eu sorrio porque Erik não só quis comprar uma joia para mim, mas foi até uma designer e pediu por ela. Ele podia apenas ter me comprado algo pronto, mas quis me presentear com algo significativo.
— Você coloca em mim?
— Claro!
Eu entrego para ele e coloco meu cabelo para frente. Ele coloca e assim que fecha o cordão, ele dá um beijo em meu ombro.
—Bom, isso me deixou com vergonha do meu presente.
Digo isso e levanto. Pego o embrulho de papel de seda que eu mesma fiz. Estou mesmo envergonha, mas secretamente feliz porque nossos presentes têm significados semelhantes.
—Feliz Natal, Erik!
Eu entrego o embrulho e ele sorri. Seu sorriso aumenta quando ele vê a imagem aparecer em seus olhos. É uma aquarela. Uma paisagem de por-do-sol de um lago com vários animais e algumas árvores, mas cada animal está imitando um origami. Não é uma paisagem que já vimos juntos, mas são origamis que ele já me ensinou. Na parte superior, no céu, voando, um grande cisne.
—Flora, é lindo. Você fez?
—Sim. Eu fiz pra você.
—Eu tentei, querida, mas foda-se, não consigo mais.
—O que?
Ele se levanta. Deixa a aquarela no sofá.
—Eu vou beijar você.
Ele diz isso e segura minha cintura. Eu não me oponho, então ele me beija. Eu correspondo porque sempre que ele me beija assim, eu sinto que sou dele. Eu sou dele, porra.
—Erik…
Eu digo quando os lábios dele descem até meu pescoço. Ele morde minha lateral. Esse homem sabe tudo o que eu gosto. Ele sabe onde tocar para me fazer ter prazer e eu o quero.
—Estou com saudades, Flora. Você… está com alguém?
Desde quando tirou minha virgindade, Erik e eu temos sexo casual, mas sempre que estamos com outras pessoas, nós respeitamos isso. Então essa é uma pergunta comum. Faz algum tempo que não transamos.
—Não. Você?
—Não. Eu sou seu de novo.
—Então, me leve pro quarto, Erik!
—Não.
—Não?
— Não, querida, hoje eu vou te foder no seu sofá.
Ele me beija mais uma vez e me empurra em direção ao braço do sofá. Ele me vira de costas para ele e continua beijando meu pescoço, sua mão vai para minha blusa e ele a puxa para baixo liberando meus peitos. Ele torce meus mamilos e eu solto um gemido.
—Que saudade desse som! - ele diz.
—Erik…
Eu digo e pressiono minha bunda em seu pau. Ele desce sua outra mão e coloca em minha coxa.
— Se eu colocar minha mão em sua calcinha, eu vou encontrar sua boceta do jeito que eu gosto?
— S…sim!
Sem falar mais nada, ele afasta minha calcinha e enfia um dedo em mim. É a vez dele gemer.
—Porra, Flora, você já está molhadinha para mim.
— Eu avisei.
— Faz tempo, Ana Flora, meu pau está com saudades. Eu vou te foder rápido agora, vou deixar o devagar para mais tarde.
—É sempre gostoso, Erik, rápido ou devagar.
—Porra, diz que você tem uma camisinha.
—Eu tenho, mas… Você não estava com ninguém, certo?
—Certo.
—Eu também não. Está tudo certo, eu estou tomando anticoncepcional.
—Você tem certeza?
—Você não quer?
—Porra, tudo o que eu quero é meu pau sem nada em sua boceta.
—Então me fode, Erik.
Quando eu termino de dizer. Ele me empurra para o sofá, eu deito com a bunda empinada no braço. Ele continua de pé. Eu o ouço abrir a calça. Ele apenas sobe minha saia e empurra minha calcinha. Quando percebo isso, fico mais molhada.
Então, ele me penetra.
—Porra, sua boceta é tão gostosa.
— Mais forte, Erik!
Ele aumenta o ritmo e eu sinto meus joelhos esfregando no sofá áspero. Porra, isso me deixa com mais tesão. Erik faz eu ter consciência do meu corpo inteiro.
— Assim? Ou você quer mais? Você aguenta mais, Flora?
— Sim. Sim. Mais.
Ele faz de um jeito que eu achei que não fosse possível. Minha boceta começa a apertar seu pau.
—Erik...
Ele dá um tapa em minha bunda enquanto continua socando forte em mim. Eu sinto cada gotícula de suor se formando em minha pele.
—Erik, eu vou…
—Vamos juntos, Flora. Goze comigo.
Então, eu me solto. E ele também, pensar que seu gozo está me enchendo faz meu orgasmo ser maior. Depois que gozamos, ele ainda demora uns segundos para tirar seu pau de mim. Eu jogo meu corpo no sofá quando ele faz isso e tento retomar o fôlego. Ele se senta e faz com que minha cabeça descanse em seu colo. Ele fica fazendo carinho em mim durante um tempo, até que solta um risinho.
— O que? - pergunto.
— Tem gozo em seu cabelo.
Eu rio.
—Estou cansada para lidar com isso agora. Vou apenas tomar um fôlego.
—Feliz Natal, Ana Flora.
—Feliz Natal, Erik.
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