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Capítulo Cinco

Rol Fisher:

Eu sonhava com um imenso monstro que me perseguia implacavelmente, sua presença se tornando mais ameaçadora à medida que se aproximava. Sentia o hálito quente dele contra o meu rosto, enquanto seus enormes dentes se abriam ameaçadoramente, aumentando a intensidade da cena e a sensação de perigo iminente.

Acordei com o estrondo da porta sendo aberta, ou melhor, sendo forçada com tamanha violência que me fez saltar. Agradeci silenciosamente à pessoa responsável, justo quando o monstro estava prestes a me devorar por completo.

— Pode ir acordando. Hora do seu treinamento matinal — disse Tri alegremente. — Consegui convencer meu irmão a te deixar treinar antes das oito da manhã, ou, na verdade, a fazer qualquer coisa que ele queira, já que ele está ocupado com algo. — Olhei para ela, que arrancou a coberta de cima de mim com determinação. — — Pode levantar e seja rápido. Como não sabemos a extensão dos seus poderes, vamos explorar tudo o que sei sobre Magia — disse Tri enquanto eu me erguia, observando-me atentamente. — Quer que use Magia para os hematomas que a marca deixou? Ontem, Santiago fez com que eu jurasse só usar com a sua permissão.

Suspirei.

É claro que Santiago diria algo assim.

— Ele só estava preocupado comigo — falei, e Tri assentiu. — E aquele garotinho, o tal do Átila? Eu soube o que aconteceu com o padrasto dele.

Ela levantou uma sobrancelha, um brilho curioso surgindo em seus olhos.

— Como você... — ela balançou a cabeça. — Ele está bem na medida do possível. Foi preparado para essa situação quase um ano atrás. — Ela suspirou, seu olhar perdendo-se por alguns segundos. — Mas o garotinho já está na cozinha. Não precisa se preocupar; está com os melhores cozinheiros da casa principal, ou melhor, de toda a Alcatéia. Confia plenamente neles.

Estranhei algo em sua voz na última parte.

— Pode me dizer como os outros vão tratá-lo depois de saberem que ele é um beta — falei, deixando transparecer minha raiva. — Pelo que parece, todos pensam que betas são uma escória, ou até mesmo uma anomalia do mundo, ou no caso, o que cada Alcatéia pensa.

Abri o guarda-roupa, pegando qualquer coisa feita de tecido leve. Lembrei-me de quando estávamos treinando um pouco no mundo humano; Tri costumava dizer que tecidos leves eram bastante úteis para feitiços, ou até mesmo magias, que poderiam ser ainda mais eficazes em qualquer lugar.

— Nem todos na Alcateia são assim — disse Tri, e me virei para olhá-la. — Alguns são bondosos e carinhosos. No caso do meu irmão, ele sabia que a cela onde o Átila e o padrasto estavam poderia ser aberta e ter um caminho de fulga, e não fez nada.

— Sério? Não foi isso que pareceu ontem — falei, entrando no banheiro. Troquei de roupa e, ao retornar, encontrei Tri em pé, observando um porta-retrato com uma foto minha e de Santiago em um parque de diversões para onde ele me levou.

— Você e o Santiago são muito íntimos, parecem até pai e filho — Tri disse, devolvendo-me o porta-retrato.

— Você abriu a minha mala! — reclamei, colocando o porta-retrato em cima da cômoda. — Todos que nos conhecem dizem isso. Ele sempre me protegeu e cuidou de mim desde que me encontrou fugindo.

Olhei para a foto, que retratava o meu segundo ano vivendo no mundo humano. Santiago teve a ideia de comemorar meu aniversário, já que é no mesmo dia que o dele. Foi algo que ele sempre quis fazer. Naquele dia, ele disse para todo mundo que passava que estava comemorando o dia especial com o filho.

— Com quantos anos você fugiu da sua família? — Tri perguntou enquanto andávamos pelo corredor.

— Tinha treze anos. Já estava cansado de tudo que sofri nas mãos dos Fisher, e com eles querendo me forçar a um casamento por causa da minha magia, acabei vivendo sozinho até encontrar o Santiago — expliquei, olhando para frente. — Ele foi mais meu pai em cinco anos do que o de sangue havia sido em muit

— Então quis se tornar escravo do Carmuel por causa disso? Uma dívida com Santiago? — Tri perguntou, e eu a encarei.

— Claro que não. Não há palavras suficientes para descrever a importância que Santiago tem para mim, além da poderosa influência que teve em minha vida por muito tempo — expliquei. — Ele é a melhor pessoa para mim. Não me tornei escravo do Carmuel para pagar uma dívida; fiz isso para não deixar o homem que cuidou de mim, aquele que chamo de pai, na pior das situações.

— Agora entendo por que ele pediu para ver o seu treinamento. Já que meu irmão o mandaria para cuidar da nossa Quimera — Tri disse. — A relação que vocês têm é a de um pai e um filho, preocupados um com o outro. Mas não se preocupe, pedi para o Gred cuidar dele, como assistente de motorista.

Sabia que suas palavras eram sinceras, mas não respondi. Apenas continuei andando até o local do treinamento. Vi que minhas palavras sobre pai e filho mexeram com Tri de uma forma que eu não sabia como explicar.

****************

Enquanto caminhávamos pelos corredores, meus pensamentos se perderam nas lembranças do passado. O peso da decisão de me tornar um "escravo" do Carmuel para proteger Santiago sempre foi um fardo que carreguei com orgulho. Na Alcateia, onde as hierarquias eram rígidas e as atitudes eram frequentemente guiadas pela força, essa escolha incomum gerava olhares desconfiados.

Mas, para mim, não se tratava de uma dívida a ser paga. Era uma expressão de gratidão e lealdade a alguém que, quando todos pareciam virar as costas, estendeu a mão. Santiago não apenas me resgatou da solidão e do sofrimento, mas também me ensinou a usar minha magia, a controlar os impulsos do lobo interior que eu mal compreendia na época.

Viramos em um corredor, Tri abriu uma porta, e ao entrarmos, deparamo-nos com uma enorme sala. Tochas adornavam as paredes, e o chão era coberto por areia, onde círculos começaram a surgir.

— Essa é a sala de treinamento da minha mãe, que era usada para fazer feitiços ou duelos com a minha magia e do meu irmão! — Tri disse, adentrando ainda mais o espaço.

Na parede, surgiu a seguinte frase:

"Mentes são bastante fáceis de manipular."

— Minha mãe era uma piadista — Tri disse, divertida.

— Eu... — fiquei quieto, sem saber o que dizer, especialmente com ela me olhando como se fosse melhor acreditar nisso. Apenas balancei a cabeça, lembrando-me de como minha mãe costumava dizer a mesma coisa. Uma vez, ela me forçou a dizer algo só para que meu pai me batesse.

— Isso vai ser interessante. — completei, pensativo.

********************

Tri caminhou decididamente até o centro da sala, sua mão emitindo um brilho intenso.

— Agora, o primeiro teste. — ela disse, convocando um cajado e desenhando dois círculos na areia, com dez metros entre eles e o do meio. — Primeiro, quero ver a extensão dos seus poderes em combate. Como você não sabe controlar, deve usar um cajado ou um centro. Eu prefiro cajados para fazer encantamentos.

Ela me indicou um cajado e depois se dirigiu para o outro círculo, batendo o cajado no chão. Em questão de segundos, um Golem feito de areia e lama emergiu.

Tri olhou para mim, entregando o outro cajado.

— Preciso duelar com ele? — perguntei, achando a ideia um tanto insana. O Golem era consideravelmente maior do que eu; um único golpe poderia me lançar para longe ou me transformar em uma panqueca.

— E se eu me machucar? — continuei, sentindo a mão começar a suar. — Ou pior, e se ele me matar?

— Vou supervisionar o duelo — Tri prometeu. — Vamos começar devagar. O primeiro que derrubar o outro para fora de seu círculo ganha; o círculo do meio é território neutro, então pode-se usar qualquer feitiço.

— Mas não sou treinado em magia assim tão bem — protestei. — Não posso usar minha forma de lobo?

— Só podemos aprender assim, fazendo determinada coisa — disse Tri. — Isto não é uma escola humana. Rol, você não consegue aprender magia sentado em uma mesa tomando notas. Você só consegue aprender magia fazendo magia. Sua forma de lobo ainda não está em contato com a magia antiga. Invoque qualquer poder que conseguir, use qualquer coisa que tenha disponível.

Tri fez uma pausa e se afastou para um canto da sala, que parecia ser mais seguro.

— Comecem! — gritou.

Olhei cautelosamente para o Golem. Depois, olhei para o cajado, que imediatamente se expandiu. O Golem criou uma espada de lama, seria bem difícil me atingir a dez metros de distância.

Levantei meu cajado como se estivesse rezando para que as palavras viessem. Pensei em fogo, e uma pequena chama ganhou vida na ponta do cajado. Desejei que ela ficasse maior. O fogo ficou mais brilhante por um momento, então minha visão ficou turva. A chama apagou, e eu caí sobre os meus joelhos, me sentindo completamente exausto.

— Você está bem? — Tri perguntou.

— Não! — reclamei.

— Isso é porque está forçando sua magia a vir até você, ambos devem fazer isso naturalmente — explicou Tri. — Lobos não costumam usar magia, e como sabe, isso geralmente os drena quando a magia é mais poderosa do que aguenta. Cada vez que você faz magia, gasta energia. Pode drenar energia de si mesmo, mas precisa conhecer seus limites. De outra forma, pode ficar exausto ou, no pior dos casos, morrer.

Engoli em seco e olhei para o meu cajado fumegante.

— Mas eu já fiz magia antes. Às vezes, não fico tão exausto. Por quê? — perguntei.

Então, de seu pescoço, Tri tirou um amuleto que brilhou e desapareceu.

— Magia pode ser retirada de várias fontes — Tri explicou. — Pode ser armazenada em qualquer objeto. Amuletos são especialmente poderosos. Magia também pode ser invocada diretamente do reino dos deuses, usando as Palavras Divinas, do reino espiritual. Além do mais temos os feiticeiros que fazem sua própria magia. Mas isso é difícil de ser feito por bruxos ou mestiços comuns, e você tem esse talento. — Tri me olhou nos olhos. — Com o treinamento certo, pode até convocar os deuses. Se usarmos demais, podem acabar utilizando parte da nossa energia vital para um feitiço e nos destruir por completo que nem a alma poderá se juntar novamente.

Ela esperou que eu dissesse algo e então suspirou.

— Agora, tome cuidado! — Tri continuou, então virou as costas.

Peguei o cajado, e alguma coisa dentro de mim estalou. Tive uma visão dos piores dias da minha vida.

Havia perdido meu lar, fui atacado por monstros enquanto fugia para sobreviver à minha maneira, e agora sou o escravo de um cara idiota e ainda usa o homem que é meu pai como moeda de troca para me ter. Além disso, parece que estou sendo usado como experimento por ter essa magia dentro de mim.

Olhei para o Golem, com toda a certeza de que estou perdendo a cabeça. Concentrei-me no cajado.

Joguei meu cajado diretamente para o Golem. Ele bateu no chão e imediatamente se transformou em um animal que rosnou. O animal, que presumi ser algum tipo de gato misturado com lobo, rugiu para o Golem e, em seguida, atacou. De repente, a forma do Golem tremeu e ele dobrou de tamanho. Ergueu-se do chão, cercado por uma aura perigosa, como as que já vi em filmes humanos. Em sua mão, uma espada surgiu.

O Golem balançou sua espada, golpeando o animal deformado com sua lâmina em um golpe certeiro. O animal se dissolveu no ar, e o cajado bateu no chão, totalmente destroçado e faltando pouco para quebrar.

O Golem tremeu e então desabou no chão, misturando-se novamente com a areia e lama.

— Isso foi divertido de se ver. — Uma voz disse atrás de mim. — E muito sem graça de se ver, com um golpe o Golem desfez o seu animal. Nem consegui lançar um encantamento direito e tive que transformar o Cajado de treinamento em um animal para te salvar.

Virei para ver quem era e me deparei com Carmuel que saía das sombras. Notei que suas roupas estavam um pouco manchadas de sangue preto..

— O que veio fazer aqui? — Perguntei. — Isso é sangue de demônio?

— Sim, é sangue de demônio. Tinha alguns na floresta, fui ver com alguns guardas e depois que voltei, vim ver como minha irmã o estava treinando, e devo dizer, você é horrível — Carmuel disse, e bufei.

— Pode continuar a treinar, vou ficar assistindo.

Voltamos a treinar, e a todo momento, Carmuel usava magia para fazer os "meus inimigos" ficarem mais fortes, tentando não atacar apenas minhas invocações, mas também a mim. Com isso, o tempo voou até que tive que ir com ele e ser seu assistente.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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