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Capítulo XIV - Eu te amo

A menina olhava para os lados, não costumava usar aquela capa preta quando saía do Castelo de Mármore, mas estava receosa por tudo que havia ouvido pelos corredores. Sabia que estavam em perigo, mas não sabia a gravidade da situação e até que ponto os inimigos iriam para atingi-los.

As folhas sacudiam em simetria, jogando as pétalas das flores campestres sobre a grama alta. Ao longe, os vales sucumbiam ao calor do sol, que despontara mais cedo que o costume, ou ela pensava assim, pelo menos. Um sorriso brotou em sua face e ela apressou os passos ansiosos.

— Isaac — chamou uma vez.

O rapaz, que estava sentado no mesmo banquinho de sempre, virou-se rapidamente e sorriu de forma singela. A flor em suas mãos conferia à sua expressão um toque sutil, como se escondesse algo por trás das pétalas azuis.

— Demorou — ele disse.

— Minha mãe não sabe que vim, precisei fugir sozinha, deu muito mais trabalho — ela respondeu e olhou a tulipa. — Ainda é para mim ou está guardando para alguém?

— Quando aprendeu a jogar essas piadas? — Isaac estendeu a mão, e ela apanhou a flor com delicadeza. — Senta — ele pediu meio sem jeito.

Ylana andou até o assento e estendeu a capa longa antes de se sentar.

— Está tudo bem? — ele questionou, depois pressionou os lábios.

— É — Ela rodopiou a flor, olhando para baixo —, estamos vivos, não é? — Riu esmorecida.

— Acha que estar vivo é estar bem? — Isaac questionou, passando de leve os dedos sobre os caracóis dourados da mocinha e colocando-os atrás da orelha direita dela. A moça se calou. — Posso dizer o que eu acho?

— Ora, não é proibido falar — retorquiu a princesa.

— Acho que viver é mais que isso, sabe? — Ele olhou para o céu, como se as nuvens fossem cúmplices dos seus sonhos. — Viver é sentir aquele frio na barriga, a adrenalina, o sangue ferver nas veias.

— Como quando pulamos de paraquedas?

— Também. Mas existem formas de sentir tudo isso sem tirar os pés do chão. — Ele a encarou e Ylana não conseguiu desviar a tempo da hipnose instantânea dos olhos de Isaac.

As pupilas da princesa tremeluziram e ela piscou as pálpebras trêmulas. O rosto de Isaac se aproximava devagar.

— Co-como? — ela gaguejou.

— Como quando eu estou com você, Lana. — O rapaz molhou os lábios. — É sempre essa mesma sensação, de estar perdendo o chão sob os pés.

— Isaac eu não sei beijar — ela disse, constrangida.

— Você quer? — questionou ele, segurando a ponta do queixo da garota com doçura. Ela assentiu. — Fecha os olhos — pediu. Achava extremamente doce e graciosa a forma com que ela, de olhos fechados, aguardava o toque de seus lábios.

A mão esquerda de Issac acariciou a bochecha da princesa antes de segurar suavemente na lateral de seu pescoço e acariciar os fios acima da nuca. Por fim, o jovem também fechou suas pálpebras e encostou de leve sua boca nos lábios delicados de Ylana. O coração de ambos batia ao ritmo das asas do beija-flor que ladeava o campo onde se encontravam. O calor do sol era como raios de ouro que banhavam as frontes apaixonadas e envergonhadas de ambos. Apesar de parecer seguro, Isaac sofrera noites terríveis de insônia, pensando em como chegar àquele momento, em como declarar o que sentia e em como convencê-la a entregá-lo não só sua boca, mas também o seu coração nobre. Não pela ascendência real que carregava, mas pela nobreza de seus atos e gestos.

Quando o primeiro contato desajeitado teve fim, os dois se encararam e sorriram.

— Você também nunca fez isso, não é? — Ylana riu, mordendo o lábio inferior. O rosto estava rosado, e as linhas de expressão acima dos olhos e ao lado da boca pareciam mais marcadas pelo nervoso.

— É tão óbvio assim? — questionou o rapaz.

— Quer tentar outra vez? — ela perguntou.

Os dois se aproximaram de novo, com mais sincronia e menos timidez. Os movimentos dos lábios tornaram-se mais soltos e o frio na barriga aumentou. A sensação era mesmo a de perder o chão, mas de uma forma boa. Era como voar.

O casal se desvencilhou. Os sorrisos constrangidos deram lugar a olhares cúmplices. As testas coladas em contraste com o brilho do sol dariam uma belíssima pintura ou fotografia, mas aquele momento não poderia ser registrado em nenhuma hipótese. Pelo menos não antes de Ylana completar a maior idade e poder decidir por si só o que desejava para a própria vida, o próprio caminho.

— Acho que eu gosto de você — disse a princesa. — Gosto mesmo de você. — Pressionou os lábios e olhou para a tulipa, disfarçando a confissão que acabara de fazer.

— Eu tenho certeza, Lana. Só queria que você soubesse disso o mais rápido possível. Antes que apareça qualquer principezinho metido à besta e roube você de mim.

A princesa soltou uma gargalhada e levou a mão direita à boca.

— Isaac, eu não gosto dos príncipes dos outros reinos. São muito... — Ela sacudiu a cabeça. — Metidos à besta — repetiu o que ele disse, fazendo-o rir.

— Eu vou esperar por você, Lana. Cada tulipa representará um dia a menos até que possamos ficar juntos. — Segurou a mão da moça. — Eu nunca vou me cansar de esperar por você.

— Eu quero que você seja feliz, Isaac. — Ela devolveu o carinho sobre os dedos calejados do garoto. — Independente se for à minha espera ou com alguém que desperte o mesmo amor que sente por mim.

— Mas você não quer que eu te espere? — Ele franziu o cenho.

— Quero que você viva. E como você me disse, viver não é apenas estar vivo. Eu quero que você voe, Isaac. Ao meu lado ou não.

As palavras de Ylana deixaram confuso o coração e a mente de Isaac, todavia, ela inclinou-se e depositou um beijo afetuoso nos lábios do companheiro.

— Eu vou fazer de tudo para que isso seja eterno — ela disse. — Só não se prenda a uma promessa. — Ela olhou para o horizonte e em seguida para o meio do céu. — Tenho que voltar antes do almoço, não podem dar por minha falta. — Puxou a capa para que não se enroscasse em seus pés e segurou firme a tulipa azul.

— Vem me ver amanhã — perguntou Isaac, observando o vento acelerar e bagunçar alguns fios frente à face de Ylana.

— Farei o possível — ela respondeu, afastando-se de costas, e se virou.

— Ei — ele chamou, antes que ela desaparecesse entre as árvores. Ela girou o tronco para vê-lo. — Eu te amo, Lana.

— Eu também amo você, Isaac.

A menina embrenhou-se no caminho pelo qual chegara ao ponto de encontro e andou o mais rápido que pôde. Tinha pressa de chegar em casa.

Não costumava temer, mas aquele dia em específico, sentia-se observada na trilha que levava ao lado do castelo, entre as pedras à beira do mar.

— É só sua imaginação, Ylana — disse a si mesma, antes de olhar para trás.

Os galhos sacudiam mais que o normal, a ventania encontrava brechas entre a vegetação rasteira e as flores que subiam feito serpentes traiçoeiras pelos troncos das árvores.

Os passos dela aceleraram por impulso e instinto. Já era possível ouvir o mar embater nas pedras e ver o brasão de Lidium agitar-se no mastro, bem ao topo da terceira torre. Ylana sorriu, contudo, a expressão mudou de súbito quando escutou uma sequência de passos atrás de si. A pulsação acelerada deixava o peito ofegante.

"Não fuja, não corra" ela pensava.

Os olhos afoitos procuraram a algo seguro em que pudesse apoiar sua coragem, nada foi encontrado.

A presença parecia cada vez mais próxima, brincava com seus sentidos.

Na tentativa de escapar do que quer que fosse, a princesa esgueirou-se entre dois galhos pequenos, que se prenderam em sua capa e rasgaram-na na parte inferior.

— Droga! — murmurou.

O suor frio escorria pela testa e as mãos estavam trêmulas. Foi mais fácil abandonar a capa que retirá-la da armadilha que a prendia. A expressão de choro se tornou clara no rosto afável de Ylana. Ela ouvia a respiração de quem a perseguia. Logo em seguida, a voz.

— O que faz sozinha por aqui, princesa? — disse o homem, sorrindo de maneira diabólica e revelando-se por entre a mata.

— E-eu estou voltando para casa. Por favor, não diga a ninguém que me viu aqui — implorou.

— Oh, não se preocupe — ele rebateu. — Ninguém saberá onde você está. — Semicerrou os olhos, tirando um pano do bolso e um frasco do outro.

A princesa engoliu em seco.

— Por favor, eu só quero ir embora.

— Você vai. — Ele se aproximou dela, com o pano úmido em mãos. — Eu vou te levar.

Escuro...

Foi tudo o que a princesa conseguiu enxergar antes de inalar o clorofórmio e apagar completamente, de perder o chão sob seus pés.

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Quem será que pegou a Ylana?
Como os Nobres vão reagir a isso?
Quando será que eles vão perceber que ela sumiu?

Tô ansiosa já hahaha

Beijos, até o próximo capítulo.

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