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O Jovem e O Café - Capítulo único.

Tentava se libertar do seu caos interior ao desfrutar do cenário praieiro, quando um jovem de cabelos ao vento interrompeu seus devaneios internos.

"Oi, Mari, tudo bem?"

"Tudo", respondeu a jovem de forma automática, assim que reconheceu o rapaz.

"'Tudo bem mesmo?", frisou a voz forte masculina entre o tenor e o grave.

Mariana respirou fundo e engoliu o choro; tinha receio de desabar na frente dele.

Ela abriu a boca, mas nenhuma palavra saía. Sentia-se sufocada, sem voz, sem muros de proteção; o jovem à sua frente, mesmo conhecendo-a há pouquíssimo tempo, conseguiu enxergá-la. Como reagir? Era tarde demais para uma tentativa fajuta de ocultar sua vulnerabilidade.

Enquanto a jovem refletia sobre a melhor maneira de lidar com a situação, Felipe abraçara sua mão direita com seus longos dedos, sem aviso prévio, e seguiram caminho. Ela não questionou, permitiu-se o momento inusitado, quebrando seus paradigmas.

(***)

A caminhada foi breve, embora não fosse um deslizar de pés apressados. Em sincronia, os passos dançaram de forma fluida pela calçada da beira-mar.

"Chegamos".

Mariana abriu os olhos. Não sabia exatamente quando os fechara, talvez fosse por um milissegundo. Surpreendeu-se ao se deparar com dois cenários instigantes: o jovem e o café. Como estava perdida em si, não percebera o quanto ele era atraente; seus cabelos compridos reluziam pela cor vermelho fogo e seus olhos negros eram os mais profundos que vira na vida – olhos de noite, combinavam com o anoitecer. Já o café, remetia aos filmes europeus com suas cores vibrantes, decoração e música.

Um sorriso involuntário adornou suas faces, o nome do lugar se chamava "O Café", de modo que aquilo divertiu a jovem.

Felipe a guiou em direção a uma das mesas. A noite estava estrelada, o ar fresco, e toda a arquitetura e adornos do lugar faziam a jovem de cabelos verdes se sentir parte de uma pintura de Van Gogh. O café era provido de cores quentes que se encontravam em algum momento, de modo que o amarelo e laranja se destacavam diante dos tons mais sóbrios e melancólicos, como o azul do céu e o cinza das lajotas da calçada. Felipe e Mariana suspiraram em aprovação.

A mesa que ele escolhera era perfeita para contemplar a banda de jazz que tocava próxima a eles num palco improvisado. Um casal dividia o microfone enquanto um rapaz assoprava um saxofone lilás, para completar o quarteto, uma adolescente magricela aventurava-se ao dedilhar um baixo verde do mesmo tom vibrante da decoração das mesas da cafeteria. Naquele instante, Mariana se esquecera da dor no peito, esta cessara desde o convite de Felipe, o abraçador de mãos.

Mariana tentou decifrar os olhos noite do rapaz.

"No que está pensando?"

"Minha mãe dizia que uma xícara de café junto com um docinho cura a mente e o coração."

Mariana curvou os lábios e desfizera o abraço das mãos de forma relutante, a fim de que pudessem se sentar. Felipe fez o mesmo, enquanto observava cada gesto da jovem.

"Eu não quero ser invasivo, mas se quiser compartilhar seus anseios, eu tenho ótimos ouvidos, minhas orelhas são grandes, sabe?

Uma risada escapou da boca da jovem, não fora só o auto deboche do rapaz de olhos noite que a divertira, mas a forma genuína exalada pelo rapaz.

"Além disso, a minha mãe também dizia que é mais fácil desabafar com estranhos."

"Bom, a gente não é exatamente estranhos", discordou a jovem "Só...conhecemo-nos pouco?"

O som do quarteto da banda de jazz ecoou mais alto naquele instante.

"Quando as pessoas deixam de ser estranhas uma para a outra?", rebateu o jovem, "Já parasse para pensar em qual momento as pessoas passam, de fato, a se conhecerem?"

Mariana se perdeu nos olhos noite do rapaz enquanto sentia o cheiro de conversa filosófica chegando, combinaria muito com a bebida quente que ainda não pedira. Era como se houvesse uma explosão estelar na íris do rapaz, olhava para um recorte de universo instigante, o olhar do jovem era profundo, quente, assim como suas palavras, gestos e aura – fascinante como uma xícara de café.

Um garçom se aproximou da mesa e perguntou de forma simpática seus pedidos.

"Um café puro e passado, por favor", pediram em uníssono.

"Algo mais?", indagara o garçom segurando o riso.

"Certa vez eu li que a amizade não é reta, ela é torta. Que achas de compartilharmos uma?"

(700 palavras)

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