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Capítulo 21 - A Delegacia em Ruínas

1936 PALAVRAS

O chão da delegacia tremeu violentamente sob os pés de Tae-eul, como se um terremoto tivesse se desencadeado de repente. O som ensurdecedor de uma explosão retumbante ecoou por todo o prédio, e os vidros das janelas se estilhaçaram em uma chuva de fragmentos cortantes. Tae-eul foi lançada para o chão, os cacos de vidro cortando o ar em torno dela, como se fossem lâminas afiadas de uma tempestade mortal. Ela se encolheu, protegendo o rosto das feridas iminentes, enquanto a delegacia era engolida por uma onda de caos e destruição.

O estrondo da explosão foi seguido por uma onda de calor que fez os vidros das janelas estourarem em uma chuva de fragmentos brilhantes. O ar se encheu de fumaça espessa, que se espalhou rapidamente pelo ambiente, tornando a visibilidade quase impossível. O som dos alarmes misturava-se com os gritos desesperados de seus colegas, que lutavam para se orientar em meio à confusão.

O que antes era uma delegacia tranquila e organizada agora era um campo de batalha infernal. As paredes tremiam com cada nova explosão, e o teto desabava em pedaços, criando montanhas de escombros. O calor e a fumaça eram sufocantes, e o chão estava coberto por uma camada de cacos de vidro, destroços de móveis e equipamentos. O caos era absoluto, um turbilhão de ruídos ensurdecedores e cenas de destruição.

Tae-eul, ainda atordoada pela força do impacto, ergueu-se com dificuldade, seu corpo tremendo de dor e choque. Seus instintos de policial rapidamente assumiram o controle. Ela não podia perder tempo; a delegacia estava sob ataque, e cada segundo contava. O silêncio temporário foi quebrado pelos gritos de pânico de seus colegas e o som de explosões adicionais que continuavam a abalar o prédio.

Ela correu em direção ao saguão principal, onde a explosão parecia ter causado ainda mais danos. O cenário era de devastação total: o teto havia desabado em várias áreas, criando um labirinto de escombros e fumaça. As mesas e cadeiras estavam espalhadas pelo chão, e as paredes estavam marcadas por rachaduras e buracos causados pela violência das explosões. Os gritos de seus colegas machucados ecoavam pelo espaço, uma mistura desesperada de dor e pânico.

Tae-eul ignorou a dor em seu próprio corpo e a visão embaçada pela fumaça. Ela avistou um grupo de oficiais feridos presos sob os escombros e se lançou em ação. Com um esforço sobre-humano, começou a remover os detritos, puxando os colegas para fora do perigo imediato. Seu coração batia freneticamente, e a adrenalina a mantinha em pé apesar da dor e do cansaço.

Um corte profundo no braço esquerdo de Tae-eul gotejava sangue, escorrendo lentamente sobre sua pele e misturando-se com o suor e a poeira. Cada movimento era uma luta contra a dor que latejava em sua cabeça, onde um pedaço de vidro havia a atingido. Mas sua determinação não vacilava. Ela continuava a puxar e arrastar seus colegas para fora dos escombros, ajudando-os a se afastar da área de perigo.

O som das explosões parecia estar em toda parte, uma constante ameaça de novas ondas de destruição. Tae-eul via os rostos dos oficiais, alguns deles pálidos e com os olhos fechados, outros com expressão de dor e confusão. Ela gritava palavras encorajadoras e ordens rápidas para aqueles que ainda tinham alguma força para reagir. O calor das chamas que ainda lambiam os escombros parecia estar em toda parte, e a fumaça era densa o suficiente para engolfar qualquer esperança de clareza.

Cada vez que ela saía de um local seguro para buscar mais sobreviventes, era como se o próprio tempo estivesse contra ela. A delegacia estava desmoronando ao seu redor, e o perigo parecia vir de todas as direções. Tae-eul sabia que precisava ser rápida, que cada segundo perdido poderia significar a diferença entre a vida e a morte para seus colegas.

Em um momento de desespero, Tae-eul avistou uma figura familiar no meio dos escombros. Era um jovem oficial, um dos mais novos da delegacia, preso sob uma viga de metal. Ele estava inconsciente e não conseguia se mover. Tae-eul se lançou em sua direção, sua força e determinação superando a dor que a assolava. Com um esforço colossal, ela conseguiu levantar a viga o suficiente para puxar o jovem para fora do perigo.

A fumaça era sufocante, envolvia o ar como uma manta espessa e quente. Cada respiração era um desafio extenuante, e Tae-eul sentia seu corpo fraquejar a cada passo. No entanto, sua determinação não permitia que ela parasse. Com um esforço hercúleo, ela continuava a carregar os feridos para fora dos escombros, movendo-se com uma força surpreendente e mantendo a esperança viva no meio do caos infernal. A delegacia estava reduzida a ruínas fumegantes, e o perigo parecia iminente a cada instante, como se o próprio prédio pudesse desmoronar a qualquer momento.

— Não desista! Estamos quase lá! Ela gritava para os colegas de trabalho, sua voz rouca e carregada de determinação.

Enquanto a fumaça começava a se dissipar lentamente, revelando a devastação deixada pela explosão, a cena era ainda mais desoladora. A delegacia estava quase irreconhecível: as paredes desabadas, o chão coberto por escombros e o fogo ainda consumindo o que restava do prédio. Tae-eul, exausta e com o corpo ensanguentado, finalmente conseguiu sair do prédio.

— Resista! Eu vou te tirar daqui! Ela continuava a gritar, enquanto arrastava um colega policial ferido, seus próprios ferimentos tornando a tarefa ainda mais dolorosa.

Ela carregava um jovem policial, inconsciente e pesado, nas costas. Era impressionante ver uma mulher tão pequena, mas com uma garra tão imensa, lutando contra a morte para salvar alguém. O sangue escorria de seu rosto e braços, misturando-se com a sujeira e o suor, criando uma imagem de resistência e heroísmo.

— Fique comigo! Ela gritava para o policial inconsciente.

— Você vai sair dessa! Com um esforço monumental, Tae-eul lançou o policial o mais longe que conseguiu, tentando protegê-lo da nova ameaça iminente.

No entanto, no instante em que ela o colocou no chão, uma nova explosão irrompeu com uma força devastadora. O som ensurdecedor foi seguido por uma onda de calor e uma pressão que lançou Tae-eul para o ar, como um boneco de pano.

— Ahhhh! Ela gritou, seu corpo contorcendo-se de dor ao atingir o chão, a força do impacto fazendo-a cair de forma desajeitada e dolorosa.

Ela foi arremessada a vários metros de distância antes de ser brutalmente arremessada de volta ao chão, a força do impacto fazendo-a cair de forma desajeitada e dolorosa.

— Por favor, alguém me ajude! Era o último pensamento de Tae-eul antes de perder a consciência. O cansaço a dominava, e a dor em seu corpo era quase insuportável. Mas sua expressão, mesmo inconsciente, refletia uma força e uma determinação que transcenderam o próprio desespero.

O choque da explosão foi tão violento que Tae-eul ficou inconsciente, seu corpo caindo desamparado em meio aos escombros e ao fogo.

A delegacia estava envolta em uma nuvem de poeira e fumaça, enquanto o som das sirenes e dos gritos de socorro misturava-se com o rugido das chamas. A cena exterior era um caos absoluto, com bombeiros e paramédicos lutando para controlar o fogo e resgatar os sobreviventes.

A visão de Tae-eul caída no chão, com sangue ainda escorrendo e a fumaça em torno dela, era um testemunho cruel da luta pela sobrevivência e do preço pago pela coragem. O cansaço a dominava, e a dor em seu corpo era quase insuportável, mas sua expressão, mesmo inconsciente, refletia uma força e uma determinação que transcenderam o próprio desespero. Ela havia dado tudo de si para salvar seus colegas e, embora seu corpo agora estivesse imobilizado, a força de seu espírito continuava a brilhar, como uma chama inextinguível no meio da devastação.

Enquanto isso ...

Do outro lado da cidade, Lee Gon e Jo Yeong estavam no apartamento de Tae-eul, discutindo suas próximas ações contra Lee Lim. Eles não faziam ideia do que estava acontecendo, na delegacia até que a TV ligou por conta própria, mostrando imagens ao vivo do prédio em chamas.

— Meu Deus... Sussurrou Lee Gon, seus olhos arregalados de choque ao ver a cena na tela.

Jo Yeong ficou em silêncio por um momento, também atordoado pela brutalidade do ataque. Mas foi quando viram Tae-eul, com sangue escorrendo pelos braços e pela cabeça, saindo dos escombros com um colega policial inconsciente nos ombros, que ambos perceberam a gravidade da situação.

— Ela está machucada; disse Lee Gon, a voz tensa. E ainda assim, ela continua lutando.

— Ela é mais forte do que qualquer um de nós imaginava; respondeu Jo Yeong, admirado. Mas a preocupação era evidente em seu tom.

Eles assistiram, impotentes, enquanto Tae-eul entrava e saía do prédio em chamas, salvando um a um de seus colegas, sem parar para cuidar de seus próprios ferimentos. Cada vez que ela emergia dos escombros, parecia mais cansada, mais ferida, mas sua determinação era inabalável.

Por fim, Tae-eul entrou uma última vez na delegacia, determinada a salvar o que parecia ser o último sobrevivente. Ela encontrou um jovem oficial preso sob uma viga de metal e, com um esforço sobre-humano, conseguiu levantá-la o suficiente para carregá-lo nos ombros para fora.

Lee Gon e Jo Yeong assistiram com o coração na boca, enquanto Tae-eul, exausta e ensanguentada, carregava o oficial em seus ombros e começava a sair do prédio. Mas então, sem aviso, uma nova explosão sacudiu a estrutura já frágil.

A poeira e os escombros voaram para todos os lados, jogando Tae-eul e o jovem oficial longe. O impacto a lançou contra uma parede, e Lee Gon gritou em desespero ao vê-la cair, inerte, no chão.

— Tae-eul! Ele gritou, como se pudesse alcançá-la através da tela.

Mas não havia nada que ele pudesse fazer. Ele se virou para Jo Yeong, a determinação queimando em seus olhos.

— Precisamos ir até lá agora!

Jo Yeong já estava a caminho da porta, pronto para agir. Sabiam que Lee Lim estava por trás desse ataque, e sabiam que precisavam agir rápido para proteger Tae-eul e os outros. Mas, mais do que isso, Lee Gon sabia que precisava salvá-la, não apenas porque ela era uma peça fundamental na luta contra Lee Lim, mas porque ela era a mulher que ele amava.

Ao chegarem à delegacia, a cena era de pura devastação. O prédio estava parcialmente destruído, ainda em chamas, e os bombeiros e paramédicos trabalhavam freneticamente para resgatar os sobreviventes. Lee Gon correu para o local onde Tae-eul havia caído, desesperado para encontrá-la.

Seu coração parou quando a viu, deitada no chão. Sangue escorria de seus ferimentos, e ela estava inconsciente. Jo Yeong se aproximou, ajudando Lee Gon a levantar Tae-eul nos braços.

— Precisamos levá-la ao hospital agora! Disse Jo Yeong, enquanto Lee Gon a segurava, sentindo o desespero crescer em seu peito.

Enquanto corriam em direção à ambulância, Lee Gon segurou a mão de Tae-eul com força, rezando para que ela sobrevivesse. Ela havia sido tão corajosa, tão determinada a salvar seus amigos, mesmo quando sua própria vida estava em risco. Ele nunca havia conhecido alguém tão forte, e isso só fazia seu amor por ela crescer ainda mais.

No hospital, Lee Gon ficou ao lado de Tae-eul enquanto os médicos cuidavam de seus ferimentos. Ela estava estável, mas ainda inconsciente. Sentado ao lado de sua cama, Lee Gon segurou sua mão, e prometeu a si mesmo que faria tudo o que estivesse ao seu alcance, para protegê-la daqui para frente.

Ele sabia que Lee Lim estava se tornando mais ousado e perigoso, e que a luta estava longe de terminar. Mas também sabia que, juntos, ele e Tae-eul poderiam enfrentar qualquer ameaça. O vínculo entre eles havia se fortalecido ainda mais naquela noite, e Lee Gon estava determinado a lutar não apenas pelo reino, mas por Tae-eul, a mulher que havia conquistado seu coração;

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