Capítulo 9
Capitulo maiorzinho de 2300 palavras para vocês se agraciarem =)
Vamos conhecer os amigos do Montanha??
Apoiando uns aos outros, eles são como esse maravilhoso gif de friends <3
JÚLIA
Vini me entregou um copo com água e açúcar que apareceu sabe se lá de que vórtex temporal. Tai massageava o meu braço como se isso pudesse me acalmar e os rapazes pareciam bem impressionados com tudo fazendo um círculo ao redor de mim como se de repente aquele fosse o meu casulo protetor. Não que fosse uma má ideia com tanto homem bonito, mas... foco, Júlia!
― Porque ele não disse que se chamava Montanha? ― Foi a primeira coisa que perguntei e pareceu mais idiota do que imaginei.
― Porque o nome dele não é Montanha, mas apelido dele. Como a gente, oh... ― Começou o ruivo. ― Esse é o Pantera... ― Ele apontou para o mulato de sorriso lindo. ― Esse é o Filipão. ― Apontou para o moreno. ― Doug. ― Apontou para um moreno. ― Pedrão. ― O outro moreno que agora eu percebia que diferenciava do outro pelos olhos claros. ― E Lucas. ― Apontou para o mais baixo de cabelos castanhos. Uma apresentação bem rápida. Não sabia se conseguiria gravar os nomes deles tão rapidamente.
― E você? ― Perguntou Mari. Realmente, o interlocutor não tinha se apresentado.
― Eu... ― Ele coçou o couro cabeludo levemente desconcertado, mas o tal Lucas fez questão de responder:
― Esse é o Milk! Olha a cor de leite que ele tem! Nem pegando sol esse moleque perde essa cor! ― E os outros se limitaram a mexer a cabeça concordando.
― E você é a namorada do Montanha? ― Inquiriu Milk tentando tirar o foco dele. Engoli mais um pouco de água só para não ser obrigada a falar tão imediatamente, mas a água pareceu descer rasgando.
Ótimo. O cara mais odiado pelas fãs na internet por ter chamado uma mulher de prostituta era aparentemente o meu namorado. E eu nem tinha ligado às bolas! Como eu podia ser tão idiota? Estava era bem cansada ontem, isso sim. Mas também, não é todo dia que a gente dá de cara com gente famosa. Não eram atores, mas duvidava que as pessoas não os olhassem tentando lembrar de onde os conheciam.
― Ele não fez isso... ― Disse Filipão e me surpreendi com a sua voz grave e baixa. Achei que como os outros ele falaria gritando. ― A história não é bem essa. ― Arqueei uma sobrancelha duvidando que eles me contassem a verdadeira história.
― Vocês precisam conversar. ― Disse Vini se metendo e bufando. ― Vai, vai. Levem ela logo e na próxima voltem para comprar um terno sob medida. Vou cobrar, viu? Agora, levem ela logo que eu e as meninas aqui precisamos trabalhar.
― Mas Vini, eu quero ouvir... ― Tentou Tai fazendo biquinho. Não foi suficiente. Não seria. Vini nunca era convencido quando se tratava do trabalho suado dele que ele havia conseguido diante de muitas batalhas e preconceitos. Mas essa era uma história para outra hora.
― Vai logo, antes que eu desista de dar o resto do dia de folga para ela. ― Os meninos não precisaram ouvir outra vez. Quando percebi, já estava sendo carregada para fora da loja rumo à praça de alimentação.
As coisas são engraçadas. Ainda que os meninos fossem conhecidos pela maioria da população que gostasse de assistir vôlei, ali, na praça de alimentação, o povo estava bem mais preocupado com a sua fome do que com possíveis astros. Incrivelmente, ninguém pareceu os reconhecer o suficiente para vir pedir um autógrafo.
Talvez também se devesse ao fato de aquele ser um shopping, infelizmente, mais elitizado. Muitas pessoas do Rio de Janeiro o conheciam pela sua péssima fama.
Nos sentamos todos juntos numa mesa de canto que tinha um banco liso estofado no qual a maioria decidiu se espremer de frente para mim. Me senti um pouco como se estivesse num interrogatório, eu era a única sentada no banquinho que não era contínuo.
― Ela o enganou. ― Quem soltou a bucha foi o Milk que parecia realmente com raiva, fechando o punho. Pantera bagunçou os cabelos do amigo enquanto murmurava:
― Vai com calma nessa raiva aí, Milk. Deixa para o jogo.
― Mas ele está certo, ela o enganou. ― Completou Filipão. Silêncio.
A praça de alimentação estava uma algazarra, uma gritaria terrível, mas na nossa mesa só havia o silêncio, à espera de que alguém pudesse me dar mais informações. Quando percebi que ninguém mais ia me dar informação alguma, bufei e decidi eu mesma perguntar:
―Tá, e como? Porque não tem como eu acreditar na inocência do Bruno só porque vocês disseram que ele é inocente.
― Mas ele é! ― E pelo visto o Milk era o tipo de pessoa que experimentava fortes emoções. Alegria genuína quando achou que a Mari era eu, agora raiva completa enquanto defendia o amigo. Mas Milk só soltou o esbravejamento, quem foi explicar a inocência do Bruno foi o Felipão:
― Ela estava com um papo mole de que estava no mesmo hotel que nós, mas eu já desconfiei que não, porque a gente estava num hotel bem bom e grã-fino que não comportava bem aquele tipo de...
― Vestimenta. ― Completou Pedrão.
― Mas eu era o único sóbrio, o resto estava tudo bêbado e eles não lembram das coisas direito. Acontece que a Wanderleia se aproveitou disso. Veio com papo para cima do Montanha, que como sempre atrai as mulheres tudo para ele, enfim, falou que precisava de dinheiro para comer e que ia mudar de hotel, de quarto, alguma coisa assim. Ele estava bêbado demais para lembrar direito. No fim, ela se aproveitou disso é armou aquela história toda para conseguir os 15 minutos de fama dela.
― E conseguiu mais do que quinze minutos... ― Comentou Pedrão amargamente. Mas quem continuou chateado foi Milk:
― Ela quase acabou com a carreira do Montanha. ― Ok. Milk estava sendo bem dramático. Não é possível que uma fala daquela pudesse...
― E o pior é que o Milk está certo. ― Completou Felipão suspirando alto. Fiquei estarrecida. Não pude deixar de exasperar:
― Mas como? O que..?
― Digamos que o Montanha ajuda e que ele já esteja com uma cota de mulheres que o odeiam por ele ser galinha demais para ignorar. ― Disse Pantera e minha boca se abriu de surpresa. Ótimo. Meu namorado de mentira além de ofender mulheres, ainda que fosse uma lorota contada por outra, era também um galinha inveterado. Eu devia ter confiado nos meus instintos em vez de ter ouvido a minha mãe tentando me convencer quanto ao dinheiro.
― E por isso a gente não tem como não agradecer a você, querida Ju! ― Disse Milk pegando, para a minha surpresa, as minhas mãos em cima da mesa e as apertando enquanto mostrava os olhos mais brilhantes que eu pudera ter visto até então.
― Você está conseguindo levantar a moral do Montanha de uma maneira surpreendente. Não temos como não agradecer a você! Vai salvar os nossos próximos jogos! ― Disse Pantera. Eu realmente estava assustada em como o simples fato de eu ter sido atropelada e me tornado a namorada de Montanha tivesse o feito conseguir sair da lista de pior homem do Brasil.
As pessoas tinham memória curta?
― Ainda mais com aquela entrevista... ― Disse Milk rindo. ― A mídia mostrou agora na hora do almoço. ― Esclareceu fazendo minhas bochechas avermelharem-se na hora pela simples lembrança de como eu e Bruno tínhamos nos alfinetado frente a mídia! Fora o tapa que eu tinha dado para todo o mundo ver. ― Todo mundo concordou que foi bem-merecido o tapa. E de repente, a simples esperança de que você pudesse dar um jeito no Montanha fez com que todo mundo voltasse a falar do Montanha e estivesse torcendo por esse romance mágico! ― Continuou Milk me fazendo perder a cor do rosto e um pouco do ar.
Minha vida já tinha complicado 600% e eu sequer tinha assinado um contrato ratificando tudo que tínhamos combinado. Eu não sabia mais o que fazer da minha vida. De repente, o ar parecia denso demais por conta da pressão que tudo aquilo significava.
― Ainda mais porque o Montanha foi atrás de você! Pareceu realmente um casal todo apaixonado! ― Disse Lucas rindo e todos os outros riram, mas ao verem que eu não ria e estava deveras assustada, Pantera falou:
― A gente sabe que é de brincadeira, Ju. Então fica sussa que de nós você nunca receberá pressão. Só viemos aqui para agradecê-la por salvar o nosso amigo idiota que é um doido varrido por sexo! ― E mais uma vez os meninos riram. Acabei rindo contagiada pela risada deles.
― Agora, falando sério, Jú! Você sabia que o Montanha tem dificuldade de falar em público? ― Disse Milk sorrindo de lado.
― Parece uma porta. ― Concordou Filipão.
― Uma porta falaria melhor do que ele! ― Disse Pedrão e todos voltaram a rir.
― Brincadeiras a parte, o que o Montanha tem de competitivo, ele tem de ser tímido. ― Franzi o cenho. Era difícil acreditar naquilo. Até porque ele tinha parecido tão tranquilo na frente da mídia quando fez questão de me abraçar naquele fingimento forçado ou de ter me carregado como um saco de batatas. Argh. Idiota.
― Aparentemente ele até perdeu a vergonha depois do tapa que você deu nele! ― Gritou Pedrão e todos riram. Olhei para os lados só por via das dúvidas. Provavelmente receberia um olhar desaprovador por ter batido num astro do vôlei.
― Mas sério, ele é muito competitivo. ― Disse Doug se manifestando só naquele momento para minha surpresa.
― Demais. ― Concordou Pantera.
― Um dia... ― Milk passou a língua pelos lábios e riu ao se lembrar de alguma história com Montanha. Todos pareciam bem eriçados.
― Um dia a gente apostou um churrasco de aniversário para ele se ele... ― Milk pausou para rir. Eu agora estava ansiosa para saber. Odiava quando a pessoa pausava no momento de maior curiosidade.
― Não! Não conta isso! ― Disse Doug gargalhando.
― Conta, pow! ― Disse Felipão.
E então começou uma discussão se deveriam me contar ou não. Acabou que venceu me contar quando Pantera falou:
― Ela precisa saber com o que está lidando. Somos amigos seus agora também, viu Ju? ― Disse Pantera e piscou. Eu tentei não corar diante da piscadela fora de hora.
― Ta bom, tá bom. ― Cedeu Milk decidido a terminar de contar. ― A gente pagava um churrasco para ele se ele saísse correndo nu na quadra de vôlei. ― Arregalei os olhos. Minha mente fez questão de tentar imaginar Montanha nu e eu juro que estava fazendo um esforço hercúleo para não corar.
― Pintado de talco. ― Completou Lucas.
― Com uma bola na mão. ― E então todos riram enquanto a minha mente tentava processar a ideia do Montanha correndo nu pela quadra de vôlei.
Meu Deus. Onde eu tinha me metido?
― Enfim. Mas ele é mais competitivo do que isso. Nos jogos ele realmente tem um corte difícil de ser perpassado. Ele dá tudo dele no jogo. ― Disse Doug tentando amenizar o clima de um homem nu correndo na minha cabeça.
― É por isso e porque ele é bom de sexo que as meninas ficam correndo tudo atrás dele. Afinal, ele topa tudo. ― Disse Pantera dando de ombros. Eu nem estava acreditando que eles estavam sendo tão espontâneos e falando essas coisas com tanta espontaneidade na minha frente como se eu fosse amiga de séculos deles, ou parte do time.
― Tudo só com mulheres, seu pederasta! Homem não rola não.
― Mas com mulher rola. ― Disse Montanha aparecendo das cinzas. E como se aquilo fosse uma piada interna, todos, eu digo, TODOS os meninos riram juntos enquanto o meu rosto voltava a esquentar ao perceber que Montanha tinha dado os ares da graça e aparecido.
Percebendo que eu o encarava há tempos demais, coisa que, por conta da minha surpresa com a sua presença eu não tinha percebido, Bruno abriu um pequeno sorriso de canto dos lábios e piscou para mim como se eu estar o olhando tão demoradamente fosse agora o nosso segredinho.
Desviei o olhar transtornada.
― Sinto muito interromper, mas eu preciso da Ju por um tempo. Vocês deixam meninos? Tenho uma surpresa para ela. ― Ele brincou, ou eu acho que brincou, porque os meninos soltaram risadinhas e começaram a fazer comentários para cima de mim:
― Dá um jeito nesse moleque, Ju. ― Disse Felipão.
― Facilita para esse macho não. ― Disse Pedrão.
― Mostra quem manda. ― Disse Milk piscando.
Eu realmente estava feliz que os meninos já interagissem comigo como se fossem meus melhores amigos, eu realmente estava sentindo um carinho inexplicável por eles, como se de repente tivesse encontrado irmãos desgarrados que só agora eu soubesse da existência deles, mas eu realmente estava curiosa quanto ao fato de que Montanha tivesse alguma surpresa para mim e isso de certa forma me deixava assustada.
Será que eu e ele teríamos que fingir ainda mais aquele namoro fajuto?
O que seria da minha vida dali pela frente?
― Vem! ― Disse Montanha começando a me puxar pela mão.
Oi Oi lindezas!
Gostaram da aparição dos amigos do Montanha? São bem fofinhos, né não?? Parece com o gif a forma como os meninos agem, né?? haha
Milk então nem se fala! rsrs
E para variar eles nos deram outras facetas do Montanha, não acham?? O que acharam?
Nos vemos na sexta que vem! =)
Me digam o que acharam!!
Não esqueçam das estrelinhas e comentários <3
Bjinhoos
Diulia.
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