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Capítulo XV -

A grandiosidade do que outrora eram gloriosos prédios desmorona em segundos, levando a região mais nobre de Caelum às ruínas. Chamas imensas consomem as construções e a densa fumaça negra oculta as estrelas do céu, explosões e gritos ecoam sob a cortina de destruição e o fatídico odor de sangue e cinzas emerge do rastro das explosões.

Em uma rua próxima, o olhar de dois homens que caminhavam pacificamente é atraído pelo aterrorizante reluzir das chamas. Ambos pegam suas respectivas lanças e Algernon, o homem alto, retentor de longos cabelos castanhos-claros e ondulados que são presos em um rabo-de-cavalo baixo enquanto alguns fios permanecem soltos, emoldurando seu belo rosto — semelhante ao de seu pai —, cujo os olhos verdes-claros se destacam sob um delicado óculos prateado, e veste elegantes roupas típicas britânicas do século dezoito, sendo um sobretudo verde-escuro abotoado e uma calça branca parcialmente coberta por uma bota marrom de cano alto, é quem seu amigo confia receber instruções de como prosseguir.

— Encontre-os sem mim! Irei ajudar os sobreviventes.

— Entendido! — responde um homem coberto por um manto e capuz marrons, que deixam visíveis somente parte de seus longos e brancos cabelos cacheados e de sua pele parda, que é parcialmente coberta por ataduras.

O encapuzado, em instantes, alcança um arranha-céu posicionado ao lado de um dos palácios da realeza do Império Flammae, o preferido de Romulus. Ele pula de uma das janelas do prédio, no terraço do palácio, resistindo a todos os disparos pelos sistemas de segurança que ele ativou acidentalmente. 

— Que bela entrada, Ahsverus — diz Focalor, sentado ao lado de Romulus.

Um rastro carmesim é deixado para trás enquanto ele corre em direção ao Focalor. A lâmina de sua lança é apontada para o pescoço do bruxo, que sorri.

— O QUE VOCÊ FEZ!?

— Não foi eu quem planejou isso.

— O que VOCÊ fez!? — a lança perfura o pescoço de Focalor, que permanece com o sorriso debochado — Não espere que, dessa vez, o Algernon irá me conter! — o capuz cai, revelando um rosto jovem, onde um de seus olhos lilás é coberto por ataduras e a sua ira é revelada no outro.

— Focalor, talvez… — ele se levanta.

— Não se preocupe comigo — ele segura a lança e se levanta, enquanto ventos fortes invadem o terraço e Ahsverus se posiciona para lutar.

Vórtices cortantes de ventos se formam ao redor de Ahsverus, que desvia e finca a lança no abdômen do Focalor. Um vórtice o acerta, cortando a sua pele e o jogando no chão. Antes de levantar, Ahsverus percebe que Romulus não está mais no terraço.

— Cadê ele? — se levanta, não abaixando a guarda, entretanto sem atacar.

— Animal, por acaso, algum dia você aprenderá a conversar antes de partir para uma luta? Se sim, iremos dialogar pacificamente quando essa hora chegar.

— Tudo bem — diz, com uma tonalidade de voz fria e rígida.

— Na verdade, eu não sei para onde o Romulus foi.

— Como não sabe? — semelhante a uma águia sobrevoando suas presas, ele permanece atento no ambiente ao redor dele.

— Sou um humano limitado, como você, não um ser onisciente.

— Mas e seus planos?

— Os meus? 

— Sim, os seus.

— Mas você não me disse os seus.

Entre as chamas e cinzas próximas do palácio, Ahsverus percebe a presença de Romulus, lutando. Ele corre para pular da janela do palácio, entretanto inúmeros vórtices de ventos o acertam. Ahsverus cai no telhado e prossegue correndo em direção de Romulus, até o rei ser ocultado de seu campo de vista pela cortina de fumaça negra. Ele desce diante de uma praça, que é um local seguro onde tudo ao seu redor é consumido pelas vorazes chamas. 

Uma longínqua melodia tocada por um violino ecoa entre os prédios, sincronizando deslumbrantemente em uma valsa com os gritos das vítimas desesperadas. Pessoas são despedaçadas antes de qualquer herói poder salvá-las, porque qualquer um que ousa se aproximar é bloqueado por cadáveres ferozes do que outrora foi um soldado, e elas são transformadas nesses monstros após o último suspiro ser desferido. Uma multidão é criada, cercando Maximus e Vulcano, ao lado de seus companheiros, em uma praça que as chamas ainda não consomem, onde Ahsverus tenta retalhar os mortos-vivos que permanecem se movendo independentemente de quantos cortes são desferidos.

— Bom te ver, Ahsverus — diz uma voz suave e gentil, atrás dele.

— E aí, Az — sorri.

— Fiquem atentos! — alerta Vulcano, cortando um cadáver, controlado pelo rei, ao meio.

— O ENCONTREI!! — ecoa o grito de Davi, provindo do topo de uma torre próxima, oculta por negros pilares de fumaça, enquanto ele desfere um corte na coxa do bruxo.

— ONDE!? — questiona Maximus, com a voz quase abafada pelos cadáveres ferozes ao redor dele.

— AQUI EM CIMA, SIGAM A MINHA VOZ!! 

Sem reagir ao ataque de Davi, Romulus majestosamente desliza o arco de seu violino sobre as finas cordas do instrumento, enquanto se desvia dos golpes do santo. Antes de Davi acertá-lo alguma outra vez, ele quebra o violino. Uma multidão incontrolável de cadáveres de soldados romanos emergem, obstruindo o caminho à torre. Gritos e urros, sem semelhança alguma a qualquer som que um ser humano já testemunhou, são emitidos pelos mortos-vivos enquanto eles correm, como formigas ao terem o formigueiro cutucado.

Romulus já não controla mais os soldados bestiais, que farejam o rastro de sangue dos dois príncipes, como feras que somente seguem seus instintos cunhados em runas no coração delas. Davi decide descer da torre, ciente que seria mais útil aos inocentes se enfrentar essas criaturas, entretanto sabendo que o bruxo não deve ser deixado sozinho. Confuso, ele reza. Davi pula da janela, indo para os telhados, enquanto a silhueta de um militar romano surge diante de Romulus.

A armadura do romano está banhada em sangue e algumas peças possuem o aspecto enferrujado. A espada é velha e manchada pelo escarlate, entretanto afiada e reluzente. O rosto dele está parcialmente coberto por uma máscara que o protege da fumaça, todavia o olhar âmbar e os fios de cabelos ruivos que caem no rosto dele revelam sua identidade.

Romulus pega duas adagas e se aproxima, sendo cumprimentado por um golpe de espada, que ele desvia. O bruxo sorri, confiante que está diante de uma oportunidade de trazer mais estabilidade ao seu governo, entretanto toda sua autoconfiança é confrontada por um chute no rosto dele.

— Você causa tantas mortes e ainda sorri diante disso!? — se afasta, com a guarda alta.

— Wow, disposto a bancar o herói quando você já fez coisas piores do que eu? — se aproxima, tentando esfaqueá-lo em um ponto cego e é repelido.

Focalor observa a longínqua luta que ocorre na torre, pressionando o ferimento em seu abdômen, e um pesado sorriso é esboçado em seu rosto.

— Não se esforce tanto — diz uma bela mulher de curtos e lisos cabelos loiros-claros, que utiliza um esvoaçante vestido escarlate, em um tom de voz sussurrante e delicado, enquanto se aproxima dele.

— Mestra?

— Permaneça sentado onde está, sem se mover, eu verei seus ferimentos e os tratarei.

— Maveth! — a tonalidade imponente e majestosa de sua voz ecoa, e somente sua presença destitui todos os mortos-vivos da magia que os mantinham eternamente lutando.

— Está atrasada, maninha.

— Não, cada um obteve o destino que o aguardava, e você, encontra sua derrota aqui. Saia deste planeta antes que eu te expulse.

A lâmina dourada da foice da arcanjo reluz, quase se encontrando com a pele de sua gêmea, entretanto Maveth abandona o planeta, junto de Focalor, antes de se ferir. Apesar da vitória, a luta entre Romulus e Magnus ainda se estende, com ambos determinados a serem a causa do cessar da respiração do outro.

O sangue escorre entre as danificadas peças metálicas da armadura deles e a fadiga causada pela dor e pelo cansaço domina os músculos de ambos. Densas nuvens negras sobem ao céu de Caelum, ocultando o imaculado azulado característico dele e trazendo uma escuridão impenetrável, onde somente a luz das chamas é visível.

No instante em que a cortina de trevas cai, Magnus e Romulus se afastam um do outro, ocultando suas presenças. Em uma tentativa arriscada e cega, Magnus é capaz de atravessar sua lâmina enferrujada no abdômen do bruxo, que, deduzindo a localização do ruivo ao julgar pela posição da espada dele, encrava uma adaga no peito do Magnus.

Quando o cadáver de ambos já estavam caídos no chão, a chama da foice do Vulcano parcialmente ilumina este andar da torre. O jovem se aproxima do centro cautelosamente, sendo acompanhado pelos outros, incluindo Davi, que os comunicou sobre a aparição do Magnus.

— Vulcano — diz Azrael, atraindo a atenção dele — Nem sempre as coisas acontecem como deveriam acontecer — se aproxima, já possuindo a consciência do ocorrido, e pega a foice, para iluminar o ambiente enquanto permite o príncipe ficar livre.

— O que você quer dizer com isso? — questiona Maximus, ecoando o seu tom de voz melancólico e ríspido.

A suave iluminação das chamas é refletida no metal da armadura dos dois guerreiros caídos. Maximus para de apoiar o Zakhar em seu ombro, que está com a perna ferida, o derrubando. Ele corre ao encontro do cadáver de seu pai e se ajoelha próximo dele, verificando os sinais vitais, enquanto sua respiração está acelerada e lágrimas escorrem em seu rosto. A esperança que ainda reluzia em seu olhar é apagada. Maximus se abaixa, perdendo sua postura sempre imponente, e continua a chorar.

— E-ele está morto? — questiona Vulcano, com a voz oscilante.

— Está — responde, secando suas lágrimas. Ele se levanta e, ignorando todos ao seu redor, começa a descer os degraus da torre.

— Onde você está indo? — questiona Ártemis, o seguindo.

— Não sei, não sei — as lágrimas obstinadas retornam a ofuscarem o seu olhar — Só sei que eu não deveria estar aqui — percebendo a presença de Ahsverus, o seguindo, suas feições se enfurecem — Eu não quero nenhum anjo ou santo comigo!

— Eu sou um pecador, como todos os outros.

— Tanto faz, eu não quero ninguém comigo! — Essas palavras são proferidas com um aterrorizante tom de voz ríspido e furioso.

— Eu preciso te acompanhar. Você é um prisioneiro de Págoma que está sob minha responsabilidade.

— E eu sou necessário. Por mais que eu entenda seus sentimentos, é arriscado te abandonar.

— Você só apanha dos demônios, Ahsverus.

— E assim desvio o foco deles de vocês  .

— Preparem-se para uma viagem! — diz Ártemis, ao finalizar as configurações do dispositivo de teletransporte que ela encontrou no cadáver do Romulus, e os levam para Págoma.

— O que aconteceu? — ela desce apressadamente dos degraus de seu majestoso trono e seu olhar terno se encontra com as feições melancólicas e furiosas do príncipe ferido, sendo recebida por ele com um abraço desesperado.

— O meu pai — pausa, devido à dificuldade das palavras de se formarem em meio as lágrimas que escorrem em seu rosto — Ele morreu.

Ártemis e Ahsverus se afastam, assegurando a privacidade deles. Logo, o doutor Andreas entra no salão do trono e se curva diante da rainha e do príncipe — que já retornaram às suas posturas imponentes e impossíveis —,  atendendo o chamado dos servos que testemunharam a chegada do Maximus. O doutor Andreas o leva para receber o tratamento adequado, enquanto outros médicos oferecem apoio para Ártemis e Ahsverus, e Helene os acompanha. O andarilho imortal não se preocupa com a segurança do Maximus, sabendo que há a presença de anjos ao lado dele como resposta às orações da rainha.

A impiedosa passagem do tempo é implacável, não cessando o seu ritmo enquanto o doutor Andreas se esforça para cuidar do príncipe e são necessários dias para a situação dele se estabilizar. Enquanto os ferimentos prendiam Maximus na cama durante o dia e os pesadelos o subjugava durante a noite, ocorreram o funeral de seu pai e a coroação do Vulcano como soberano do maior império da história do universo.

A impetuosa poluição luminosa presente nas avenidas de londres aborrecem Azazel, que não é habituado a esse desconforto. Ele caminha nas calçadas, ao lado de Focalor, com seus olhos semicerrados, sem proferir nenhuma palavra, porque não possuem paciência ou energia para verbalizar os xingamentos que inundam sua mente.

— Quais são seus novos planos? — questiona Azazel.

— Novos? Não tenho novos, tudo está ocorrendo bem, de acordo com o possível.

— Você diz isso porque não é você que encontrou o Miguel — e xinga o bruxo.

— Isso eu não esperava que fosse acontecer — responde, sem abandonar a serenidade aconchegante característica de sua voz.

— E o que vamos fazer agora então? — profere alguns xingamentos, amaldiçoando as circunstâncias que os prendem e a astuta rainha de Págoma que, na visão do demônio, aparenta prever o futuro — Prenderam aquele principezinho da Maveth e isso acabou com tudo! É loucura usar nossa forma angélica para andar onde há anjos de Deus, já que eles sempre estão com aquela rainha — pausa seu raciocínio para proferir mais xingamentos direcionados à Helene —, e nunca que passaríamos pelo sistema de segurança de Págoma com nossas formas humanas!

— Não se preocupe, nunca há nada que não possa ser resolvido.

— Então, o que vamos fazer agora?

— Ah, agora? Não estamos trabalhando, eu apenas desejava passear um pouco.

— Após uma derrota daquela!? — quase grita, atraindo a atenção dos britânicos ao redor deles — O Magnus era quase nosso, quase! — Diminui um pouco o seu tom de voz — Mas justamente por causa daqueles seus planos com o Romulus, vocês dois acabaram com o orgulho dele. Isso nem deveria ser possível! Como um homem daquele se tornou cristão? Ele estava prestes a receber o juízo de Deus, assim o teríamos, MAS ELE MORREU COMO UM HERÓI, LUTANDO CONTRA TERRORISTAS!!

— Não foi uma perda crítica. O rumo da história foi para o lado favorável por causa deste acontecimento. Não podemos tocar no Maximus agora, entretanto isso fará com que ele se entregue a nós em um futuro próximo.

— Se isto não acontecer, juro que irei te esgoelar, Focalor, porque EU SÓ ME FERRO COM AS SUAS IDEIAS — ele atrai a atenção dos poucos britânicos que ainda não estavam espantados com seus gritos aleatórios ditos em um idioma desconhecido.

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