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Capítulo XXX - Os três amigos

Quando as estrelas-gêmeas se apressam para se esconderem abaixo do montanhoso horizonte, concedendo aos absconditus que contemplam o céu de Jerusalém a chance de deleitar-se com a beleza de uma pintura constituída por cores tão aconchegantes quanto um denso cobertor que protege o seu dono em uma noite fria, três amigos, carrascos que servem a realeza, estão sentados ao redor de uma mesa situada no exterior do palácio real, jogando cartas.

Waru Lungkata, um "homem" negro retentor de alvos cabelos ondulados cortados na altura do ombro, que não cobrem o rosto dele devido a uma faixa escarlate em sua testa, veste uma camiseta branca, deixando as tatuagens tribais em seus braços visíveis, e utiliza uma calça jeans preta. Ele concentra os seus afiados olhos esverdeados nas cartas em suas mãos, refletindo sobre qual delas escolher.

Waru joga um nove de copas e olha para Leonidas Melusine, esperando que o grego retentor de espetados cabelos verdes-claros cortados na altura do ombro decida qual carta jogar. Leonidas, sem demora, se desfaz de uma carta de pouco valor, porque não seria capaz de vencer essa rodada.

Uki Nanook, o canadense dos olhos âmbar, antes de observar o jogo e suas cartas, balança o seu casaco, em uma tentativa de se refrescar.

- Uki - diz Leonidas -, você já pensou em não usar uma roupa do ártico no oriente médio?

Uki retira o seu casaco, revelando uma camisa marrom-escura de manga longa, como a cor dos longos cabelos lisos dele. Ele se "concentra" em sua única carta e a joga, apesar de ser do naipe incorreto.

- Uno - "exclama", sem nenhuma alegria.

- Não estamos jogando uno - diz Leonidas, enquanto Waru ri.

- Perdoe-me, eu não estou sendo capaz de me concentrar em algo.

- Descanse, talvez isso te fará se sentir melhor - aconselha Waru - E eu também preciso ir, estou morto de sono porque estive trabalhando durante esta madrugada - ele se levanta.

Os três amigos se despedem e, Waru, apesar de estar com os olhos pesados, ele não retorna para o interior do palácio. O australiano apenas caminha pelas rochosas ruas de Jerusalém que são cercadas por inúmeros arranhas-céus alvos como a neve. O caminhar dele é arrastado, entretanto, ainda há responsabilidades a serem cumpridas por Waru.

Após minutos de caminhada, ele encontra um cemitério. As estrelas-gêmeas já desapareceram do céu, restando apenas rastros de sua luz. O carrasco entra no cemitério e os inúmeros morcegos pousados nas árvores situadas ao redor da trilha que leva aos túmulos são as companhias dele. Ele anda, evitando olhar para estes animais horripilantes, até chegar em seu destino.

Três lobos pretos e uma branca que estavam sentados ao redor de um túmulo se afastam para Waru, com a pá roubada do coveiro que já terminou o expediente dele, se aproximar. O carrasco olha para os lados, a loba branca o tranquiliza sinalizando que tudo está sendo vigiado, e ele começa a cavar até encontrar o caixão.

Waru o abre. Dentro dele está um vampiro em sua forma original, semelhante a um cadáver, que havia pago uma quantia inimaginável ao carrasco que deveria executá-lo e outros servos da realeza para forjar a sua morte e o manter vivo.

Adriel desvia a atenção do livro que ele lê digitalmente e sorri, cumprimentando Waru.

- Perdoe-me pela demora, eu não imaginei que o senhor seria enterrado, isso é incomum para condenados, entretanto, vim na primeira oportunidade que tive de fazer isso de modo discreto - ele estende sua mão, auxiliando Adriel sair da cova.

- Alguém interveio para que eu fosse enterrado?

- A rainha, ela estava presente e disse que seria crueldade não conceder um enterro digno a um condenado.

- Entendo.

Eles se despedem e Adriel, ao contrário de qualquer absconditus normal que utilizaria a trilha para sair do cemitério, entra na densa flora que o cerca, desaparecendo junto de seus lobos.

Enquanto eles caminham, Fenrir pula em cima de Adriel, quase o derrubando, e começa a lambê-lo. Skoll não se contém e acompanha o lobinho desajeitado, enquanto Haiti e Hela apenas os observam com um duro olhar julgador. Hela aproxima-se de seu dono, esperando por carinho, e ela é atendida.

O manto de escuridão delicadamente se estende sobre o mundo absconditus, anunciando o fim das cansativas atividades que recebem o ódio de inúmeros seres, pobres e ricos, por não se agradarem da existência da necessidade de trabalhar.

Damon, sob a suave luz do infinito cosmos que enfeita o céu de Jerusalém como a pintura do artista mais talentoso que uma mera mente mortal jamais poderia imaginar a grandiosidade dele, está sentado no vasto telhado de seu palácio. Ele lê uma edição especial de seu livro preferido, a Odisséia, que havia pedido para Ifritte quando o duque ofereceu-lhe três desejos e escapou antes de realizá-los, entretanto, o gênio retornou por pena, porque os seus simples pedidos não prejudicariam nenhum ser vivo.

A suave brisa aconchegante da primavera balança os longos fios de cabelos azuis como o oceano iluminado pela resplandecente luz das estrelas-gêmeas que o rei possui, enquanto os seus olhos percorrem calmamente pelas páginas escritas em grego antigo acompanhadas por alguns desenhos feitos por ele.

A bela rainha dos longos cabelos ondulados aproxima-se de seu marido e se deita ao lado dele. Seus olhos âmbar, outrora tão ternos quanto uma fogueira que aquece desolados sobreviventes da fúria invernal de uma floresta interminável, estão levemente arregalados, exibindo a sua preocupação. Damon imediatamente fecha o seu livro e entrega toda a atenção dele para Tétis.

- Está tudo bem? - sua voz é suave como pétalas de flores que ainda não desabrocharam.

- Nós falhamos.

- Em quê?

- Em assassinar o ex-príncipe. O sensor que colocamos no caixão dele me alertou que o abriram e o rastreador foi desativado instantes antes do aviso. Eu enviei o meu irmão para verificar se o corpo ainda estava enterrado, entretanto, ele encontrou o túmulo vazio.

- Interessante - ele traz a sua esposa para mais perto de si, a abraçando, e retorna a leitura de seu livro -, o Orion deixou rastros da presença dele no cemitério?

- Não.

- Você ordenou que iniciassem uma investigação secreta?

- Sim, entretanto, evitei detalhes. Eu apenas pedi ao meu irmão que encontrasse o "Mercador".

- Ótimo - Tétis quase se levanta, possuindo intenções de também investigar sozinha, entretanto, Damon a traz para perto de si - Você já trabalhou muito por hoje, descanse um pouco - a rainha se deita no colo do marido dela e adormece enquanto ele permanece lendo.

O tempo escorre como as imparáveis águas dos rios conforme as páginas do livro são folheadas. Os olhos do rei começam a pesar, entretanto, ele ainda insiste em ler. Damon se deita, ficando confortável para prosseguir adiante nos próximos cantos sob a suave iluminação das pequeninas estrelas que enfeitam o manto celeste e inúmeras luzes da cidade que quase às ofuscam. E antes de finalizar a leitura, ele adormece.

Repetindo o ciclo que jamais deixará de ser cumprido sobre a Terra, o dourado resplandecer das estrelas-gêmeas emerge do horizonte tingido por delicadas nuvens lilases que refletem o brilho dos astros que governam o dia. E os raios extravagantes que reluzem exageradamente no manto celeste acordam o soberano do reino absconditus, que dormiu no telhado do palácio.

Damon não despende muito tempo se arrumando e retorna ao trabalho. Ele anda pelos vastos corredores de seu palácio despreocupadamente, sem ao menos abrir totalmente os seus olhos, com passos lentos como se a vida corresse devagar em sua visão. Tétis se aproxima dele, quase correndo, interrompendo a introspecção do rei.

- Oi, querida - sorri.

- O meu irmão e o marechal Okeanós me avisaram que o carrasco Waru Lungkata, o responsável por executar o Mercador, foi pago para ajudá-lo a escapar.

- Sabe a quantia?

- Apesar de terem o prendido e o interrogado, ainda não descobrimos o quanto ele recebeu.

- Perguntaram isso ao prisioneiro?

- Imagino que não, porque me falaram que o Lungkata respondia todas as perguntas sem necessitar de tortura como se já tivesse perdido todas as esperanças de escapar.

- Quais foram as perguntas feitas e as respostas dadas? - diz após verificar que ninguém está nas proximidades.

- Perguntaram como ele permitiu que o Mercador sobrevivesse à lâmina dele sem que ninguém percebesse. O Lungkata respondeu que havia sido instruído sobre como ferir o Mercador por um lobo preto e sério dos olhos escarlates que se comunicava através de uma pulseira tecnológica que possuía um projetor. Ele também disse que uma carinhosa loba branca de belos olhos azuis, que também possuía uma pulseira igual ao do anterior, o avisou que não haveria problemas em deixar o Mercador passar pelos serviços funerários e ser enterrado, e ordenou que ele fosse desenterrá-lo quando tivesse disponível. O Lungkata disse que obedeceu à loba e, durante o pôr-do-sol de ontem, foi ao cemitério, onde encontrou as árvores repletas de morcegos e quatro lobos próximos do túmulo do Mercador. Dois dos lobos encontrados eram os que ele havia conhecido anteriormente, os outros dois lobos eram um macho preto com os olhos escarlates e uma fêmea preta com heterocromia, onde um olho era verde e o outro escarlate.

- Você também acredita que o Adriel sabe que já descobrimos a identidade dele?

- Sim, ele não seria tão descuidado em revelar a sua espécie se não tivesse certeza disso.

- E ainda não se importa com o fato de que sabemos que ele descobriu.

- Talvez seja o desejo dele que pensemos assim. Ou talvez, não há valor nenhum nessa informação.

- Quando executarão o Waru?

- Ainda hoje.

- Eu irei conversar com ele antes.

Damon se despede de sua esposa e prossegue com os seus planos, assim como Tétis continua cumprindo as responsabilidades dela. Ele entra nas profundezas da escuridão da masmorra do palácio, onde apenas lâmpadas antigas tentam iluminar o impetuoso breu, e cada passo seu ecoa no silêncio que as almas desesperançosas presentes nas celas não ousam quebrar. O rei para na frente de um prisioneiro de cabelos brancos que apenas está deitado no chão da cela dele, com os olhos arregalados, apesar de ainda não ter percebido a chegada de Damon.

- Escreva com detalhes o que te levou à prisão - diz entregando um papel e caneta para Waru. E a sua voz, familiar para o carrasco, o desperta do tortuoso transe que a mente dele estava para viver no pesadelo.

Depois de reverenciar o rei, Waru rapidamente cumpre a ordem dele e devolve o papel e a caneta. Damon sai da masmorra e, pouco depois, o carrasco enviado por ele chega.

Um grego, ainda jovem, que utiliza roupas modernas como uma camiseta branca e calça cargo índigo, semelhante à tonalidade azulada de sua cauda quando ele está em sua forma original, segura a longa espada afiada que possui na bainha enquanto anda procurando a cela do prisioneiro que será executado.

Leonidas para em frente à cela de seu amigo. Waru, sentado, levanta o seu rosto e faz contato visual com ele, que lacrimeja ao reconhecê-lo. O carrasco segura a sua espada com mais força, hesitando em desembainhá-la. Leonidas suspira e, com as mãos trêmulas, destranca a cela. Ele saca a sua lâmina, a apontando para o seu amigo e quase a derruba. Leonidas tenta segurá-la com firmeza, enquanto lágrimas escorrem em seu rosto. E em apenas um instante, ele desfere um golpe no pescoço de Waru

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