Lúcifer
Hidan despertou aos poucos, foi abrindo os olhos lentamente, ouviu um zumbido agudo em seus ouvidos, era quase que ensurdecedor.
Sentiu uma sensação estranha, e uma certa fisgada, como se fosse uma agulhada no peito, ele abaixou a cabeça na direção onde seu peito dava fisgadas, e mesmo com a visão embaçada, pode ver que suas vestes eram azul bem claro.
Coçou os olhos e pareceu que a sua visão ficou mais clara agora, ele se sentou na cama e viu que tinha uma máquina que indicava seus sinais vitais ao seu lado direito.
Olhou a sua volta, confuso, más devido a suas vestes, as cores das paredes e também do quarto, ele soube que estava em um hospital.
Direcionou seu olhar para o seu braço, e ele estava enfaixado, e doía um pouco quando ele mexia, sentiu uma dor forte na cabeça e apertou os olhos com força, e se deitou na cama de novo, olhou para o teto, ficou observando os detalhes, quando uma enfermeira apareceu no quarto.
—Olá senhor Hatake! Está acordado?
—Quem é você? — ele disse meio tonto.
—Sou a enfermeira! Você está com dor?
Hidan apenas assentiu positivamente, e respirou fundo, sua cabeça estava doendo, e parecia que só passava quando ele fechava os olhos.
—Você está sofrendo efeitos colaterais da anestesia! — a enfermeira disse e cuidadosamente checou o estado vital de Hidan, como sua temperatura e também a sua pressão, estava tudo bem. —Você pode sentir náuseas e vômitos também! E caso precise, tem um recipiente ao lado da cama! Ah e toma, pegue isso! — ela disse e entregou o controle da TV para ele. —Caso se sinta entediado! E qualquer coisa, é só apertar o botão desse painel que está na cama!
Hidan olhou para a enfermeira e sorriu agradecendo a forma cuidadosa e carinhosa dela, antes de ela abrir a porta, para sair do quarto, Hidan disse:
—Você poderia me informar em qual hospital eu estou?
—Hospital Adventist Health White Memorial!
—Obrigado!
A enfermeira sorriu e logo saiu do quarto, e Hidan ligou a televisão, pelo menos ele não teria que ficar olhando a sua volta ou ao teto para deixar o tédio de lado.
Enquanto ele mudava de canal, procurando algo interessante, de repente ele parou em um noticiário local, era a equipe do Recording LA, eles estavam entrevistando alguns bombeiros que disseram que o fogo do enorme edifício "The Commerce Casino & Hotel" foi contido.
A reportagem local, deu replay no momento em que o edifício estava em chamas, e aquilo deixou Hidan com a pulga atrás da orelha, afinal, mais uma vez a família Wilson sendo atacada?
_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_
O Delegado William Scarlett, estava com a garotinha em sua sala, junto com Natalie e o policial Brahms, William perguntava a menina algumas informações sobre o que ela viu e passou.
No começo, Emily parecia muito relutante e talvez até com medo de falar, más pareceu que ela foi ganhando confiança aos poucos e respondeu a pergunta do delegado.
—Eu fui sequestrada por 4 homens! Hoje de manhã!
—Certo! Más o que estava acontecendo antes disso tudo acontecer?
—Eu estava em casa com os meus pais, na sala de estar, quando de repente entraram três homens enormes, eles usavam uma máscara horrível, não dava para ver quem eram eles! — a garotinha disse. —Um deles segurou os pulsos da minha mãe e colocou uma arma na cabeça dela, e o outro homem, fez o mesmo comigo! — ela disse e uma lágrima escorreu de seu rosto. —Eles ficaram falando coisas sobre dinheiro e sobre pagamento!
—Pagamento? — disse o delegado. —Dívida?
—Não me lembro direito! — ela disse confusa.
—Seu pai devia dinheiro a alguém?
—Eu não sei, por que ele não falava essas coisas em casa!
—Ok! — o delegado respirou fundo. -O que aconteceu depois desse ocorrido?
—Um homem me levou até um carro, onde estava os mesmos homens que estavam na onde eu fui encontrada! Enquanto meus pais, foram colocados em um carro preto bem escuro, e depois disso eu não vi o que aconteceu!
O delegado olhou para Natalie e para Brahms, eles estavam com semblantes confusos e sem entender o que estava acontecendo, William acenou para Brahms sair da sala junto com a garotinha, deixando ele e Natalie sozinhos.
—Têm algo muito estranho nessa história! — disse o delegado. —Eu acho que esses dois sequestros e o incêndio no cassino, não é uma coincidência!
—Você reparou em um ponto curioso senhor?
—Qual?
—Os dois sequestros foram bem planejados, não ouve nem denúncia!
—Verdade! — disse o delegado. —Eu vou abrir uma investigação junto com a minha equipe! Eu acho que ainda dá tempo dos policiais locais encontrarem James e Dahlia! — ele disse convicto. —Bom, você está liberada! Obrigado pela contribuição!
Natalie sorriu, e logo deixou a sala do delegado e procurou por Emily, que estava na recepção junto com Brahms comendo biscoitos com suco.
—Ei! Você realmente não tem lugar e com quem ficar não é?
—Não! Meus pais foram sequestrados, e minha família, a maioria deles moram fora do país! Acho que eles não iriam sair do país para me buscar aqui!
—Eu posso cuidar de você por enquanto, até nós conseguirmos uma assistente social, nós precisamos que você fique aqui nos Estados Unidos por conta da investigação!
—Tudo bem, más ninguém vai me fazer mal não é?
—Claro que não! Todos estão aqui para ajudar as pessoas! Principalmente você! — Natalie sorriu. —Você se lembra do moço que te salvou?
—O japonês muito bonito? — disse Emily e Natalie riu.
—Sim, o japonês bonito! — Natalie disse em concordância com a menina, já que Hidan, realmente era um homem, um japonês muito bonito. —O que acha de visitar ele?
—Acho uma boa idéia! Preciso saber se ele está bem!
Natalie sorriu e pegou na mão da garotinha e pediu para que Brahms, deixasse o recado ao delegado que ela cuidaria de Emily até eles encontar uma assistente social.
Entraram em um carro, e Natalie pediu para que a garotinha colocasse o cinto de segurança, e logo elas foram ao hospital, do qual Hidan tinha sido levado.
_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_
Hidan estava impressionado com tudo o que estava acontecendo, desde o sequestro e o incêndio, para ele, a família Wilson, estava claramente no alvo de um atentado.
Más como ele estava no hospital, ele não tinha acesso ao o que a polícia local estava fazendo e se descobriram algo.
Enquanto ele ficava pensando sobre o caso, alguém entrou no seu quarto, e assim que entrou, ele ficou surpreso.
Era uma linda mulher, com cabelos curtos e soltos e uma franja, uma boca bem delicada e rosada, a pele branca e perfeita como porcelana, os olhos castanhos e puxados mais lindos que ele já viu, era com toda certeza, a japonesa mais bela que ele já viu.
—Como está se sentindo? — perguntou ela ao se aproximar de Hidan.
—Eu... eu...
Hidan estava em choque ao ver ela mais de perto, ele se lembrava dela, lembrava de seus traços e de sua voz, aquela mulher linda só podia ser uma pessoa.
—Misa? — ele perguntou.
—Oi, Lúcifer! — ela disse e sorriu.
No mesmo instante Hidan sabia quem era ela, a primeira e única mulher que ele mais amou durante a vida inteira, e que doía o seu coração quando eles tiveram que terminar o relacionamento por conta que cada um seguiria áreas diferentes, e por conta que os pais dela, não aceitavam o relacionamento deles.
Lúcifer, era o apelido que Misa o chamava, por que ele muito bonito e atraente, assim como o próprio Lúcifer, que era o anjo mais belo de todos, más que por trás dessa beleza se escondia um homem que era manipulador, frio, e muitas vezes sem dó de ser cruel quando precisasse, más que só usava esse lado de carrasco, quando necessário.
Misa era a única pessoa que o chamava assim, pois ela conhecia os dois lados do seu Lúcifer, um lado negro, frio e obscuro, e um lado bom dele, que era intenso, carinhoso e muito romântico.
Ele era a perfeita representação de Lúcifer.
—Eu... estou impressionado Misa! — ele disse surpreso e seus batimentos cardíacos aumentaram.
—Calma, não se exalte! — ela sorriu e segurou na mão dele. —Você não quer ter outra parada cardiorrespiratória quer? — ela riu e ele também.
—Claro que não! Misa, eu... como você veio para os Estados Unidos? Pensei que você iria permanecer em Tokyo!
—Depois que eu me formei, eu comecei a atuar no hospital local de Tokyo, más depois, recebi uma proposta boa de vir para Los Angeles! Então, eu agarrei a oportunidade! — ela sorriu. —Moro aqui a 3 anos!
—Nossa, como o tempo passa! Eu sabia que você iria longe quando cursou medicina! Eu sempre acreditei em você Misa! Mesmo eu ter ficado todo esses anos, longe de você, eu nunca, nunca te esqueci!
—Mesmo? — disse Misa sorrindo e acariciou o rosto dele. —Eu também nunca te esqueci Lúcifer!
Os dois se entre olharam, os olhos apaixonados ainda permaneciam da mesma maneira de antes, havia passado muitos anos, más o sentimento de ambos, nunca mudou ou foi embora.
Os rostos foram se aproximando, más antes que tivesse próximos os suficiente para que as bocas se tocassem, foram interrompidos por batidas na porta.
—Misa! Têm uma policial junto com uma garotinha querendo visitar o Hidan!
—Tudo bem! — ela disse se afastando. —Pode entrar!
Misa olhou para Hidan e em uma fração de segundos, ela foi puxada por ele, que deu um beijo rápido nela, fazendo suas bochechas queimarem e ficar vermelhas, e ao mesmo tempo, fazer ela sorrir.
A enfermeira e as duas visitantes entraram no quarto, Misa o olhou sorrindo e disse:
—Mais tarde eu volto! — ela disse e arrumou os cabelos negros dele. —Lúcifer!
Hidan sorriu para ela e foi a acompanhando com os olhos até ela sair do quarto, ele ainda amava muito aquela doce, bela e perfeita japonesa.
Ele ainda amava Misa.
E Misa, claramente o amava também.
━━━━━━━༺༻━━━━━━━
•Notas de Kira:
Hmmm o que foi isso hein Hidan? Selinho rápido na amada?
Quem disse que amor não pode durar por muito tempo hein?
E sobre o incêndio, sequestro e atentado na família Wilson...
Quais são as suas teorias?
━━━━━━━༺༻━━━━━━━
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro