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Capítulo 7 - O Desespero de Lee Gon

941 palavras

Lee Gon sentia uma saudade profunda de Tae-eul. O vazio que ela havia deixado em sua vida era insuportável, uma dor constante que o fazia questionar a decisão de deixá-la em seu mundo. Cada dia sem notícias dela o corroía por dentro, e finalmente, ele decidiu que não podia mais suportar. Lee Gon voltou ao mundo de Tae-eul, determinado a encontrá-la e a trazer de volta a paz que seu coração ansiava.

Assim que chegou à casa dela, encontrou-a vazia. O silêncio ecoava pelas paredes, e a ausência de qualquer sinal de vida ali fez seu coração apertar ainda mais. Tudo estava como ele se lembrava, mas algo estava errado. A sensação de que algo terrível havia acontecido a invadiu, e ele sabia que não poderia perder tempo. Ele foi diretamente à academia onde Tae-eul costumava treinar, na esperança de encontrar alguma pista.

Ao chegar, encontrou o pai de Tae-eul, que estava claramente perturbado. O homem, normalmente tão firme e seguro, parecia desmoronar diante dos olhos de Lee Gon. Seu rosto estava tenso, os olhos vermelhos e inchados, como se estivesse lutando contra as lágrimas há dias.

— Lee Gon, disse o pai de Tae-eul com a voz embargada. Minha filha saiu para trabalhar há 15 dias e... e não voltou mais. Tentei ligar, mas o telefone só cai na caixa postal. Ninguém sabe onde ela está.

Lee Gon sentiu um calafrio percorrer sua espinha.

— O que seus colegas de trabalho dizem? Eles não têm nenhuma pista?

O pai de Tae-eul balançou a cabeça lentamente, com os olhos brilhando com lágrimas contidas.

— Eles não dizem nada, ou talvez não saibam. Eu... eu sei que ela tem missões secretas, que não pode falar muito sobre o que faz, mas sou o pai dela. Não consigo não me preocupar.

Lee Gon sentiu o peso das palavras do homem e o desespero que ele tentava controlar. Ele se aproximou e colocou uma mão reconfortante no ombro do pai de Tae-eul.

— Vou encontrá-la. Prometo que vou trazer Tae-eul de volta para casa, disse Lee Gon com firmeza.

O pai de Tae-eul apenas assentiu, sem conseguir esconder mais as lágrimas.

Determinado a seguir qualquer pista, Lee Gon foi até a delegacia onde Tae-eul trabalhava. Lá, descobriu algo estranho. Ela havia pedido férias antes de desaparecer, algo que nunca fazia segundo seus amigos. Tae-eul era dedicada ao trabalho, sempre colocando seus deveres acima de qualquer outra coisa. A ideia de que ela simplesmente tiraria férias sem avisar a ninguém não fazia sentido.

— Ela não mencionou a ninguém para onde ia? Lee Gon perguntou a um dos colegas de Tae-eul.

— Nada. Foi tudo muito repentino. Ela simplesmente apresentou o pedido de férias e saiu. Desde então, ninguém mais ouviu falar dela, respondeu o colega, franzindo a testa em preocupação.

A inquietação de Lee Gon só aumentava. Ele voltou à academia, tentando organizar seus pensamentos, buscando qualquer detalhe que pudesse ter passado despercebido. Ele se viu andando pelos corredores, relembrando às vezes em que a tinha encontrado ali, treinando com dedicação e foco. Foi então que, ao passar pela cozinha, notou algo estranho.

Abaixo de uma mesa, perto da geladeira, algo brilhava. Ele se abaixou e puxou o objeto para fora. Era uma garrafa, aparentemente comum, mas com um líquido dentro. Lee Gon a segurou, observando-a atentamente. Um pressentimento inquietante tomou conta dele.

— Uma garrafa de água? Murmurou para si mesmo.

— Por que ela estaria escondida aqui?

Lee Gon, sendo um imperador acostumado a lidar com traições e envenenamentos em seu próprio reino, não deixou nada ao acaso. Ele decidiu que levaria a garrafa de volta ao seu mundo, onde os especialistas de seu reino poderiam analisar o conteúdo.

Ao retornar ao palácio, entregou a garrafa a seus melhores alquimistas e curandeiros, ordenando que fizessem uma análise minuciosa. Horas depois, um dos alquimistas voltou com uma expressão séria no rosto.

— Majestade, este líquido contém uma droga chamada Red Crystal, uma substância extremamente rara que só pode ser encontrada no Rio da Cachoeira Vermelha, aqui em nosso reino, explicou o alquimista.

Lee Gon franziu o cenho.

— O que essa droga faz?

— Ela é incrivelmente poderosa e perigosa. Pode alterar a mente e as memórias de uma pessoa, deixando-a desorientada e confusa. E, em doses maiores, pode até causar uma espécie de transe profundo, no qual a vítima perde completamente a noção de tempo e espaço, respondeu o alquimista.

A revelação chocou Lee Gon. Se essa droga estava envolvida no desaparecimento de Tae-eul, significava que ela poderia estar em perigo ainda maior do que ele imaginava.

— Alerta máximo para todos os homens! Procurem Tae-eul em todos os cantos do reino. Não deixem nenhuma pedra sem revirar! Lee Gon ordenou com uma determinação feroz.

O palácio se encheu de atividade, com soldados e espiões sendo enviados em todas as direções. Lee Gon não descansaria até encontrar Tae-eul. O peso da responsabilidade e do medo por seu destino o impulsionava a seguir em frente, ignorando a exaustão e a preocupação que o dominavam.

Enquanto seus homens buscavam por Tae-eul, Lee Gon se viu olhando para o horizonte, sua mente cheia de pensamentos sombrios.

" Onde ela poderia estar? "

" O que estava passando? "

" Como ele poderia salvá-la dessa terrível situação? "

Tae-eul era uma guerreira, uma mulher forte e determinada, mas mesmo os mais fortes precisam de ajuda às vezes.

— Eu vou te encontrar, Tae-eul. Eu prometo, sussurrou Lee Gon para o vento, determinado a cumprir sua promessa, não importa o que fosse necessário para isso.

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