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Capítulo XIX - Tramas são tecidas como teias de fios cortantes

Um belo e elegante homem de terno rosa escuro como os seus longos cabelos lisos penteados para trás está sentado sozinho em uma das mesas posicionadas na varanda de um restaurante beira-mar, sob a outonal escuridão noturna que paira sobre a solitária praia de Florianópolis. Ele aprecia um chá refinado, erguendo a xícara de porcelana com movimentos calmos que exalam melancolia. A brisa gélida dança com os seus esvoaçantes fios de cabelos e o suave sussurrar do vento é coberto pela sinfonia das ondas. Talvez Erick não esteja pensando em nada enquanto bebe o chá, ou talvez, o mundo inteiro passe por sua mente em menos de míseros segundos.

Ele é interrompido de seu momento de contemplação pelo vibrar do celular no bolso e atende a ligação, deixando a xícara na mesa. Sem proferir nenhuma palavra durante a chamada, ele desliga; depois, chama o garçom, coloca o seu chapéu da mesma cor do terno, paga a conta, e imediatamente, sai do restaurante.

Erick utiliza um metrô secreto, exclusivo de absconditus, onde uma criatura fundira com o trem para fazer um super upgrade de velocidade e cruza o país quase que imediatamente, chegando na Amazônia, e atravessa a fenda para a lendária cidade Ratanabá, a capital do ducado brasileiro.

Este absconditus misterioso não distrai-se com os tesouros dourados e monumentos luxuosos desta sociedade escondida na floresta, indo apenas para a prisão de maior segurança que eles possuem. Erick está diante de uma cela, segurando uma lanterna de luz azulada que usurpa o lugar outrora pertencente às trevas.

— Pronto para mais uma missão? — após décadas, ele finalmente profere novamente estas palavras para seu parceiro, que sempre acompanha-o nas situações quase impossíveis de serem vencidas, algo raro de acontecer, porque Erick é o melhor no que faz e sempre possui motivos para encarar qualquer desafio com extrema confiança em si mesmo.

Vindo das sombras, um homem pardo, entretanto pálido por mal ver a luz há quase noventa e seis anos, de curtos e lisos cabelos castanhos como os seus olhos e detentor de um físico forte, que veste roupas comuns do século passado, aproxima-se colocando o seu óculos e ajeitando o chapéu. Não é necessário nenhuma palavra para Erick destrancar a cela de Virgulino, também conhecido como Lampião.

Enquanto o clima de super agentes secretos está fincado nas entranhas do Brasil, ninguém é capaz de ao menos suspeitar e prosseguem suas vidas normalmente, como a bela sereia Yara, que acaba de acordar pouco antes do alvorecer para viajar.

Ela pula de um rio oculto nas profundezas de uma floresta tropical do território absconditus, transformando-se em uma encantadora humana de baixa estatura, pele parda, e longos cabelos negros como uma obsidiana, usando um delicado vestido branco de mangas longas. Yara não está mais molhada, para a sorte de seus saltos brancos que ficariam lamacentos ao tocar o solo, porque se livrara da água que a cobria ao virar humana.

Ela anda saltitante por uma trilha, a caminho de Ratanabá, sussurrando uma bela canção durante todo o percurso. Ainda é de madrugada e a escuridão a rodeia, entretanto não importa, a bela seria anima e traz vida para a trilha com todo o seu vigor enquanto os animaizinhos estão começando a despertar, já sendo agraciados com a felicidade de ouvi-la cantando. E os pássaros, empolgados, completam a sinfonia com os afinados piados proferidos por bicos tão pequeninos.

Após não muito tempo, a densa floresta tropical abre espaço para uma clareira onde reside uma cidade construída de ouro, repleta de gigantes prédios reluzentes como o sol tanto de dia quanto de noite, e veículos voadores que cortam as nuvens; apesar da tecnologia avançada, nada da natureza fora destruído, até mesmo as ruas são suspensas para preservar cada planta do solo que jardineiros profissionais garantem a segurança, afinal ninguém deseja despertar a ira dos guardiões das florestas ou ser assassinado pelo duque.

Yara é quase que de imediato recebida por um garotinho negro de vestes e chapéu escarlates, e uma perna só, que locomove-se em um tornado enquanto segura o tão estimado cajado dele. Saci retira o cachimbo de seus lábios retentores de um sorriso travesso e o segura para conversar com ela.

— Oi, Yara — diz, com um leve sotaque mineiro, que faz aparentar que ambas palavras são uma só por terem sido pronunciadas com rapidez.

— Bom dia, Saci — ela possui um sorriso afável, entretanto, se pergunta qual a brincadeira que o garoto a fará vítima desta vez.

— Eehhh bom dia — tenta não manter um silêncio suspeito.

— Incomodado com algo?

— Não, não — ele coloca os braços para trás e inclina-se para frente, sorrindo.

— Precisa de algo? — arqueia a sobrancelha.

— Tá tudo certo — ele fala mais rápido, transparecendo ainda mais o seu sotaque, que une e ignora algumas letras — Hehe.

— O que que você aprontou? — coloca a mão na cintura.

— Pensei que cê já sabia o que eu aprontei. Eu vim para presenciar as consequências de minha brincadeirinha, mas pelo visto terei que voltar mais tarde, quando a senhorita experimentar por si própria o que eu fiz e estiver surtada devido a uma coisinha — ele desaparece, deixando-a surtada e rindo de nervoso devido a outra coisinha, perdendo o tempo dela ao invés de perceber as informações que também foram roubadas por Saci, como um favor para o seu amigo Erick, enquanto ele colocava tinta branca nos cremes dela.

Yara suspira, recompondo-se, e caminha para o exato centro da cidade, onde é localizada a fenda e atravessa-a sem hesitar para sabe se lá onde. É extremamente desagradável a regra do teletransporte de sempre levar o absconditus fora do alcance dos sentidos de qualquer humano, logo, sempre é uma região desagradável e remota que é encontrada. Entretanto, não faz diferença, ela utiliza o metrô subterrâneo e em menos de um minuto está no aeroporto. Claro que a Yara não precisava do avião, todavia uma dama como ela adora viajar de primeira classe e dinheiro não é problema para esta multimilionária.

Enquanto ela ainda desbrava os ares, ou melhor, dorme desde os primeiros segundos de viagem na confortável poltrona luxuosa reclinada de couro bege posicionada em um espaço pessoal tão vasto que é quase um quarto dentro do avião recebe a iluminação de uma confortante luz alaranjada, dois conhecidos já estão no destino dela graças às informações roubadas por Saci.

Um "homem qualquer" fecha a porta do quarto de um hotel cinco estrelas localizado no centro de São Paulo, grande o suficiente para merecer ser chamado de apartamento e ainda não seria o bastante para descrever o seu tamanho. Ao verificar que trancara a porta, ele aperta uma espécie de botão na gola de sua camisa e retira o disfarce, voltando a ser o Erick.

Erick olha para o seu parceiro, que também não utiliza mais o disfarce dele, já estando na frente do espelho. Ele suspira, sabendo que será difícil obter a atenção de alguém tão vaidoso como o Lampião enquanto está se arrumando, o que deve demorar horas para acontecer.

Erick deita-se na cama coberta por lençóis alvos como a neve e quentinhos como uma fogueira, confortavelmente aquecendo do ar-condicionado aquele que proteger-se debaixo deles, e suspira, cansado. A cabeceira dela é marrom como o carvalho e compartilha esta cor com os outros móveis do quarto, contrastando com o piso de cerâmicas beges e reluzentes que refletem os primeiros raios solares que emergem do horizonte e atravessam as vastas janelas.

— Vir, você será rápido ou eu posso dormir? — o seu tom de voz exala sarcasmo.

— Serei tão rápido quanto tu quando se arrumas — responde com ainda mais deboche porque lembra-se de todas as vezes que o Erick o daixara esperando, e não desgruda da penteadeira.

— Apenas esteja pronto quando ela chegar, porque precisaremos agir rápido — entra debaixo dos cobertores quentinhos, com o olhar sonolento por não ter dormido durante a noite.

— E as provas, estão todas prontas? — fala, arrumando os seus cabelos.

— Ainda preciso traçar alguns raciocínios com as informações que comprei nessa madrugada.

— Já asseguraste que essas informações são confiáveis?

— Sim, as que analisei são verdadeiras, talvez todas elas sejam, entretanto ainda não examinei tudo. Mas imagino que não há mentiras, este informante sempre foi leal em tudo que se comprometeu. E mesmo se fossem falsas, ainda seriam úteis.

— Ele está de alguma forma comprometido em algo com a Yara?

— Não pelo o que eu saiba

— E com o nosso líder?

— Sim.

— Interessante... então, terminaremos o trabalho juntos — ele se levanta, abandonando o que anteriormente fazia.

Erick coloca-se de pé, e clicando no relógio em seu pulso, cria uma projeção em realidade aumentada como se fosse inúmeras telas pairando no ar, semelhantes a nuvens de raios luminosos púrpura, estando repletas de informações e raciocínios escritos nelas que abrangem uma área tão grande que ocupa todo o vasto quarto do hotel. Ele dirige a atenção para seu parceiro, desejando ver a reação dele, que observa com o olhar reluzente este cenário que aparenta ter saído de um filme de ficção científica, o que faz Erick sorrir.

— Vir, você possui alguma ideia de como utiliza-se essa tecnologia? Ela é recente, foi criada há alguns aninhos atrás — este "recente" de um absconditus retentor de uma idade inestimável é um pouco duvidoso.

— Se trata de uma tecnologia civil?

— Sim.

— Então, quanto mais avançada for, mais simples será de usar, é desnecessário preocupar-se comigo —ele anda entre as telas, analisando-as.

É muito mais sensato iniciar o mergulho em inúmeras informações pelo fundamental, que são os registros de Yara que o governo possui. Sabendo disso, Erick convida, com um gesto, Lampião para siga-lo dentro desse labirinto de telas, desejando mostrá-lo o que fora obtido através dos documentos dela.

Na projeção diante deles, há a foto de Yara retirada de sua carteira de identidade, onde ela fora capaz do impensável, estar bela nessa imagem, algo que nem mesmo a Gisele Bundchen possui a habilidade de imitar.

Ao lado da foto, está escrito:
Nome - Yara
Número de registro - 777694
Mãe - Anahí
Pai - Bagé
Raça - Sereia
Nacionalidade - Brasileira
Etnia - Tupi-guarani (com ancestralidade portuguesa)
Data de nascimento - 26/03/1624
Altura - 146 cm
Profissão oficial - Cantora

Logo abaixo dessas informações, há uma espécie de pasta nomeada de "Personalidade", Erick clica nela, e no mesmo instante, o espaço da projeção à frente é ocupado por três telas repletas de listas separadas por tópicos.

— Essa parte aí é bem interessante. Depois que você terminar de ler, vem comigo analisar as provas e detalhes dos crimes dela — ele anda para o outro lado dos "corredores de telas" e foca em uma das projeções — Bah, preciso de café — diz esfregando os olhos.

Por volta de um pouco depois da alvorada, enquanto os dois ainda não terminaram de avaliar as informações, mais três absconditus acabam de chegar nesse hotel. O primeiro dentre eles, é o Mercador. A segunda, a Yara, que logo após guardar as bagagens em seu quarto, bate na campainha da porta 609.

Sem ela ao menos perceber, o seu rosto está enfeitado com um suave sorriso e as suas pernas balançam levemente, enquanto aguarda para ser atendida. A porta é aberta por um absconditus na forma humana, de um homem adulto, entretanto retentor de uma beleza jovial que se une em uma dança com características sérias e maduras, possuidor de uma palidez exclusiva dos vampiros ou daqueles que se afundam em memórias ao invés de sair e contemplar a vida; reluzentes olhos esmeraldas que possuem uma profundidade provinda de inúmeras experiências e tons de melancolia; curtos cabelos negros, de mesma cor que sua camisa, calça, botas e luvas, tão escuras como uma pedra de ônix. Yara é o primeiro e único ser que o Mercador não preocupa-se em utilizar sua máscara quando encontra.

— Bom dia, Yara — ele sorri com ternura — entre, vamos negociar.

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