Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo Vinte e Dois

Carmuel So-jeff:

Observo minha irmã e os outros partirem com Rol, me abandonando e me obrigando a lidar com o problema dos Fishers. Juro que, nesse momento, desejo ardentemente mandar essa gente para o inferno e incutir neles um pavor tão grande que jamais pensem em me controlar.

Mas agora a situação era diferente.

Segundo Theodore, devo ser uma pessoa que reconhece as armadilhas e as evita. Em vez de cair nelas, devo fazer com que o responsável pague pelo custo de sua construção.

E quem armou essa armadilha era o diabo entre os submundanos, loucos por poder político e militar, aqueles que se escondem atrás de máscaras de santidade. As mesmas pessoas que desejam matar Rol e tomar sua magia antiga.

Eram precisamente os "pais" de Rol e seus aliados que agiam discretamente.

Olhei novamente na direção que Rol tomou e me lembrei da minha conversa com Theodore.

A maldição que assola a alcateia, até onde se sabe, é tecida com fios de sentimentos negativos. O ódio e o ressentimento contra si mesmos se entrelaçam, formando uma corda que os prende à escuridão. Essa corda se enrola cada vez mais forte, à espera do momento oportuno para se romper e lançar o indivíduo em seu próprio caos.

Para desvendar essa teia sombria, é preciso voltar no tempo e investigar o primeiro líder dos So-jeff. A maldição se manifestou logo após seu filho ascender ao poder, como se a própria liderança carregasse consigo um fardo de negatividade. Desde então, cada líder sucumbiu à loucura, um a um, como se estivessem presos em um ciclo interminável de sofrimento.

Olhares curiosos e ansiosos se fixaram em mim enquanto eu me aproximava. O cansaço, como um manto pesado, já me oprimia. Só queria me deitar e descansar. Barcos, definitivamente, não eram feitos para viver ou viajar.

Com a voz cansada, anunciei:

— Desculpem, mas Theodore explicará o que aconteceu. — Abri caminho pela multidão, desejando apenas o conforto da minha cama.

— Sim, líder! — Os guardas da minha alcateia responderam em uníssono, batendo continência.

Passei por todos sem me importar com seus pensamentos. A única coisa que importava naquele momento era o descanso.

*************

ssim que meus pés tocaram o chão do meu quarto, fechei a porta com força, como se quisesse barrar o mundo lá fora. Joguei-me na cama, exausto, mas o sono não vinha. A mente girava, atormentada por imagens e pensamentos que me consumiam.

Levantei-me, incapaz de suportar a quietude. Fui até a cabeceira da cama e abri a gaveta com dedos trêmulos. Lá dentro, encontrei um pedaço de vidro, um fragmento da estátua que comprei para Valmir no mercado sobrenatural. A lembrança daquela noite me atingiu como um soco no estômago. A raiva, a violência, o sangue...

Com um grito de fúria, arremess o pedaço de vidro contra a parede. O som da quebra ecoou pelo quarto, e me agachei para pegar os cacos, ignorando a dor dos cortes em minhas palmas. O arrependimento me corroía por dentro, uma dor mais profunda do que a física.

Olhei para meu reflexo no pedaço de vidro, as lágrimas se misturando com o sangue.

— Eu nunca vou me perdoar... nem aos deuses. — As palavras saíram em um sussurro estrangulado.

Lentamente, deixei o caco cair no chão, ouvindo o som de sua fragmentação. Suspirei, derrotado.

— Estou igual a esse vidro. Um impacto maior me estilhaçará em pedaços. — Falei comigo mesmo, a voz carregada de tristeza e resignação.

*********************

Dias depois...

Meus passos ecoavam pelo corredor frio que levava ao meu esconderijo secreto, cada um deles um reflexo da turbulência que tomava conta do meu ser. A maldição pairava sobre mim como uma nuvem negra, envenenando meus pensamentos e me fazendo duvidar até mesmo da minha própria sanidade.

De repente, o som de vozes me fez parar. Era Tri e Santiago, conversando baixinho.

— Parece que o Rol tem estudado muito ultimamente. — Tri comentou. — Tanto sobre a magia dos mortos e da cura.

Um aperto no meu peito me fez lembrar dos últimos dias, desde que retornamos da nossa missão contra os deuses caídos. A tensão pairava no ar, e a preocupação com Rol me consumia.

Escondi-me atrás de uma pilastra, ávido por ouvir mais.

— Ele sempre gostou de ler livros, lembra? — Santiago respondeu com um tom nostálgico. — No mundo humano, ele passava horas devorando livros. Agora, com todas essas novas possibilidades, ele está como uma criança em uma loja de doces.

Um sorriso involuntário surgiu em meus lábios ao imaginar a empolgação de Rol.

— Mas ele está se cobrando demais. — Alana entrou na conversa, sua voz carregada de preocupação. — Ontem Owen me disse que o encontrou dormindo em pé. E Steven falou que o viu se transformar em lobo e depois cair no sono como se estivesse em sua forma humana.

— Preciso conversar com ele. — Santiago disse com firmeza. — Ele precisa aprender a descansar o corpo e a mente.

Os passos deles se distanciaram, e eu me senti dividido. A conversa me aliviou em relação a Rol, mas a presença cada vez mais próxima de Alana e Tri me inquietava.

Decidi abandonar meu plano de ir ao esconderijo e buscar Rol. O encontrei em um corredor, discutindo com sua irmã.

— Pare com isso, Rol! — ela gritou, exasperada.

Um tapa estalou no ar, e meu coração deu um salto. Antes que eu pudesse reagir, Rol lançou um feitiço contra sua irmã, e ela voou pelo ar, colidindo com uma parede com força brutal.

O grito dela ecoou pelos corredores, e um silêncio mortal se abateu. Rol riu, um som frio e cruel que me gelou até a espinha. Seus olhos se encontraram com os meus, e a expressão de fúria deu lugar a uma máscara de culpa e arrependimento.

— Não precisa reclamar. — Rol retrucou com frieza. — Eu conserto a parede.

— O que foi que aconteceu? — indaguei, a preocupação colorindo minha voz.

— A mesma coisa de sempre. Ela me insultando e desejando minha morte. — Ele respondeu com um tom amargo, como se estivesse recitando um mantra já conhecido.

Rol passou por mim, mas segurei seu braço, meus olhos fixos em seu rosto. As olheiras profundas eram como marcas da batalha que ele travava em silêncio.

— Você precisa se cuidar. — sussurrei, e seus olhos se encontraram com os meus, carregados de uma emoção que não pude identificar.

— Carmuel, eu estou me cuidando. — ele retrucou, a voz tensa. — Mas você não pode entender. Já experimentou ser alvo constante de críticas e ofensas? Já foi lembrado dia após dia que não é bom o suficiente por pessoas que deveriam te amar?

O silêncio se instalou entre nós, pesado e opressor. Eu não sabia o que dizer. As palavras de Rol me atingiram em cheio, abrindo uma ferida que eu desconhecia.

— Veja só, você não sabe nada disso. — ele continuou, sua voz agora carregada de raiva e frustração. — E até alguns dias atrás, você era uma dessas pessoas que me criticavam.

Rol se soltou do meu aperto e se afastou, deixando-me sozinho com meus pensamentos. A dor das palavras dele ainda ecoava em meus ouvidos, e me sentia perdido e sozinho.

A Dor da Humilhação e a Falta de Confiança

Observei Rol se distanciar, cada passo o levando para mais longe de mim. As memórias que a marca me mostrava inundaram minha mente, cenas de humilhações constantes nas festas da família Fisher. Ninguém nunca o defendeu, e agora ele carregava o peso daquelas lembranças como um fardo em suas costas.

Eu queria correr atrás dele, gritar que o que importava era o seu bem-estar, que ele podia ir embora sem se preocupar comigo nem por um segundo. Mas meus pés estavam presos ao chão, congelados pela incerteza e pelo medo.

De repente, uma voz me tirou do meu torpor.

— Nada é mais estúpido do que valorizar uma aparência fulminante como se fosse um bem eterno. — Dona Vilma, a cozinheira da casa principal, estava ao meu lado, seus olhos cheios de sabedoria. — Você está muito distraído, meu menino.

— O que quer dizer? — perguntei, ainda atordoado pelas minhas próprias emoções.

— Não me diga que você não percebe. — Vilma suspirou. — Rol tem uma baixa estima terrível. Ele passou tanto tempo sendo rebaixado pelos outros submundanos ligados à sua família que desacredita em seu próprio potencial.

Ela me encarou com firmeza, seus olhos transmitindo uma compreensão profunda da dor que Rol carregava.

— Teve uma época em que Valmir se sentia assim também. Mas ele tinha ajuda, confiava em mim e em meu marido o suficiente para se abrir. — Vilma se entristeceu ao recordar o passado. — Mas Rol se fechou ainda mais desde que chegou à nossa alcateia. E com os Fishers aqui, ele só espera o momento de ser atacado e humilhado novamente.

As palavras de Vilma me atingiram como um soco no estômago. A dor de Rol agora era também minha, e eu precisava fazer algo para ajudá-lo.

Fiquei em silêncio, absorvendo cada palavra que ela havia dito. A culpa me corroía por dentro. Eu poderia ter feito mais por ele? Eu poderia ter sido um amigo melhor?

Vilma se foi, deixando-me sozinho com meus pensamentos. A conversa havia mexido comigo profundamente, e agora eu sabia que precisava agir. Rol precisava saber que não estava sozinho, que eu estava ao seu lado, acontecesse o que acontecesse.

_____________________________________

Gostaram?

Até a próxima 😘



Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro