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13| Garotas não falam demais

Oie meus bombons, como estão? Espero que bem. Estão prontos para o capítulo de hoje? Peguem uma aguinha, fiquem confortáveis e boa leitura! 

E desculpem qualquer errinho! 

Bambolês estavam espalhados na quadra, treinador Kang apitava e os jogadores precisavam passar pelos círculos rapidamente, era uma maneira de melhorar o condicionamento físico e a agilidade, então em fila, os garotos corriam por cima dos obstáculos, pegavam a bola quando chegavam no final do pequeno circuito e quicando-a no chão precisavam arremessa-la na cesta, tudo isso enquanto o treinador cronometrava.

Jeongguk assistiu a tudo da arquibancada enquanto comia seu segundo pacote de snack de algas, apenas esperando que o treinador lhe desse algum trabalho. Não era tão ruim como imaginou que seria, treinador Kang lhe pedia para guardar os equipamentos quando o treino acabava, organizar relatórios de desempenho, e raramente pedia que lavasse alguma coisa, exceto os uniformes e toalhas, o que Jeongguk já não gostava muito.

Independente de tudo, Jeongguk tinha passe livre para andar por ali e assistir aos treinos sem ser barrado. E estava sendo útil, dali de cima tinha a visão ampla de toda a quadra, conseguia analisar todos os jogadores minunciosamente, observar suas habilidades e atribuições ao time. Quem visse de fora, Jungha parecia uma garota realmente interessada em esporte, nem mesmo piscava enquanto assistia ao jogo concentrada, com um vinco entre as sobrancelhas e mastigando devagar, emocionante. Mas a verdade é que ela estava estudando cada garoto individualmente, o que ela faria com as informações que encontrou, apenas ela sabia.

A porta de ferro de entrada da quadra rangeu quando uma mulher entrou, acenou para o treinador, então ele rapidamente apitou para que todos parassem.

— Vocês estão liberados, vão tomar banho, estão cheirando pior que porcos no chiqueiro — então se virou, deixou a prancheta em cima do banco e apontou para Jungha na arquibancada — Jeon, recolha os equipamentos, então também pode ir embora, não vou precisar de você hoje.

‘Jungha’ mandou um joinha então jogou mais um snack na boca, fazendo o treinador contorcer o rosto em desgosto.

— E para de comer essas porcarias.

‘Jungha’ sorriu inocentemente e fez menção de fechar a embalagem, mas assim que ele se virou, ela voltou a abrir e comer feliz. Até tomar coragem para começar a recolher as coisas, arregaçou as mangas do moletom, então ouvindo o barulho agudo do tênis no piso começou a pegar os bambolês e enroscar no braço, depois de guardar e restar apenas as bolas, Jeongguk hesitou por um segundo.

Ele pegou uma das bolas e no meio da quadra começou a analisa-la como se fosse a primeira vez que pegava uma dessa nas mãos, tentava capturar a sensação que era segura-la durante um jogo. Ele amava a sensação de correr naquela quadra e bater com a bola no chão, para outras pessoas o barulho que o sapato fazia no piso era irritante, mas para Jeongguk era satisfatório.

Começou a quicar com a bola no chão timidamente, como se testasse os movimentos até que progressivamente aumentou o ritmo e começou a fazer alguns passos mais complexos, como passar a boa por entre as pernas, cruzar a quadra correndo e antes que entrasse na área da cesta, lançou a bola, um sorriso apareceu quando ela entrou e caiu no chão causando um barulho alto na quadra vazia. Porém, antes que tivesse a chance de busca-la, ouviu palmas preenchendo o silêncio.

Jeongguk se virou assustado, mas relaxou quando reconheceu Minho.

— Então você espera ficar sozinha pra mostrar sua verdadeira face — brincou, Jeongguk soprou um riso.

— Eu acho que aquele vídeo já mostrou minha verdadeira face há muito tempo — Minho deu risada, pegou uma das bolas, manejou-a por uns segundos então jogou para ‘Jungha’ que pegou sem problemas.

— Se tivesse um time feminino, você poderia tentar, mesmo sendo baixa seria uma boa armadora.

Jeongguk deu de ombros, ele também não era tão alto assim no seu corpo real, 1,78 era considerado baixo no parâmetro do basquete, mas na posição que ele jogava era perfeito, como ala-armador, o fato de Jeongguk ser alto, mas não tanto quanto os outros, era o que fazia dele uma máquina de agilidade. Altura era um quesito importante no basquete, ser baixo não quer dizer que não possa jogar, ‘Jungha’ era baixa, mas era rápida e sabia driblar como ninguém, não precisava alcançar a cesta para se destacar.

— Eu não entraria no time de qualquer maneira — falou não estendendo o assunto dando uma explicação, Minho se preparou na sua frente quando ‘Jungha’ começou a quicar a bola, pronto para bloqueá-la — Mas tenho certeza que muitas meninas estão esperando essa oportunidade.

— Você acha?... Droga! — xingou quando ‘Jungha’ o driblou com facilidade e fez cesta, ‘Jungha’ sorriu.

— Você não viu os comentários do vídeo? Se a preocupação da universidade é a falta de interesse das garotas, não acho que é um problema.

Minho segurou a bola quando ‘Jungha’ lhe entregou, segurou-a debaixo do braço enquanto raciocinava.

— Não acho que seja só isso, tem a ver com investimento também, a universidade não vai investir numa coisa que não trará lucro e é indiscutível que se tivesse um time, ele seria mais desvalorizado.

Mesmo que fosse uma merda, Jeongguk precisava admitir que ele estava certo, esportes femininos não recebiam atenção e muito menos investimento. Se fosse apresentado a ideia de criar um time feminino, que resposta receberiam? Alguém assistiria e apoiaria? Aumentariam um ginásio por elas?

Se distraíram por um momento enquanto trocavam passes, Minho tinha receio de chegar perto demais e machuca-la na hora de bloqueá-la, mas ‘Jungha’ sorria e usava essas brechas para passar, Minho resmungava, mas não parecia tão bravo assim. Então ele diminuiu o ritmo e olhou para ‘Jungha’ já não sorrindo mais, umedeceu os lábios incerto então respirou fundo.

— Err... Jungha.

— Hum? — Minho hesitou antes de falar.

— Sobre o que conversamos na boate... você-

— Quer saber se eu contei para o Jeongguk — completou sem rodeios, ‘Jungha’ batia a bola no chão distraidamente, mas também servia para disfarçar suas expressões. Minho pigarreou confirmando — Isso não é da minha conta, Minho. Não tem porque eu falar. O que eu posso dizer é que você deve esperar ele voltar pra ter uma conversa sincera.

Era o máximo de cinismo que Jeongguk já alcançou em toda a sua vida, não só era da sua conta como era dele de quem falavam, se fazer de sonso era a chave para uma vida tranquila.

— Eu-

O som estridente do celular de Jeongguk tocou em um timing tão perfeito que Jeongguk suspirou de alivio e jurou que poderia beijar quem é que estivesse ligando. Na tela o nome de Taehyung brilhou e Jeongguk se apressou em atender, mostrando o indicador para Minho pedindo um tempo.

— Hyun- — arregalando os olhos, olhou para Minho que o observava em silêncio, pigarreou então sorriu disfarçando — Taehyung!

Minho bufou, parecendo de mal humor ao ouvir o nome, com a bola em mãos cruzou a quadra, preferindo manter distância enquanto ‘Jungha’ falava no telefone.

— Tem alguém aí? — perguntou Taehyung estranhando a mudança de tom.

— Minho — silêncio.

— ... ele vai ficar te rondando ou o que? Será que ele desistiu do Jeongguk e está investindo na Jungha? — Jeongguk deu risada.

— Se fosse o caso, o que não é, saberíamos que ele tem muito bom gosto.

— Idiota — Taehyung bufou do outro lado — Você tem muito trabalho?

— Não, preciso apenas recolher as bolas e estou liberado.

— Então assim que terminar aí vem pra cá, estou em casa.

Jeongguk sorriu ladino.

— Já está com saudade, hyung? — murmurou baixo para que Minho não ouvisse.

— ... não. Eu só estou a procura de algum apoio.

Jeongguk não sabia dizer que tipo de apoio Taehyung precisava, mas ainda assim falou que estava lá em breve. Assim que desligou começou a recolher as bolas rapidamente, Minho observou confuso ela jogar as bolas no carrinho com tanta pressa que sentiu a necessidade de ajuda-la, ficando minimamente impressionado quando ela pegava uma bola e ainda de longe arremessava diretamente para dentro como se não fosse nada.

Assim que terminaram, suspiraram em uníssono.

— Valeu, Minho. Agora eu preciso ir. Até amanhã — ‘Jungha’ falava enquanto se afastava, não deixando brechas para que Minho começasse a falar novamente.

— Espera, Jungha!

— Adios! — gritou da porta sem olhar para trás, levantando apenas a mão em um aceno desengonçado. Para trás ficou um Minho confuso e com um bico frustrado.

🏀💄

Jeongguk observava em silêncio Taehyung encarar seu celular ansioso, não era uma ansiedade boa, ele sabia a diferença. Taehyung estava nervoso porque havia combinado finalmente de ter a tão temida conversa com Soyeon.

Soyeon não era uma mulher fácil de lidar, ela tinha uma personalidade forte e quase nunca aceitava perder ou não ser a última a dar a palavra. Há muito tempo deixou de ver Taehyung como um namorado e começou a vê-lo como uma propriedade. Adorava falar para as amigas que possuía um namorado bonito e inteligente, mas quando estavam sozinhos não o tratava dessa maneira.

Jeongguk sabia que aquilo machucava o amigo mais do que ele admitia, não por amar profundamente a garota, mas por estar preso em um relacionamento de merda como aquele.

Dando uma mordida generosa em uma maça que Jeongguk encontrou em cima da pia de Taehyung, ele observava a briga interna que o rapaz parecia estar enfrentando.

— Vocês combinaram de se encontrar aqui? — resolveu perguntar, Taehyung o convidou para ficar em seu apartamento, mas não queria estar ali quando a víbora ruiva chegasse, não que ele se importasse com o que Soyeon pensaria ao vê-lo ali, mas sabia que não prestaria. — Eu posso sair e voltar depois.

Taehyung balançou a cabeça rapidamente.

— Não precisa, eu queria colocar um limite e ela estar aqui dentro, talvez seja demais então falei pra ela escolher outro lugar pra nos encontrarmos.

Um lugar público que ela não possa usar artifícios baixos? Jeongguk ficou tentado a perguntar, mas não era necessário, os dois sabiam que ela seria capaz de fazer algo assim.

Jeongguk deu de ombros como se entendesse então deixou seu hyung com o seu conflito interno e começou a fuçar a cozinha alheia. Não tinha comido o dia inteiro e estava faminto, era estranho porque seu corpo diminuíra, mas sua fome parecia ter aumentado o dobro. Encontrou um saco com pão dentro de uma das portas do armário e fuçando a geladeira encontrou algumas folhas de alfaces, tomates frescos e presunto. Colocou tudo que encontrou em cima da bancada, Taehyung até mesmo parou seus pensamentos e encarou tudo aquilo com a testa franzida.

Observou surpreso a 'garota' montar dois sanduíches cheios.

— Pra onde vai tudo isso? — perguntou, Jeongguk resmungou algo baixo, mas não respondeu. Parou com as mãos na cintura então sorriu lembrando-se de algo, partiu novamente até a geladeira então pegou um pote de geleia e um vidrinho de ketchup , Taehyung fez uma careta de desagrado ao imaginar o que se tornaria aquela comida.

Com uma expressão de choque, Taehyung assistiu a 'garota' abocanhar um dos sanduíches e ainda de boca cheia sorrir toda feliz enquanto murmurava um "perfeito". Mas não achando suficiente, ela se levantou de novo e foi até a geladeira novamente, pegou a jarra com suco de uva quase no fim e levou também para a bancada, sob o olhar do mais velho, Jeongguk abriu a porta do armário onde ficava os copos, mas quando olhou para cima soltou um suspiro.

Era alto demais para si, mesmo que pulasse, ele conseguia apenas tocar a ponta do dedo nos copos. Taehyung podia ir lá ajudar, mas a cena era divertida demais para ser interrompida tão depressa, quando ele percebeu que Jeongguk já estava tentando por minutos a fio, resolveu enfim se levantar para ajudar.

Parou atrás do corpo pequeno, olhou para cima onde os copos estavam, ele podia muito bem esticar o braço e facilmente pegar para Jeongguk, mas preferiu se curvar, agarrar a cintura alheia e levantar, fora impagável para si a cara de surpresa que Jeongguk tinha no rosto, ele tentava olhava para trás para perguntar o que Taehyung estava fazendo, mas era inútil.

— Vai pegar o copo ou não? Você é pesado. — murmurou, a verdade era que Jeongguk naquele corpo pesava tanto quanto uma pena para Taehyung, mas ele não admitiria.

Pigarreando, Jeongguk enfim se pôs a pegar um dos copos, quando Taehyung o soltou, Jeongguk sentiu o próprio corpo ficar tenso ao sentir as mãos deslizarem até parar na sua cintura. Suas costas estavam grudadas no peito do mais velho e nenhum parecia querer sair dali. Jeongguk apertou os dedos em torno do copo e respirou fundo, ele queria fazer alguma piada, provocar Taehyung como normalmente faria, mas não conseguiu, ele nunca se sentiu tão nervoso com uma aproximação.

Pensando que se mexesse, Taehyung finalmente acordaria e se afastaria, Jeongguk se virou, mas para sua surpresa Taehyung não se moveu um único centímetro, na verdade, aquela posição era bem mais perigosa do que a outra e infelizmente Jeongguk percebera isso tarde demais. Com seus olhos na altura do peito alheio, Jeongguk percebeu o quão ferrado estava.

Ainda sentia as mãos na sua cintura e se perguntava internamente por que diabos Taehyung não se afastava, ele já pulou para longe por menos do que isso, então por que não parecia disposto a se afastar daquela vez? Jeongguk nunca foi do tipo de sentir receio e medo, mas sentiu isso naquele momento quando se forçou a levantar a cabeça e encarar o seu hyung olho no olho. Precisava ver seus olhos, assim ele tentaria decifrar o que Taehyung poderia estar pensando, mas para o seu azar, estava indecifrável.

Taehyung tinha a expressão impassível no rosto, não parecia confuso, não parecia com medo, ele simplesmente encarava seus olhos com firmeza como se já tivesse decidido alguma coisa em sua mente.

— Err... Taehyung... — murmurou incerto, Jeongguk olhava em volta porque retribuir aquele olhar do mais velho estava sendo complicado. Ele nunca o olhou daquela maneira, era no mínimo intimidante. — Então...

Taehyung não deixou que ele continuasse, agarrou mais forte a sua cintura fazendo-o se engasgar com as próprias palavras. Jeongguk soltou um "wow" surpreso quando sentiu o próprio corpo ser prensado contra o dele de maneira tão determinada.

O que ele tinha perdido? Como chegaram naquela situação? Jeongguk não fazia ideia, mas também não teve coragem de questionar.

Porém, o alerta em sua cabeça apenas apitou loucamente de verdade quando viu o rosto se aproximando do seu, Jeongguk poderia afasta-lo, poderia sim, mas ele era curioso e queria ver até onde Taehyung conseguira ir com aquela coisa. Era sempre Jeongguk que provocava Taehyung, flertava e dizia que era apenas uma brincadeira, nunca achou que o mais velho fosse fazer a mesma coisa consigo um dia, era impressionante.

Quando os rostos se aproximaram o bastante para que os narizes se tocarem, Jeongguk já tinha aceitado que Taehyung não estava apenas o provocando, seus olhos continuavam abertos como se quisesse assistir suas reações e Jeongguk também não conseguiu fechar os seus porque estava abismado demais.

O clima, a situação, tudo estava propenso para acontecer finalmente alguma coisa. Nenhum dos dois queria acabar com aquilo, ambos queriam saber até onde daria, e isso aconteceria...

Se a campainha não tivesse tocado no instante que os lábios se tocaram superficialmente.

Taehyung pulou para longe como se recebesse uma descarga elétrica e Jeongguk encarava raivoso a porta de entrada como se fosse um animal repugnante que não deveria existir no mundo.

Coçando a nuca constrangido, Taehyung olhou para a porta então para Jeongguk, definitivamente uma batalha era travada em sua mente, ignorar a porta e beijar finalmente Jeongguk ou aceitar que provavelmente não era mesmo para acontecer, já que nas duas vezes que tentou alguma coisa o interrompeu. Talvez fosse o universo querendo lhe dar um sinal.

Jeongguk por outro lado, parecia calmo até demais, mordia o lábio inferior, mas olhava para si mais confuso do que envergonhado. Merda, estariam aos beijos se não tivessem sido interrompidos, Jeongguk não conseguia parar de xingar a pessoa atrás da porta em pensamento.

Taehyung aceitou que não poderiam retomar ao momento anterior então foi atender a porta, Jeongguk puxou o ar para seus pulmões como se tivesse corrido uma maratona então tentou ocupar sua mente comendo.

Mas quase que seu apetite se foi também quando viu a porta sendo aberta e a pessoa que esperava impaciente do lado de fora.

— Que demora pra abrir uma porta, o que estava fazendo? — Soyeon passou como um furacão por Taehyung que estava petrificado ainda na porta, surpreso por ela estar ali. Não foi difícil ela notar 'Jungha' ali quando olhou para a cozinha e viu a garota abocanhar despreocupadamente um sanduíche como se sua presença ali fosse insignificante, mas a comida não. — O que essa garota está fazendo no seu apartamento? Não terminamos, Taehyung. Acha que eu vou gostar de ver você sozinho com outra aqui?

— Não tinha comida no apartamento do Jeongguk. — 'Jungha falou sem vergonha alguma, Soyeon lhe enviou um olhar raivoso. — Vim comer de graça.

— Garotinha abusada... — murmurou, o rosto se contorcendo em nojo enquanto encarava 'Jungha'. — Você não tem vergonha? Escorando nos outros, arrumando confusões por aí, seu nome está na boca de todos, sabia?

Soyeon esperava que 'Jungha' mostrasse constrangimento, mas ela apenas deu risada e tomou seu suco tranquilamente.

— Sério? Estou acostumada com isso, me conte uma novidade.

Soyeon rosnou como um animal sendo provocado, ficou ainda mais irritada quando olhava para o sorrisinho provocante que 'Jungha' carregava, era o mesmo sorriso que Jeongguk sempre tinha no rosto. Ela odiava. Vendo que atingir a garota não estava dando certo, ela olhou para Taehyung então para 'Jungha'.

— Você, saia. Eu e o meu namorado temos assuntos a tratar. — mandou, Jeongguk arqueou as sobrancelhas em deboche e sorriu ainda mais quando Taehyung começou a falar.

— Ela não vai a lugar nenhum, eu deixei bem claro que não queria que você viesse aqui, nossa conversa aconteceria em outro lugar. — Soyeon revirou os olhos indiferente.

— Sem motivo algum, aqui temos privacidade, depois de conversarmos e nos entendermos como sempre acontece, podemos passar um tempo juntos. — sorrindo endiabrada, Soyeon olhou para a garota que assistia a tudo calada. — A sós.

Jeongguk revirou os olhos, mas ainda sim deu risada como se Soyeon tivesse lhe contado uma piada, balançou a cabeça e voltou a comer, decidido a dar sua atenção ao que realmente importava.

— Soyeon... — havia um tom de aviso na voz de Taehyung. O Kim costumava ser pacífico a maior parte do tempo, quase nunca perdia a paciência e descontrolava com ninguém, mas ele já estava estressado e aquele assunto estava apenas piorando tudo. — Vamos conversar em outro lugar.

Soyeon olhava para Taehyung como se ele tivesse lhe ofendido profundamente, com a boca entreaberta e constrangida por estar sendo tratada daquela maneira na frente de uma estranha, ela perdeu completamente a postura indiferente.

— Por que está me tratando assim, Taehyung? — perguntou rude, Taehyung soltou um suspiro cansado, massageou as têmporas. — Está agindo assim desde que aquele... garoto sumiu, espero que nunca mais volte, está tudo melhor sem ele.

Com a boca cheia, Jeongguk parou de mastigar e olhou de testa franzida para a garota. Taehyung olhou em sua direção e balançou a cabeça como se dissesse "calado", mas Jeongguk estava abismado em como Soyeon adorava lhe colocar no meio mesmo que ele nem estivesse presente. Por um momento podia acreditar que ela possuía algum tipo de obsessão por si.

— Isso não tem nada a ver com Jeongguk, Soyeon. Para de trazer ele pra conversa sempre que não está satisfeita com alguma coisa. — Taehyung ralhou sem paciência alguma, estava no limite e sentia que falaria demais se não tivesse controle da sua boca.

Soyeon soltou uma risada sarcástica.

— Isso tem tudo a ver com ele, Taehyung. — gritou, Jeongguk deixou o último sanduíche inacabado dentro do prato e franziu o cenho enquanto observava a discussão sem se sentir uma mínima culpa por estar ali vendo um momento tão íntimo entre o casal. — Você sempre escolhe ele acima de qualquer coisa. Eu sou a sua namorada, mas parece que você se importa mais com ele do que comigo. Isso é ridículo, eu tenho que sempre enfatizar que você é o meu namorado, mas quando olham pra vocês automaticamente associam a alguma coisa. Eu teria vergonha se fosse você.

— Ele é o meu melhor amigo, Soyeon. — Taehyung gritou, mas logo em seguida sentiu o próprio coração acelerar quando pensou que aquilo já não era uma certeza no momento. Amigo, há alguns minutos eles estavam prestes a fazer algo que com certeza melhores amigos não faziam.

— Você é mais idiota do que pensei. — Soyeon balançou a cabeça com um sorriso irônico nos lábios. — É nojento, tenho que dizer. Todos esperam comportamentos assim de Jeongguk, ele é um pervertido que não liga pra nada contanto que se enfie em algum lugar, mas você Taehyung. Sinceramente.

Jeongguk se levantou em um pulo do seu lugar e se aproximou da garota. Temendo o que aconteceria, Taehyung foi de encontro a Jeongguk para segura-lo, mas ele não parecia querer partir para cima da garota, estava apenas assombrado pelo que ouvia.

— O que você está dizendo? — Soyeon lhe encarou com um sorriso cínico, parecia finalmente ter encontrado algo para provocar 'Jungha'.

— É isso que ouviu, se você espera ter algo com ele, saiba que entre você e o 'melhor amigo'... — soltou um riso soprado. — Adivinha quem ele vai escolher? Não que eu esteja surpresa, eu já desconfiava há muito tempo que Taehyung estava estranho, mas é nojento quando você percebe o porquê.

Tanto Jeongguk quanto Taehyung se olharam. Jeongguk podia ver a tensão que seu hyung sentia naquele momento, ele podia suportar todos os rumores, fofocas ao seu respeito, por mais ridículas que fossem, ele estava bem acostumado com isso. Mas saber que Taehyung poderia ser um alvo para esses comentários também, o irritou profundamente. Quando viu que Taehyung responderia a garota, Jeongguk fora mais rápido.

— Uau, estou impressionada. Além de piranha também é homofóbica. Não que eu esteja surpresa, mas é fascinante você atualizar os atributos de víbora.

— O que? — Soyeon deixou o sorriso arrogante morrer na mesma hora. — Quem é você pra fa-

— Sabe? Se Jeongguk estivesse aqui, eu tenho certeza do que diria. — um sorriso de canto brotou nos lábios de 'Jungha' quando começou, queria ter certeza que Soyeon ouviria cada palavra com atenção. — Ele diria que sempre quis pegar Taehyung pra ele, e pegaria sem pensar duas vezes. Mas você deveria era agradecer por ter um namorado como Taehyung, que nunca te trairia, nunca te trataria mal e nunca jogaria fora seus sentimentos. Jeongguk não é um cara bonzinho, ele roubaria seu namorado sem sentir remorso, você tem que agradecer por ele nunca ter tentado, pois pode apostar, ele pegaria e ainda esfregaria na sua cara. 

Jeongguk tinha noção do olhar de Taehyung em si, sua pele estava em chamas com aquele olhar. Ele sabia também que Taehyung queria dizer alguma coisa para si porque viu quando abriu a boca, mas fechou logo em seguida. Se já estavam colocando tudo em panos limpos, então Jeongguk também faria isso, mesmo que usasse Jungha para isso.

Com a expressão se tornando fria de repente, Jeongguk se aproximou lentamente de Soyeon. A garota estava assustada, chocada demais com o que acabara de ouvir então nem se movera.

— Então eu tomaria bastante cuidado com o que diz. Pode falar tudo que quiser, mas não aja como se conhecesse Taehyung, ele não é esse tipo de pessoa. — um sorriso frio adornou o rosto da garota, um sorriso que aterrorizou Soyeon. — Se ele e Jeongguk tivessem alguma coisa, pode ter certeza que Jeongguk faria questão de fazer você ser a primeira a saber.

Soyeon pigarreou humilhada, passou as mãos nos cabelos ruivos e ergueu o queixo tentando recuperar minimamente a postura confiante que chegou carregando.

— Eu acho que você é tão nojenta quanto eles, se concorda com isso. — Jeongguk soltou um riso soprado.

— Caguei pra você e o que acha, porra.

Soyeon franziu a testa por um momento, olhou 'Jungha' de cima a baixo confusa, um pouco surpresa pela frase proferida. Era odiável se lembrar daquilo, mas Jeongguk sempre lhe dizia aquelas palavras, "caguei pra você, Soyeon", era quase um bordão entre os dois. Ela não poderia ter ouvido, poderia?

Entretanto, como veio, o pensamento se foi tão rápido quanto, talvez tenha sido apenas uma coincidência, não era surpresa, eram da mesma família, tinham o mesmo vocabulário chulo e comportamento selvagem.

— Pelo jeito é de família ser uma vadia.

Jeongguk não suportou mais ouvi-la falar, estava no limite, de repente sua expressão se tornou sombria.

— O que você disse? — ameaçou partir para cima da garota. Soyeon arregalou os olhos aterrorizada e deu um passo para trás.

Taehyung que até o momento parecia paralisado em seu lugar, parecendo desligado do que acontecia na sala do seu apartamento, piscou, engoliu em seco e pigarreou para retomar os sentidos quando viu Jeongguk avançar contra a ruiva. Foi rápido em segurar a 'garota' no ar pela cintura. Jeongguk chutava o ar e gritava para que lhe soltase tentando se desvencilhar dos braços do mais velho.

— Porra! Para de se mexer! — Taehyung tentava contê-lo enquanto uma Soyeon muito chocada observava tudo, temendo que a garota escapasse e lhe batesse ali mesmo. Taehyung não evitou pensar "o que eu fiz pra merecer isso, meu Deus? "

— Me solta, Taehyung. — gritou raivoso. — Eu espero que essa garota fique esperta porque agora eu posso meter a mão na cara dela.

Soyeon não entendeu a parte do "agora", mas também não se importou com isso. Era patético o quanto os Jeon pareciam não saber se controlar, uma era uma selvagem que adorava provocar os outros e arrumar briga por aí, o outro não conseguia manter a língua dentro da boca, tanto na hora de se manter calado quanto na hora de enfia-la em bocas alheias. Não havia filtros, Soyeon estava enojada.

— Segure bem essa selvagem. — Soyeon falou, o sorriso arrogante estava ali, mas vacilava sempre que olhava nos olhos de Jungha.

'Jungha' se forçou ainda mais para escapar dos braços que a prendia, Taehyung resmungava sempre que tinha que aperta-la mais. Lidar com um Jeongguk era difícil, mas lidar com um Jeongguk no corpo de uma mulher e com raiva era quase impossível.

Quando percebeu que não conseguiria lidar por mais tempo, virou Jeongguk para que ficasse de costas para Soyeon e aproveitou o momento para dizer:

— Essa conversa já deu no que tinha que dar. Vamos fazer o que já tínhamos que ter feito há muito tempo, terminar. — falou mais decidido do que nunca, se possuía qualquer resquício de dúvida em sua mente e coração, com aquela conversa tudo pareceu ficar mais claro, em tudo. — Eu já tive muito do seu show por hoje, Soyeon. Então por favor, saia. 

Soyeon olhou com raiva para Taehyung. Ela queria ter dado a palavra final, era claro. Quando não aconteceu como queria, ela rosnou contrariada. Olhou com nojo para os dois e sussurrou arrogante.

— Já percebi qual é a sua escolha, Taehyung. — balançou a cabeça em decepção. Jeongguk parou de se debater no mesmo instante, estava vermelho de ódio e respirava rapidamente, mas quando conseguiu enxerga-la por cima dos ombros do mais velho, não evitou o sorriso vencedor. — Patético.

E saiu porta a fora batendo os pés furiosamente. Apenas quando ela sumiu da vista dos dois, foi que Taehyung deixou Jeongguk livre. Respirando com dificuldade, Jeongguk puxou ar para seus pulmões então foi fechar a porta. Quando se virou, Taehyung já não estava mais onde o deixara, já estava sentado no sofá com o rosto dentro das mãos e suspirava cansado. Jeongguk se sentou ao seu lado e tocou seus ombros numa tentativa de conforta-lo. 

— Eu sabia que a conversa seria complicada, mas isso foi... — Taehyung murmurou cansado sem ao menos se dar o trabalho de levantar a cabeça.

— Estamos falando da Soyeon. Claro que seria dramático. — respondeu, Taehyung soltou uma risadinha fraca ente as mãos. — Não preste atenção no que ela disse, hyung. Ela estava com raiva e queria te atacar de alguma maneira.

— Te atacando junto? — levantou a cabeça e encarou a 'garota' com as sobrancelhas arqueadas, Jeongguk deu risada.

— Seria estranho se ela não me usasse pra te atacar também. É curioso ela adorar tanto ter meu nome na boca. — Taehyung balançou a cabeça desolado, Jeongguk soltou mais um suspiro, fez uma careta enquanto imaginava o que poderia dizer, no final revirou os olhos e murmurou sem emoção alguma. — Mas mesmo assim, sinto muito pelo término, hyung.

Taehyung o encarou confuso, a testa franzida e o rosto contorcido em desconfiança.

— Sente mesmo? — bastou apenas um segundo para que Jeongguk desistisse da postura compreensiva, soltasse a respiração e desse de ombros com desdém.

— Na verdade não sinto nem um pouco. Mas é o que dizem normalmente pra quem acabou de terminar um namoro, achei que fosse ser legal e... sentimental. — Taehyung deu risada, uma risada verdadeira e despreocupada. Jeongguk sorriu quando viu que conseguira tirar um sorriso do seu hyung.

— Você não é legal, muito menos sentimental.

Jeongguk sorriu, deu um toquinho carinhoso no queixo do mais velho.

— Mas por você eu até tento as vezes. Dê valor aos meus sentimentos sinceros, hyung.

Taehyung sorriu em gratidão para Jeongguk, ambos se olhavam e sorriam um para o outro como se não precisassem de mais nada no mundo. E daí que Taehyung acabava de terminar um namoro de anos? Ele tinha Jeongguk ali para fazê-lo rir de suas besteiras. A única coisa que precisavam era um do outro.

— Você é um cara maravilhoso, Tae. Merece alguém tão maravilhoso quanto. — murmurou ficando sério novamente, embora o sorriso gentil adornasse seus lábios. Taehyung lhe olhou em silêncio, parecendo absorver suas palavras o máximo que podia. — E pessoas boas atraem pessoas boas, então não se preocupe. A pessoa certa só deve estar esperando o momento certo pra pular na sua frente gritando "Demorei, mas cheguei, porra". 

Taehyung se viu rindo, a feição antes cansada agora parecia não conter preocupação alguma, Jeongguk tinha esse poder sobre si. Ficaram uns minutos apenas se olhando em silêncio, Jeongguk tinha um sorriso adorável no rosto feminino e Taehyung embora não sorrisse sentia que tudo estava em seu devido lugar finalmente, um sentimento doce e bom lhe fazia carícias por dentro. Era gostoso e familiar. 

De repente, Jeongguk se levantou animado, levando Taehyung a olha-lo confuso e contagiado com o seu sorriso enorme. Jeongguk lhe enviou um sorriso sugestivo.

— Já sei o que pode te animar. Vamos lá pra cima.

Apontou com o dedo, Taehyung franziu a testa confuso, mas Jeongguk manteve o sorriso confiante nos lábios.

— No terraço, hyung. Pegue umas cervejas na geladeira e me siga.  

•••

Só usando o final aqui pra avisar que voltei a postar essa fic na plataforma ao lado — fiquei um tempo sem atualizar lá e preferi ficar só aqui —, mas estou avisando para o caso de dar algum problema aqui, vocês podem encontrar lá também okay? Meu user é o mesmo. 

Também avisando que meu curious cat está aberto novamente, desisti de mexer nele por um tempo pq não sabia como usar kkkkkk, mas eu decidi voltar, acho que facilita muito caso vocês queiram me fazer alguma pergunta. O link está no meu perfil. 


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