Capítulo 52
Gente, oficial... Esse é o último capítulo, o próximo é um epílogo e então a história estará finalizada....
Vamos nos despedir e chorar... aaa...
OBS: esse homem de terno deveria ser um pecado... hsuhsuas Muito gato, não acham? srsrs
Seis meses depois...
MONTANHA
Estava feliz que tudo tivesse realmente se ajeitado. Rui e minha mãe foram morar alguns andares abaixo do meu apartamento e eu poderia dizer que mesmo que em passos devagar, a minha relação com Rui estava melhorando pouco a pouco.Ele também estava melhorando, se tratando com psiquiatra e com acompanhamento psicológico, o que estava contribuindo para que as chagas do passado dele fossem, pouco a pouco, se fechando.
Minha mãe também, estava fazendo esse mesmo tratamento e se cuidando, o que contribuía para que ela também se curasse de tudo o que o ex-marido havia causado na sua vida e contribuído, por certo, com a minha péssima relação com meu meio-irmão e minha mãe.
Foi difícil para eles recomeçarem, mais difícil ainda conseguir realmente que houvesse um advogado que se colocasse na reta para auxiliar que minha mãe se separasse e que uma medida de distanciamento fosse interposta. O pai de Rui estava respondendo pela Lei Maria da Penha e provavelmente seria preso agora que havia um bom advogado que não se vendia cuidando do caso.
Enquanto isso, precisava ficar a uma distância de pelo menos duzentos metros da ex esposa e do filho.
E, no fim, quem conseguiu isso para eles, colocando o dele na reta, foi Rodrigo, que realmente começara a tentar um escritório de advocacia só seu, se desvencilhando realmente do pai que defendia bandidos e outras coisas mais. Já não sentia mais tanta raiva do cara que tinha roubado um beijo da minha namorada, isso porque agora, aparentemente, ele já estava com outra. Como Júlia me disse, ele era bonzinho demais para ficar solteiro por muito tempo. As minas caíam em cima. Graças a Deus que conquistei Júlia antes que ela também fosse uma mina dessas que caía em cima do Rodrigo. Outra coisa boa é que continuamos todos amigos, o que possibilitou que Rodrigo me ajudasse com o caso da minha mãe. Agora, eu e Rui nos víamos pelo menos uma vez por semana e eu realmente estava tentando me aproximar mais da minha mãe. Nem eu e nem meu pai sabíamos que ela tinha sido proibida de nos ver. Se soubéssemos, teríamos ajudado. Ela poderia até ter traído o meu pai e ficado com outro homem, mas ninguém merecia sofrimento. E ela tinha passado por muito sofrimento... Ninguém merecia um marido retardado como o pai de Rui que não tinha o mínimo de respeito pelas mulheres e achava que ao beber podia muito bem fazer minha mãe de saco de pancadas.
Enquanto o tempo passava, e não tendo ajudado como deveria quando minha mãe e meu irmão mais precisaram, o mínimo que eu podia fazer por ela, principalmente, era realmente tentar ser um filho melhor e tentar me dar melhor com o meu meio irmão como ela insistira para que acontecesse.
Felizmente, os meninos aceitaram Rui no nosso grupo, na nossa espécie de irmandade, o que facilitou para que ele se sentisse melhor e mais entrosado, com um grupo, e pudesse pouco a pouco se recuperar, decidir fazer alguma coisa da vida e seguir rumo aos seus sonhos.
Claro que ele tinha atrapalhado alguns planos meus no caminho, mas acho que isso faz parte de ser um irmão mais novo e estar aos poucos entrando na rotina de se ter uma família de verdade.
Tipo quando eu estava na minha casa pegando Júlia no sofá e ele bateu na porta meia noite e meia para avisar que decidira fazer faculdade de cinema e que poderia até vir a ser ator. O problema? Tínhamos esquecido a porta do apartamento aberta, esperando uma pizza que tínhamos pedido para entrega. O pior? Tive que esconder minha excitação com uma almofada e eu e Júlia ficamos assentindo como se fosse a coisa mais interessante que precisávamos ouvir num sábado a meia noite.
Genial, esplendido, Rui! Incrível e completamente broxante, sabia?
Em outro momento, antes que eu decidisse que tinha que trancar a porta do meu apartamento em qualquer circunstância, ele simplesmente invadiu o meu apartamento as três e meia da tarde de um domingo com o processo que Rodrigo tinha feito e falando que estava perfeito. Eu e Júlia nos separamos tão rápido na cozinha, que ela foi acabar parando no chão enquanto eu abria a geladeira fingindo procurar algo ali dentro.
― Cunhada, o que você está fazendo no chão? ― Ele perguntou todo inocente.
A melhor foi a Júlia.
― Estou testando se o piso daqui é quente o suficiente para eu trazer a Lalá para passar uma temporada por aqui.
― Ah tá. ― E o mais tosco foi que Rui caiu nessa! Tive que segurar a vontade de rir enquanto continuava olhando para dentro da geladeira como se ela fosse a coisa mais interessante do mundo.
Mas essas coisas faziam parte de ter um irmão mais novo e os ajustes da vida, eu até que entendia.Quando naquele dia no salão ele causou aquele escândalo todo e, felizmente, as coisas puderam se ajeitar, eu realmente estava cogitando aproveitar a confraternização para pedir para Júlia casar comigo/ vir morar comigo, já que estava dando na mesma, passávamos uma temporada na casa dela – grande parte, por sinal, para que Rui não nos procurasse e para que Layla continuasse tendo seus passeios matinais anti depressivos – e outra parte, em menor tempo, na minha casa. A gente se desgrudava mais porque ela tinha que trabalhar na clínica dela e eu treinar, muito embora em períodos de jogos, ela remanejasse a agenda da clínica dela, porque agora ela também fazia parte da equipe técnica da seleção.
Só que o tempo ia passando, e desde a minha última tentativa um tanto quanto frustrada de pedi-la em casamento, terminando com meu coração quase saindo do peito achando que eu ia perder Júlia para Rui completamente louquinho da cabeça, precisando de tratamento psiquiátrico para ontem, eu não tinha tentado mais nenhuma vez. O trauma de dar alguma coisa muito errada se eu tentasse de novo, podemos dizer assim, contribuía bastante para que eu tivesse postergado por mais seis meses.
Mas agora, depois de seis meses tentando acreditar que nada mais de errado aconteceria, que tudo na nossa vida estava aparentemente dentro dos conformes, estava disposto a agir.
Júlia costumava sair quase que no mesmo horário com a Layla para passear num parque perto da casa dela. Chamei os meninos e inclusive Tai e Vini e fomos para o parque esperar que ela aparecesse. Seria uma grande surpresa para ela.
Ela realmente não esperava que estivéssemos ali. Isso ficou ainda mais claro quando ela paralisou, deixando inclusive a coleira de Layla mais frouxa.
― Layla! ― Disse Júlia como se tentasse controlar Lalá sem sucesso quando percebeu que a pobre da Lalá queria apenas liberdade e estava se aproveitando da situação para isso. No fim, um pequeno problema o que acabou realmente acontecendo.
E então o plano deu todo errado. Layla me descobriu correndo que nem louca para o meu esconderijo e Júlia franziu o cenho.
― O que está fazendo aqui? ― Dei um sorriso amarelo e decidi que foda-se meu plano mega elaborado que nada dava certo.
Bastava lembrar que grande parte das coisas que fiz com Júlia foi no improviso. Desde atropelá-la e a levar para o hospital, até fazer sexo em diversos lugares diferentes com ela.
E como eu também queria que todo o mundo soubesse que eu queria aquela mulher para todo o sempre, me ajoelhei e comecei a literalmente gritar na praça:
― Júlia Veiga, você aceita ser minha esposa daqui pela frente, aguentar minhas chatices e me amar só um por cento, já tá bom, do que eu te amo? ― E Júlia arregalou os olhos, acabando por soltar as rédeas de Layla que meio que decidiu dar a resposta de Júlia por ela, pulando em cima de mim e me derrubando no chão.
― Montanha! ― Júlia veio ao meu encontro tentando tirar Layla de cima de mim e conseguiu por hora. Ela me ajudou a sentar novamente.
― E aí? Aceita? ― Tentei novamente.
― Montanha, isso não é pedido que se faça numa praça... ― Ela começou a tentar dar qualquer desculpa ou discurso aleatório, mas incrivelmente, quem começou a falar não foi um dos meus amigos ou Tai ou Vini, foi Sra. Sônia que tinha aparecido sabe-se lá de qual canto do mundo, porque ninguém tinha contado para ela o que íamos fazer, então não sei realmente para que espírito ela foi se informar do que ia acontecer entre eu e Júlia ali na praça. Só sabia que ele andava bem informado.
― Diz logo que sim, Júlia! Caramba, vou ligar agorinha mesmo para a Sabrina! E para o Marcelão! É, eu finalmente vou ser vovó!
― Calma lá! Nada de filhos ainda, sogrinha! ― Gritei e pisquei, mas acabei sendo socado no ombro por Júlia que não gostou da minha provocativa de aumentar ainda mais as neuras da mãe dela.
Acabei gargalhando.
― Eu não preciso que você me diga para aceitar, mãe! Por que eu não vou...
Beijei os lábios de Júlia a calando o suficiente para que ela abrisse um sorriso. Pisquei para ela.
― E agora? ― E para minha surpresa, Júlia envolveu os seus dois braços no meu pescoço e me deu um selinho que foi ovacionado pelos amigos que estavam ao redor gritando e decidindo entre eles quem que seria o padrinho e madrinha.
Júlia afastou os lábios apenas um pouquinho só de mim antes de falar:
― Serve como resposta? ― Dei outro selinho puxando-a pela cintura e me levantando com ela nos braços antes de soltar os seus lábios e murmurar:
― Oh, se serve. ― E a beijei novamente, dessa vez rindo ao ouvir Layla latindo, como que aprovando aquela nossa união de beijos, se juntando as gritarias dos meninos que continuavam gritando entre eles:
― Eu vou ser o padrinho mais importante!
― Não, eu vou ser o padrinho!
― Você já vai se casar também, não precisa ser padrinho, Doug!
― Mas eu quero!
E eles continuavam discutindo de forma engraçada, nos fazendo sorrir ainda mais.
Eu e Júlia demos um último selinho, ainda com o olhar cravado no dela, tirei uma caixinha do bolso da calça, onde havia duas alianças com nossos nomes inscritos e aproveitei a briga dos meninos que deixavam o momento mais íntimo entre eu e Ju e coloquei uma aliança no seu dedo e ela colocou no meu. O melhor mesmo era ter como pano de fundo meus amigos e os dela decidindo como seria a festa de casamento.
Vini começou a discursar sobre suas roupas de grife serem usadas por mais famosos e que os meninos tinham que ajudar naquela. Pedrão foi o primeiro a falar topo e Tai disse que ia maquiar Júlia, algo como está conseguindo realizar o seu sonho de ser maquiadora profissional e principalmente de famosos.
Eu e Júlia ainda nos olhávamos no nosso universo particular, mas já sem poder fugir daquela discussão, nos afastamos, ainda de mãos dadas, apenas para rir um pouquinho dos meninos e companhia que continuavam a discutir.
Eu mentiria se dissesse que não estava feliz. Eu não poderia me conter dentro de mim.
Eu estava sonhando um mundo feliz. E queria continuar assim.
― Vê se pode um homem bonito desses. Ta um show de arraso! ― Disse Pantera brincando e os outros meninos começaram a assoviar. Encarei-os com meu olhar mortal.― Seus bostas! Alguém sabe dizer se a noiva vai se atrasar? ― Eu estava realmente nervoso enquanto nos preparávamos para entrar. Tai falou:― Acho que não vai não... ― Tai deu uma risadinha. Tai entrou acompanhada de Felipão, Vini ficou como madrinha ao lado de Pedrão, Doug entrou com Talita, sua esposa, Milk entrou com Clarice, minha mãe, Rui entrou ao lado de Pantera e Lucas preferiu não ser padrinho.
Outra novidade nessa história toda é que minha sogra estava fazendo o favor de namorar o meu treinador, o que só complicava as coisas, porque se não bastasse Marcelão me enchendo a cabeça para treinar e comer direito, agora tinha minha sogra também.
Mas Marcelão também estava sentado com alguns convidados esperando a noiva atrasilda chegar. Inclusive a tal maga das mandigas Sabrina com quem minha sogra insistia em contar também tinha feito questão de aparecer no casamento. Aparentemente, ela e Dona Sônia eram amigas.
Meu pai e Maria também estavam presentes, sentadinhos, para que meu pai não se cansasse tanto. E ali também estava Talytta e toda a equipe técnica que nos ajudara a ganhar o mundial e que Júlia insistiu para convidar todos.
Comecei a sentir que estava ficando com muito calor e suando por dentro daquele terno, imaginando um tanto de paranauê de noiva que abandonava o casamento, deixando o noivo triste, quando finalmente a marcha nupcial começou a tocar, para meu total alívio, e Júlia entrou ao lado da mãe dela, radiante. Abri o meu melhor sorriso.
Ela estava magnífica.
Nos meus melhores sonhos nunca imaginaria que casaria.
Mas esse impossível sonho, estava finalmente se tornando realidade e se concretizando.
Sorri.
Eu estava casando com Júlia e estava muito feliz.
Ai Gente....
Vocês também estão com o coração apertadinho porque esse é basicamente o fim??
Estou tão feliz pelo nosso casal, por tudo ter dado certo, pelos meninos que vou sentir saudade para sempre, mas estou tão triste porque eles vão ter que se despedir de nós... T.T
Alguém em lágrimas aí?? Porque eu já estou... Se tivesse mais criatividade, continuava até o fim da minha vida com a história de todos eles juntos, porque me apaixonei... Vocês também?? Valeu a pena acompanhar essa história gente? Valeu a pena amar até os personagens secundários, como eu amei? <3
Falta só o epílogo e os agradecimentos gente.... Literalmente o fim está quase na porta...
Não me abandonem no fim, ok? Vou soltar algumas notícias novas também...
Amanhã sai os dois últimos que faltam...
Se gostaram, não esqueçam de mandar estrelinhas e comentários!!
Bjinhoos
Diulia.
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