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21. SEGUINDO MEU CORAÇÃO


"Certa vez alguém me disse que mesmo que seja difícil, devemos ouvir e atender os desejos do nosso coração, mas a mesma pessoa esqueceu de avisar que esse mesmo coração pode nos destruir, pedaço por pedaço, por causa de suas indecisões."

A LUZ DO SOL que está batendo em meu rosto me acorda. Já são oito e meia da manhã e meu ânimo de levantar está em uma porcentagem mínima. Olho ao redor para ver se Julie ainda esta dormindo, mas não vejo nenhum sinal dela nem de Arthur que tenho certeza que pegou no sono ontem no filme.

Arthur.  Um flashback da conversa de ontem atinge minhas lembranças em cheio e com certeza agora eu quero menos ainda sair dessa cama. Estava tão animada para essa viagem acontecer, não só por mim, mas porque depois desse clima estranho entre eu e Henrique durante essas últimas semanas eu achei talvez, só talvez, essa viagem poderia ajudar as coisas a melhorar. E ontem no show eu consegui sentir ele de verdade, sem tentar se restringir perto de mim ou agir completamente estranho, ele se entregou e estava lá na minha frente, cantando e sorrindo com tanta intensidade que com certeza eu acharia que ali dentro poderia ter algum sentimento por mim.

E agora aqui estou eu, sem querer sair da cama e encarar toda a verdade, e sem ao menos querer saber se isso entre nós é real. Como eu sou estupida, não era isso que eu queria saber esse tempo todo? Saber qual seu sentimento por mim desde o começo? Não entendo porque agora, saber me afeta tanto. – Quem eu quero enganar, é obvio que eu sei que o grande motivo é o Bryan. 

Eu achava que ele era só uma mera lembrança de um amor que eu vivi no passado, que hoje eu só desejo que seja feliz e que não havia nenhum resto daquele sentimento que tínhamos um pelo outro, ou pelo menos do que eu tinha por ele. Mas estava enganada, e descobri isso ontem de manhã, antes de toda a minha vida se complicar. Assim que eu acordei e vi uma mensagem de voz dele no meu celular, fiquei sem acreditar que ele tinha me chamado. Fiquei meia hora olhando aquela mensagem dele, com o coração acelerado enquanto passava por todas as lembranças boas que um dia tivemos juntos e foi nesse momento que a ansiedade bateu, juntamente com uma esperança de que talvez a gente possa dar certo, mesmo já sabendo que é impossível. Não queria ouvir a voz dele, havia tanto, mas tanto tempo em que eu não ouvia sua voz que fiquei com medo do sentimento que viria assim que eu o ouvisse e percebesse a saudade que eu sinto dele. 

Com coragem eu abri a caixa de mensagens e ouvi, meu coração acelerou tanto que eu achei que sairia pela boca, ele foi bem firme nas palavras, mas eu sentia a emoção e a ansiedade do outro lado da tela, como se soubesse que ele assim como eu,pensava o mesmo sobre nós.

"Oi Becky... tudo bem? – ouve uma pausa para respirar. – Você deve estar se perguntando como tenho seu número... Mas não é nenhuma novidade que você tenha o mesmo a anos, eu lembrei de um dia que me falou que gosta de ficar com o mesmo porque é mais fácil gravar o número. – Outra pausa, que me deixava cada vez mais nervosa. – O motivo de eu estar te ligando é porque, porque eu vou pra Houston semana que vem com meus pais olhar a casa e sua mãe e os Lancaster chamaram a gente para um jantar. Os meninos não sabem ainda e eu quis te contar primeiro a novidade... É isso, meu tempo está acabando. – Ele suspira como se pensasse bem antes das próximas palavras, que com certeza poderia acabar comigo. – Eu, eu sinto sua falta princesa. Mais do que imagina e não espero que considere nem que responda essa mensagem já que não mantive o contato com você, tenho tantas coisas pra te falar, só queria que soubesse... Te vejo semana que vem.

Toda vez que me lembro daquela mensagem, dele me chamando de princesa, e em como isso me afetou meu estomago embrulha. Por um momento eu sorri, e fiquei feliz de um jeito que só ele sabia como me deixar. Mas isso durou pouco também, se fosse em outra época eu adoraria e estaria agora roendo todas as unhas pulando de alegria só por poder vê-lo de novo e talvez se ele me pedisse pra tentar outra vez eu não pensaria duas vezes, mas hoje, outra pessoa tomou conta do meu coração também. Uma pessoa complicada, orgulhosa e que me tira do sério, mas que mexeu comigo do seu jeito. Ai Henrique, porque você foi fazer isso comigo? 

Eu achei que ele ficaria sério e indiferente comigo no show, e isso me ajudaria a seguir em frente, eu o esqueceria e seguiria o meu coração, porque afinal, ele seguiu a vida dele. Mas aquele show, Henrique demonstrou TUDO, menos indiferença.

Saio dos meus pensamentos com uma batida na porta. Meu coração quase saiu pela boca com o susto que eu tomei com essa batida. Grito pra quem quer que seja, que esperasse e me arrumo na maior pressa. Quem será que é essa hora? Veio pra me encher o saco certeza. Quando abro a porta e meu coração acelera, a minha certeza de que esse dia só está começando aparece. Henrique, em carne e osso, me olhando no fundo dos olhos.

Estamos os dois sem dizer uma palavra para o outro, ele me olha de cima a baixo e eu tento ao máximo não me encolher.

Rique: belas pantufas. - Ele fala olhando minhas pantufas de elefante rosa, eu continuo calada sem conseguir dar uma resposta, e tentando esconder meu sorriso. – Julie e Arthur saíram com o resto da turma para visitar a faculdade que tem aqui perto, eu acordei tarde então não fui. Passei pra perguntar se não quer andar comigo.

Becky: suponho que sua raiva de mim já tenha acabado ou eu realmente fui sua ultima opção. – Percebo a raiva em minhas palavras quando ele se encolhe e olha pra baixo. Não me arrependo de ter falado.

Rique: me desculpa, por, por ter sido um babaca com você esses últimos dias, eu me arrependo de verdade por isso. – Quando ele me olha, o arrependimento em seus olhos é tão real que eu não hesito em dizer que esta tudo bem.

Estamos agora indo cavalgar, de acordo com ele aqui tem um lugar para fazer isso e quer tentar. Já está quase na hora do almoço e a turma do terceiro ano já deve estar chegando. E mesmo assim ele insistiu em ir. 

Becky: eu ainda vou me arrepender de não ter comido o suficiente no café. – Ele sorri sem olhar pra mim. – O que?

Rique: não me leve a mal, mas eu te avisei que ficaria, não quis escutar. – Ele ri quando eu reviro os olhos.

Becky: tudo bem dono da verdade, da próxima vez eu ouço você então. - Chegamos ao estábulo bem rápido e já estamos colocando as roupas para a cavalgada.

Henrique está agindo como se nada estivesse acontecido, o clima está bom, ele sempre faz piadas e me arranca risadas, é como se estivéssemos nos primeiros dias de aula, quando éramos bons amigos e apenas isso, será que nós dois conseguimos ainda manter esse sentimento sem ter que se magoar? Ele fica feliz ao lado da Gabi e eu, resolvo minha vida. Eu não sei se eu vou conseguir manter essa dúvida dentro de mim. Então eu vou falar, no momento certo eu vou falar, tenho que saber, não posso continuar me martirizando por um sentimento que talvez nem exista no coração dele.

Olho pra Henrique já do lado do meu cavalo, me deixaram com um branco, ele está bem limpinho e calmo, só esperando o chamado, já o de Henrique é preto, antes de irmos pela estrada o dono dos estábulos vem até nós para nos dar instruções sobre o caminho que teríamos que fazer. Ele sai desejando boa caminhada ao casal. Não sei o que o fez  pensar que somos um, mas nem eu nem Henrique fizemos questão em corrigi-lo.

Subo primeiro no meu e me delicio com a dificuldade do Henrique de subir no dele. Tenho minhas dúvidas se ele alguma vez na vida já subiu em um cavalo e sabe como fazer isso.

Becky: quer ajuda? – ele grunhe de frustação e eu não consigo segurar a risada.

Rique: não, eu consigo, me lembre de da próxima vez te chamar pra fazer uma coisa de que eu saiba, talvez aí eu não passe tanta vergonha. – Eu rio novamente e concordo enquanto ele se ajeita no cavalo.

O trajeto que vamos fazer é dentro da fazenda até um lago, o dono do estabulo passou para gente as instruções de como manusear os cavalos, mas por sorte eu já sei como fazer isso, pena que Henrique não teve a mesma sorte que eu. Para ajudar ele, eu dou partida na frente e vou dando alguns conselhos para ele conseguir cavalgar igual um humano descente.

Quando já estamos na metade do caminho, Rique já tinha pegado o jeito então um silencio quase perturbador surgiu e eu espero que ele fale alguma coisa pra acabar com isso.

Rique: eu soube...- ele pausa, tenho certeza que ficou arrependido do que falar. -Soube sobre seu lance com o Arthur, que não estavam juntos. – De todas as conversas do mundo, obvio que ele começaria assim, rio por dentro.

Becky: pois é. Eu e o Arthur, sabe, a gente não combina. É obvio que eu gosto dele, criei um laço muito forte com ele e não posso negar isso, mas é só amizade e nada mais.

Rique: Mas então, se isso tudo foi só amizade, porque quando os boatos surgiram você não os negou? O Arthur me falou o verdadeiro motivo de ele não ter falado o contrário, mas você podia ter falado. Então porque não? – meu coração não para de acelerar e tudo que eu consigo ouvir agora são as batidas do meu coração. Vai Becky, pensa rápido, você consegue.

Becky: eu também tive meus motivos. E não sou obrigada a dar satisfação da minha vida pra ninguém, quem merecia saber, sabia que era mentira. – Um silencio começou a surgir novamente e antes que essa conversa voltasse para mim de novo eu falo – e porque você se afastou de mim? Sabe, logo depois que tudo aconteceu, tudo que você fez foi se afastar aos poucos, e não só de mim, mas do Arthur também.

Rique: me desculpa, também tive meus motivos, e pelo que parece agora não é a hora certa para uma conversa de confissões de motivos. Mas eu me arrependo.

Becky: eu não falo por mim porque por mais que eu tenha sentido a sua falta, o Arthur é seu melhor amigo a anos e ele ficou bem magoado porque não esperava isso de você. – Agora ele me olha fixamente com o rosto corado. Ai meu Deus, eu disse isso mesmo, sua bocuda, porque você disse isso. E é quando um sorriso debochado surge no seu rosto que eu tenho certeza da merda que eu disse.

Rique: então sentiu minha falta? - ele sorri de canto.

Becky: pensando bem aqui agora, nenhuma, você é chato demais pra isso acontecer, eu tirei umas férias – Falo também em sorrisos. Todo aquele clima estranho se dissipou.

Rique: sabe, foi até bom ficar um tempo longe, seu amor me sufoca. -Rio com escárnio e ele me acompanha. Agora já estamos no lago descendo dos cavalos e indo até um banco na beira, a vista é linda.

Becky: igual o seu ego. Pena que ele te deixa cego.

Ele se senta bem ao meu lado, paramos para olhar e admirar a paisagem em um silencio reconfortante. Queria muito que ele não me afetasse desse jeito, até dias atrás eu estava tão mal sem poder ter esses momentos simples com ele. E tudo isso é muito novo, eu nunca havia sentido algo assim com ninguém, o único sentimento parecido com esse que eu sinto por ele foi o que eu senti pelo Bryan. Obvio que com muitas diferenças, o que eu e Bry passamos foi único e cheio de emoções, aquela coisa de primeiro amor digamos. Já nós dois, mal sei se são sentimentos reais, é tudo tão confuso que não sei bem como explicar. O silêncio está bastante reconfortante, mas resolvo puxar assunto.

Becky: Esse lugar é lindo pra você trazer sua namorada. Gabrielle ia amar. – Não sei se quero ouvir a resposta, mas isso foi uma das coisas que mais me incomodou. Eu tinha que perguntar isso. Ele me olha fundo nos olhos antes de soltar um suspiro longo para falar.

Rique: Se nós fossemos namorados, sim, ela amaria. - paro pra ouvir a continuação, e ele continua - mas Gabrielle é uma pessoa muito complicada, obvio que não muda o fato de eu considerar ela, mesmo as vezes ela sendo uma idiota pelas coisas que faz, eu realmente tenho um carinho grande por ela e sei que isso pode até atrapalhar por querermos coisas diferentes, ela quer voltar e eu ser no máximo amigo. Então não, nós não voltamos nem vamos voltar.

Becky: achei que você queria isso também. Sabe, vi vocês beijando uma quantidade considerável de vezes para não acreditar no que você acabou de falar. – Ele sorri sem graça e nem se quer olha pra mim. Muito bom, porque assim ele não percebe minha frustração.

Rique: isso foi um caso a parte, um momento de carência que acabei fazendo besteira, talvez de raiva também. Mas não sinto nada por ela, me sinto um idiota porque sei que usei os sentimentos dela ao meu favor.

Não quero sentir pena da Gabi, mas se ela gosta dele mesmo, ele tem que ser sincero em tudo.

Becky: só seja sincero com as pessoas que você se importa que tudo ficará bem. - ele me olha com intensidade, e não tenho certeza se estou pronta pra sinceridade dele.

Já se passaram quatro horas desde o momento no campo com Henrique. Voltamos a tempo de ir almoçar e sair para o paintball com o terceiro ano. Nós dois comemos tão rápido que nem mastigamos a comida direito. Que tudo dê certo e eu não vomite em lugar algum.

O campo de paintball não fica em um lugar muito longe de onde ficamos porque demos a grande sorte de ser um lugar muito bem localizado. Em poucos minutos já estamos vestidos e separando os times.

Julie já está toda tensa do meu lado e eu tenho mais do que certeza que não tem nada haver com esse jogo e sim alguma coisa haver com a pessoa que ela está tentando disfarçar o olhar, o garoto lindo e loiro de olhos azuis que é meu melhor amigo.

Sei que nesse tempo em que fingimos estar juntos - ou melhor, não desmentimos os boatos- ela ficou desconfortável e também tenho total ciência de que ela sente algum tipo de atração por ele. Mas não quero me envolver em assuntos como esse, eles que se resolvam, mas isso não muda o fato de eu querer saber o que aconteceu.

Becky: vai me contar o que aconteceu ou eu vou ter que partir pra tortura? – ela sai dos seus pensamentos num susto e eu ganho um soco no braço. Julie sempre fofa.

Julie: aí amiga cala a boca, agora não, olha lá. – Ela aponta para o lugar onde os meninos do terceiro estão montando o time e bem onde a Julie olhava está Arthur e Henrique com nada menos que Gabi e Mariana do lado jogando todas as cartas possíveis que elas têm pra chamar a atenção deles.

Becky: umas vacas.

Julie: pronta pra acabar com elas?

Becky: eu nasci pronta pra esse momento.

Estou toda machucada, foi uma péssima ideia inventar de ir com sapato aberto para o paintball. Mas valeu a pena. Nós ficamos em times diferente do Arthur e Henrique o que não me deixou nem um pouco triste, aliás, foi um belo dia e um ótimo jogo, tive a grande sorte de poder tirar a Gabi do jogo com dois tiros bem dados. E foi adoravelmente agradável ver a raiva dela e da amiga quando os meninos passavam por nós sem atirar. Mas nós perdemos, os finalistas eram nós mesmos e eu consegui tirar o Arthur, mesmo que em cerca de segundos eu já estivesse fora do jogo.

Decidimos não irmos sair hoje pra aproveitar a fogueira e os marshmallows com chocolate quente.

O clima entre todos – exceto as engomadinhas. – Está maravilhoso, a fogueira está alta e ao lado de cada cadeira e banco tem uma tigela com biscoitos e marshmallows. Alguns dos meninos estão tocando violão enquanto cantarolamos músicas conhecidas. Não consigo parar de olhar pro Henrique, seus olhos estão com um brilho vibrante e seu sorriso, nossa, esse sorriso com certeza é hipnotizante. Consigo até esquecer porque acordei mal hoje. Se pudesse eu congelava esse dia pra sempre.

Luke: o que vocês pombinhos acham de cantarem a musica que entregou todo o show. – Todos agora estão olhando pra nós. Concordamos.

Os meninos começam a tocar "rewrite the stars" e quando Rique começa a cantar ele levanta e estende a mão pra mim e eu com o coração a mil e os olhos cem por cento fixados nele, aceito. Começamos uma dança atrapalhada no pouco espaço que tínhamos entre a fogueira e os bancos. A dança está com uma coreografia mal feita e super engraçada. Algumas pessoas gritam de aprovação e eu posso jurar que não é mais só nós que estamos dançando.

Antes de subirmos o tom ele me para e fica ali, bem na minha frente, olho no olho, ouvindo minha respiração e quase não consigo ter folego de continuar, ele coloca sua mão em meu rosto e acaricia minhas bochechas fazendo o caminho até minhas mãos quando enfim chegamos na parte alta da música.

E é tudo tão incrível que é quase como se estivéssemos de fato sobre as estrelas. São momentos como esse, onde ele me mostra esse seu lado, sem medo de sentir essa conexão incrível que nós nem ninguém pode negar que vê, que me faz me apaixonar ainda mais por ele...

Nossas testas se encontram e o mundo desaparece ao nosso redor outra vez. E tudo que eu mais quero é poder viver e morar dentro desse momento, sem confusão, nem nada que nos afete.

Quando a musica acaba, estão todos em silencio, sem palmas, sem um pio, com custo olhamos para o restante e como imaginava as pessoas que dançaram estavam em pé, ofegantes após a dança. Julie e Arthur alteram entre se olharem e olhar o resto do público. Não tenho algum interesse em dar atenção a cara de ódio de Gabi e companhia ou de deixar que nenhuma coisinha atrapalhe esse momento incrível.

Porque são momentos como este, que fazem do coração de quem sonha, se encher de alegria. Todos perecem muito impactados com o momento para ter notado tudo o que aconteceu entre mim e Rique.

Luke: isso aqui... Foi incrível! – todos se empolgaram em seguida.

Vic: sério gente, o show foi incrível, mas isso aqui? Viveria em um momento desses fácil.

Luke: bom, temos a noite inteira. – Nós rimos e todo o repertorio de musica começou a ser tocada.

Depois de cinco músicas tocadas, eu processo que eu e Henrique passamos todo esse tempo sem desgrudar nossas mãos. Antes que eu possa falar qualquer coisa ele se aproxima de mim e sussurra em meu ouvido.

Rique: preciso sair daqui, vem comigo. – Antes que eu o responda, ele já me puxa para longe da multidão para o jardim.

Estamos em silencio, são muitas emoções para assimilar, ele arranca uma rosa branca e roda ela em suas mãos.

Rique: pra você. Porque ela é como você.

Becky: está falando que eu preciso tomar um sol? – a tentativa de abafar o efeito que ele me deixou foi falha. Ele ri.

Rique: Essa rosa se parece com você não só por causa da cor, porque você precisa tomar um sol, mas porque no meio de todo esse jardim de lindas rosas vermelhas, é a rosa branca que me chama atenção. Ela é diferente, pura e linda, totalmente diferente dos padrões das outras. Ela só... – ele respira antes de falar qualquer que seja a frase a seguir que vai me abalar profundamente. – é ela que tem o meu coração.

Não sei se consigo responder, muito menos se eu vou conseguir segurar as lágrimas que estão em uma luta enorme para sair. Ele está tenso na minha frente, com suas mãos nas minhas, esperando por resposta.

Becky: porque se afastou de mim? Hoje de manhã você me disse que não era o momento de contar, mas, eu quero. – Respiro fundo, tomando coragem de olhar em seus olhos. – Eu preciso, saber a verdade. – Algo em seus olhos brilham, mas é difícil saber o que dentre tantas emoções.

Rique: porque eu fiquei com raiva, eu queria... Queria que o cara mencionado nos boatos fosse eu, não meu melhor amigo, e eu não sabia que não era real. Morri de raiva dele porque ele sabia muito bem que eu sentia. Eu preferi me afastar, porque vocês pareciam o típico casal feliz e eu não me envergonho em falar que não gostei disso. Queria que fosse eu. Mas não podia impedir meu melhor amigo de ser feliz – Ele esperou, minha cabeça é um turbilhão de pensamentos confusos, ele está se declarando, e definitivamente não era essa a reação que nós dois esperávamos. – Não vai me responder?

Becky: é que, eu tenho tantas perguntas... Você e a Gabi, vocês dois...

Rique: foi um erro bobo de ter ficado com ela.

Becky: Um erro bobo e calculado Henrique, se você sente tudo isso por mim, porque escondeu isso? Você me beijou no baile de formatura e fingiu que aquele momento não foi importante pra você. Depois daquilo eu tive que conviver com suas mudanças de humor, com você se afastando e voltando como se nada tivesse acontecido várias vezes! - estou sem folego, mas ele quer que eu responda, então vou continuar. - Você não teve nem a coragem de vir me perguntar sobre o Arthur, poxa, e nossa amizade Henrique? Você afastou a nossa amizade da gente e se atracou com a Gabi sem pensar duas vezes por esses corredores, e agora isso foi um erro bobo?

Rique: Eu errei! Eu sei ta legal? Errei em não me expressar com você na hora certa, errei em afastar nossa amizade porque ela é linda, errei em me afastar de todo mundo porque não tive a coragem de assumir que tinha ciúmes de você, sim Rebeckah, EU ERREI. - não sei quando nossas vozes começaram a se elevar, mas já não tem mais volta. - Mas quer saber? EU SOU HUMANO! Eu erro, e se for pra eu errar por algo a mais, que seja por isso...

Antes de eu falar qualquer coisa ele avança em minha direção e me beija. Minha surpresa é imediata, mas já foi feito. Sinto seus braços passarem em minha cintura juntando o calor de nossos corpos. O beijo é lento e cheio de emoção, consigo ouvir nossos corações bater em sincronia, posso até arriscar falar que talvez seja esse o efeito de se apaixonar profundo e verdadeiramente por alguém. Quando paramos por falta de fôlego ele ainda me abraça, seus dedos roçam minha bochecha e nossos olhares estão fixos no outro.

Rique: isso... – ele fica sem dizer uma palavra sequer.

Becky: Preciso ir. – Me desvencilho dele e me afasto, mas antes de eu me virar eu decido falar, não quero que nada se atrapalhe dessa vez. – Eu, gosto de você. Mas preciso de tempo. São muitas coisas acontecendo e não quero estragar nada com você. Mas eu só queria que soubesse que, o sentimento é reciproco.

Ele sorri de novo e acho que consigo me acostumar com isso, com essa versão de Henrique Vandewall, verdadeiro, intenso e transparente, sem aquela confusão toda.

Rique: leve o tempo que precisar. – Ele me olha e sorri. – Você sabe onde me encontrar, sempre sabe.

Querido diário,

Hoje o dia foi intenso. Espero eu tenha paciência pra te contar tudo o que aconteceu.

Mas primeiro, desculpa ter sumido por um tempo.  Espero compensar essa página com muito conteúdo bom. Henrique hoje me levou para cavalgar e desde cedo tem sido outra pessoa comigo. Tem me dado vários sorrisos que vou te contar, me tiram do sério. Mas o acontecimento real do dia que eu queria relatar foi que o mesmo hoje admitiu que gosta de mim. Me contou toda a verdade sobre o que está sentindo sem aquele medo todo que sempre tem, e me BEIJOU!

Sim eu o beijei e nossa! Foi como se eu fosse no céu e visse de perto todas as estrelas e voltasse. Há tempo eu não sinto algo real e verdadeiro desse jeito, são emoções que eu não sei nem como faço para manter no peito. Mas essa nem é a questão, mas sim que eu estou morrendo de medo, sei que é normal, mas é o Henrique, nunca sei o que esperar do amanhã, talvez por isso eu esteja essa hora da noite escrevendo do diário, porque tenho medo de o amanhã me destruir. De ter feito a maior burrada do mundo, de ter me entregado rápido demais pra alguém só na emoção do momento. E cair na real é um saco.

Mas suponhamos que não seja essa a questão. Não posso negar que o que eu sinto por Bryan nunca morreu e muito menos negar que em qualquer um dos dois que eu pensar, alguma coisa vai me impedir de dar certo. E eu não sei nem por onde começar. Como dizia meu pai: "você só tem que seguir seu coração, por mais que ele se engane, é ele que sabe o verdadeiro sentimento ali, e nem sempre sentir a dor é uma coisa ruim, pelo contrário, só te fará crescer. E lembre-se, você não teve culpa se seu coração escolheu alguém que á magoou, a pessoa que foi idiota de perder você."

QUE CAPITULO INCRIVEL, NÃO SEI QUAL CASAL EU AMO MAIS!

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