Tíma tis symfoníes sou, Perséa
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Quando encontraram o parque aquático, o sol estava se pondo atrás das montanhas. A julgar pela placa, ele outrora se chamará AQUALÂNDIA,mas agora algumas letras haviam sido arrancadas, então ela dizia AQU L D A. Algo que talvez os leitores devem ter se atentado ou deveriam ter, é a facilidade que nosso pequeno herói conseguiu ler a placa.
O portão principal estava fechado com cadeado e tinha no alto, arame farpado. Dentro, enormes escorregadores, tubos e canos se retorcem por toda parte, secos, desembocando em piscinas vazias. Velhos ingressos e folhetos subiam do asfalto com o vento. Com a noite chegando, o lugar parecia triste e arrepiante. Vocês vêm?
Annabeth e Percy tiveram de escalar à moda antiga, empurrando o arame farpado um para o outro enquanto se arrastavam por cima do topo.
Enquanto caminhavam, as sombras se alongavam e se estendiam pelo parque, deixando o cenário ainda mais bizarro. Nenhum monstro deu as caras, nada fazia o menor e único barulho.
Pelo caminho o trio encontrou uma loja de lembrancinhas que fora deixada aberta. Ainda havia mercadorias enfileiradas nas prateleiras: globos de neve, lápis, cartões-postais, e prateleiras de roupas limpas, que eles honestamente precisavam depois da última aventura. Annabeth agarrou uma fileira inteira de artigos das prateleiras e desapareceu dentro de um dos provadores, sendo imitada por Percy e Grover, em poucos minutos eles pareciam anúncios ambulantes do parque fantasma.
Enquanto caminhavam pelo local, Percy tentava se lembrar o que sabia sobre Ares, pelas histórias que sua mãe e Polly o contara, a namorada dele era Afrodite e o corno Hefesto, que por ventura era irmão do deus da guerra babaca que deveria ser tão insalubre quanto o pai, que estava acusando o Jackson de roubo.
A procura chegou ao fim, quando diante deles encontraram uma piscina vazia que teria sido sensacional para andar de skate - e Percy estava até mesmo considerando voltar ali num futuro distante, bem distante - tinha pelo menos cinquenta metros de largura e forma de bacia.
Em volta da beira, uma dúzia de estátuas de Cupido montavam guarda de asas abertas e arcos prontos para disparar. Do outro lado abria-se um túnel, provavelmente para onde a água escoava quando a piscina estava cheia. A placa acima dele dizia: EMOCIONANTE PASSEIO DE AMOR: ESTE NÃO É O TÚNEL DO AMOR DOS SEUS PAIS!
E se Percy pensasse muito no primeiro momento que se seguiu, constrangedor seria a palavra. Ainda bem que ele não teve muito tempo para pensar, afinal a vergonha de entrar no que já fora um passeio romântico, com uma garota tão...bem, uma garota, era muito menos urgente que ataques de aranhas robôs, ser catapultado do barco e filmados para um bando de deuses verem.
Ao menos eles conseguiram o escudo E percy queria esfrega-lo na cara daquele deus idiota. Quando as luzes se apagaram, o parque ficou novamente em silêncio e no escuro, a não ser pelo brilho fraco da água na piscina da saída do Emocionante Passeio de Amor. O Jackson se imaginou dando um soco naquele rosto bonito e irritante.Ele detestava ser provocado. Detestava ser enganado. E tinha vasta experiência de lidar com valentões que gostavam de fazer isso consigo.
"Precisamos ter uma conversinha com Ares."
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O deus da guerra os esperava no estacionamento do restaurante.E com um sorriso extremamente debochado, disse:
- Vocês acharam a minha bebê.
Percy queria esgana-lo.
- Você sabia que era uma armadilha.
Ares deu um sorriso que mais parecia de uma criança hiperativa atentada do que de um sujeito cruel, irritou Percy ainda mais.
- O que posso dizer? O que vem fácil, se vai fácil Perseu. Lembre-se disso. Aliás, você fica muito bem na televisão, quem sabe não ganha uma série ou algo assim, como o Heracles!?
Annabeth precisou segurar o braço do semideus de Poseidon para não fazer uma burrada muito grande.
"Fácil? Aquele patife achava que tinha cido fácil? Só podia ser piada." Era o que se passava na cabeça do semideus.
- Eu não pretendo me encontrar com você outra vez.
Ares deu de ombros, os olhos fixos no escudo. O deus enfiou uma mão dentro do bolso da jaqueta de couro e a outra correu pelos cabelos. A mão escondida mexia os dedos devagar, estalando.
- Infelizmente, para você e tanto faz para mim, Perseu, nos veremos outras vezes. Gostaram do parque? Meu irmão é um gênio.
O tom do deus carregava um orgulho e uma satisfação que intrigou a filha de Atena. A Chase franziu a testa, ainda sem afrouxar seu aperto no braço de Percy e o local já começavam a avermelhar.
- Vocês não se odeiam ou algo assim?
O deus fez um som não identificado com a garganta, agora as duas mãos se encontravam nos bolsos de sua jaqueta de couro.
- Conversamos, nos entendemos. Ele me perdoou...creio eu, vivemos civilizadamente criança. Hefesto é quem faz as minhas armas e equipamentos, eu sei reconhecer um bom trabalho quando vejo um.
Em sua mente, o filho de Poseidon remedava o deus. Ele só queria entregar aquela porcaria de raio e ir ver sua mãe e sua irmã.
- Chega de conversa fiada, temos um acordo. Me dá o raio e eu te entrego o escudo.
O deus endireitou a postura e deu um pequeno sorriso sínico.
- Mas eu não me lembro de ter dito quando, e afinal de contas se você quer êxito na sua missão você ser convincente. Então eu vou sugerir que vocês vão até pelos menos a passagem para o reino de Hades e voltem com um bom planejamento, porque eu não creio que você vá se denominar culpado.
Percy tentou se aproximar, mas Annabeth ainda tinha a mão travada em seu braço, atrás deles Grover olhava de um para o outro ansioso e apreensivo.
- Esse NÃO era o acordo.
O deus cruzou os braços sobre o peito, uma expressão desdenhosa no rosto. O Jackson se desvencilhou de Annabeth.
- Percy...
Ele e a ignorou.
- Não estou descumprindo o acordo, só não quero que tudo vá por água baixo, piadinha de mal gosto a parte, porque você está ansioso.
- A minha mãe foi LEVADA por um deus, eu fui ACUSADO de roubar algo que eu nem tinha conhecimento e meu pai nem ao menos deu as caras e minha irmã não sabe nem de quem ela é filha. Então eu nem te daria a ousadia de ouvir um pedido de desculpas, porque tá tudo uma merda e eu só quero devolver isso e ver minha mãe e irmã, até que a próxima loucura caia no meu colo.
Grover se apaixonou e Annabeth colocou a mão na bainha da sua adaga. Mas Ares nem se moveu, o deus apenas arqueou uma sobrancelha.
- Bem,culpe seus pais por...não se prevenirem de ter você. Mas isso aqui, não é uma brincadeira de criança. Lamento muito pela sua situação, se entrou não dá pra pular fora, te resta dançar conforme o bardo toca. Vai parecer muito rápido aos olhos dele, ele é arrogante e egocêntrico mas não é burro. Vocês precisam saber como se portar diante dele e quem incriminar.
Percy aperto as mãos em punho, ele queria tanto esganar aquele cara.
- Eu poderia muito bem culpar você.
O deus soltou um que poderia ser uma risada anasalada, mas ela não chegou aos olhos, estes antes depressivos pareciam tão vazios.
- Fique a vontade, ele vai o que!? Me torturar? Já estou acostumado. Agora eu não sei se vocês aguentariam o mesmo. Então, façam uma hora por ai.
Percy estava prestes a rebater quando seu braço é puxado para trás.
- Iremos até a entrada do submundo, mas nosso acordo..."
Ares balançou a mão no ar, como se quisesse espantar a desconfiança irritante deles, que só os estava fazendo perder tempo.
- De pé, criança. Agora vão, ah e só uma dica. Mercados negros são muito comuns no mundo "mitológico."
Percy e Grover franziram a testa e a filha de Atena encarou o tio por alguns segundos antes que a realização se fizesse presente em seu rosto.
- Agradecemos a ajuda, meu senhor. Percy, devolva o escudo.
O deus se mexeu meio incerto do que dizer, a menina parecia sincera!? O Jackson marchou até o primo a contra gosto e empurrou o escudo contra o peito dele. Ares agarrou o escudo e o girou no ar como massa de pizza. O escudo mudou de forma, transformando-se em um colete à prova de balas. Ele o pendurou nas costas.
- É melhor melhor irem. Estão vendo aquele caminhão? Apontou um caminhão de dezoito rodas estacionado do outro lado da rua. - É a carona de vocês. Vai levá-los direto a Los Angeles, com uma parada em Vegas.
O caminhão tinha uma placa na parte de trás, que eu só pude ler porque estava pintada ao contrário, em branco sobre preto, uma boa combinação para a dislexia: CARIDADE INTERNACIONAL: TRANSPORTE HUMANITÁRIO DE ZOOLÓGICO. CUIDADO: ANIMAIS SELVAGENS VIVOS.
O sangue de Percy pareceu borbulhar como água fervendo.
- Fala sério!
Ares estalou os dedos. A porta traseira do caminhão se destrancou.
- Carona grátis para oeste, criança. Pare de reclamar. E aqui está uma coisinha por ter feito o serviço.
Ele suspendeu uma mochila de náilon azul do seu guidom e a jogou para a filha de Atena que a agarrou com precisão.Dentro havia roupas limpas para todos, vinte dólares em dinheiro, uma bolsa cheia de dracmas de ouro e uma embalagem de biscoito Oreo recheado de morango.
- Não quero a porcaria do seu...
Grover se apressou em interromper o amigo. Se Ares resolvesse atacar por insolência, Annabeth seria a única poupada. Então fuzilando o melhor amigo com os olhos, o sátiro disse:
- Obrigado, Senhor Ares. Muito obrigado.
Rangendo seus dentes, Percy engoliu suas respostas mal criadas. Em algum lugar em sua mente ele podia ouvir a voz de Polly dizendo que era um grande insulto recusar algo de um deus, mas ele não queria nada que Ares tivesse tocado.
Annabeth pendurou a mochila no ombro olhando o filho de Poseidon pelo canto do olho. Talvez por Ares também ser o protetor das mulheres, sua presença não a intimidava, pelo contrário passava a sensação de segurança ao contrário de Percy se sentia bastante antipatia e uma grande vontade de socar o nariz arrebitadinho do deus da guerra.
Agora se você perguntasse se era sempre assim quando alguém interagia com Ares? A resposta era não, mas o Jackson tinha um instinto de luta e defesa tão grande, que se sentia atiçado pela presença de Ares.
Percy olhou para o restaurante atrás deles, que naquele momento tinha um único cliente, uma senhora de meia idade num cantinho fazendo caça palavras. A garçonete que os tinha servido olhava agoniada pela janela, o filho de Poseidon pensou que talvez fosse medo que Ares a machucasse. Mas então quase pode ouvir a voz de Polly berrando em seus ouvidos "Ele é o protetor das mulheres." Mas aparentemente não era com o deus que a garçonete estava preocupada, pois arrastou o cozinheiro de dentro da cozinha para ver o grupo lá fora. Disse algo a ele que assentiu e ergueu uma pequena câmera descartável e tirou uma foto deles.
"É. Amanhã vamos estar de novo nos jornais." Pensou o filho de Poseidon e Sally Jackson.
Muito a contra gosto Percy subiu no caminhão, Grover e Annabeth agradeceram Ares uma última vez antes de embarcar e a última visão exterior que Jackson teve antes das portas fecharem foi um par de belíssimos e irritantes olhos azuis.
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Se Percy estava puto antes, agora ele estava o puteiro completo, eles literalmente foram até a entrada do submundo para além de serem atacados por Crosta, ficar de bobeira olhando um para a cara do outro enquanto Annabeth repassava várias coisas que eles poderiam e "NEM PENSE NISSO, PERCY", dizer ao rei dos chatos. Para então voltar e serem importunados outra vez e mais outra vez até ao ponto que se desviaram do caminho do mapa. A e o ponto chave, são recolhidos por um barco da Guarda-Costeira. Eles não deram muita bola para as crianças ou porque elas foram parar no meio da baía. Havia um desastre para cuidar, seus rádios estavam entupidos de chamados de emergência.Eles largaram o trio no píer Santa Monica com toalhas em volta dos ombros e garrafas d'água que diziam EU SOU UM GUARDA-COSTEIRO MIRIM! e saíram às pressas para salvar mais gente.Depois de chegarem a terra firme, saíram cambaleando pela praia vendo a cidade queimar contra um belíssimo e poético pôr do sol. O coração de Percy estava pesado de ter estado tão "perto" de onde sua mãe estava. Ou assim ele esperava, torcia com todas as suas forças que Luke tivesse conseguido ter sucesso em sua missão. Luke, era outra preocupação, apesar de ter sido enfiado daquilo por causa do garoto mais velho, Percy ainda gostava muito dele e não queria que se machucasse. Aquele verso em especifico da profecia rondavam a cabeça do semideus a cada oportunidade que tinha.
"Poderá perder aquele que chama de amigo. Mas no fim, irá encontrar aquilo que mais importa."
A voz de Grover tirou Percy de seus devaneios.
- A profecia não tinha aquela parte de enfrentar um deus desleal? Quer dizer, foi nosso primeiro encontro com Ares? Eu não chamaria aquilo de enfrentar, embora profecias nem sempre são literais.
O filho de Poseidon parou bruscamente. "Você irá para o oeste, e enfrentará o deus que se tornou desleal." Ares os trairia.
- Aquele...
Percy apertou os punhos, procurando pelo deus da guerra. Mais à frente estava ele, agachado na areia olhando o mar, quase hipnotizado pelo vai e vem das ondas. A motocicleta roncava ao seu lado, o farol deixando a areia vermelha, em sua mão havia um faca dourada a qual ele usava para fazer desenhos na areia.
- Olá, crianças.
O Jackson cruzou os braços sobre o peito, irritado.
- Aqui estamos, onde está o raio?
O deus se levantou e girou a faca entre os dedos, logo a prendendo em seu cinto.Ele analisou o trio de cima a baixo.
- Bem, bem criança, agora vamos repassar um ponto importante do nosso último encontro.
Percy franziu a testa confuso, do que quele cara estava falando? Mas também pouco importava, ele só queria terminar essa droga de missão. Ele vai estava prestes a falar algumas naquela cara irritantemente bonita, quando Annabeth foi mais rápida em dizer:
- O que vai fácil, vêm fácil.
Jackson se virou para a filha de Atena, os olhos estreitos.
- Agora você também vai vir com esse papo?
Chase bufou e encarou o loiro, as mãos na cintura e a típica expressão de que sempre sabia mais do que ele e nunca estava errada.
- Ele não vai entregar o raio de mão brigada, gênio. Você vai precisar enfrenta-lo.
"O QUE?" Gritou todos os Divertidamentes de Percy. Aquilo era loucura, ele não tinha a menor chance contra aquela cara. Iria virar patê nas mãos dele. O que essa coisa estava virando, um reality show de "caras bonitos batem no Percy"? Já não bastava o Luke, apesar de ter sido treinos, mas independente.
O louro olhou incrédulo para a garota negra.
- Você está se escutando, Annabeth?
Ares cortou a conversa com um pigarreio, Grover que até então olhava de um amigo pro outro, também s virou para o deus.
- Um arranhão e o raio é seu. Vamos, Jackson qual seria o mérito da sua primeira missão, se eu te desse tudo de bandeja?
O filho de Poseidon abriu e fechou as mãos com força.
- Eu vou fazer bem mais que um arranhão em você, seu...seu metido a besta.
Ares apenas revirou os olhos, poxa aquilo era tudo que o pirralho tinha para uma ofensa?
- Seja mais criativo, você é um adolescente. E como eu estou num humor ótimo, posso te oferecer algo sem envolvimento direto da minha parte ou...
Veja bem, esse seria o momento em que Percy deveria dizer sim ou simplesmente calar a boca e concordar com a cabeça. Mas não, ele não fez, nunca faz.
- Com medo?
Ares deixou uma risada sincera escapar, pelo menos o garoto tinha ousadia e ele gostava muito disso, seus filhos tinha de sobra.
- Nos seus sonhos de adolescente, garoto.
Percy bufou irritado e tirou Contracorrente do bolso e destampou, entrando em posição de luta.
- Vamos lutar ou não? Quero tirar esse sorrisinho da sua cara.
Annabeth e Grover se afastaram, ficando fora da zona de fogo.
- Percy, não faça nada estúpido, como tentar ganhar dele.
O Jackson se virou para a filha de Atena, uma expressão muito indignada.
- De que lado você está, Annabeth?
Ela arqueou uma sombrancelha, como se não acreditasse na audácia de Percy
- Da lógica!? E não de as costas ao seu adversário, Luke já te ensinou isso.
Luke...ah que falta faz o Luke, com seu cheirinho de creme de cabelo e voz macia. O filho de Hermes não mandaria em Percy como se ele fosse um capacho, como a senhorita subidinha vinha fazendo.
- Deni-se a lógica.
Percy se virou para Ares, o deus o encarava com curiosidade
- Percy.
- Agora não, sabidinha.
Ele sentiu ela se aproximar por atrás, sentindo as bochechas quentes quando as mãos dela passaram pelo seu pescoço, ele viu as cincos contas do colar dela.
- Para dar sorte. Atena e Poseidon juntos, reconciliação.
Ares olhava a cena como um puro julgamento. Em primeiro lugar é sério que eles estavam fazendo isso pré luta? E como esse garoto tapado e a geninha não percebem a óbvia química entre eles?
- E tome isso cara.
Grover entregou uma lata achatada que parecia estar no seu bolso há mil quilômetros.
- Os sátiros lhe dão respaldo.
- Grover...eu não sei o que dizer.
O sátiro deu uma palmadinha no
ombro do melhor amigo que enfiou a lata no bolso de trás.
- Podemos?
Percy se virou para encarar seu inimigo, se sentia muito mais forte do que anteriormente. O apoio de seus companheiros parecem tê-lo munido. Ares era um deus da guerra, ele tinha força. E apenas isso certo? Ele se lembra do que Annabeth havia dito sobre o caça bandeiras com os filhos de Ares, que até a força tem que se curvar a sabedoria, ele poderia aplicar isso ao pai deles. Percy não era sábio, mas tinha muita experiência com valentões e como evitar, deveria valer de alguma coisa. Manteve os pés na arrebentação, recuando na água até os tornozelos. Ele iria vencer.
- Cai dentro.
Quando a luta começou, Percy nem se reconhecia, seu corpo pensava por si. A água pareceu empurrar para o ar e ele se lançou para cima do deus da guerra, golpeando para o lado com a espada ao descer. Mas Ares foi igualmente rápido. Torceu o corpo e o golpe que deveria tê-lo pego diretamente na espinha foi desviado para fora pela guarda da sua espada. Ares sorriu, não parecia desdenhosos mas algo como reconhecimento talvez.
- Muito bom.
Ares atacou de novo o que forçou o filho de Poseidon a pular para a terra seca. Percy tentou sair de lado, para voltar à água, mas Ares parecia saber o que ele queria e o pressionou para longe. Jackson continuou recuando para longe da arrebentação. Não conseguia achar nenhuma abertura para atacar. O alcance da espada dele era bem maior que o de Anaklusmos. Mas então algo ocorreu na mente de Percy. Chegue perto, Luke me dissera uma vez, nas aulas de esgrima. Quando a sua lâmina é a mais curta, chegue perto.
Avançou com uma estocada, Ares talvez não estivesse esperando a pois não recuou a tempo. Percy conseguiu um corte, e embora tivesse vencido ele queria mais. Se sentia capaz de conseguir mais. Ele sentia o ritmo do mar, as ondas ficando maiores enquanto a maré avançava, e de repente uma ideia o ocorreu. uma ideia e um um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.
Ondas pequenas, pensou. E a água atrás dele pareceu recuar. Percy estava segurando a maré com a força da sua vontade, mas a tensão se acumulava, como gás carbônico atrás de uma rolha.
- Tíma tis symfoníes sou, Perséa.
Toda a pressão pareceu se dissipar. Que merda ele estava pensando? Já tinha conseguido, mas estava prestes a arriscar tudo por...pelo que? Ele se lembrava de poucas histórias das quais a mãe e a irmã contavam, mas a arrogância de alguns heróis era presente em diversas delas. Não queria ser como Heracles, ou Teseu.
- Dei-nos ir.
Ares abriu o braço com um sorrisinho cínico.
- A vontade.
Percy se afastou de costas, sem colocar a tampa na espada ainda. Apenas a uma certa distância ele deu as costas mas ainda olhando por cima do ombro ocasionalmente. Annabeth olhou para trás e Ares piscou pra ela com um sorriso maroto, a filha de Atena arregalou os olhos com realização.
Ares entregou a luta.
***
CONSEGUI, FINALMENTE CONSEGUI. Me diga o que acharam amores. Desculpa mesmo pela demora.
Tíma tis symfoníes sou, Perséa: Honre seus acordos Perseu.
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