James estava completamente assustado e surpreso, com a tentativa de homicídio que os seus dois colegas de cela havia tentado contra o japonês, que bizarramente havia sobrevivido, após várias facadas no abdômen e um tiro no peito.

"Esse japonês não é da terra! Não pode ser!"

Ele estava no refeitório do presídio, ao lado de Otto e Josh, ele remexia a comida sem nenhum apetite, logo Josh olhou para ele e disse:

—Está pensando naquele japonês?

—Basicamente sim!

—Ok, ele é um homem muito bonito mesmo! Más disfarça enquanto estiver pensando nele! — disse Otto rindo.

—Eu não estava pensando nele! Eu estava pensando em como ele sobreviveu!

—Isso ninguém sabe! — disse Josh. —Algumas pessoas vão além, e dizem que é por que ele têm um pacto com o Diabo!

—Pacto com o Diabo?

—Ele não te interrogou antes de vir pra cá?

—Não! Foi o delegado que me interrogou!

Otto olhou para Josh e Josh riu, se aproximou mais de James e disse:

—Dizem que quando Hidan interroga as pessoas, muitas saem loucas e outras até urinam nas calças!

James olhou para Josh e começou a rir, e logo lançou um olhar debochado para ele.

—Não sei quem é mais louco nesse lugar!

—Você não acredita? — disse Otto. —Eu já volto!

Otto se levantou da mesa e caminhou pelo refeitório, indo em várias e várias mesas, e bem no fundo do refeitório, ele pegou um homem pelo braço, quando o homem foi se aproximando deu para reparar que ele era extremamente magro, parecia que seus ossos iriam se quebrar como vidro, ele tinha olhos estáticos e dava risadas estranhas, acompanhadas de um sussurro que James não conseguiu entender.

Otto o colocou sentado a frente de James e disse:

—Preste atenção no que ele está dizendo!

James se aproximou para poder ouvir com mais clareza, e ao se aproximar, conseguiu entender o que o homem sussurrava, ele dizia baixo e constantemente, uma frase que dizia: "O demônio japonês!".

—De quem ele está falando? — disse James.

—Você é mesmo muito tonto né? — disse Otto más logo baixou a voz pois Josh olhou para ele com reprovação. —Esse é o Fred! Ele foi preso por assassinar a sua própria esposa e seus quatro filhos! Enterrou os corpos no quintal de sua própria casa!

James ficou pasmo e assustado no mesmo instante.

—O caso repercutiu, e o FBI entrou em cena, e quem investigou o caso até o fim e interrogou Fred, foi o japonês! — disse Josh.

—Ninguém sabe o que ele fez com Fred, más depois de dias sendo interrogado, Fred ficou maluco, perdeu os sentidos e está assim desde que entrou aqui!

—Meu Deus... ele é...

—Um demônio? Ah sim, ele é! Talvez até pior do que isso! — disse Otto.

James ficou processando o que ele tinha acabado de ouvir, havia muitas histórias sombrias que rondava o tal japonês, o tal de Hidan ou Sasori, como as pessoas costumavam chamá-lo.

Por que ele era tão diabólico?

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Ivanski estava em sua cela, deitado na cama dura e barulhenta, o colchão era apenas uma espuma barata que fedia a suor e o lençol, era apenas um pedaço de pano todo manchado.

O travesseiro também não era nada confortável, era uma espuma mais fina enrolado em um pano, e o cobertor, era uma espécie de lençol, com várias furos.

"Que situação deplorável e nojenta!"

Ele fechou os seus olhos, pronto para dormir, já que era o único passatempo que ele tinha até o julgamento.

Quando ele finalmente pegou no sono, levou um susto por um policial que bateu na grade com força, fazendo um estrondo.

—Más que droga! — disse Ivanski sério. —Esse lugar já é uma merda, e vocês não dão sossego nem para eu dormir?

—Não é hora de dormir não! Vai se acostumando, só tem três dias que você está aqui! — disse o policial e riu. —Têm uma visita pra você!

—Quem é desta vez?

—Um japonês bem bonito! Está de rolo com ele é?

—CALA ESSA SUA BOCA! — disse Ivanski gritando. —Eu não quero vê-lo!

—Você não têm opção! — ele riu. —Se você não for até ele, ele virá até você!

Ivanski revirou os olhos, cedendo, ele sabia que aquele miserável não iria descansar, então se aproximou da cela para poder ser algemado, e logo foi para a sala, e lá estava a sua visita.

—Você não desiste não é? — disse Ivanski sério e se sentou na cadeira a frente do japonês.

—Desistir, não é o meu sobrenome! — Hidan sorriu. —Eu costumo ter muita fome por respostas, logo é óbvio que eu não desisto!

—Quando você vai me dar sossego? Por que não me diz logo o que quer? Eu estou ficando cansado desses seus joguinhos!

Hidan abriu um sorriso de canto, e começou a rir, logo apoiou os cotovelos na mesa se aproximou mais de Ivanski.

—Hoje eu não vim para fazer joguinhos meu bem! — ele disse e pegou uma caixa que estava em seu colo e a colocou na mesa.

—O que é isso?

—Algo bem interessante! — Hidan disse sorrindo e logo deslizou as mãos pela tampa da caixa e abriu, revelando um caderno, vermelho com um marca página dourado.

Ivanski ao olhar o caderno, sentiu um gelo no corpo, que logo foi quebrado por uma tensão tomada por sua temperatura corporal que subiu rapidamente, Ivanski se levantou da cadeira para tentar violentar Hidan, más não tinha como, ele estava algemado, e a corrente que estava em seus pulsos e pés, o puxava de volta para trás.

—SEU DESGRAÇADO! COMO VOCÊ PÔDE FAZER ISSO?

Hidan não esboçou nenhuma reação, apenas olhou fixamente para Ivanski, e ficou em silêncio por vários segundos, e logo quebrou o silêncio ao rir baixo.

—Eu disse que eu iria te atormentar não disse? Pois bem, eu sou um homem de palavra! Não descumpro nada do que eu digo! — ele disse e logo tirou o caderno da caixa. —É lindo esse caderno não é?

—COMO VOCÊ CONSEGUIU ISSO?

—Isso não vêm ao caso agora! — Hidan riu e abriu o caderno. —Vamos começar a leitura!

—SEU JAPONÊS DESGRAÇADO! QUANDO EU PUDER EU VOU MATAR VOCÊ DE VEZ!

—Shhh! Odeio quando atrapalham a minha leitura! — ele disse sério. —Fique em silêncio, e preste atenção, afinal, agora você vai pode saber tudo o que a sua esposa pensava sobre você! — ele riu. —Esse caderno era o diário dela não é?

Ivanski sentiu a fervura de seu corpo subir ainda mais, a ponto de suas bochechas queimarem, aquele caderno era o diário de sua esposa, que ele tinha dado de presente para ela, e foi nele que ela escreveu as suas últimas palavras antes de ser assassinada.

Por uma vez na vida, Ivanski sentiu as lágrimas escorrerem em seu rosto, ele se sentou na cadeira e respirou fundo.

—Você não deveria ter o direito de pisar nessa terra! — ele disse e olhou para Hidan com lágrimas nos olhos. —Seu desgraçado!

Ivanski bateu com as mãos na mesa, mesmo que algemadas, expelindo as suas emoções e chorando, Hidan parecia não se importar nem um pouco com isso, e logo começou a ler a primeira página do diário de Anastasya, a esposa falecida de Ivanski.

—22 de abril de 2011! Hidan disse olhou para Ivanski deu uma risada baixa e logo voltou a ler. —Eu acho que eu deveria expor os meus sentimentos e os meus pensamentos aqui neste caderno que Boris me deu! Ele é tão fofo e carinhoso quando quer! — Hidan riu mais uma vez. —Ele comprou esse caderno na sua viagem para San Petersburg, ele vive viajando para negócios, por causa da máfia, e quase nunca fica em casa, e isso me magoa... más sei que não é por mal, afinal, é o trabalho dele! Neste exato momento por exemplo, ele está na sede da máfia, em uma reunião sobre a máfia, ah que chato! O que será que ele resolve e fala nessas reuniões?

Hidan olhou para Ivanski, e ele estava com lágrimas nos olhos e no rosto, e aquilo fez Sasori rir bem baixo, para ser de uma forma sutil, ele estava amando o seu joguinho de leitura que ele havia preparado para ele.

Seria dias após dias lendo as páginas do diário de Anastasya, aquilo com certeza torturaria Boris aos poucos, afinal, a família era muito importante para ele, principalmente a sua esposa, que ele havia aberto uma imobiliária para ficar um pouco mais afastado da máfia para poder ficar mais perto de sua filha e sua amada esposa.

Hidan sorriu de uma forma macabra e logo continuou a leitura:

—23 de abril de 2011!

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•Notas de Kira:

Bem que o Hidan disse não é? Que ele iria atormentar Ivanski por dias certo?

Acho que talvez, o russo vai começar a se arrepender muito por suas atitudes, será?

Até o próximo capítulo <3

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