🌙 6.2. O melhor amigo da noiva
Nota da Autora: Escolhi Pacify Her da Melanie Martinez porque certamente, foi a música que me inspirou a reescrever esse capítulo. Por motivos pessoais, a tradução dessa música me remete ao que será abordado nesse capítulo. Lembrando que todos os personagens deste livro fazem alusão a pessoas da vida real e do meu convivio e muitos desses fatos (assim como os sonhos) realmente são verídicos.
Janet
Eu precisava beber. Não me importava como, nem com quem. Eu queria me encher de álcool antes de surtar de vez. Pesco a chave do carro na mesa e desço pelo elevador para a garagem. Minha cabeça rodava e eu já havia tomado aspirina demais. Na adolescência era habitual que eu sentisse dor de cabeça excessivamente durante o dia, por isso eu sempre andava com caixas e caixas de Neosaldina na bolsa.
Meus dedos apertavam o volante com força, na rua as pessoas usavam máscaras de papel, descartáveis por conta da ameaça da pandemia. O governo já havia anunciado o estado de calamidade pública mundial, engulo o remédio e ligo a seta para virar a rua principal.
Eles não faziam ideia do que realmente ocorria. E, realmente a ignorância era mesmo uma benção. Por trás de todo esse caos, havia realmente algo maligno, mesmo que as igrejas insistissem em pensar se tratar do Diabo — e as não tão ignorantes apenas ofereciam aos fiéis orações, alegando que tudo em breve ficaria bem, enquanto do outro lado, quase que distópico, pastores ofereciam "milagres" a preços promocionais. Deus e religião realmente não estavam juntos.
Eles eram a vergonha da Terra. Enquanto o país de dividia entre esquerda e direita, o Caos fazia - se livre. E, de repente, a minha minúscula tatuagem com o símbolo do anarquismo na pele abaixo do peito esquerdo me pareceu uma grande sina.
Parte de mim estava feliz por Rodiney e seu esposo, pela felicidade deles. Eu amava meus amigos mas precisava ficar sozinha. Uma parte invejosa talvez, amarga.
Era o que sempre acontecia quando eu via uma família de verdade, um casal apaixonado, ou qualquer coisa que me lembrava que eu tinha uma família destruída. Pais que se odiavam e passaram anos brigando e as lembranças não me faziam bem.
Meu pai era um magnata que tinha uma rede de empresas que geriam instalações elétricas, vendas de materiais em casas e grandes empresas, ambicioso ele também tinha uma construtora que vendia prédios para diversos países com contratos milionários.
Durante o divórcio ele resolveu, como todo bom ex - marido se vingar da minha mãe, se esquecendo de mim no processo.
Grandes guerras judiciais abalaram completamente a nossa relação, pelo menos até os meus quinze anos quando passei a morar com ele e permanecia até os meus dezoito.
Meu pai havia me abandonado completamente aos meus onze anos então eu julgava justo atormentá-lo de tempos em tempos, pichar os muros da mansão dele e roubar peças da casa. Quando o juiz bateu o martelo dando a sentença, foi quando tudo piorou. As brigas, os xingamentos, a forma como me usavam para os próprios interesses, os abusos, as ofensas, os pesadelos. Lembranças que me amaldiçoavam todos os dias.
Aperto o volante com mais força quase atropelando um cachorro no percurso. Dou uma freada brusca, notando o sinal vermelho.
Lembrava do meu pai, o meu progenitor que nunca me dera um centavo, se casou no dia do meu aniversário de quinze anos como se quisesse dizer "é assim que eu te esqueço e te apago da minha vida", e colocando uma vadia qualquer metida a italiana no lugar da minha mãe. Por isso eu sempre que podia invadia a mansão dele na Barra da Tijuca quase que para mostrar que o dinheiro dele não significava nada para mim e quando passei a morar com ele, mostrava educadamente que não precisava dele.
Na época me parecia justo. Mesmo quando eu enrolei todo o carro dele com papel higiênico ou troquei o shampoo do banheiro dele por tinta azul permanente.
Mas infelizmente significava para minha mãe, em questão financeira, ter um pai que devia mais de cem mil de pensão alimentícia era algo inadmissível. Não que ela fosse uma mãe amorosa, ou algo parecido, ela costumava pegar o dinheiro que meu pai depositava e comprar coisas fúteis para ela mesma, alegando que era nosso dinheiro e não apenas meu. Assim como costumava me deixar constantemente sozinha — ora para trabalhar, ou para descansar. Como cuidava dos meus avós com câncer, por exemplo, e eu a via ir embora com outro cara.
A lembrança me dava dor de cabeça, ainda podia escutar os gritos quando ela me xingava, ou arremessava de tempos em tempos algum objeto em mim - era sempre quando o meu pai ligava para perguntar como eu estava - o que era algo raro, ele não se importava. Ligo a seta e aperto o controle remoto entrando na garagem.
Chego ao meu apartamento cansada, aquelas memórias me deixavam exausta, observo que Willow havia passado por lá aparentemente. A pilha de relatórios e roteiros redigidos na minha mesinha de centro na sala indicava isso, havia um bilhete em cima: você teve vinte e três ligações. O que houve?
Sabia que Willow voltaria para casa antes de todos nós voltarmos para nossa dimensão, aparentemente ela escolheu voltar logo ao trabalho sendo minha exemplar funcionária.
Suspiro. Tinha um emprego e responsabilidades na Terra mas eu havia adorado Andrômeda, eles eram seus súditos, meu povo, precisavam de mim como Rainha mas eu precisava ser só a Janet as vezes, me manter no anonimato, ser só uma mulher normal.
Tomo um banho e resolvo lavar o cabelo, sentir o cheiro de casa, como se a água do chuveiro limpasse também todos os meus medos interiores e fizesse minhas inquietações desaparecerem ralo abaixo.
Eu precisava me acalmar. Visto a primeira roupa que encontro, um vestidinho solto e preto, curto com um cinto prateado e escolho meu habitual all star surrado.
Pego as chaves do carro na mesinha e desço pelo elevador, em direção a garagem. Precisava de algum lugar para refrescar a minha cabeça.
Acabo descobrindo um barzinho geek que servia comida vegana e cerveja artesanal há dois quilômetros de casa. Nunca havia reparado nele.
Havia uma banda de punk rock que eu desconhecia tocando Never be Alone do Nickelback. O vocalista se chamava Kellan e seu cabelo castanho claro era grande e batia no ombro, só havia realmente notado a presença dele porque seu nome e sua estrutura, ele era musculoso e marombado demais e sua pele era branca e pálida demais de modo que me lembrava Kellan Lutz, o ator norte americano que tinha um nome similar ao dele e fazia o Emmett Cullen em Crepúsculo.
Me sento em uma das cadeiras bem próxima ao palco e percebo que Kellan estava com o zíper da calça de couro preta aberto, mostrando bem o volume da sua animação em estar ali. Ele sorri e pisca para mim, achando que eu ria porque o estava cantando.
Peço uma cerveja artesanal com morango para a barwoman e dou logo alguns goles. Meu objetivo era ficar realmente bêbada até esquecer o meu nome.
Já estava na segunda taça de vinho quando um homem se senta na cadeira ao meu lado. A princípio não havia notado realmente a presença dele, mas acabo me virando por curiosidade quando o timbre da sua voz me chama a atenção, eu reconhecia aquela voz de algum lugar.
Me viro e seus olhos pretos miram os meus, havia um brilho de contentamento por finalmente ter sido notado. Eu noto uma peculiaridade em sua íris, um leve acizentado que só aparecia graças ao reflexo da luz, seu cabelo era preto e cortado bem curto, seu cabelo era áspero mas eu sentia quase que um desejo em passar as mãos por ele, como uma lembrança de que eu já havia feito isso antes. Apesar de ser o mais comum eu sempre tive uma queda por homens de cabelo preto.
Era a única tonalidade que me chamava a atenção desde que... Bem, desde que eu me apaixonei pela primeira vez por um garoto na adolescência, com dezesseis anos. Era tão patetico não ter vivido uma única paixonite adolescente além dele, nem mesmo uma pegação. Pelo amor de Deus, eu me mantive b.v. até os dezessete!
E hoje em dia eu tinha um caderninho com 30 páginas preenchidas com todos os caras com quem eu transei e a pontuação deles.
Observo seu sorriso direcionado a mim. Eu sentia que conhecia aqueles lábios, observo mais atentamente e finalmente a ficha cai.
Quase caio da cadeira e o homem me ajuda a ficar no lugar.
- Acho que alguém bebeu demais. - ele debocha. Nós dois sabíamos muito bem que não era efeito de bebida alguma. Aquela maldita voz que me perseguia nos meus sonhos molhados de adolescente.
Sorrindo para mim ele me cumprimenta, finalmente.
- Eu sou Carlos. - gesticula exageradamente e me oferece um aperto de mão, seu sorriso debochado não deixava dúvidas de que ele se lembrava de mim. Decido cair no seu jogo.
- Sou Janet Baker. - aperto sua mão.
- Eu sei. - ele pisca para mim. Minha boca parecia seca, quase como se lembrasse de um gosto muito familiar e sentisse falta. O gosto dele.
- Como tem passado Janet? - Carlos pergunta como se ainda fossemos amigos de longa data.
- Eu estou bem, moro em Barueri agora. - Respondo.
- É, eu sei. Me mudei para um prédio perto do seu, boatos surgem o tempo todo. - Carlos explica e me pergunto quem falaria algo de mim.
Meus dedos tocam os seus, instintivamente, me lembrando quantas vezes desejei tocá-lo livremente.
Meu coração parecia um beija - flor em pleno vôo. Incrível como mesmo após tantos anos ele tinha aquele efeito sobre mim.
Minha calcinha estava molhada demais, as lembranças me faziam sentir falta dele, seus lábios, seus dedos, seu toque, sua respiração contra a minha, sua pele. Movimento minhas pernas na tentativa de tentar controlar a minha excitação e é nesse momento que ele se aproxima de mim e me beija.
Era como sentir o céu e o inferno ao mesmo tempo, era a minha droga particular. O anjo e o demônio ao mesmo tempo, minha língua se enrosca contra a sua tentando prolongar a sensação o máximo possível, fadada a precisar dele eternamente.
Era Carlos, minha primeira paixão, meu primeiro amor. O único a quem quis ter um "e se" e que me rejeitou na adolescência, a quem eu implorei por prazer na juventude e que partiu meu coração inúmeras vezes até não sobrar nada.
Em um pedido silencioso eu apenas olhei em seus olhos, implorando, ele me puxou para mais perto e de algum modo, chegamos até o carro.
O modo como dirigi certamente me daria uma multa mais tarde mas eu não me importava. Desejava aquele homem como a areia desejava se encontrar com as ondas do mar, se fundindo, de unindo, encontrando um ao outro eternamente. E, porra aquilo era muito errado. A palavra trouxa parecia presa no meu cérebro, ele já havia me magoado muitas vezes no passado. Mas bem, eu poderia apenas usá-lo agora não?
Abro a porta do meu apartamento com meu corpo ainda colado ao dele, não fazia ideia de como havíamos chegado ali sem um acidente de carro, também não prestei atenção em quem apertou o botão do elevador, mas eu supunha ter sido eu. Era como fogo e água, ímãs de polos opostos se unindo como um só.
O jogo na minha cama, sem me importar com os lençóis. Puxo sua camisa para cima de sua cabeça e a jogo em algum lugar no chão, o despindo.
Precisava senti - lo. Pele contra pele, corpo contra corpo. Em uma sintonia perfeita.
Descendo meu rosto para mais perto e passo a língua em seu mamilo, descendo até seu tórax, lambendo e mordiscando como uma gata faminta, roçando seu corpo ao meu, eu gemia implorando pela fricção, sua ereção movia - se dentro da calça simulando uma investida, ainda usando suas calças nossos corpos roçavam um no outro. O aperto ainda dentro da cueca e ele rosna.
- Sentiu saudade? - ele pergunta.
- Nem um pouco. - debocho.
Suas mãos percorrem os meus braços e meu pêlo se arrepia, todo o meu corpo tensionava como uma vibração de uma corda. Me abaixo, me pondo de joelhos e tiro lentamente seus jeans, que já estava aberto, encaro - o de baixo, levantando meu rosto para poder olhar em seus olhos.
Ele sorria, safado com seus negros olhos fixos nos meus, a íris que parecia me puxar para perto, me consumir, ele estava imaginando que eu desceria sua cueca e o chuparia mas aquela não era a minha intenção ainda.
Desço sua cueca box e me levanto da cama, fitando seu olhar, observo uma ponta de dúvida nublar seu rosto e sorrindo, o beijo. Ele cola seu corpo ao meu, suas mãos passam levemente pelo meus ombros e descem meu vestido. Sua ereção roça minha vulva, ambos pulsando, desejando, anseava e então ele coloca as mãos na minha calcinha para sentir o quanto eu estava molhada.
Quando meus lábios encontram os seus pela enésima vez, ele puxa minha calcinha com força, rasgando o tecido e finalmente se enterra em mim de uma vez só, rapidamente e até o fundo, sem piedade. Solto um gemido de dor e prazer, me lembrando de quantas vezes o desejei daquele jeito.
- argh cretino! Eu gostava dessa! - reclamo, enquanto ele passava sua barba pelo meu pescoço, depositando uma trilha de beijos.
Carlos, começava então a se mover dentro de mim. Se movia lentamente, me torturando, como a cada estocada fosse a última, me abrindo.
Observo seus olhos fixos nos meus, e ele puxa o meu cabelo de leve para que eu mantivesse o rosto em direção ao dele para que mantivéssemos o olhar fixo um no outro enquanto ele me fodia. Suas íris negras como a noite lá fora, ele estocava mais rápido agora, e naquela posição minhas pernas já começavam a doer. Relaxo somente quando percebo que ele já chegava em seu clímax, deliciando - me em um orgasmo enquanto ele se esvaziava dentro de mim. Em seu colo, aninhada em seus braços acabo por dormir profundamente e uma parte sonolenta do meu cérebro anota o fato de que eu não dormia bem ou sequer relaxava desde meus onze anos.
- Posso ficar com o seu número ? - ele pergunta com os cabelos bagunçados, ajeitando a mesa, tinha acordado antes de mim e arrumado o café da manhã, aparentemente. Bocejo e lhe dou um selinho, meu coração parecia um beija - flor em pleno vôo.
- Claro. - respondo secamente e ele parece notar a minha dúvida mas salvei seu número também. O nosso passado que pairava sobre nós como uma chuva eminente, haviam muitas mágoas e eu tinha me queimado.
Eu não liguei naquela semana nem mandei mensagem mesmo que a noite minha mente relembrava meus momentos com ele. Parecíamos disputar sobre quem era mais teimoso e orgulhoso e eu não queria dar o braço a torcer e ser a primeira a procurar. Já havia corrido muito atrás de Carlos demostrando o que sentia e implorando por ele e nunca mais deixaria que meu amor por um homem fosse maior que meu amor próprio. Ele fora uma grande lição negativa, eu havia me machucado e me queimado e eu não sabia lidar com uma perspectiva de um futuro com ele, simplesmente porquê não havia.
O resto daquele dia passou muito rápido e nem mesmo na semana seguinte dei o braço a torcer - não seria a primeira a procurar de jeito nenhum.
Resolvi tomar um bom banho relaxante e mergulhar na banheira com os fones de ouvido tocando heavy metal de uma banda que curiosamente, eu desconhecia. A melodia era estranha e a letra era macabra, falava de uma nova vida e de uma profecia.
Um som de um estalar me chamou atenção assim que me enrolei na toalha e segui para o quarto desligando a música, observo o nome da melodia The Prophecy , vesti uma roupa confortável para ficar em casa e peguei meu notebook, minha ferramenta de trabalho, onde escrevia meus roteiros. Alguma lâmpada estaria dando curto circuito novamente?
Presto atenção na letra da música com mais calma.
Agora que eu sei que a hora certa chegou
Minha profecia certamente será verdadeira
O desastre eminente agiganta-se
E a vila inteira está condenada
Por que vocês não me escutam?
É tão difícil de entender
Que eu sou o verdadeiro sétimo filho
Sua vida ou morte de mim depende
Sofrimento e dor, desastre eminente
Almas gritando, a risada do demônio
Ouça o grito dos sete silvos
Lúcifer sorri, olha e espera
Eu tomarei sua vida em minhas mãos
Seu destino, sua sorte está em minhas visões
Ouça o que eu digo e você verá
O que será por favor me ouça
Agora que eles vêem que o desastre já ocorreu
Agora eles colocam toda a culpa em mim
Eles sentem que eu trouxe uma maldição
Não sabem eles que o tormento
Continua comigo, sabendo que eu ando sozinho
Pelos olhos do futuro eu vejo
Eles nem mesmo sabem o que é o medo
Eles não sabem que sou eu o amaldiçoado
Purgatório,Almas que acenam, perdidas para sempre
Vida após a morte ou o paraíso depois daqui
Ouço o chamado das sete trombetas novamente
Agora Lúcifer ri, o inferno espera
Eu tive a vida deles em minhas mãos
Seus destinos, suas fortunas, em minhas visões
Ninguém acreditou em minha profecia de verdade
E agora é tarde demais
Caminho, curiosa para a sala com o notebook em mãos, nada parecia estar pegando fogo. Estranho. Largo o celular de lado, aquela melodia continuava ressoando em meus ouvidos como uma maldição e o cheiro de queimado continuava.
Sentando no sofá, ligo o notebook e pesco o controle, ligando a TV e a Netflix simultaneamente. Queria algum filme que não fosse bobo e que não fosse feito por mim, principalmente.
Minha profecia certamente será verdadeira
O desastre eminente agiganta-se
E a vila inteira está condenada
Os trechos da melodia continuavam na minha mente, tocando, quase como um feitiço. Procuro no Google por pistas, significados da tradução da letra. Descubro que era uma música do Iron Maiden. Vila inteira condenada, poderia se referir a Andrômeda ou a Terra? Certamente aquela música tocar do nada no meu celular era um aviso, talvez da própria Viúva Negra ou qualquer outra pessoa ligada a ela.
Acabo pegando no sono em O Diário da Princesa 2 e acordo no dia seguinte com as mensagens piscavam na tela do aparelho, eram e - mails de Malcolm e mensagens por WhatsApp da minha avó.
Deslizo a tela e observo pelo relógio do celular quanto tempo tinha dormido. Já se passavam das 10hrs da manhã.
Mas é claro, a minha avó. Ligo para ela esperando que ela me atendesse.
- vovó! - chamo assim que ela atende. Salém era uma bondosa velinha aposentada mas também era uma bruxa branca.
- Janet espero que tenha recebido minhas mensagens! - vovó chamou do outro lado da linha, gritando, ela já não tinha mais sua audição.
- sim, recebi! - respondo, ela provavelmente estava sendo vigiada pelos meus tios.
- Ótimo, é pra você entender. Em breve estaremos juntas. Beijos! - vovó desliga.
Uma chamada de vídeo pelo Skype é solicitada e Malcolm aparece sorrindo para mim, seus dreadlocks balançando enquanto ele movia a cabeça.
- Janet! - ele me cumprimenta. - Já redigiu aquele contrato para a Paramount? Uh! Desculpe, te acordei?
- Sim! Pedi para que Willow enviasse para você também e não, eu já estava levantando. - sorri para ele. Uma segunda pessoa apareceu na chamada de vídeo. Uma cabeleira negra que eu reconheceria em qualquer lugar.
Beroé Blake.
- Jane! - ela acena e sorri. - Quantos anos!
Beroé Blake era capitã da polícia cívil em Brasília, e anos atrás havia sido uma agente federal da ABIN, a líder das Kamikazes.
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