capitulo trinta
Meninos e meninas do meu coração, hj eu postei o cap errado três vezes, então quero pedir desculpas a vcs por isso, mas enfin ta ai o cap então votem e comentem bastante
LISA
Depois do que aconteceu no hospital e que ficou tudo esclarecido graças à Deus, estamos vivendo um período de paz tão grande que já estamos estranhando. Acordo as vezes a noite com Mika acariciando minha barriga e conversando com a criança que ele jura que é um menino. Ele fala tanto isso que até eu já penso nessa criança como um menino lindo de olhos azuis como os meus.
Devagar as coisas vão se encaixando, meu pai já não é tão intransigente como antes e já entende que cada um tem sua vida e seu destino e ninguém pode mudar isso. Até o Alex e a Vivian pareciam estar se entendendo, mas depois os dois se fecharam em copas cada um em seu canto sem se falarem, até mesmo sem brigar, o que todo mundo estranhou. A Susan pediu que eu fosse hoje ao hospital para falar comigo, ela sofreu um sangramento e está hospitalizada, me disse que não falou com ninguém e queria apenas falar comigo primeiro. Pediu que eu fosse sozinha, o que me deixou bem preocupada, mas mesmo assim eu não disse nada a ninguém, quero ver o que ela tem a me dizer. Chegar nesse hospital me dá calafrios, tanta coisa que já me trouxe aqui, tantos motivos ruins, como o dia em que a Frida atropelou minha mãe, quando eu mesma vim parar aqui por conta daquele sangramento e quando vim a última vez com meu pai para a consulta com doutor Edmund. E falando em doutro Edmundo sou obrigada a rir internamente quando penso nele indo quase todos os dias na casa da Greta com a desculpa de me ver e saber do bebê.
Quando encontro o quarto em que ela está, que fica logo na frente da sala de espera, bato uma vez e entro. Uma enfermeira está aplicando uns medicamentos e eu espero ela terminar, noto a Susan muito abatida, pálida com o semblante de quem chorou, ela acena me cumprimentando e eu aceno de volta. Não dá para não sentir nada vendo uma pessoa no estado em que ela está.
- Eu vou visitar outros pacientes, quando a senhora for embora por favor me avise, venho terminar os medicamentos, por favor não se demore que ela precisa descansar. - a enfermeira me diz, ela se volta e olha mais uma vez para Susan com um olhar meio estranho, parece com pena dela. "Deve ser porque ela está assim adoentada" penso e me aproximo da cama assim que a enfermeira sai.
- Você queria me ver? Eu sinto muito por você estar assim. Mas logo você vai estar bem.
- Eu quis te ver sim Lisa, sei que deve me odiar por tudo que eu fiz a você, bom, quase tudo, porque essa última maldade eu juro a você que eu não participei, jamais faria isso com uma mãe, mesmo que não acredite eu não participei daquilo Lisa, isso a Frida fez sozinha com a ajuda do médico.
- Graças a Deus isso tudo já ficou para trás, nós descobrimos o que ela fez e tudo foi esclarecido. Menos a intenção dela que até hoje não sabemos, será que você saberia me dizer quais eram as intenções da Frida com aquela mentira?
- Sim eu sei, a Frida não se conforma porquê todos se voltaram para o seu filho e se esqueceram do meu. - ela fala passando a mão sobre o ventre avantajado. O único que ainda vem saber da criança além do Mika é o Alex. - eu não fico surpresa com a revelação, não esperava outra coisa do Mika sendo ele o homem decente que é. O Alex é brincalhão, meio irresponsável, mas no fundo é um homem apaixonado pela família. - Ela pretendia, que quando seu bebê nascesse, trocar por uma outra criança doente e sumir com o seu. - meu coração parece explodir ao ouvir isso. - Assim a única criança Rybaskovs viva, seria o meu e assim ela conseguiria tudo que planejou e ainda veria o Mika sofrendo. - como alguém pode ser tão mal a ponto de tramar algo tão perverso?
- Mas porque ela queria fazer isso? O que o Mika fez de tão ruim para ela odiá-lo tanto? E eu? Será que eu merecia isso Susan? Ter meu filho arrancado de mim?
- Acho que ela nem odeia. Descobri que essa mulher não tem sentimentos Lisa, por isso te chamei. Quero sair da "proteção " dela. Preciso de paz para poder gerar minha filha.
- Filha? - pergunto.
- Sim eu vou ter uma menina, por isso chamei você, precisava ter certeza de que se algo de ruim me acontecer, você irá cuidar da minha menina. Eu não tenho ninguém Lisa, eu sei que a família do Mika cuidaria da minha filha mesmo se... Bom, mas eu quero que a minha filha tenha uma mãe, eu fui criada sem mãe e queria que tudo fosse diferente para ela.
- Olha, nada vai te acontecer, isso que te aconteceu é um pouco normal em grávidas. Eu mesma já tive um sangramento bem sério e o médico disse que estou muito bem. – falo, tentando acalma-la.
- Mesmo assim eu gostaria de ter a sua palavra, sei que depois de tudo que fiz, você tem todo direito de dizer não, mas por favor Lisa. Cuida da minha filha! Me promete que você vai cuidar da minha princesa. - ela tem um acesso de tosse muito forte e eu corro para chamar a enfermeira, com a tosse ela teve outra hemorragia. A enfermeira corre para chamar o médico. Depois disso tudo aconteceu muito rápido, eles a puseram numa maca e a levaram, provavelmente pra UTI, antes de a levarem ela segurou forte a minha mão e me olhou com um olhar de desespero.
- Por favor Lisa, me prometa! - os olhos dela transmitiam total desespero e eu não tive alternativa a não ser prometer.
- Está bem Susan, vá tranquila. Eu cuidarei da sua filha com todo meu amor caso algo lhe aconteça. - quando eu digo isso os olhos dela se fecham e eles a levam. Ela está muito fraca devido ao sangue que perdeu. Fico por ali mais um pouco e pergunto por ela a enfermeira que me confirma que ela está bem, com a confirmação eu vou embora. Preciso ligar para o Mika e contar tudo, ligo meu celular que eu havia desligado e vejo muitas ligações do Alex. O que será que está acontecendo? Ligo para ele que não me atende, quando já estou no carro o Alex liga, paro o carro e atendo.
- Lisa! Pelo amor de Deus onde você estava? Eu tentei ligar para todo mundo, mas ninguém atendeu.
- Minha mãe e o Nico foram a um passeio com sua mãe, Edmund e acho que Donna e Vince também foram. É fora da cidade por isso não tem sinal de celular. Mas o que foi que aconteceu?
- A Vivian... Ela foi atropelada, estou aqui com ela no hospital, já está a horas na cirurgia, eu tentei, mas não consegui falar com ninguém, nem você e nem Mika nem ninguém atendeu o telefone. - ele está em prantos.
- Mas onde foi isso meu Deus? Tenta se acalmar e me conta.
- Ela estava lá na da boate com aquele pastel do namorado dela. Eu fui lá e discuti com ela como sempre e a beijei, ela me bateu e saiu correndo, quase foi atropelada, mas aí o mesmo carro voltou e atropelou ela de proposito, foi a Frida, Lisa! Ela atropelou a Vivian! A minha Vivian! - ele fala chorando, a ligação cai, volto o mais rápido possível ao hospital e ligo para ele que atende ainda chorando.
- Calma Alex! Eu já cheguei. Já estou aqui, onde você está?
- Na sala de espera perto do centro cirúrgico. - subo rápido até onde ele está, quando ele me vê vem correndo.
- Lisa! Ela não estava acordada, eu peguei na mão dela, os paramédicos, eles... Ela não reagiu Lisa! Será que ela vai morrer? Eu não posso perde-la Lisa! Eu a amo e ela tem que saber disso.
- Calma Alex! Ela não vai morrer, fica calmo. – após várias tentativas finalmente o Mika atende o telefone.
- Oi meu amor! Como está meu filho? Dando muito trabalho para mamãe?
- Está tudo bem com o bebê e comigo, é a Vivian Mika, ela foi atropelada e está há horas na cirurgia. A Frida atropelou ela Mika. - falo dando vazão ao choro que estava segurando por causa do Alex.
- Calma meu amor! Calma! Eu vou buscar a Lene e o Nico e já chegamos ao hospital, por favor meu amor segura as pontas aí que já chego. - ele desliga e eu vou ficar com o Alex que está inconformado. Quando o médico aparece na porta o Alex já vai correndo querendo saber como ela está, quando eu também me aproximo o médico fala.
- Vocês são os familiares da Vivian Coleman?
- Sim somos! - o Alex responde impaciente. - Como ela está doutor? Ela está bem, não é? Já posso entrar para vê-la?
- Eu sinto muito, não foi uma simples concussão como achamos de início, Vivian sofreu um traumatismo craniano. A operação foi um sucesso, mas tudo vai depender da forma que ela vai reagir.
- O que? Ah não meu Deus, não pode ser! Doutor nem tinha muito sangue. - Alex fala com as mãos na cabeça desesperado. Minha mãe, Nico, o doutor Edmund e Greta entram nesse momento, minha mãe chora muito.
- Mãe! - abraço minha mãe e finalmente me permito chorar tudo que estava guardando. - Ela está em coma mãe! Em coma.
- O que aconteceu com ela Lisa? O que aconteceu com minha filha? Quem fez isso com ela?
- Foi a Frida, Lene! Não foi minha culpa eu juro! Eu só beijei ela e ela saiu correndo e quase tinha sido atropelada, mas aí ela voltou e...
- Está tudo bem meu filho! Todo mundo sabe que você é louco nessa menina, só falta você assumir para você mesmo. - Greta o abraça apertado enquanto ele soluça, Nico também se aproxima e abraça aos dois.
- Eu assumo mãe, eu estou muito arrependido, eu estava com medo do que estava sentindo e fui um canalha com ela uns dias atrás e ela não quis mais me perdoar, hoje eu fui atrás dela em uma boate e ela estava com o cara lá, quando o vi abraça-la eu não aguentei e fui lá e retirei ela dos braços dele e a beijei, ela me bateu e saiu correndo e aconteceu tudo aquilo. Se eu não a tivesse beijado não teria acontecido nada disso, foi tudo culpa minha. - Mika que estava estacionando o carro chega nessa hora e abraça o irmão.
- Não foi sua culpa irmão, foi a Frida, eu já liguei para o delegado e ele vai solicitar as imagens das câmeras da boate, dessa vez essa safada não escapa da cadeia. - ele deixa o irmão e vem ao meu encontro e me abraça. O médico volta e todos correm até ele.
- Doutor, eu sou a mãe da Vivian, por favor doutor eu já posso ver minha filha?
- Senhora, eu vou permitir que veja sua filha, mas peço que entenda que ela está em coma, a senhora não pode mexer nos aparelhos e nem mover a paciente, pode conversar com ela e tocar em suas mãos e rosto, alguns médicos acham que o paciente não sente, mas eu sou da teoria que ouvem e sentem tudo, então eu vou liberar para que a vejam um de cada vez. - a minha mãe enxuga os olhos e se recompõe.
- Eu não vou chorar diante da minha filha, ela vai ficar bem eu sei disso. Vamos doutor por favor. - ela entra atrás do médico e eu fico com Mika.
- Eu admiro a Lene ainda mais a partir de hoje, como ela é forte! Eu confesso que não estou conseguindo aguentar, está doendo muito ver a Vivian nessa situação e pensar que eu poderia ter evitado se não tivesse sido covarde e declarado meu amor a ela.
- Não se culpe Alex. – falo. - A Frida que é culpada, não você, não tinha como adivinhar que essa louca faria isso.
- Isso mesmo Alex eu penso o mesmo, mas ela vai pagar por isso, ela não vai conseguir escapar dessa vez. - meu pai chega e eu vou recebe-lo, eu havia ligado para ele que estava em outra cidade, deve ter corrido muito para chegar.
- Pai! - o abraço e o sinto meio trêmulo.
- Como ela está? Já pegaram a mulher que atropelou minha filha? Eu tinha pedido para tomar cuidado porque tinham machucado cobra, essa doida queria matar ela. Preciso ver minha filha.
- A mamãe está com ela pai, e quanto a Frida, ela já está sendo procurada, é uma questão de tempo até ela ser presa. - falo segurando as mãos dele que estão muito trêmulas, o Mika se aproxima e o cumprimenta.
- Eu imagino o que está sentindo Greg, sei o quanto seus filhos significam para você, vamos ter fé que ela vai sair dessa. - ele fala dando um abraço no meu pai que aceita depois se desvencilha dele e limpa uma lágrima disfarçadamente.
Minha mãe e o médico vem saindo e nós vamos até lá com meu pai e Alex.
- Como ela está Marlene? O que o médico falou? Parece que ele nem percebeu a presença do médico, o doutor Edmund vem e põe a mão no ombro dele como para conforta-lo.
- A sua filha está em coma senhor, ela sofreu um traumatismo craniano, não foi muito grande, mas foi significativo, tinha um coagulo bem grande no cérebro dela que foi retirado, vamos esperar que ao desinchar ela reaja, vai depender dela e de sua vontade de viver.
- Mais ela vai acordar? Tem alguma previsão? - meu pai pergunta.
- Como eu disse vamos esperar desinchar, quanto a ela acordar, esperemos que sim, previsão a gente nunca tem, porquê cada paciente reage de uma maneira, pode acontecer dela acordar hoje ou só acordar daqui uma semana, um mês ou até um ano. - quando ele diz isso o Alex cai de joelhos chorando muito. Mika e Nico se abaixam e o abraçam o levantando do chão, meu pai o olha e meneia a cabeça como se entendesse. Minha mãe chora em silêncio abraçada a Greta e o meu pai está aparentemente firme, mas eu sei que está despedaçado.
- Quero ver minha filha! - o médico o leva para se trocar e da as recomendações que deu a minha mãe a ele também. Ele não fica muito lá dentro, sai de lá e se afasta de todos e coloca a mão na parede e encosta a cabeça no braço, tenho certeza que está chorando. Eu faço menção de ir até ele, mas Mika me segura.
- Deixa ele Lisa, nesse momento ele só precisa ficar sozinho, o peso de ver a filha nesse estado deve ser muito grande. - Mika fala o que me faz ter mais um acesso de choro. De repente me deu um estalo, eu me esqueci de contar ao Mika sobre a Susan.
- Mika com tudo isso que aconteceu, eu me esqueci de te contar sobre a Susan.
- O que houve? O que ela fez dessa vez? Se ela...
- Calma amor! Ela não fez nada coitada, ela está aqui no hospital, teve um sangramento muito forte e mandou me chamar, ela está muito mal Mika. Eles a tinham levado a UTI também, eu estava indo embora quando o Alex me ligou, por isso cheguei tão rápido aqui. - falo.
- Meu Deus!! Eu vou lá saber como estão ela e o bebê. Mas Lisa o que ela queria com você? Não me diga que fez alguma ameaça. - ele fala desconfiado.
- Não, ela não me fez ameaça nenhuma, parece que ela teme que algo aconteça a ela e me pediu que se algo acontecesse, que eu cuidasse da filha dela.
- Filha? Ela vai ter uma menina?
- Sim, sua filha Mika. Uma princesinha. - quando eu falo isso, sinto que ele ficou emocionado.
- Uma mocinha! Tomara que venha com saúde, pobre Susan tem sofrido demais na gravidez. Eu vou até lá, quer ir comigo amor? - ele me pergunta.
- Vou sim, só vou avisar a minha mãe. - vou até onde Greta e minha mãe estão sentadas e falo baixinho no ouvido da minha mãe.
- Eu vou com Mika ver a Susan que não está muito bem, está internada aqui no hospital, você vai ficar bem mãezinha?
- Vou sim filha, vá tranquila.
- Eu fico com ela Lisa, pode ir e me traga notícias do meu neto.
- Neta Greta, é uma mocinha. - ela bate palmas de felicidades e eu saio atrás de Mika que está impaciente, acho que ficou preocupado. Na maternidade ela já não está no mesmo quarto que a vi mais cedo, pergunto por ela a enfermeira.
- A paciente que estava nesse quarto, onde está?
- A Susan? Ela entrou em trabalho de parto, o doutor Edmund está com ela, ele deu medicamento para tentar segurar, mas tudo indica que ela vai dar à luz prematuramente.
- Que bom que o doutor Edmund está com ela, será que podemos vê-la? Esse aqui é o pai da criança. - falo apontando para o Mika. Ela olha para o Mika como se não entendesse.
- Acho que não tem problema, venham comigo por favor. - ela está em um quarto mais confortável, ela está dormindo, muito pálida e com a mão sobre a barriga.
- Susan. - eu a chamo baixinho para não assusta-la. Ela abre os olhos e quando vê o Mika ela, meio que se assusta.
- Fique calma! Ele só quer saber como você está. - falo segurando a mão dela tentando passar alguma segurança. - E essa mocinha ai? Como está? Fiquei sabendo que está aprontando, querendo sair antes da hora. - falo e ela sorri fraquinho.
- Eu já vou ter a minha bebê, estou com medo. Muito medo. Por ela, não por mim. Mas você vai cuidar da minha filha não vai Lisa? Você prometeu. - eu olho para o Mika que se aproxima da cama e pega uma das mãos dela.
- Vai ficar tudo bem Susan. A gente vai ajudar você a cuidar dela, estou muito feliz em saber que é uma mocinha. - ela fecha os olhos por um momento parecendo dormir, mas abre os olhos em seguida.
- Agora posso ficar tranquila, porquê sei que se me acontecer alguma coisa, minha filha estará em boas mãos. - ela fecha os olhos de novo. - Estou tão cansada... - e adormece. Mika solta a mão da dela devagar e saímos do quarto. Na porta encontramos o doutor Edmund.
- Doutor, viemos ver a Susan, não sei se sabe, mas eu sou o pai da filha dela.
- Sim o Alex já havia me dito, inclusive foi ele que mandou troca-la de quarto e se responsabilizou pelas despesas dela.
- Eu não sabia que ela estava assim, por isso não tinha feito nada ainda, mas as despesas dela são todas por minha conta, mas por favor me diga doutor, qual é o estado dela?
- Ela está muito mal, provavelmente a criança vai mesmo nascer prematura, estou administrando umas injeções para amadurecimento do pulmão da criança, tenho medo apenas que a mãe não resista, está muito fraca e com a pressão arterial muito baixa, um parto normal nessas condições seria muito inviável, vamos ter que a submeter a uma cesariana.
- Faça o possível para salvar as duas, doutor por favor. - Mika fala.
- Irei dar tudo de mim para salva-las, só não prometo nada por conta da saúde frágil da mãe. Agora eu preciso ir, qualquer coisa eu mando avisar vocês. - ele fala apertando a mão do Mika e dando um beijo na minha mão.
- Obrigado doutor Edmund, vamos estar esperando. - Mika fala e o doutor sai apressado e nós vamos até onde estão todos, Alex está lá dentro visitando a Vivian, minha mãe está sentada encostada no peito do Nico, a Greta está ao lado deles e meu pai mais afastado parecendo pensativo. Eu me sento ao lado dele enquanto Mika vai inteirar a todos da situação da Susan e da bebê.
- Eu nunca me imaginei passando por isso tudo, parece castigo para mim e para Marlene.
- Não é castigo pai, vocês foram os melhores pais que puderam ser, vocês deram o seu melhor. Ainda que o senhor tenha sido um pouco rígido, eu sei que o senhor só queria o nosso bem.
- Eu não me arrependo de nada que fiz para educar vocês, confesso que faria tudo de novo, talvez só mudaria algumas coisinhas que disse que não diria porque sei que magoei seu irmão.
- Não pensa nisso agora, ainda dá tempo de se desculpar. - o celular do Mika toca e eu vejo quando ele se levanta para atender. Ele fala por alguns minutos com alguém que está do outro lado e depois vem andando em minha direção com um semblante preocupado.
- O delegado amigo do Jordan ligou, disse que o Jordan levou a Frida até lá arrastada. Ela já está presa, pediu que alguém da família da Vivian fosse lá para representar contra ela. - Mika fala e meu pai e minha mãe falam ao mesmo tempo.
- Eu vou! - meu pai olha para minha mãe e diz.
- Deixa que eu vou, fique aqui e cuida da Vivian, assim que terminar lá eu volto para cá.
- Tudo bem, pode ir, mas quanto a voltar não volte hoje, você estava viajando, está visivelmente cansado. Vá para casa e descanse depois que terminar lá, só me liga para dizer como foi.
- Vou ligar sim e você me fala da Vivian. - ele vem até mim e me beija e vai andando rápido.
- Como eu queria ir lá só para torcer o pescoço dessa louca! - minha mãe fala. A enfermeira que está cuidando da Susan vem apressada, parece que está procurando alguém, quando ela nos vê ela se aproxima.
- O doutor Edmund está chamando por vocês dois. - eu e Mika nos entreolhamos preocupados. E logo nossas preocupações se confirmam.
- A Susan, ela não resistiu a cirurgia, estava muito fraca, infelizmente... Ela faleceu. - minhas pernas não aguentam e eu me sento, Mika também parece ter perdido as forças porque também se sentou ao meu lado.
- E a criança? Minha filha?
- Ela está bem, foi levada para incubadora, a Susan antes de morrer disse que queria que a senhorita fosse a primeira a ver a menina e que se lembrasse da promessa que fez a ela. - eu me levanto com as pernas ainda um pouco bambas.
- Eu vou lá, só você me dizer onde fica o berçário.
- Eu vou com você, também quero vê-la.
- Eu vou sozinha primeiro, depois você vai Mika, vamos respeitar a última vontade dela.
- Está bem, mas vou acompanhar você até lá, você entra sozinha. - quando eu entrei lá depois de passar pela esterilização, só tinha uma criança lá, a enfermeira me levou até perto do bercinho e eu vi a coisinha mais linda desse mundo, o pezinho dela, a mãozinha, tão pequena e indefesa e já sem a mãe, meus olhos se encheram de lágrimas.
Quando eu olhei paro o rostinho dela e a boquinha, ela mesmo prematura já tinha muito cabelo e... o cabelo dela era enroladinho, crespo mesmo e mesmo ela tendo acabado de nascer já dava para ver que aquela era uma criança negra. Agora entendi porque ela pediu que eu entrasse sozinha primeiro, não havia a menor possibilidade dessa criança ser filha do Mika.
Continua...
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