" Desculpas e promessas são só palavras vazias até que uma atitude prove o contrário. "

Elisa Monterana. 

Minha menina nasce linda, forte e chorosa, meu marido ordena para que a parteira a leve para cortar o cordão umbilical dela e lavá-la, ele vem até a mim e pega mais panos úmidos limpando meu corpo todo também usa as magias dele e o conhecimento para fazer os procedimentos necessários a um pós-parto. 

O avô e a avó dele entram auxiliando-o a me manter mais acordada. Mesmo estando em um estado doloroso, consigo ouvir a conversa deles, o meu marido fica irritado com o avô dele dizendo que eu não devia ter engravidado e nem muito menos ter parido… Uma mulher como eu, que está em uma doença crítica, só irá piorar minhas semanas e anos de vida.

— Meu marido… — O chamo pegando na mão dele. — Eu consegui, nós conseguimos… Caso eu não sobreviva, se mantenha vivo por mim, apenas viva Artemis monterana. — O mesmo enxuga minhas lágrimas. — Eu te amo.

— Eu te amo, meu amor, mas não diga nada, você precisa se recuperar.
— Sela nossos lábios com um beijo calmo e tranquilo. — Você não vai morrer, minha vida, nossa filhinha precisa da mamãe dela e eu também preciso de minha esposa.
— A parteira volta com a nossa filhinha em um pano e põe em meu colo. 

— Ela é linda demais, não é.
— O mesmo concorda emocionado.
— Minha princesinha, você é a nossa luz em meio à escuridão pela qual estávamos passando… Você é tão molinha e frágil que parece de algodão. — Balanço meu nariz no dela. — Meu marido, ela irá se chamar IM Sol. — Porque ela é o meu sol. 

— É você que passou pelo parto, meu amor, e só a si mesma sabe o que passou nesse período tão difícil. O nome do nosso raio de sol tem um significado muito lindo. — Brincamos com as mãozinhas dela. — Eu amo tanto vocês… As duas mulheres da minha vida. 
 
DIAs SEGUINTE. 

Pela Im Sol ser recém-nascida não permiti visitas e nem foi necessário eu dizer isso para o meu marido ele prontamente já foi avisando dispensou todas as minhas damas reais e as encarregadas que cuidariam de mim deixando bem esclarecido de como marido o dever dele é cuidar de mim e de nossa filhinha sem contar que depois da minha doença ele se mantém ainda mais próximo a mim.

— Meu amor, o que está fazendo de pé? Você tem que se manter em repouso, pode voltar para a cama.
— Me deita e põe a bandeja de café da manhã em meu colo. — Fiz todos os seus alimentos favoritos. — Me beija e vai até o berço da nossa filhinha, penso que ele iria me entregar, mas não, apenas se sentou do meu lado e começou a ninar ela. 

— Nunca foi sorte em nossa vida, sempre foi Deus. — Sussurro comendo e depois que termino, tomo coragem a dizer. — Tenho um plano de prolongar mais minha vida, porém preciso que você aceite que não será para sempre... Não terei a eternidade como você. 

— Vou resolver isso… A propósito, em seu parto, supliquei e implorei para Deus mantê-la viva e ele ouviu minha oração. Ontem à noite, me ajoelhei aos prantos e agradeci por me permitir ter a mulher da minha vida viva e minha filhinha também.
— Deposita um beijo em minha testa, me deixando emocionada.

A noite deixamos a Im Sol com a minha mãe e vamos para o templo dos anjos labrastinos Artemis segura minha mão e me ajudou entrar no mar cristalinos ali o avô dele faz uma oração meu marido não solta a minha mão, porém se ajoelha erguendo a outra mão para o céu e o avô dele mesmo sendo um ser sobrenatural segura firmemente a Bíblia recitando o que era necessário para ser dito vou caminhando até me afundar por completo.

Uma luz dourada se emana no meio da gente uns brilhos fortes e reluzentes sinto meu coração e todas as minhas dores e fraquezas irem embora e de meu ombro asas brancas com alguns brilhos minimalistas e eu cubro meu marido com elas e ele faz o mesmo com as asas dele o que acontece é que precisamos nos permitir a nossa transformação por completo.

Sim, meu marido preferiu desistir da imortalidade do que viver uma vida na qual eu não esteja, essas foram as palavras dele.
Então, nesse exato momento, sou uma completa anja humana e o meu marido também virou o mesmo que eu. Recobro minha consciência e estou deitada na pedra com meu marido aos prantos, fazendo manobras para que a água presa em mim saísse e de súbito isso acontece e eu vômito tudo para fora.

— Minha vida, você ficou mais de quatro horas desacordada, eu fiquei com tanto medo que não acordasse mais. — Espera eu me recuperar e me abraça. — Nossas vidas estão ligadas, meu amor, e agora poderemos viver o nosso amor sem medo. 

Os anos se passaram e cada um aninho que se passou da nossa IM Sol foi tudo para mim. Poder ter esse alívio de poder acompanhar o crescimento da minha filhinha disseram que, quando ela ficasse maior, ela poderia perder muito do encanto que tinha, porém, agora que a mesma tem vinte anos, vejo que nada mudou. 

Ela continua com as sardas dela que puxou de minha mãe o cabelo longo e loiríssima igual ao meu, na verdade, puxou tudo de mim misturado com o papai dela a mesma é uma ótima filha tenho muito orgulho dela, mas em uma noite chuvosa sinto um aperto em meu coração e o meu marido o mesmo nós não envelhecemos continuamos jovens pelo incrível que pareça vou até o quarto da minha menina e deito na cama dela. 

— Im Sol querida..

— Aconteceu alguma coisa, mamãe? Você e o papai brigaram de novo por causa daquele programa de TV asiático? Eu já disse para vocês que não tem como mudar o final dos protagonistas. — Murmura e eu nego com a cabeça e ela faz um carinho no meu rosto. 
— Está tudo bem, mamãe? Está com um semblante tão triste. 

— Estou me sentindo realizada, minha, Sol, só isso. — Brinco com os cochichos dela e a mesma me abraça. — Eu nunca te contei, porém, seu nome é esse porque em meio à escuridão você foi meu raio de sol.
— Ela fica confusa, porém, conta tudo a ela e logo meu marido entra e nos abraçamos. 

Depois dessa conversa, marcamos o casamento dela com um duque que parecia ter saído dos contos de fadas aos quais ela lia. Vamos para o casamento dela e nos divertimos muito. O vestido da minha Im Sol é tão lindo quanto ela, bem longo, branco com calda de sereia em um estilo romântico. 
 
Um ano depois, fizemos um banquete para mostrar à minha irmã que ela estava sozinha. Em poucos dias, recebemos a notícia de que houve uma guerra no reino ao qual estavam e acabaram matando a esposa da Luna, a Luce, depois de tantos anos e ter conseguido enfim se casarem, isso ocorreu. 

Em um dia de nevasca eu desperto meu marido e me visto com um lindo vestido longo rosa de um tom pastel e ele assim que viu vestiu a mesma cor que a minha seguro na mão dele e ele mesmo sem entender entrelaça nossas mãos e me segue para onde estou nos guiando. 

Sinto em meu coração em ficarmos numa cabana que fica de frente a praia meu sonho era conhecer uma praia e enfim ele realizou esse meu desejo já que antes eu não podia fazer muito esforço de ir vamos para um píer lindo ele se senta enquanto encara a lua e eu sento do lado dele repousando minha cabeça no ombro do mesmo. 

— Acho que já chegou a nossa hora não é o mesmo Darling.
— Ele questiona e eu assinto recebendo um beijo de ternura do mesmo. — Não me importo com mais nada, tudo que eu mais queria já realizamos. Morrerei tranquilo, pois sei que o amor da minha vida estará comigo sempre. — Acaricia meu rosto. — Se existirem outras vidas, por favor, eu imploro, não hesite em me procurar... Eu te amo com a minha alma, Elisa Monterana, pois ela é eterna. — Sussurra.

E põe uma linda pulseira prateada no meu pulso. 

— Eu te amo, meu marido, com todo o meu coração, não se preocupe enquanto isso, pós. Se existir, eu estaria te esperando para o nosso amor ser revivido novamente.
— Sorrio e ele me beija aos prantos. 

Continua.... 

                           ... Nem todo o começo é o fim.

MÊS : FEVEREIRO.
                            ..... ANO DE 2023 •

Saio do hospital e olho para os meus pulsos que estão cobertos com curativos, aos quais os médicos colocaram. Mesmo a fase tendo acabado, acabei tendo uma recaída, mas graças a Deus estou me sentindo melhor. 

O meu celular volta a tocar novamente, porém insistentemente, abro minha bolsa e vejo que é o meu marido. Entretanto, com a minha pressa para atendê-lo, acabo derrubando os roteiros do novo filme ao qual pretendo fazer um ensaio de protagonista.

Assim que me agacho para pegá-los, um homem extremamente alto faz o mesmo e me ajuda a pegar as coisas e as põe na minha bolsa e a fecha.

— Nossa, muito obrigada, eu estou com tanta pressa que acabei nem me lembrando de que estavam na beira. — O agradeço com os olhos semicerrados, o achando bem familiar.

— Que nada, é sempre bom auxiliar o próximo, a propósito me chamo Matteo. — Aperta minha mão com um sorriso de canto e eu retribuo. — A propósito, essa sua pulseira prateada é linda e combina com você. 

— Muito obrigada, Matteo, aliás, meu avô que me deu… Aí, meu Deus, você é Matteo Bittencourt. — Caio, em prantos, e ele enxuga minhas lágrimas, me abraçando.

Me afasto o encarando e fico pensando que ele nem imagina o quanto me salvou. 

— Você não me disse seu nome...

— Obrigada por existir, Matteo Bittencourt. — O interrompo e agora é ele que fica de olhos marejados. 

Algo toca firme em meu coração, trazendo uma sensação estranha que o conheço, porém, não é de hoje, não consigo compreender isso, mas se ele mantém tão familiar...