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Capítulo 19





― Você está bem? O seu sorvete está derretendo já, Júlia... ― Disse Rodrigo. Suspirei.

Não, eu não estava bem. A minha cabeça só ficava repassando a cena de quando eu tinha sido abduzida por um alienígena e cogitado, realmente, ter sido beijada por Montanha.

Onde tinha parado a minha sanidade?

Sério, Deus, onde tinha parado?

Para piorar, as coisas não aconteceram como eu queria, o que significava que minha família conheceria o meu namorado fajuto me deixando não somente com vergonha, mas marcada para a eternidade como a namorada do jogador de vôlei. E para piorar, eu nem sabia como a família reagiria diante de Montanha e companhia, já que minha mãe tinha deliberadamente convidado todos os meninos para almoçar na casa da minha vó.

Que coisa linda.

Se não fosse um desastre, vovó acabaria arrumando cada um dos garotos para alguma das minhas primas solteiras.

― Júlia? ― Perguntou Rodrigo novamente me tirando do meu torpor momentâneo.

― Oi. Desculpa, Rodrigo. Eu to cheia de problemas... Desculpa, não estou presente no nosso encontro. ― Confessei. Rodrigo assentiu com um sorriso que certamente pararia meio mundo.

O problema era que o meu mundo já tinha parado antes disso.

Por conta de outra pessoa. Por conta de um idiota de sorriso fácil e olhares cristalinos.

Argh. Idiota de homem bonito, galinha e sem futuro.

― Tudo bem. Vamos então? ― Assenti.

Rodrigo ia me dar uma carona para casa. Não sei como tinha conseguido sair à noite com ele ainda, muito embora aquilo nem pudesse ser chamado de encontro. Eu tinha sido uma péssima pessoa fingindo ouvir o que quer que Rodrigo falava enquanto pensava e sofria com antecedência pelo próximo dia de inferno. Meu peito ardia e minha cabeça parecia uma tortura pessoal repassando o quase beijo, depois relembrando que no dia seguinte haveria mais pesadelos e fazendo esse looping com meus sentimentos.

Por fim, consegui convencer a mim mesma de que estava desesperada e tinha sido pega de surpresa. Isso, óbvio.

O que tudo isso significava? Que o quase beijo tinha sido só uma reação normal de uma pessoa que queria desesperadamente se livrar do namorado fake. De alguma forma, isso ajudou para que meus pensamentos parassem de me torturar um pouquinho.

Só um pouquinho mesmo, já que eu ainda continuava pensando no dia seguinte.

Rodrigo desligou o carro me fazendo perceber que havia chegado em casa. Ameacei sair do carro, ainda absorta nos pensamentos, mas Rodrigo segurou o meu pulso me fazendo olhá-lo para entender o que estava acontecendo.

― Ah... espero que você consiga resolver o que te aflige, Júlia. Boa noite. ― Assenti, mas Rodrigo passou a mão pela minha cintura me puxando na sua direção e me beijando.

Demorei para cair a ficha de que estava sendo beijada e isso só aconteceu quando Rodrigo me largou os lábios. Eu tinha conseguido estragar o que era para ter sido um momento nosso simplesmente não tendo reação suficiente para reagir aos lábios dele sobre os meus.

O pior era que meu coração nem tinha disparado para que eu percebesse isso. Ou talvez já estivesse disparado o suficiente pensando no quase beijo com Montanha.

Shii. Aquieta esse pensamento perigoso da sua mente, Júlia. Tratei de brigar comigo mesma por pensamento antes que eu caísse na teia dos pensamentos absurdos.

― Boa noite, Ju.

― Boa noite Rodrigo. ― Consegui falar atordoada e abri a porta do carro escapulindo rapidamente para a minha casa.

Layla latiu assim que abri o apartamento e eu suspirei. Teria ainda, para variar, que enfrentar uma viagem de uma hora e meia até Campo Grande, o bairro do subúrbio do Rio, onde a minha vó morava. Seria penoso. Só de pensar em tudo isso já vinha a preguiça de ter que ver tios, tias, primos, primas, vó e vô.

Tomei um banho e peguei o celular percebendo que havia algumas mensagens no WhatsApp. Rodrigo tinha me mandado uma mensagem fofa:

Durma com os anjos, linda. Independente do que te aflige, Torço muito por você :)

Isso porque eu não tinha tido coragem de contar para ele tudo o que estava criando raízes dentro do meu coração. No mais, era melhor mesmo. Ele não entenderia mesmo que eu tentasse justificar a bagunça que seria no dia seguinte na casa da minha avó.

Esperava de verdade que os meninos não surtassem.

A outra mensagem era um áudio da Tai, o que me fez franzir o cenho.

Tai era a minha melhor amiga, mas ela não costumava se comunicar por áudios de 6 minutos, o que significava que alguma coisa de urgente havia acontecido. Para variar na minha vida de sorte, pensei. Apertei para ouvir o áudio.

― Migaaa! Deixa eu te contar algumas novidades. Lembra da Fabiana, aquela menina que trabalhava no ponto próximo de casa? Não é que aquela louca arrumou homem rico? Tá lá em São Paulo agora! ― E eu realmente não sabia quem era a tal Fabiana nem porque Tai decidira me contar algo tão sem noção assim. Mas ela continuou: ― Nem te conto quem me mandou mensagem novamente. O João! Lembra dele!?

Claro que eu lembrava. Era o galinha do ex dela que havia a traído. Como não esquecer dos homens idiotas? Tai não merecia, era linda demais e tinha um coração grande demais para ser quebrado assim.

― Agora falando sério. Eu fiz um bolo de leite ninho e preciso que você me deixe ir na casa da sua vó também. A minha vida amanhã é só tédio porque minha tia estava querendo me ver, mas na verdade ela está querendo é que eu abra espaço para ela vir me ver e morar aqui. Minha mãe disse que é para eu tomar cuidado que normalmente ela vem com uma mala para passar alguns dias e acaba passando um ano. Eu disse que ia sair, mas ocorre que eu não tenho para onde ir e nem sei onde enfiar minha cara se ela tocar a campainha ou perguntar de mim para o porteiro. Me ajuda! Please??? Eu te dou carona! ― No fim de todo o discurso dramático bem típico da Tai, a única coisa que eu tinha prestado atenção era em partes como bolo de leite ninho, muito bom por sinal, irresistível o bolo de leite ninho da Tai, tia chata que queria moradia, tédio e principalmente: carona. Afinal, eu não queria pegar metrô e trem ou ônibus a fim de chegar em Campo Grande.

Assim, ter alguém para me levar era uma maravilha! Fora que, para mim, já que Montanha e companhia iam, eu bem que podia ter a Tai minha amiga como companhia para me livrar de ter que ficar sempre na presença do Bruno. Era ótimo no fim!

― Feito. Me busca aqui umas 9. Vamos ter que chegar lá e dar uma help na cozinha.

― Tranquilo. Oba! ― Disse Tai gritando no meu ouvido em outro áudio imediato. Sorri.

O mais certo mesmo era que eu ia lavar a louça e Tai ia ajudar cozinhando algo, porque eu era uma negação. Mesmo assim, eu sorri feliz. Talvez o dia seguinte não fosse assim tão terrível como eu supunha que seria.

  A viagem foi razoavelmente tranquila. Antes, deixei Layla com meus vizinhos queridos e tentei me arrumar decentemente. No fim, coloquei um short jeans e uma blusa branca soltinha e estava perfeito. Não ia ficar me arrumando demais, se não ia parecer que eu estava me arrumando para o traste.

― E a vó realmente deve estar na cozinha preparando bolinho de bacalhau com as tias. É meio que o carro chefe dela, sabe? ― Tai concordou enquanto eu continuava despejando coisas sobre minha família. ― E você vai ter que me ajudar porque a minha vó é levemente surda e é bem provável que ela grite alguma pergunta tosca para mim.

― Como o que? ― Perguntou Tai franzindo o cenho. Bufei.

― Como por exemplo se eu estou grávida. ― Tai quase teve o queixo caído.

― Pera... o que? ― Ri acidamente.

― Na defesa da vovó, a maioria dos primos presentes já passou por essa pergunta vexatória quando começou a namorar. E a Helena está até grávida mesmo.

― Mesmo assim... mas... namoro não.. eu... ― Tai estava encabulada pensando na pergunta que certamente vovó faria e como ela me livraria dessa, já que Tai não era lá tão boa nisso. Vini sairia melhor. É uma pena que esqueci de convidá-lo.  

― Minha vó pensa que sim. Ela acha que só porque namorou meu vô e teve que casar logo porque ficou grávida, essas coisas seriam mais comuns na atualidade que não tem mais lá essa obrigação. Para ela, tempos modernos é sinônimo de fazer coisas que na época dela não eram tão comuns assim. Como ficar grávida ao namorar.

Tai gargalhou alto.

― Tudo bem. Vou pensar em alguma coisa para te ajudar.

― Obrigada.

Mal chegamos, cumprimentei alguns primos e primas rapidamente, tios e tias e fui atacar a louça para lavar enquanto Tai ajudava em alguns preparativos. A louça estava imensa. Coloquei um avental e luvas de borracha porque, ainda que eu adorasse lavar a louça, a porcaria de algum componente no detergente fazia a minha pele descascar. A vovó já sabia e corria para buscar as luvas rosas de borracha que ela usava para aparar algumas plantinhas. Eu lavava a luva bem e estava pronta para lavar a louça. As tias que ajudavam vovó falavam bastante, mas quem me assustava sempre era vovó gritando:

― Não acredito! Trigêmeos? Helena está grávida de trigêmeos? ― Quase tive um ataque do coração com a notícia e com o grito. Tia Rosalina concordou.

― Eu fiquei assustada também. Mas felizmente, os três estão ótimos ao que o médico disse. Fortes e graúdos. Todos homens, acredita, mãe? ― Continuei ouvindo a conversa de tia Rosalinda que emendava com vovó, mas, obviamente, como mamãe já devia ter contado sobre os meninos que viriam, obviamente a pergunta sobre o meu caso em algum momento surgiria. E tia Rosalinda, orgulhosa da filha que ia ter trigêmeos, logo fez questão de me perguntar: ― E você, Júlia? Quando pretende casar?

Aquelas perguntas embaraçosas que nos deixavam vermelhas de vergonha. Parentes, sempre nos fazendo ficar em situações complicadas.

― Ah, tia, eu... ― Tentei introduzir o assunto de maneira calma, explicando que estava namorando e isso não era motivo para marcar casório, mas minha mãe apareceu na cozinha apertada e gritou para que Deus e vovó ouvissem:

― Júlia está namorando com esse homem lindo aqui, o Bruno, Irmãzinha. ― Era para se gabar, alguma coisa assim, que minha mãe estava fazendo esse estardalhaço todo, mas o que aconteceu foi eu realmente ficar assustada ao perceber que Montanha já tinha chegado. Tontamente, acabei por fazer um barulhão com os pratos desarrumados na pia enquanto estendia minhas mãos de luva cheias de sabão e virava o rosto para encontrar o meu namorado fake.

Eu mentiria se dissesse que ele estava feio. Argh. Com o cabelo despojado e molhado caindo de maneira displicente para todas as direções ele estava realmente muito bonito. De uma maneira que ele não deveria estar. Dificultava para que tias e toda companhia familiar não o achassem lindo e ficassem babando.

Tipo como eu ficaria se realmente não estivesse paralisada tentando compreender toda aquela cena sem pensar no quase beijo do dia anterior.

Encabulado, Bruno cumprimentou todo mundo e os meninos vinham atrás para cumprimentar também. Aquela massa de homens enormes que deixava todo mundo com torcicolo para os cumprimentar.

Meus olhos só acompanhavam, embasbacados os meninos que sorriam charmosamente, enquanto eu ouvia o salvador do Milk gritando:

― Júlia! Essa é a sua nona?? Prazer!! ― E ele apertava efusivamente a mão da minha vó que franzia o cenho e em um português arrastado vociferava:

― Não sou nona, coisa nenhuma! Vovó Rosa! ― E o "s" parecia ainda mais forte conforme ela falava. Milk sorriu amavelmente e concordou efusivamente com a cabeça.

Por conta da minha atenção voltada a Milk e sua estranha conversa com vovó, demorei para perceber Bruno novamente e, quando o fiz, ele já estava na minha frente, alto e imponente.

― Ah, Mon... ― E eu nem sequer consegui completar. Montanha me puxou pela cintura me abraçando. Desajeitadamente, estendi as mãos por entre os ombros dele tentando não tocar com as luvas sujas nele enquanto as perpassava pelo ombro de Bruno para trás perto do pescoço. Ele aproveitou para se aproximar mais e falar no meu ouvido num sussurro:

― Vou entrar no modos operandis namorado fake, não me mate.

― Você o que... ―

Não consegui terminar de falar mais uma palavra sequer porque Montanha simplesmente me deu um beijo na testa e outro na bochecha deixando um rastro perigoso de formigamento e falou:

― Oi jujuba! ― E então voltou a cumprimentar o pessoal.

O meu rosto foi ficando vermelho enquanto eu ouvia como se estivesse debaixo d'água um monte de vozes confusas me parabenizando, pedindo autógrafo para os meninos e alguém tirando minhas luvas, acho que foi prima Jana, falando:

― Vai lá aproveitar o seu namorado, deixa o resto da louça comigo.

E eu só aceitei seguindo o bonde quase guiada como uma cega enquanto tinha a plena certeza de que as coisas não iam dar tão certo como eu queria e sonhava.

A começar por aquele rastro de formigamento que continuava insistindo em permanecer próximo da minha boca. Isso nem deveria ser permitido em um relacionamento falso!

Com certeza eu estava ferrada.

E eu nunca estive mais certa.

Oi Oi lindezas!

Esses beijos muito perto da boca são perigosos né? (Enxerguem aquela carinha de lua aqui do Whatsaap) rsrs...

A gente só fica torcendo para que seja logo na boca né kkkk

Mas é louco essas terminações nervosas de deixar tudo formigando... Ju que não se cuide, né meninas? A gente rouba o lugar dela se ela não aceitar o Montanha...

E a Tai fofa tentando emendar um assunto buscando outros? hsuhsau

E Rodrigo ficando em escanteio? Acho que essa é a parte que vocês mais gostaram né...

Agora só nos vemos sexta que vem, galera! Espero que tenham gostado desse singelo capítulo <3

Não esqueçam as estrelinhas e comentários!

Bjinhoos

Diulia.

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