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Capítulo XXXII - Solstício

A furiosa luz das estrelas-gêmeas decresce suavemente no manto celeste, anunciando a chegada da noite que concederá o último momento de descanso antes do início das responsabilidades da semana vindoura. Damon caminha pelos corredores de seu palácio sob a iluminação azulada provinda das janelas enquanto não desvia sua atenção do livro em suas mãos. Ele está quase terminando de ler "Fausto", de Goethe, e não deseja ser interrompido antes de virar a última página.

Nuvens negras como as profundezas do abismo cobrem o céu em apenas um instante, extinguindo a luz que existia na capital do império. Trovões ecoam e um martelo quebra a janela do corredor do palácio diante de Damon, que apenas fecha o seu livro, possuindo o semblante sério, irritado por ter sido interrompido.

Um robusto guerreiro ruivo pega o Mjönir que ele havia jogado e corre em direção ao rei, que desembainha a cimitarra dele. Thor tenta acertar a cabeça de Damon, que desvia e quase corta o queixo do nórdico. Enquanto Thor golpeia o ombro do rei com o Mjönir, ele chuta a sua cabeça. Um tiro, provindo de trás do Thor, quase perfura o tórax dele. O marechal do elmo negro e crista índigo atrai o nórdico para si, enquanto Damon escapa.

O rei veste uma armadura prateada e, antes de colocar o elmo detentor de uma bela crista colorida por um azul profundo, um fatídico odor de fumaça invade o cômodo onde ele está. Damon coloca o elmo e, com a cimitarra em suas mãos, permanece atento.

Risadas ecoam das densas nuvens negras que se formam na sala e as portas estão trancadas. Iffritte tenta envenenar Damon com o monóxido de carbono produzido por sua fumaça. E antes que o cômodo seja dominado pela sufocante escuridão ou que o rei consiga arrancar ainda mais sangue do duque com os cortes desferidos por sua cimitarra, um chute do Orion arromba a porta.

O mérope que veste uma armadura prateada com um elmo de crista verde-clara entra e, segurando Damon pela mão, corre. Quando ambos entram em um vasto salão criado pela nobreza para se divertir com bailes, a sensação que invade o coração deles é como se a realidade estivesse virado de cabeça para baixo no instante em que eles atravessaram a porta, apesar de que o local permanece inalterado.

O terror deseja fincar profundamente nas entranhas deles, entretanto, os olhos dos tritões não encontram nada para temer, restando apenas o medo mais devastador diante deles, o desconhecido. O perigo se esconde habilmente enquanto ambos correm, desejando atravessar o salão, todavia, é como se uma sombra os perseguissem incansavelmente com uma velocidade cada vez maior.

A saída está trancada. Eles chutam a porta, em uma falha tentativa de estilhaçá-la, entretanto, quase como se fosse magia, Orion cai, sem vida. Damon para por um instante, respirando freneticamente. Pela primeira vez em anos, talvez em décadas, o rei sente medo. Ele quebra a maçaneta e atravessa a porta, enquanto, em cima de uma vassoura no alto do salão, a duquesa de Teniov apenas observa as consequências de seus atos.

Damon continua a correr e nem ao menos percebe a sombra que se esgueira pelos túneis do palácio desconhecidos pelos Okeanós. Antes de entrar em algum salão ou cômodo, inúmeros gnomos aparecem diante dele, e entre esses seres misteriosos, um marquês de pálpebras gigantes, que esvaiu-se de uma aparência comum para transformar-se em um ser deformado e coberto de lama, encara Damon.

O rei, sabendo que, caso ele tema Viy, o olhar do gnomo outrora coberto pelas pálpebras excêntricas poderia matá-lo em instantes, não se desfaz da coragem e apenas corre entre os pequenos habitantes do ducado eslavo, ignorando a presença deles ao seu redor.

O palácio começa a se inundar enquanto longínquos cantos são ouvidos. Os Okeanós utilizam suas vozes para controlar os rios artificiais criados por toda Jerusalém ao serviço deles. Damon entra na câmara onde assuntos políticos frequentemente são discutidos pelos nobres e, no exato instante que ele pisa no salão, um urso polar gigante cai em cima dele, quase o ferindo.

O rei tenta cortar a pele do Nanook com a sua cimitarra, entretanto, ela é resistente demais. Com suas próprias mãos, ele retira o urso de cima de si e guarda a sua arma. Damon escala o urso correndo e, quando ele está alto, o canadense se transforma em um humano albino. O rei cai em pé e chuta a cabeça do Nanook, que retorna a ser um urso gigante.

Enquanto Damon corre, se distanciando, uma profunda melodia é cantada por ele, atraindo um pouco da água que invade o palácio. Ele sobe na onda e aproxima-se do Nanook. O rei segura no focinho do urso e, com o auxílio da onda que eleva-o, vira o focinho do canadense para trás, quebrando o pescoço do Nanook que demorará um pouco para se reencarnar.

Após descer, Damon entra em um corredor e vislumbra através das janelas a batalha entre exércitos de inúmeras regiões do reino. O rei continua a correr e as fendas já são visíveis do outro lado do vidro. Ele estilhaça as janelas com um soco e atravessa-as. O som da luta sangrenta é quase ensurdecedor e seu exército tenta protegê-lo dos guerreiros que anseiam por se aproximar.

Um urso pardo extraordinariamente grande retorna à sua forma humana, que possui a aparência de um indigena protegido por uma armadura negra, e corre entre os que lutam até alcançar Damon. Quando encontra o rei, ele desfere um chute que derruba os dois. O duque de Nanook não é um inimigo que possui o objetivo de apenas cansar Damon e o rei sabe disso.

O grego se levanta e corta o rosto de Ulloriak, que se regenera imediatamente. Um raio acerta a armadura de Damon e a aquece, derretendo e despedaçando parte do peitoral dela. Antes do rei reagir, o duque golpeia sua cabeça e danifica o elmo. Enquanto Thor se aproxima, os velozes passos de Cassandro são ouvidos. Damon perfura o ombro de Ulloriak, que chuta a coxa dele.

O marechal, com o seu escudo, entra na frente do rei, que canta uma melodia baixa, bloqueando o duque. Os gregos já estão se dispersando e seus guerreiros, exceto Cassandro, desejam abandonar Damon diante dos formidáveis inimigos. Ulloriak, com suas mãos, quebra o escudo do marechal, que estava parcialmente derretido devido aos raios de Thor. O nórdico joga o Mjönir na cabeça do rei, quase quebrando o elmo dele.

Uma onda surge do solo sob o comando do rei, provinda dos canais subterrâneos, e derruba Thor, prendendo-o nela. Ulloriak, evitando ser arrastado pela água, transforma-se em um urso gigante.

Uma fumaça negra se materializa na forma de um humano, Anúbis, com sua lança, perfura o peitoral da armadura de Damon e atravessa o corpo dele, que imediatamente se regenera. Uma águia que os sobrevoavam se transforma em um guerreiro de curtos cabelos ruivos e detentor de uma cicatriz onde deveria estar o olho esquerdo dele, utilizando uma reluzente armadura dourada e golpeia o ombro de Cassandro com um machado, arrancando um braço do marechal.

Ondas dançam umas com as outras enquanto os dois gregos cantam uma profunda melodia, tentando acertar os dois egípcios que se dissipam e materializam-se constantemente distante de ambos tritões, enquanto desviam dos pesados movimentos do duque urso.

Utilizando apenas uma mão, Cassandro tenta acertar a última munição de sua pistola, que ele havia guardado, em Hórus, entretanto, apenas fere a lateral do rosto de Anúbis. Thor, preso em águas instáveis sem ser capaz de orientar-se corretamente, por um instante alcança a superfície e invoca um raio que cai no rei, deformando a armadura dele. Loki se aproxima e congela parte das ondas, concedendo ao Thor a chance de ficar em pé no gelo.

— Hórus! — grita Thor, eletrificando a água para produzir hidrogênio e oxigênio através da eletrólise.

Anúbis se afasta do rei enquanto seu irmão utiliza a habilidade de criação de chamas para incendiar esses gases, causando uma explosão. O elmo do Damon se quebra, e parte da armadura dele, derretida, o queima. Sangue cobre o rosto do rei, entretanto, a regeneração concedida pela Maldição da Rosa extingue todas as feridas dele.

Quando as chamas da explosão se desvanecem e as águas se abaixam por não haver mais ninguém controlando-as, é possível encontrar apenas Cassandro, deitado sobre um rio carmesim que escorre de seus ferimentos.

Um longínquo som ecoa do interior da morada real. A chorosa voz de uma jovem clama pela irracional esperança de sobreviver, se desvanecendo no ar, como se tivesse surgido de um instável delírio onírico. O rei persegue a voz de sua filha pelos corredores do palácio. Não há nada em seu caminho e ele apenas continua a correr, empunhando sua cimitarra com mais força que a necessária para mover uma cordilheira de montanhas.

Quando Damon aproxima-se de uma parede, aparenta que a origem do som está do outro lado dela, entretanto, não há nenhuma sala ou salão lá. Ao sentir a presença do rei, a parede se abre, revelando um túnel tão escuro quanto as profundezas desconhecidas de um penhasco. Damon entra sem hesitar, preparado para lutar e ignorando a dor que pesa sobre o seu corpo a cada passo desferido por ele.

Após percorrer uma pequena distância, o rei entra em um cômodo que não possui nenhuma iluminação e, no exato instante que ele atravessa a porta, pesadas correntes o prendem. Cada corrente puxa para um lado, estendendo os seus braços em direções opostas, impossibilitando-o de se mover e o privando de sua cimitarra, que caiu diante dos pés acorrentados dele.

O clamor que se assemelhava com a voz da princesa cessa, era apenas uma ilusão criada por um antigo artefato brasileiro. Fracas luzes instáveis são acesas, iluminando o sorriso afiado do vampiro que está diante de Damon e utiliza vestimentas clássicas da espécie como uma camisa branca no estilo apreciado pela nobreza de séculos atrás e um longo sobretudo negro que possui a gola pontuda, anteriormente pertencentes a Azriel e estavam perdidas pelos túneis do palácio.

Adriel fixa seus olhos de cores distintas em Damon, que o encara com um calmo olhar sério. O vampiro empunha a sua espada afiada, adornada com um pingente de crânio escarlate preso em uma corrente dourada, e desfere um corte no rosto do rei, que não se regenera.

Adriel prossegue ferindo o ombro do grego, colorindo com sangue as partes danificadas da armadura de Damon. A lâmina atravessa os braços do rei outras vezes, e quando cobre-os de cortes, há apenas um brilho rubro reluzindo sobre a arma, ocultando o metal abaixo dele.

O vampiro se decepciona com a indiferença do Damon, que permanece impassível diante dos ferimentos, e desfere um golpe no abdômen do rei, onde a lança de Anúbis havia perfurado a armadura dele, abandonando o plano de criar o máximo de ferimentos não letais antes dos mais graves.

O pesado odor de sangue domina o ar como um imponente imperador, roubando a pureza outrora pertencentes aos ventos, e as lâmpadas antigas que iluminavam o cômodo se apagam. A ira resplandece no olhar de Adriel como uma intensa chama voraz que consome qualquer vida que ousar tocá-la, enquanto o vampiro é guiado por ela.

O sangue cobre a alva pele do rosto de Adriel, assim como criou um escorregadio manto carmesim no chão abaixo dos dois. Ele continua a desferir golpes rápidos no rei, que respira mais profundamente, ainda permanecendo calmo. Entretanto, pouco adiante, Adriel não escuta mais a respiração do Damon.

O vampiro para por um instante e certifica se a pulsação do sangue ainda existe no pescoço do seu inimigo, entretanto, ela já se extinguiu. Adriel suspira, aliviado. A fúria que dominava a sua alma não existe mais e cede o lugar dela à paz ansiada pelo vampiro desde o início da interminável eternidade onde os braços do abismo o prendiam distante da luz que parecia inalcançável.

Desejando evitar que outro ser aproprie-se indevidamente da Maldição da Rosa, Adriel perfura o pescoço de Damon com suas presas e consome o sangue que se origina da ferida. O suave líquido rubro, exageradamente estimado pelos inúmeros vampiros que abandonaram o mundo absconditus apenas para perambular entre os humanos como monstros retentores de um indomável desejo assassino, toca pela primeira vez os lábios de Adriel.

Ele sempre escapou dos grilhões da perdição escarlate porque não possuía a certeza de que seria capaz de rejeitá-la outra vez após conhecer a delirante sensação onírica, semelhante ao abraço de nuvens macias residentes do resplandecente manto celeste, que o sangue concede ao vampiro que se render aos seus pés. Consumir apenas um pouco do líquido rubro seria o suficiente para receber a Maldição da Rosa, entretanto, Adriel não se satisfaz e permanece deleitando-se com o sangue que acaricia a sua alma.

Adriel não despende muito tempo escondido no cômodo, desejando evitar que o encontrem ali após terem descoberto a localização deste lugar através do Damon. Necessitando apenas de um efêmero instante, ele atravessa a porta do vasto salão do trono, possuindo uma extraordinária velocidade em sua corrida, que foi elevada pela Maldição da Rosa.

Adriel, utilizando uma tecnologia criada por Clarence, retentora da capacidade de enviar comunicados para todas as telas existentes no reino absconditus, desde grandiosos painéis posicionados em extravagantes arranhas-céus até celulares pertencentes a crianças camponesas, transmite a imagem do trono em que ele está sentado. O afável sorriso dele, como o de um pai conversando com seus amados filhos, contrasta com o escarlate que domina o seu rosto e suas vestes, aterrorizando qualquer um que ousar dirigir o olhar para ele.

— Eu retornei a vocês, meu reino.

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