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Capítulo IV - A falta de amor é a origem de desgraças sem fim

A suave luz da alvorada atravessa a janela entreaberta de um laboratório, iluminando parcialmente as tábuas apodrecidas das ruínas de uma casa medieval em que ele foi construído. No instante que Vulcano abre a porta dele, um fatídico odor de sangue é exalado no interior. Ele não hesita e entra, sendo seguido por seus companheiros.

O laboratório é pequeno, não ultrapassando os nove metros quadrados. Há bancadas ao redor de todas as paredes, onde equipamentos quebrados e manchados de escarlate repousam. No piso, ainda há as marcas de sangue das vítimas, que tiveram seus restos mortais resgatados pela polícia, ao lado de arranhões nas tábuas que aparentam terem sido criados pelas unhas dos que debatiam no chão em uma tentativa irracional de escapar.

- Houve quatro vítimas do cientista, nas últimas duas semanas, neste laboratório - diz Raven - A primeira foi o senhor Allan Wycliffe, ele era um alfaiate que trabalhava próximo daqui, possuía vinte e um anos e era solteiro, há informações mais detalhadas sobre ele e sobre as outras vítimas nos papéis que entreguei hoje cedo para vocês; ele desapareceu no dia dezenove do mês passado e faleceu no dia vinte. A segunda vítima foi o senhor Honor Gillingham, ele era um vendedor de carros que trabalhava na empresa O'Carthach, possuía trinta e dois anos e era solteiro; ele desapareceu e faleceu no dia vinte um. A terceira vítima foi o senhor Ephraim Bonfield, possuía trinta e oito anos e era padre; ele afirmava que nas duas mortes anteriores houve intervenção demoníaca e decidiu investigar sozinho; ele desapareceu no dia vinte e faleceu no dia vinte e três. A quarta vítima foi a senhorita Alicia Harris, ela possuía quatro anos, filha de de um padeiro; ela desapareceu no dia vinte e quatro e, pela avaliação da polícia, o assassino não possuía intenção de matá-la ou fazer experimentos cruéis com ela viva, entretanto, ela faleceu no dia vinte e nove.

- Os homens eram órfãos? - questiona Maximus.

- Não sei. Por que?

- Eles não eram casados, inclusive os mais velhos, o que é raro. Talvez, ser solitário era um critério inicial para a escolha da vítima.

Raven folheia seus relatórios novamente e encontra informações sobre os pais das vítimas.

- Sim, os pais dos três são falecidos.

- Estes arranhões não são humanos - diz Azrael - Há resquícios de magia exclusiva dos demônios neles.

- O que!? Eu nunca investiguei um caso que envolvia demônios... - diz Raven - Para tudo há uma primeira vez. Há mais rastros de magia?

- Recentemente, demônios frequentaram este laboratório por um tempo considerável e as marcas de chamas nas tábuas são feitas por fogo e eletricidade conjuradas por um bruxo. Podem existir outros indícios de magia, entretanto, não sou bom em identificá-los. O Salomão é infinitamente melhor do que eu em lidar com casos como este, e vocês podem orar pela intercessão dele, afinal, ele é um santo.

- Há algum truque para rastrear bruxos? - Raven fala mais rápido, se empolgando.

- Não sei.

- Será que ele retornará para este laboratório? A informação de que este lugar foi encontrado não foi ao público, então, talvez ele ainda pense que seja seguro voltar.

- Tenho quase certeza que não - responde Zakhar - O perfil psicológico dele que foi traçado nos relatórios evidencia que ele ainda possuía princípios, o que certamente o fez se abalar com a morte da senhorita Harris. Talvez, isto o acerte tão fortemente que ele desista dos experimentos em humanos. Talvez, isto apenas o fará acreditar que é um monstro sem caminho de volta. Independentemente de qual seja a realidade, ele será atormentado pelo ocorrido e tentará esquecê-lo, e abandonar este laboratório para que isso ocorra é uma estratégia viável. Além de que, já é sábado e não ocorreu nenhuma morte aqui desde segunda.

- Concordo com o Zakhar - diz Ártemis - E poderíamos tentar localizá-lo através das vítimas. Todas elas são pessoas que um cidadão comum encontraria no seu dia-a-dia, se analisarmos onde cada uma delas trabalhavam e, no caso da Alicia, onde o pai dela trabalhava e ela provavelmente o acompanhava por curiosidade, certamente teremos noção de onde o assassino frequenta.

Raven procura em um mapa digital os locais de trabalho de Wycliffe, Gillingham e do pai da garotinha que o relatório indicam, ignorando o padre porque ele foi escolhido como vítima por se aproximar do assassino propositalmente, ao contrário dos outros.

- A senhora está certa! Os locais de trabalho deles não são distantes um dos outros e nem distante daqui! Tudo está dentro de um raio de um quilômetro.

- Possuímos poder para vigiar todas as pessoas que moram nessa região? - questiona Ártemis.

- Isso seria invasão de privacidade, é contra a lei.

- Mas é possível?

- Se enviarmos espiões, sim. Não possuímos tecnologia para fazer de outro modo.

- O Império Flammae possui - diz Vulcano.

- Não vamos quebrar nenhuma lei, por enquanto. Ah, Vulcano, já conseguiu entrar em contato com seu pai? Ele está bem?

- Não consegui.

- O que aconteceu com ele? - questiona Ártemis.

- Um dos generais se rebelou enquanto estávamos lá.

- Ah, sim, o Zakhar me contou sobre o Remus. Isso não foi avisado ao cosmos... Não se preocupem, se um golpe de Estado tivesse ocorrido ele seria anunciado, então, até o momento que sai de Págoma, o Magnus estava bem.

- Agora que obtemos todas estas informações sobre o assassino, como o encontramos? - questiona Raven.

- Prefiro atraí-lo. Criar uma armadilha é mais simples - responde Vulcano -, mais simples porque este trabalho sempre cai para o Maximus e não para mim.

- Quais condições biológicas anormais as vítimas possuíam? - questiona Maximus.

- A Harris tinha uma doença que não foi possível de ser identificada, apenas sabemos que ela tinha um nódulo na região do pescoço, dor no local, dificuldade para falar, sensação de falta de ar e desconforto para comer ou beber - responde Raven.

- Ele estava estudando sobre esta doença?

- Possivelmente.

- Por que "possivelmente"?

- Ao contrário das outras vítimas, o corpo dela estava preservado, então, não possuímos provas do que ele desejava investigar.

- Ele poderia ter usado magia?

- Verdade! Azrael, você pode ver o corpo dela para identificar se usaram feitiços?

- Posso tentar, onde ela está? - Raven se aproxima dele e aponta a localização no mapa - Terminei.

- Você saiu daqui?

- A presença física de um anjo não é como a de humanos. A dedução do Maximus está certa, ele utilizou magia para investigar a doença dela.

- Você sabe que doença é esta? Qual é a cura?

- Pelo o que a Raven descreveu e o que eu analisei quando vi a Harris, é câncer no tireoide. Todavia, não sei qual é a cura.

- Tia Ártemis, quais estudos Págoma possui sobre este assunto?

- Não sei, mas eu posso incomodar a Helene perguntando.

- Ótimo.

Ártemis envia mensagens para sua irmã, pedindo informações sobre câncer no tireoide. Helene não responde, ela envia outras até perder a paciência e ligar para ela. Quando Helene a atende, Ártemis desliga para que a rainha leia as mensagens. Helene responde que irá pesquisar imediatamente e, após efêmeros minutos, ela envia os arquivos que Págoma possui.

- Consegui!

- Raven, as informações do meu planeta superam as que o seu possui? - questiona Maximus.

- Irei ver.

Ártemis entrega o seu celular para Raven, que lê atentamente.

- Superam infinitamente! Vocês possuem até a cura de um tipo de câncer como este enquanto nós nem sabíamos que isso era possível!

- Compartilhe com o mundo o fato de que vocês agora possuem tais informações e as pesquisas com os detalhes estão neste laboratório, entretanto, não diga a localização do laboratório e sim somente que ele pertence ao responsável pelas quatro mortes que estamos investigando.

- Compartilho como?

- Do modo que preferir, desde que passe credibilidade e o envolvimento nosso e da sua elite militar permaneça oculto.

Raven, utilizando uma conta pertencente ao Estado, contacta virtualmente jornalistas. Ela os avisa das novas descobertas, compartilha parte das informações recebidas de Helene e afirma que a pesquisa detalhada está no laboratório abandonado do autor da série de desaparecimentos ocorrida no mês anterior. Enquanto ela conversa com os jornalistas, Maximus copia em um dispositivo os arquivos que estão no celular da Ártemis e o deixa na bancada ao lado.

O grupo divide a guarda do laboratório, trocando a cada seis horas a dupla que, com o auxílio do Azrael, é a responsável por aguardar a chegada do assassino. A primeira dupla é Maximus e Ártemis, que vigiam o local até às treze da tarde e trocam com Raven e Vulcano.

A luz solar decresce sob as nuvens que cobrem o horizonte e as sombras noturnas ocupam o espaço anteriormente pertencente a ela. A brisa esfria e o silêncio é quebrado por gotas de chuva, restando apenas a desconfortável temperatura noturna e escuridão que já dominou todo o bosque que o laboratório se localiza.

Antes das dezenove horas, passos são ouvidos por Vulcano e Raven. Eles se levantam da porta e sacam suas armas. Vulcano incendeia sua foice e as chamas iluminam o local, revelando a presença deles e oferecendo-lhes um rápido vislumbre da aparência de Nyx e de uma gigante silhueta escarlate de um guerreiro ao lado dele.

Nyx conjura eletricidade, danifica o dispositivo que auxilia Vulcano a andar e corre, tentando deixar a luta para o demônio, entretanto, Raven acerta um tiro em sua perna. Ferido, Nyx permanece correndo e desaparece do curto campo de visão deles.

Em uma árvore próxima às ruínas, um homem de aparência jovem, pele parda e longos cabelos brancos parcialmente cobertos por uma cartola cinza, que veste uma camisa branca molhada pela chuva e uma calça cinza, de acordo com o elegante estilo britânico, fixa seu olhar turquesa no ocorrido.

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