Capítulo 13 - O Despertar de Tae-eul
1271 PALAVRAS
A noite no Reino da Coreia era envolta em um silêncio profundo, apenas interrompido pelo som suave do vento que passava pelas colinas ao redor do Palácio Real. Dentro dos majestosos muros do palácio, a escuridão era quebrada pela luz suave das lâmpadas, que iluminavam o quarto onde Jung Tae-eul estava deitada. O ambiente era sereno, mas carregava uma tensão invisível, uma ansiedade que parecia impregnar cada canto do cômodo.
Lee Gon estava sentado ao lado da cama, observando Tae-eul com um olhar misto de preocupação e ternura. Sua mão segurava a dela, seus dedos acariciando suavemente a pele dela, tentando transmitir a calma que ele mesmo não sentia. Ela estava desacordada há dias, desde a luta brutal que enfrentaram juntos. Ele revivia constantemente o momento em que a viu cair, a expressão de dor no rosto dela, e a sensação de impotência que o assolou quando a segurou em seus braços.
Os médicos reais haviam feito tudo ao seu alcance para cuidar de Tae-eul. Seus ferimentos eram graves, mas não fatais. Mesmo assim, ver o corpo dela coberto de curativos e hematomas, e o rosto tão marcado pela violência, enchia Lee Gon de uma dor indescritível. Ele passou noites em claro, recusando-se a deixar o lado dela, mal comendo ou dormindo. Os conselheiros do reino estavam inquietos, o povo estava ansioso, e todos se perguntavam quem era a mulher que havia capturado tanto a atenção do rei.
"Os rumores se espalhavam como fogo pelo reino. "
"Quem era essa mulher? "
"Por que o rei estava tão dedicado a ela? "
"Alguns sussurravam que ela era uma guerreira poderosa? "
"Era uma feiticeira de outro mundo? "
Mas aqueles que sabiam a verdade, guardavam silêncio, respeitando o desejo do rei de proteger Tae-eul de qualquer exposição.
A cada dia que passava, Lee Gon se sentia mais desamparado, temendo que Tae-eul nunca despertasse. Ele havia enfrentado muitos desafios em sua vida, mas nenhum o havia deixado tão vulnerável, quanto ver a mulher que ele amava tão indefesa. Naquele momento, nada importava mais do que vê-la abrir os olhos, ouvir sua voz, sentir a força dela ao seu lado novamente.
Finalmente, em uma das longas noites que ele passou ao lado dela, Lee Gon percebeu uma mudança. O rosto de Tae-eul, antes imóvel, começou a mostrar sinais de vida. Suas pálpebras tremeram ligeiramente, e a respiração dela, que antes era tranquila e quase imperceptível, tornou-se mais pesada. Lee Gon se inclinou para mais perto, sua mão segurando a dela com mais firmeza.
— Tae-eul... ele sussurrou, a esperança em sua voz quase palpável.
— Por favor, volte para mim...
Por um momento, tudo parecia congelar, o mundo se resumindo apenas àquele pequeno espaço ao redor da cama. Então, lentamente, os olhos de Tae-eul começaram a se abrir. Ela piscou várias vezes, como se estivesse tentando ajustar a visão ao ambiente, até que seus olhos finalmente se fixaram em Lee Gon.
O alívio e a alegria que Lee Gon sentiu naquele momento eram indescritíveis. Ele soltou um suspiro profundo, como se estivesse segurando a respiração durante todo o tempo em que ela esteve inconsciente. Suas mãos, antes trêmulas de preocupação, agora acariciavam o rosto dela com uma suavidade que ele não sabia que possuía. Seus olhos estavam marejados, e ele não conseguiu conter as lágrimas que começaram a escorrer pelo seu rosto.
Tae-eul, ainda grogue e fraca, olhou para ele com olhos cansados, mas havia algo mais ali. Apesar dos hematomas e dos curativos que cobriam seu corpo, os olhos dela brilhavam com uma intensidade que ele reconhecia, uma chama que não havia sido apagada pela dor ou pela escuridão.
— Eu senti sua falta, meu senhor imperador... Tae-eul murmurou, sua voz fraca mas carregada de emoção.
— Meu coração só tinha um pedido... era para voltar para você.
As palavras dela atravessaram Lee Gon como uma flecha, enchendo seu coração de uma emoção tão poderosa que ele não conseguiu mais segurar. Ele se inclinou mais perto, seus olhos nunca deixando os dela. Com delicadeza, ele passou a mão pelo rosto dela, sentindo a textura suave de sua pele, apesar dos machucados. Ele se aproximou ainda mais, incapaz de resistir ao desejo que queimava dentro dele.
Com um gesto suave, Lee Gon inclinou-se e tocou os lábios de Tae-eul com os seus, em um beijo leve, quase tímido. Ele sentiu o coração dela acelerar sob seu toque, e por um momento, ele temeu ter ido longe demais. Mas quando se afastou ligeiramente, viu os olhos dela abertos, arregalados de surpresa, mas com um pequeno sorriso se formando nos lábios.
Aquele sorriso, pequeno e tímido, foi o suficiente para desfazer qualquer hesitação que Lee Gon ainda pudesse ter. Todo o medo, a ansiedade... a dor dos últimos dias se dissolveram naquele instante. Ele se inclinou novamente, dessa vez com mais certeza, e a beijou com uma paixão que ele não sabia que possuía.
O beijo foi suave no início, mas rapidamente se intensificou. Era como se todo o amor, toda a saudade, toda a dor que ambos haviam sentido, estivesse sendo canalizada naquele momento. Os lábios de Lee Gon moviam-se contra os dela com uma urgência crescente, como se ele precisasse se certificar de que ela estava realmente ali, viva, em seus braços.
Tae-eul, apesar da fraqueza, correspondeu ao beijo com uma paixão igual. Suas mãos, antes fracas e trêmulas, agora seguravam firme os ombros de Lee Gon, puxando-o para mais perto. O calor do corpo dele a envolvia, trazendo uma sensação de segurança e amor que ela não havia sentido antes. Cada toque, cada movimento dos lábios dele contra os dela, era como uma reafirmação de que eles estavam juntos, de que haviam sobrevivido e que nada mais poderia separá-los.
O mundo ao redor desapareceu. Não havia mais reino, nem inimigos, nem feridas. Havia apenas eles dois, conectados de uma maneira que transcendia o tempo e o espaço. Cada segundo daquele beijo parecia eterno, um momento gravado em suas almas.
Quando finalmente se afastaram, ambos estavam ofegantes, seus corações batendo em uníssono. Lee Gon olhou para Tae-eul, os olhos cheios de amor e adoração. Ele passou a mão pelo rosto dela novamente, seus dedos traçando as linhas suaves de suas feições.
— Tae-eul... ele começou, sua voz embargada pela emoção.
— Eu nunca estive tão feliz por ver alguém acordar. Eu pensei... eu pensei que iria perder você.
Tae-eul sorriu, um sorriso fraco, mas genuíno.
— Você nunca vai me perder, Lee Gon. Eu sempre voltarei para você.
O peso dessas palavras não passou despercebido para ele. Ele sabia que, apesar de tudo o que haviam enfrentado, o caminho à frente ainda seria difícil. Mas naquele momento, nada mais importava. Eles estavam juntos, e isso era o suficiente.
Lee Gon segurou a mão dela contra o peito, sentindo o batimento acelerado do coração de Tae-eul.
— Eu prometo, Tae-eul, que enquanto eu estiver vivo, vou proteger você. Vou lutar por nós, pelo nosso futuro.
Tae-eul assentiu, sentindo as lágrimas se formarem em seus olhos.
— Eu sei, meu senhor imperador. E eu estarei ao seu lado, lutando junto com você.
Eles ficaram ali, em silêncio, apenas aproveitando a presença um do outro. O reino, o perigo, os inimigos... tudo isso poderia esperar. Naquele instante, nada mais importava além do amor que compartilhavam, um amor que havia sobrevivido a todas as provações, e que continuaria a crescer, forte e inquebrável.
O mundo ao redor deles poderia estar desmoronando, mas dentro daquele quarto, havia uma paz e uma certeza que nada poderia abalar. E assim, eles ficaram, dois corações batendo como um só, prontos para enfrentar o que viesse pela frente, juntos.
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