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Capítulo 32


Estávamos almoçando em família.

Não conseguia sequer acreditar que Júlia estava ali como a primeira namorada que eu apresentava para o meu pai. Ele também parecia não acreditar.

― Então Júlia, me conta... Você gosta de ver os jogos de vôlei do Montanha? ― Perguntou meu pai e recebeu uma fuzilada de olhar de Maria que achava que meu pai estava pegando bastante no nosso pé para quem na verdade estava muito feliz em me ver parado há tanto tempo com uma mulher apenas.

― Sim. Embora eu ainda não sei como ele não fica todo vermelho com aqueles socos e tapas que ele dá na bola. ― Meu pai gargalhou achando graça.

― Muitos anos assim, o corpo nem mais se toca. Antes ele reclamava e chorava e lá tinha eu que passar gelol e cuidar das feridas dele.

― Hey! Isso é uma falácia! ― Disse achando graça e rindo também. Maria se meteu:

― Tem razão! Era eu que fazia isso no lugar do Nando, né Bruno? ― Apertei um lábio sobre o outro assentindo e olhei de canto dos olhos só para ver uma Júlia encantada com nossa interação e sorrindo bastante.

Éramos uma versão amena da grande e robusta família dela.

― Eu deveria gostar mais de exercícios físicos, mas da última vez que sai num passeio que fazia bem a mim e a minha cachorrinha, eu acabei foi sendo atropelada pelo Montanha!

Todos riram, mas eu aproveitei para tirar a bruxa má do oeste do sério mais uma vez.

― Na verdade, nas suas palavras, você foi atropelada por um anjo. Que no caso, sou eu. ― Pisquei somente para vê-la se segurar para não revirar os olhos na frente do meu pai enquanto a bochecha corava levemente.

― Eu te garanto que não foi de mim que ele puxou todo esse ego. ― Disse papai fazendo todos rirem.

― Talytta tá aprendendo como ser no futuro, né baixinha? ― Perguntei fazendo a menina rir.

Comemos calmamente entre muitas risadas e alegrias e meu pai continuou querendo saber mais a respeito de Júlia, verdadeiramente interessado, o que me fez franzir o cenho.

― E você trabalha? ― Júlia assentiu.

― Sou formada em fisioterapia, mas atualmente não trabalho no ramo. Estou numa loja de roupas. ― Papai assentiu parecendo pensar a respeito.

Foi só quando a conversa se estendeu um pouco mais e a senhora Maria nos serviu café após o almoço que fui entender onde ele estava querendo chegar:

― E você pensa em se casar? Ter filhos?

― Não no momento. Acho que ainda sou bem jovem, senhor Nando. ― Papai concordou com a cabeça.

― Montanha nunca me apresentou nenhuma namorada antes. Acho que porque a maioria corre atrás dele por conta de sexo, sabe?

― Pai! ― Porque diabos ele estava falando esse tipo de coisa para Júlia?

Como se tivesse surdez momentânea, meu pai fingiu simplesmente que não me ouviu.

― Mas ele quer ter filhos, embora não fale muito sobre isso, sabe? E ele precisa de uma mulher por trás dele que entenda que até que ele se aposente nos jogos, ele não vai ter muito tempo para ninguém, compreende? Não tem nem para seu próprio pai. ― Júlia se mexeu na cadeira, mas percebi que ela fechou a cara. Aparentemente, ela estava achando tudo errado como eu presumia que meu pai também estivesse achando.

― Eu não sei porque o senhor está falando isso...

― Porque... ― Meu pai começou umedecendo os lábios, mas a senhora Maria tocou no seu braço.

― Ele só está preocupado porque quer que Montanha tenha alguém em quem se apoiar. ― Franzi o cenho sem entender nada. Meu pai respirou fundo antes de finalmente falar:

― Eu pedi a Maria em casamento, meu filho. E isso significa que eu também vou tentar ser feliz da minha maneira, da mesma forma que quero que você seja. Só que isso também significa que você não precisa mais desse trabalho todo que foi cuidar de mim por tanto tempo, revezando com a Maria. ― Abri a boca tentando formular qualquer som possível, mas como nada saiu e minha cabeça parecia mais um papel em branco, voltei a fechar a boca chocado. O que tinha sido aquele tiro?

― Meus parabéns, Senhor Nando e senhora Maria. ― Disse Júlia me fazendo acordar momentaneamente do torpor.

― Você está falando sério? ― Perguntei ainda abobado. Maria que tinha lágrimas nos olhos assentiu.

Ainda tentando encontrar palavras, sorri. Estava ainda chocado com tudo aquilo, mas Maria era a melhor pessoa do mundo, que esteve conosco nesses anos todos e verdadeiramente ama o meu pai pelo que ele é, como um amigo, um amante, uma pessoa que gosta de ter ao lado, muito mais do que sexo ou outra coisa assim. E meu pai realmente já tinha demonstrado claras provas de que estava caidinho por Maria, então aquilo só me fazia rir.

― Demorou para esse pedido sair, hein garanhão? ― Meu pai riu roucamente.

― Demorei para criar coragem, filhão.

― Põe demora, dez anos, né Maria? ― Maria assentiu sorrindo.

― Quando você começou a namorar a Júlia, eu finalmente criei coragem. ― Disse meu pai sincero, o que me fez assentir e voltar a atenção para Jujuba que sorria com os olhos cheios de lágrimas.

― Estou feliz em presenciar isso.

― Eu só aceito se for daminha! ― Disse Talytta e Maria e meu pai riram.

― Vai ser a daminha mais linda do universo!

― E o Montanha tem que ser meu par! ― Eu e Júlia rimos.

― Ta bom, baixinha, eu me torno seu par. ― Disse bagunçando o cabelo dela, carinhosamente.

Mesmo depois do encontro desagradável com aquela mulher que insistia em ser minha mãe, até que o dia tinha terminado bem, repleto de alegrias e momentos agridoces. Eu estava feliz.

Estacionei o carro na frente do prédio de Júlia e olhei para ela que parecia nervosa olhando para frente do prédio e então para as próprias mãos.

― A madame está em casa. ― Disse sorrindo.

A verdade mesmo é que eu não queria me desvencilhar dela, mesmo já tendo ficado praticamente um dia inteiro na sua presença. Parecia ainda muito pouco e eu me sentia como um viciado, querendo ter a oportunidade de experimentar mais um pouquinho da presença dela. No fundo, estava esperando que ela me chamasse para entrar no seu apê, que marcássemos para nos ver no dia seguinte, qualquer coisa do tipo.

― Você quer... entrar? Estava pensando em levar a Layla para passear... E como ela gosta mais de você do que de mim... ― Sorri de canto de lábio.

― Vamos lá. ― Saímos.

Layla ficou realmente muito feliz em me ver e quase pulou em cima de mim quando eu perguntei se ela queria passear. Enciumada, Júlia revirou os olhos.

― Essa cachorra só gosta de você...

― E eu só gosto dessa bravinha... ― Respondi puxando Júlia pela cintura e tocando-lhe os lábios brevemente.

― Humpf... ― Júlia sorriu, mas acabou aceitando o carinho antes de levarmos Layla para passear.

Envolvi a minha mão com a sua enquanto com a outra segurava a corda que estava conectada à coleira de Layla para passearmos. O sol já estava se pondo e a rua de bairro de Júlia não estava movimentada demais, o que era bom.

O clima era tão ameno no fim da tarde que parecia que estávamos dentro de um sonho com nuvens rosas e tranquilidade infindável.

― Você e os meninos parecem se conhecer há tempos... ― Começou Júlia a iniciar o assunto. Assenti.

― E nos conhecemos mesmo, desde quando jogávamos nos jogos municipais. ― As lembranças eram boas. Cada um dos meninos tinha uma história e todos nós tínhamos juntos compartilhado momentos bons e ruins, de dificuldade ou não. Um ou outro tinha mais dinheiro, mas sempre tentava ajudar o outro. Especialmente para mim e Pantera, a vida para galgar os degraus até o topo tinham sido bem árduos, ainda que eu ache que tenha sido bem pior para Pantera, morador de uma das grandes favelas do Rio.

Expliquei isso para Júlia que caminhava lentamente ao meu lado.

― E você? Conhece o Vini e a Tai há tempos? ― Ela negou.

― A Tai eu conheço, estudamos juntas desde o quinto ano do colégio. O Vini não, ele era amigo da Tai e eu o conheci faz pouco tempo, mas ele também não teve uma vida fácil. Ninguém acreditou no sonho dele e ele foi expulso de casa por ser gay. Hoje em dia ele tem um bom patrimônio e uma empresa só dele, mas até conseguir tudo isso, ao que Tai me conta, ele passou por muitas coisas também. ― Concordei.

― Faz parte, né? ― Júlia deu de ombros.

― Eu também não tive uma vida fácil. ― Embora eu já tivesse ouvido uma versão resumida da mãe da Júlia, incentivei para que a Jujuba continuasse falando.

― Não?

― Minha mãe trabalhou como empregada doméstica e por muito tempo a gente ficou num quartinho de empregada na casa de uma senhora bem rica. Mas... Ela odiava criança sabe? Então aceitou minha mãe comigo lá, desde que eu sumisse das vistas dela. ― Assenti encorajando que ela continuasse enquanto massageava a pele da palma dela com o polegar.

― E então por muitos anos enquanto mamãe juntava dinheiro, eu sumi. Vi mamãe trabalhar mais do que as tradicionais oito horas diárias e sem pagamento extra, enquanto eu me tornava um fantasma. Aprendi a chorar sem fazer barulho e a ajudar a minha mãe para que ela não trabalhasse horas a fio de madrugada. Passei a trabalhar como uma segunda empregada para aquela senhora sem ganhar nada, mas porque queria que mamãe não se esforçasse tanto. Fazia isso de madrugada, quando a senhora estava dormindo, porque ela não queria que eu aparecesse na frente dela. ― Júlia parou o relato para limpar uma lágrima que escorria. Aproveitei que Layla não estava puxando e estava mais quieta e estendi o polegar para limpar sua lágrima. Júlia deixou que eu tocasse o seu rosto.

― E então? ― Perguntei em um fio de voz quase sussurrando.

― Então um dia ela me viu, gritou comigo, eu estourei e gritei com ela... E ela nos expulsou sem nenhum extra, sem nenhuma consideração, de um dia para o outro. Eu e mamãe tivemos que procurar às pressas um lugar para morar e mamãe teve que procurar outro emprego, o que foi bem difícil porque a mulher não deu carta de recomendação para mamãe e foi difícil encontrar outra pessoa que empregasse mamãe já com mais idade.

Assenti. Não tinha como confortá-la pelo que tinha acontecido, mas compreendia a dor de não saber o que fazer para ajudar.

― Eu até comecei a trabalhar na época para ajudar mamãe, passei a facul para a noite, enfim... Foi um momento difícil. ― Concordei.

― Nos tornamos mais fortes depois de tudo isso, Ju. ― Como se precisasse recompor o muro de gelo, Júlia assentiu se empertigando toda.

― Acho que é melhor voltarmos.

E como ela tinha decidido que o assunto tinha morrido e era melhor não voltar nele, por ora, deixei que o assunto morresse e voltamos para o apartamento dela.

**


Layla estava deitada dormindo depois de um passeio que a tinha esgotado e Júlia, que me revelara ter péssimos dotes culinários, colocou uma lasanha congelada no micro-ondas para jantarmos enquanto eu estava no sofá.

Agora que a noite caía, eu começava a sentir os músculos levemente doloridos por conta do treino do dia. Talvez porque estivéssemos pegando mais pesado agora que o mundial estava praticamente batendo à porta.

― Está doendo? ― Júlia me perguntou apontando para o ombro que eu insistia em continuar movimentando. Não era nada sério, mas estava doendo um pouco sim.

― Nada sério. ― Júlia se aproximou. Suas mãos encostaram no meu braço e ela parecia realmente concentrada enquanto encarava meus músculos. Acabei sorrindo feito criança boba. ― Acho que se você me beijar, pode ser que melhore. ― Júlia deu um mini sorriso de canto dos lábios.

― Eu estava certa quando te conheci... Meu Deus, Montanha, você só pensa em sexo. ― Ri.

― Eu só disse um inocente beijinho, você que pensou em sexo, jujuba. ― Pisquei fazendo ela corar de leve.

― Acho que sei uma massagem que pode aliviar um pouco. ― Ela disse tateando o músculo.

― Eu não tenho dúvi... Ai! ― Disse quando ela tocou em uma parte do músculo que estava realmente dolorida. Júlia sorriu vitoriosa.

Ela continuou fazendo o vudu dela que realmente fez melhorar bastante. Estava maravilhado como me sentia mais disposto, quando Júlia simplesmente parou. Encarei-a estupefato.

― Mas já acabou??

― Já. ― Ela respondeu com um sorriso matreiro.

Não perdi a oportunidade e a puxei pela cintura fazendo com que ela sentasse na minha perna. Beijei-lhe o cantinho da boca e sorri.

― E agora?

― Hm... Posso pensar a respeito. ― Ri.

― O pior é que hoje não poderei, mesmo que você implore, dormir com você, amor.

― E quem disse que eu ia implorar?

― Eu posso fazer você implorar como ontem, linda. ― Disse participando daquele breve jogo de amor, de quem poderia vencer quem naquela dança de vontades.

― Eu acho que você deveria se ouvir. Quem parece implorar para que fiquemos juntos essa noite é você... ― Ela sorriu mais abertamente, o que fez com que eu abrisse um sorriso de dentes.

― Justo. Não vou negar. Se eu não negar, eu ganho a noite juntos? ― Júlia gargalhou.

― Posso pensar. ― Respirei fundo.

Como era difícil manter o controle quando você só queria se entregar. Mas, eu precisava buscar o meu pai, porque Maria precisava de uma noite de descanso e porque no dia seguinte, já bem cedo, eu ia precisar treinar mais fortemente. Agora os treinos seriam muito mais pesados que o treinador já havia avisado, pois estávamos ainda mais perto do mundial. Suspirei.

― Infelizmente, vou ter que cobrar isso outra noite.

― Jante comigo antes então. ― Pediu Júlia e eu assenti.

― E então a próxima refeição fica por minha conta. Vai adorar comer a minha comida. ― Murmurei.

― Justo. ― Ela respondeu também sorrindo.

**

Me despedi de Júlia com um sorriso bobo nos lábios. Não conseguia conter o sentimento estranho que eu não tinha nem ideia do que significava, mas que se apossava pouco a pouco do meu coração. Provavelmente havia um nome para o sentimento, mas eu realmente não sabia mensurar o que tudo aquilo era.

A verdade é que estava gostando da sensação de montanha russa, em plena queda, um friozinho gostoso na barriga, a vontade de continuar ao lado do espírito maligno a todo momento, a vontade, por vezes estranha, de a satisfazer, de a fazer feliz, bem...

A vontade de fazê-la sorrir.

Eu realmente não compreendia o que era tudo aquilo e não saberia dizer se tão cedo saberia dizer o que era, mas queria continuar experimentando, dia após dia, semana após semana, até ter certeza do que aquilo realmente significava e, quem sabe, aposentar o meu título inveterado de galinha agora que eu só queria ser de uma pessoa só.

Da bruxa má do oeste, espírito maligno, jujuba, Ju.

Eu estava feliz.

Então gente...

Vocês já devem imaginar né... Depois de capítulos tão fofos... Estamos próximos de uma treta kkk

Então eu pergunto: Já querem que eu poste a treta ainda hoje e aí só na sexta que vem temos um pouco da resolução dela ou querem que eu poste a treta na sexta que vem para que as coisas se resolvam no sábado que vem??

Fica por vocês! Estou a disposição =D

E eu sei que muita gente vai xingar e acho super justo... Mas sejam só um pouquinho compreensivos com a Júlia... Ela não é uma menina má... E se serve de consolo, nem precisam fazer a caveira dela... Haverá muito sofrimento para ela se redimir...

Enfim, depois desse mini spoiler... Aceito que fiquem com raiva da Júlia, mas não xinguem ela tanto haha... Prometo que vocês provavelmente ficarão até com pena dela conforme anda os capítulos...

Se gostaram do capítulo, não esqueçam das estrelinhas e comentários! 

Bjinhoos

Diulia.

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