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Reconciliações


A segunda feira chega sem misericórdia. Acordo com o toque de lábios macios sobre os meus e a visão dos braços firmes de Nicolae ao meu redor, me faz questionar se estou realmente vivendo a minha própria vida. 

- Bom dia, minha bela! Acordou bem?

O Sol ainda nem sequer nasceu. Um suspiro se transforma em bocejo quando meu corpo percebe que não queria ter acordado. 

- Que horas são?

-  Muito cedo, desculpe! Mas eu não estava mais aguentando de saudades! 

Não consigo conter um sorriso sonolento. Ajeito meu cabelo embaraçado, tentando ficar apresentável. Nicolae, que parece perfeito como sempre, me lança um olhar bem humorado. 

- Não se preocupe. Você está linda! 

Meu estomago reclama de fome quando percebe, antes de mim, o cheiro de ovos e manteiga. Desvio meu olhar para a bandeja sobre a cômoda. 

- É isso mesmo? Café na cama? 

Ele me lança um sorriso cristalino enquanto se levanta. Nicolae pega a bandeja nos braços, usando apenas as calças do pijama.

- Aqui no chez- Bartholy, a satisfação do cliente é a nossa única preocupação. 

- Então espero que a casa tenha uma boa carta de sobremesas...

Meu tom malicioso arranca um riso sincero de Nicolae.

-Você está ligeira para alguém que acabou de acordar! - ele diz, aproximando-se com um olhar bastante significativo. 

Seus lábios encontram os meus com avidez, em um beijo impetuoso. Os músculos do seu abdomen estremecem quando passo meus dedos sobre eles. 

- Cócegas? 

- Não. Outra coisa.- Nicolae me puxa, encaixando minhas coxas sobre seu quadril. - Sua mãe nunca ensinou que a sobremesa vem depois da refeição?

- Ela ensinou... Mas sempre fui rebelde para este tipo de lição!

Com um sorriso, ele me coloca de costas sobre os lençóis. Seu corpo se une ao meu, com delicadeza. Nossos movimentos não tem a menor pressa.

Deixo minha cabeça repousar em seus braços com um torpor pacífico. Afundo meu olhar em seus olhos de tempestade, agarrando os remanescentes desse fim de semana intenso.     

Eu certamente posso me acostumar com isso...

 Quando nos afastamos, seu ar frustrado me traz de volta à realidade. Espero suas explicações em silêncio, enquanto me sirvo do café da manhã.

- Vou ter que me ausentar por alguns dias. Meu pai... Viktor... me delegou uma tarefa durante a madrugada. - seu olhar cauteloso repousa sobre mim - Minhas noites geralmente são produtivas, como você vai acabar percebendo... 

Faz todo sentido para mim que ele não distinga entre dia e noite, mas ainda não havia pensando sobre a estranheza de viver com um homem que nunca dorme. 

-  Vou sentir sua falta, mas eu entendo.  Essa semana terei problemas o suficiente para me ocupar na faculdade...

- O que houve? 

Seu interesse soa genuíno.

-  O laboratório me enviou protótipos para testar, mas o material que encomendamos está com uma semana de atraso!  O fornecedor parece ter sumido do mapa! Meus emails retornaram, ele não atende as ligações... 

E Samantha Parker continua com as cobranças mais absurdas, tirando minha atenção do projeto...

Nicolae me observa, preocupado. Mas ele já tem coisas demais para ocupar sua atenção.

Sorrio para ele de forma tranquilizadora.

- Vamos resolver de alguma forma.

- Vou sentir falta dessa expressão valente. 

Ele beija o arco de meu nariz, em um gesto terno. Seu olhar se torna sombrio. Consigo imaginar o rumo de seus pensamentos.

- E também vai morrer de preocupação por Lorie. 

- Certamente... Mas não posso recusar uma ordem direta e não desejo falar sobre isso com Viktor. Não até eu entender melhor o que aconteceu.

Não sei como minha sugestão irá soar, mas parece um bom começo para mim...

- Eu poderia mostrar o desenho de Lorie ao professor Jones...

Nicolae parece em conflito. Posso entender o motivo. A conversa que ouvi entre Sebastian e a senhora Osborne não pareceu livre de animosidade. Após alguns momentos, ele finalmente quebra o silêncio.

- Faça! Se os seus instintos dizem que você deve, confiarei neles.

Chego ao laboratório bastante cedo, tentando não pensar em como nossa despedida me deixou com uma sensação de vazio. Lembrar que há poucas horas atrás eu estava nos braços de Nicolae chega ser quase uma tortura diante do fato de que não o verei por alguns dias. Nunca alguém conseguiu tirar minha objetividade desta forma.

Enquanto começo a trabalhar em alguns gráficos, ouço o corredor ecoando sons de sapato de salto que prontamente reconheço. Finjo uma concentração quase plena na planilha aberta em meu computador. Samantha se insinua através da porta, fazendo um ruído para chamar minha atenção.

- Bom dia Victória Espero não tê-la pego desprevenida, mas meu avô quer ver os resultados dos testes de valência ainda esta manhã!

Nunca tive dificuldades com cobranças, mas algo na antecipação predatória do olhar de Samantha me dá calafrios. 

Sorrio educadamente, e entrego os resultados, que tenho tido o cuidado de deixar sempre prontos, decidida a não cair nessa armadilha. 

- Aqui estão as tabelas de valência e condução, a curva pela temperatura. 

Dedico exatos cinco minutos discutindo as curvas de energia 

- Como você pode ver, estamos praticamente prontos para começar a testar nos protótipos. Mas infelizmente o atraso do fornecedor está prejudicando o andamento do nosso projeto...

Samantha me interrompe com um olhar irritado. Apertando os olhos, ela me diz.

- Meu avô apenas quer saber se ele é estável como condutor em condições de alta energia.

Há algum tempo não consigo entender a relação entre  as perguntas de Samantha e o propósito para o qual trabalhamos. Suspiro, pontuando na curva.

- Sim, ele é estável. 

- Muito obrigada, estou satisfeita. Continue com o trabalho!

Drogo me direciona um olhar irônico quando vê Samantha de saída.

- Encrencada com o Chefão?

- Tudo sob controle. Acabei de deslumbrá-la com um pouco de modelo de Feynmann.

Drogo ri com vontade, e percebo o quanto gosto de tê-lo por perto. Ele é como o irmão mais novo bobo que nunca tive. Seguimos juntos até o início da tarde, enquanto aguardo notícias de Nicolae. Sinto meu celular vibrar no bolso, mas minha alegria se esvai rapidamente.

" Victória, você deverá buscar pessoalmente o material com o fornecedor. Ordens de meu avô.

Samantha Parker."

 Penso nesse material tão estranho. Nada que eu conheça se comporta como ele... Às vezes ele parece quase complacente, como se se adaptasse as necessidades do uso que damos à ele.. Quase como se ele estivesse...

Vivo.

Olho exasperada para Drogo, que manuseia um bloco de material, tentando contornar minha irritação.

- Drogo, terei que viajar. Aparentemente agora faz parte de minhas funções fazer o papel de nosso fornecedor.... E por que raios você está fazendo isso de luvas?

- Porque o metal queima a pele. - Ele responde, sem olhar para mim, parecendo concentrado.

- Como assim? Drogo Bartholy, que frescura!

Drogo me olha contrariado.

- Pegue então, se é tão durona assim!

Sem hesitar, pego duas de nossas amostras de metal, e brinco de malabares.

- Como disse... frescura! Vou para minha aula! 

Drogo revira os olhos, enquanto resmunga entredentes.

- Frescura, ela diz... A garota que namora a Barbie vitoriana...

Rio no corredor, enquanto me direciono à sala. O burburinho na porta mostra que os alunos já chegaram. 

Termino a aula satisfeita por perceber que minha turma aumentou ao longo desses meses, mas a lembrança do desenho de Lorie ainda ocupa meus pensamentos.  

Sigo, até o final do corredor e sei que acabei de gastar a sorte do dia. Nenhuma aluna sonhando com aventuras orbita a sala do professor Jones. 

Bato com delicadeza e atravesso a porta quando ouço sua voz. 

É fácil entender o motivo da constante movimentação ao seu redor. Sebastian está sentado, com o primeiro botão da camisa aberto, insinuando um torso musculoso, com as pernas apoiadas sobre a mesa. Os cabelos negros emolduram seus olhos dourados, o que faz com que eles pareçam cintilar enquanto ele lê um pergaminho.

Embora seu charme empalideça diante da lembrança de Nicolae, ele é, sem dúvidas, um belo homem. Sebastian me encara com simpatia, mas há um ar jocoso em seus olhos.

- Professora Rodrigues, a que devo a honra da visita?

- Preciso do conselho de um especialista sobre uma criatura mítica, e achei que o outro arqueológo Jones de menor relevância, não conseguiria me ajudar.

Sebastian sorri, me apontando a cadeira a sua frente.

- Problemas com criaturas míticas? Achei que você não acreditasse nessas coisas...

Ok, eu mereci essa.

- Minhas crenças importam pouco diante dos fatos. Mesmo quando eles contrariam meu entendimento.

- Então estou diante de uma verdadeira cientista! 

Sebastian sorri enigmaticamente e se levanta, colocando duas xícaras sobre a mesa. Ele traz um bule com uma infusão fumegante. Um sabor rico preenche meu paladar.

- Sempre preferi café em relação ao chá, mas este é realmente bom. Não o conhecia!  

- Fico feliz de poder apresentar algo para você. Muito embora imagino que você ande saturada de novos conhecimentos. Suponho que seus horizontes devam estar bastante ampliados nesse momento. 

- Não o suficiente para recusar um novo sabor. Obrigada pelo chá!

Sebastian sorri.

- Este é produzido na província de Fujian, na China, com brotos de Camelia Sinensis. Mas imagino que você não veio aqui para saber dos ganhos que a sociedade ocidental teve com a rota da seda...

Escorrego a folha de papel por cima da mesa.

- Não, você está certo... Este é o desenho de uma garotinha. A silhueta me pareceu familiar.

O professor Jones pega o desenho com uma expressão analítica.

- Sem dúvida é uma representação do Inonimatus. O que é um tema incomum para os desenhos de uma garotinha. Mas muitas crianças estiveram na exposição com excursões da escola, e várias delas se impressionaram com as histórias... 

Sebastian se interrompe bruscamente quando seu olhar se fixa em algum detalhe. Ele parece reconsiderar.

- Esse desenho, entretanto, me fez recordar de uma outra coisa!

Sebastian levanta-se de forma súbita e procura febrilmente entre vários livros em uma pequena estante. Há um olhar selvagem em seus olhos quando ele encontra um pequeno caderno de couro. Ele começa a folhear rapidamente, como se estivesse procurando por algo muito específico.

- Aqui está!

 Ele aponta para a página aberta, e para minha surpresa, uma representação praticamente idêntica à de Lorie está a minha frente. 

- O que é isto?...

- O diário de um sobrevivente de um ataque.  Há trinta anos, um homem entrou em um casamento, torturando e matando vinte pessoas. O dono do diário alegava que viu essa sombra seguindo o assassino. Terminou a vida em um hospício. 

Observo os traços, que seguem uma semelhança perturbadora, com o desenho de Lorie.

- São muito parecidos...  Ambos parecem feitos as pressas por alguém com muito medo, beirando a histeria...

- E veja só - ele diz, apontando para o buraco no lugar dos olhos. - A mesma referência à uma criatura cega.

O olhar de Sebastian é sério. Ele coça a cabeça, parecendo hesitar.

- A garotinha em questão seria, por acaso, Lorie Bartholy?

Assinto, sem dizer nenhuma palavra. 

- O segredo dos Bartholy está seguro comigo, fique tranquila. - seu olhar se torna profundo. - Eu sei que os homens podem ser mais monstruosos do que qualquer criatura das sombras quando o medo e a ignorância dominam seus corações. Você tem certeza que Lorie não viu isso no museu?

Balanço a cabeça negativamente.

- Não acredito nisso. Nicolae disse que ela estava muito assustada quando a encontrou. E não é como se Lorie nunca tivesse visto coisas ruins. Não foi o caso de uma criança com pesadelos .

Sebastian anda de um lado a outro da sala.

- Alguma coisa está me escapando. Por que uma criança sonharia com algo assim? As aparições do Inonimatus parece estar relacionada a grandes atos de violência!

Nicolae me disse que confiaria em meus instintos, então, sinto que preciso ser franca com o Professor Jones.

- Sebastian... Nicolae me revelou que Lorie prevê grandes catástrofes. E que em parte é por isso que eles ficam em Mystery Spell. Para afastá-la dos grandes eventos.

Sebastian me olha, incrédulo.

- Sempre me perguntei o motivo de Viktor Bartholy ter transformado uma criança!  Viktor é sabidamente cruel, mas nunca gasta energia sem almejar um ganho! Uma criança vampira, instável e perigosa, aos cuidados de seus subordinados mais talentosos não parecia uma ideia tão inteligente. Agora compreendo!

Eu assinto. Sebastian constata, tristemente.

- Mais um mistério dos Bartholy explicado. No fim são só uma família protegendo sua garotinha.

Ele parece subitamente desconfiado.

- Eles sabem que você está aqui?

Sua pergunta me ofende.

- Eu jamais seria desleal aos Bartholy! Não trataria dessa forma um segredo que não me pertence sem a autorização de Nicolae!

Sebastian recua diante do meu tom irritado. Por um momento, fico envergonhada de minha explosão. É quase como se uma força de repulsão modificasse o espaço ao meu redor. Chego a sentir fisicamente a eletricidade, como se algo estivesse saindo de mim.

O que está acontecendo com você, Victória?

Ele me lança um olhar conciliador.

- Desculpe! Não tive a intenção de ofendê-la. É só que é... inusitada...essa confiança... depois de tantos anos de conflito... você sabe, entre vampiros, bruxas... e lobisomens.

Olho para Sebastian envergonhada. Ele conhece os segredos de Nicolae e acaba de me confiar seu maior segredo. Sinto a tensão se esvaziar.

- Eu que peço desculpas, Sebastian. Não tive a intenção de ser grosseira... 

Sua mão repousa sobre meu ombro.

- Tenho certeza que não.  Você é leal a eles, e isso é algo a ser admirado. De qualquer forma, precisamos trabalhar rápido. O fato de uma vidente que prevê tragédias sonhar com uma profecia antiga, apenas confirma aquilo que temia. O tempo está contra nós.

Sebastian pega um documento de sua gaveta e se dirige a máquina de xerox, me entregando um bloco de cópias.

- Leve à Nicolae. É a transcrição dos escritos que cercavam a imagem do Inonimatus. Não consegui nenhum linguista que conseguisse decifrar isso. Ele confiou em mim, então não vejo porque não fazer o mesmo por ele. Trabalharemos melhor juntos. Meu escritório estará aberto quando ele precisar de mim.

Pego as folhas das mãos de Sebastian Jones e as coloco em minha pasta. Eu me sinto um pouco comovida por este momento. Sinto que estou vivendo a mudança dos tempos. Seus olhos dourados me perscrutam de forma significativa.

- Você está diferente...

Meu suspiro pesaroso atravessa a sala.

- Eu me sinto diferente. 

Quando estou quase na porta, ouço sua voz soando rouca através do cômodo.

- Victória...

Eu me viro para encarar sua expressão séria.

- Certifique-se de que que isso não caia nas mãos erradas!

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