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O Império do Sol

Apertado entre as malas, o garoto seguia escondido no bagageiro do ônibus. A essa altura, metade do Estado já deveria estar à sua procura. Um legítimo herdeiro dos Walton não poderia simplesmente desaparecer assim.

Mas ele era o único que poderia salvar sua irmã. Ninguém mais acreditava em Emily.

Doía de formas que sua juventude não poderia entender, ver sua, antes linda irmã, com seus cabelos dourados cortados de forma irregular e suas faces pálidas pela falta de Sol.

"Procure Viktor Bartholy, conte a ele o que fizeram comigo, ele virá me salvar!"

Era uma corrida contra o tempo até ser encontrado. Mas ele precisava tentar mesmo que isso significasse ficar preso pelo resto de sua vida.

Emily era a fonte única de amor dentro daquela casa. Sem ela, tudo desabava. Henry odiava seu pai por tê-la internado e sua mãe sem espinha dorsal que permitiu que ele o fizesse. Odiava o cunhado, que abandonara o filho a própria sorte. Até mesmo seu sobrinho era culpado, por não ocupar os pensamentos de sua irmã o suficiente para impedir sua tragédia.

Não se falava em mais nada na cidade que não fosse a loucura de Emily, fugindo atrás do amante vampiro imaginário.

Mas Henry iria calar a todos aqueles invejosos. Ele iria provar que a irmã não era louca e estava certa, que Viktor Bartholy era real, e ele iria se vingar pelo que estavam fazendo com sua amada.

Algum mal-entendido o havia impedido de estar lá. Claro que para o jovem Henry, não havia outra possibilidade. Quem poderia conhecer Emily sem amá-la?

O ônibus finalmente chegara ao último paradeiro conhecido de Viktor Bartholy. Sem saber por onde começar, o jovem Henry apenas seguiu os seus pés. Havia algo que o chamava para aquela casa na colina. Uma intuição.

Ele aproximou-se da mansão. Uma linda garotinha brincava nas escadarias com um ar inocente. Mas seus olhos estavam vermelhos como o sangue. Henry viu a escuridão cercá-lo quando um forte baque se abateu sobre sua cabeça.

- Preciosa, acorde!

Abro os olhos, confusa. Ainda está escuro e eu não deveria ter acordado... Algo importante estava se desenhando naquele sonho. Um Esteban ainda fora de foco está parado ao meu lado, com uma bermuda de um tecido leve, e o torso atlético exposto, mostrando sua pele dourada. Sinto o barco balançar.

Minha hospedagem cinco estrelas na cidade de Trujillo.

A ponta arrebitada de seu nariz impecável se franze com um olhar indefinido, entre preocupação e interesse.

- Desculpe acordá-la, preciosa, mas você estava gritando!

Claro.

- Deve ser pela dor de cabeça deste Pisco que você me fez tomar! Céus, Esteban, ainda bem que eu durmo vestida!

Esteban solta um riso aberto. Sua personalidade alegre e sua leveza são tão contagiantes que até esqueço do meu mal humor por ter sido acordada.

- Preciso me preocupar em amarrar você na cama no caso de um ataque de sonambulismo?

- Não, foi apenas um pesadelo. Obrigada por sua preocupação!

Ele aperta minha bochecha como a de uma criança e me direciona uma piscada.

- Sebastian me deu a missão de ficar de olho em você.

- Pobrezinho.... Eu não pretendia dar todo este trabalho!

- Olhar você definitivamente não é trabalho!

Eu coro com seu trocadilho. Felizmente a luz da Lua mal se insinua através da claraboia do veleiro. Ele ri francamente, percebendo meu desconforto.

- Estou brincando com você, Victória. Você é feia de dar pena!

Esteban desvia rindo do travesseiro que jogo em sua direção, saindo de meu quarto improvisado. Ouço sua voz ao longe.

- Durma, preciosa. Amanhã sairemos cedo para Iquitos!

Confesso que não estou nem um pouco ansiosa para entrar no bimotor no qual Esteban parece passar sua vida. O avião parece estar caindo aos pedaços. Mas Sebastian confia no julgamento de Esteban, então não me resta alternativa senão fazer o mesmo. E estou realmente curiosa sobre Iquitos, a maior cidade inalcançável por terra do mundo.

Antes de começar a dormir, sinto uma vibração em meu celular.

Sorrio quando vejo o vídeo de Lorie.

" Olha Victória, o que eu aprendi a fazer hoje!"

Lorie enfileira um conjunto de pássaros de origami. Ela passa ainda mais uns cinco minutos contando sobre seu dia na escola.

Mando a ela as fotos de minha tarde em Trujillo. O tempo estava muito ruim para voar até Iquitos, então Esteban me levou para conhecer a cidade. Tenho certeza de que os vídeos dos sítios arqueológicos a manterão distraída por alguns momentos, mas prefiro omitir intencionalmente as fotos que Esteban tirou de mim após algumas doses de Pisco sour...

Antes de ir embora, fiz um acordo secreto com Lorie, de que nos falaríamos todos os dias. Deixei meu telefone antigo para trás, para que ela pudesse me encontrar. Não sei se eu deveria ter feito isso, mas ela está inconsciente da jornada que percorro. Para ela, minha saída da cidade estava meramente condicionada ao meu término com Nicolae. Eu tenho a forte sensação de que isso será o suficiente para protegê-la, mas eu precisava arriscar. Lorie abriu seu coração para mim e eu não poderia deixá-la sentir-se abandonada mais uma vez por uma pessoa que ela amava. Eu não pude deixá-la...

E sobretudo eu não quis deixá-la...

Mas mais uma mensagem encontra-se não lida, e vejo o destinatário, revirando meu estômago.

"Tic tac"

Viktor Bartholy.

Como se eu pudesse esquecer de nosso acordo.

Em troca de manter Nicolae e os irmãos a salvo, prometi a Viktor, que se no prazo de um ano, eu não tivesse conseguido encontrar alguma forma de destruir a criatura, eu me entregaria aos vampiros originais, que decidiriam o meu destino.

Não parecia uma boa ideia então e definitivamente não parece uma boa ideia agora...

Três meses já se passaram, perseguindo o caminho traçado por Eliza Osborne.

Passei os primeiros meses no Brasil. Pela primeira vez, em quase dez anos, voltei para o meu país. Parecia a coisa certa a fazer, retornar ao lugar onde tudo começou para mim...

Dizem que a verdadeira terra de um homem é o paraíso de sua infância. Mas apenas uma estadia breve por minha cidade foi o suficiente para mostrar que eu nunca mais a pertenceria. Parte de mim apenas se sentia vagando por aquelas ruas familiares, como se eu fosse o espectro de um sonho distante.

Nas primeiras semanas, respirar doía. A falta que sentia de Nicolae, o ciúme opressor de saber que outra pessoa estava ocupando meu lugar na família que eu havia encontrado com os Bartholy, só eram soterrados quando me deparava com a imprecisão de meu futuro.

Em alguns dias, tudo não parecia passar de uma piada de mau gosto. Em outros, acordar era o ato mecânico de repetir para mim que eu já havia visto dias muito ruins e havia sobrevivido.

Mas havia também aqueles em que eu tinha o privilégio de ser capaz de colocar um pé em frente ao outro e seguir em frente.

Depois de minha breve parada pelo Sul, viajei pela rota pelo Araguaia, para ouvir as lendas dos povos indígenas.

Eliza havia se interessado pelos Karajás pois em seus mitos de origem, eles haviam vindo do mundo do fundo das águas, sendo o portal depois fechado para sempre em punição pela ambição dos exploradores.

Os Karajás me guiaram até o local sagrado de sua lenda. Tentei abrir o portal para o seu mundo perdido, em vão. Eu podia sentí-lo do outro lado, mas uma sensação asfixiante me impedia de prosseguir.

Taina adedura, você não é nossa iólo, não aprendeu a respirar o mundo atrás desta porta. Nenhum segredo vai se deixar ser aberto se você não estiver preparada para estar do outro lado dele.

Taina adedura. A estrela vermelha, como eles me chamavam.

Tentei aceitar com mente aberta o conselho do líder espiritual da tribo. Talvez o caminho para o segredo não estivesse deste lado do portal...

Você é uma cientista. Só há um jeito de saber...

Abri o portal para o outro mundo, e tentei avançar o máximo possível, mas não fui longe. A mesma sensação quase agônica de dispneia.

A fala do xamã me ajudou a perceber algo que parecia ser bastante simples: ainda não estou pronta para todos os segredos do outro lado. Sinto que ainda não o compreendo além das bordas por onde pareço ser capaz de transitar.

Aquilo pareceu aprendizado o suficiente. Mas muitas perguntas ainda estavam sem respostas.

Sei que o Inonimatus está lá, com seu exército de criaturas, esperando por mim. Mas por que não consigo sentir toda a energia de sua perversidade? Por que aquele mundo que parece se amoldar a mim de tantas formas ainda parecia tão inalcançável?

Senti que era hora de seguir em frente. A próxima parada de Eliza era um pueblo perdido em meio à floresta peruana.

Chegando à Lima, passei quase uma semana tentando encontrar um guia. Nenhum homem parecia ser corajoso o bastante para penetrar nos segredos remanescentes dos Incas...

O sendero maldito, como eles o chamavam, parecia não despertar grandes entusiasmos. Pelo menos, não um entusiasmo temerário o suficiente para levar uma garota estrangeira ao templo perdido de Supay, o deus da morte dos quéchuas e guardião do submundo

Frustrada, liguei para Sebastian.Tenho tentado mantê-lo somente a par do mínimo necessário. Foi meu acordo para que eu pudesse aceitar sua ajuda sem colocá-lo em perigo. Mas desta vez, o tempo corria contra mim, e eu sentia que deveria insistir nessa jornada.

- Eu tenho a pessoa perfeita para você. É um grande amigo que acaba de voltar de uma expedição. Como ele nunca fixa um endereço, vou mandar um local de onde você poderá rastreá-lo. Pergunte por ele, todos o conhecem. Mas nem preciso dizer para tomar cuidado, não?

- Fique tranquilo, eu tomarei. Meu faro é bom para confusões...

- Confio que você saiba se virar, Victória! Apenas... não é um lugar onde mandaria você ir normalmente... Você é uma mulher sozinha em uma grande cidade em um país emergente, não se esqueça!

- Acho que as vezes você se esquece de minhas origens, Sebastian. Eu nasci em um país emergente! Brasileira, lembra-se?

- Minha amiga, sua origem é a única coisa de que ambos não temos certeza! Além disso, eu não me perdoaria se algo acontecesse a você...

Sua preocupação me comoveu.

- Sebastian, a internet já chegou ao terceiro mundo! Por que você não me passa o telefone do seu amigo e evitamos problemas?

Ouvi-o suspirar do outro lado da linha.

- Eu adoraria poder fazer isso, mas apenas atrasaria ainda mais a sua vida. Esteban tem opiniões próprias sobre ser escravo dessas tecnologias!

- Então, se bem entendi, devo procurar neste endereço por um homem de meia idade consertando um telhado com os dentes, enquanto assa a própria caça?

Rimos juntos. Sua voz amiga aliviou um pouco a solidão desta jornada.

- Você vai se surpreender com o que vai encontrar, acredite!

Procurei, entre as ruelas de Villa el Salvador, pelo ponto indicado por Sebastian. O bar de sinuca era realmente a definição de espelunca. Alguns homens olharam em minha direção quando me insinuei através das cadeiras metálicas, mas de modo geral, minha presença causou mais estranheza do que agitação. As paredes gastas pareciam dar guarita a um grupo de pessoas igualmente estagnadas pelo peso dos vícios desregrados.

Apenas um grupo de jovens agitados parecia dar alguma vida a aquele lugar, circundando a mesa de sinuca com seu barulho. Mesmo com meu espanhol muito ruim, consegui entender que eles apostavam.

Sentado próximo ao balcão, um homem grisalho e alto, por volta de cinquenta anos, vestido com estampa camuflada, chamou imediatamente minha atenção. Parecia um bom candidato a aventureiro intrépido...

Um típico sobrevivente do apocalipse zumbi...

- Esteban Lopez?

O homem se virou para mim mediante o chamado, com um olhar malicioso. Para minha infelicidade, ele pareceu dedicar um bom tempo em escrutinar alguma brecha em meu decote.

- Quem procura?

- Victória Rodrigues. Fui enviada por Sebastian Jones.

- Claro, meu grande amigo! Bons tempos, grandes tempos! Uma bebida para a amiga do querido Sebastian Jones!

O homem passou a mão sobre meus ombros, com uma expressão predatória. Olhei para ele, desconfiada. Não parecia o tipo de comportamento que Sebastian consideraria amistoso.

Antes que tivesse tempo de reagir, uma voz grave atravessou o bar.

- Solte ela, Carlos.

Um homem jovem e alto, com olhos castanhos e um rosto quadrado bem desenhado se adiantou do grupo ao redor de mesa de sinuca. Havia algo de provocativo no desenho naturalmente arqueado de suas sobrancelhas, embora não houvesse qualquer agressividade em seu olhar aberto. Seu porte atlético impunha respeito pela simples presença. O homem recuou imediatamente.

- Estava apenas conhecendo a moça, Esteban!

- Carlos, você precisa aprender a ler os sinais. A moça não parece interessada em conhecê-lo.

- Não sabia que você já havia voltado de viagem! Não se aborreça! Sou apenas um homem curioso! Afinal, não é sempre que uma preciosa como esta aparece por aqui!

Senti a tensão aumentar entre os dois homens. Apesar de querer ver aquela cara insólita com os dentes quebrados, uma briga apenas me faria perder mais tempo.

- A preciosa está aqui, não precisam se referir a ela na terceira pessoa. E o rapaz está certo. Não estou interessada. Vamos para outro lugar, Esteban?

O jovem pareceu surpreso com minha iniciativa. Ele apoiou sua mão firme entre minhas escápulas, me direcionando até a porta do bar, apenas me liberando quando alcançamos a rua.

Seu toque inesperado me causou uma reação confusa. Há muitos anos havia me desacostumado com esse jeito latino de lidar com o espaço entre as pessoas. Mas algo em Esteban não me causou desconforto.

- Sebastian perdeu o juízo em ter passado esse endereço. Ele poderia ter metido você em uma grande encrenca!

Sua testa se franziu em uma expressão preocupada, mas apesar disso, havia uma tranquilidade natural, mesmo em suas palavras mais duras.

- Fique tranquilo. Sebastian me conhece o suficiente para saber que eu consigo lidar com encrencas maiores do que um bêbado em um bar. Mas, se o lugar é tão ruim, o que você fazia por lá?

O rapaz abriu um sorriso franco. Seu rosto bonito transparece uma alegria vivaz.

- Não se encontram muitos bons desafiantes na sinuca se não estiver disposto a frequentar lugares como este. De qualquer forma, eu estou em desvantagem aqui. Você já sabe meu nome e suspeito que saiba ainda mais. E apesar de saber que você se dá bem em brigas de bar, aparentemente, eu não tenho a menor ideia de quem seja você...

- Victória Rodrigues. Mas você está enganado. Afora sua aversão à tecnologia e o conhecimento adquirido em uma briga de bar de que voltou recentemente de uma viagem, não sei mais nada a seu respeito!

A gargalhada de Esteban atravessou a rua. Seus modos francos são cativantes.

- Receio que não haja muito mais a saber a meu respeito, Preciosa. - sua inflexão era irônica. - Rodrigues? Com esse bronzeado e esses cabelos?

A mesma dúvida de sempre...

- Sou brasileira. O bronzeado e os cabelos são herança da parte italiana da família.

E o sobrenome nem é realmente meu...

Esteban pareceu se satisfazer com minha resposta. A vantagem das pessoas sem segredos é que elas não parecem desconfiar de suas meias verdades.

- Você já conheceu a comida da cidade?

- Bom, estive em alguns restaurantes recomendados pelo guia...

Ele sorriu para mim, com um ar zombeteiro.

- Comendo como uma turista, então? Venha, preciosa, deixe-me fazer as honras de mostrar a você as verdadeiras maravilhas do Peru, já que nosso amigo Sebastian não fez a lição de casa!

Preciosa...

Esteban me acompanhou até uma cevicheria, com um ambiente tranquilo, onde nos sentamos em uma mesa afastada. Ele estava certo. Até então eu não havia experimentado nada tão bom quanto isso em Lima.

- De onde vocês se conhecem, Sebastian e você?

- Eu era professora na faculdade de Mystery Spell. Ele tem me ajudado... em um projeto. E você? Qual é a sua história com Sebastian Jones?

Esteban sorriu.

- Fui seu aluno. Ele me escolheu para uma expedição durante meu curso. Digamos que isso nos aproximou bastante...

Minhas contas não batiam. Esteban parece ter a mesma idade que eu...

- Sim, preciosa, a resposta é mais simples do que parece. Eu fui bolsista estrangeiro em Mystery Spell. Há quase dez anos atrás.

- Então você deve ter conhecido minha amiga Sarah!

Uma pontada de saudade me oprimiu pensando em minha amiga, apesar do olhar bem humorado de Esteban.

- Conheci bem Sarah Osborne.

Levantei uma sobrancelha, curiosa. Ele levou a garrafa de Quilmes até a boca sem tirar os olhos de mim.

- Namoramos por algum tempo, você sabe... antes de ela descobrir que....

Sinto a sangue abandonando meu rosto. Esteban limpa a garganta. Ele sabe do segredo de Sarah... Eu permaneço em silêncio, esperando sua reação.

- ... antes de ela descobrir que eu não fazia o tipo dela...

Ah, claro... Isso...

Esteban complementa, finalizando o assunto.

- Sarah é uma pessoa sensacional. Ainda falo com ela quando posso! Éramos muito jovens... Mas imagino que Sebastian não a tenha mandado para os barrios bajos em busca de uma boa indicação culinária ou de um reencontro entre amigos!

- Certamente não, embora eu tenha que agradecer por ambas as coisas. Na verdade, ele me enviou porque eu preciso de um guia.

- Por que algo me diz que não será para fotografar pássaros?

Sorri para ele, antecipando sua reação.

- Não, Esteban, embora eu não me incomode se você pretender fazê-lo... Tenho que confessar que sei que o que pedirei é uma coisa grande... Eu preciso chegar aqui...

Mostrei a Esteban o ponto no mapa. Seus olhos se abrem, surpresos.

- Claro... O caminho maldito até o templo perdido de Supay. Você não gostaria de algo com uma mortalidade um pouco menor? Se quiser podemos pular de parapente no vulcão de Ubinas...

- Na verdade eu não sei se preciso chegar até o templo. Talvez eu precise apenas chegar até o pueblo onde ficam os guardiões...

Esteban me interrompeu, praguejando em espanhol

- Sebastian esta loco! A cidade secreta de Supay também não é um destino de férias, Victória!

Levantei uma sobrancelha para ele.

- Sebastian ignora para onde estou indo, Esteban, e pretendo mantê-lo assim. E eu pareço estar de férias?

Ele colocou suas mãos sobre meus braços, me forçando a aprofundar meu olhar em seu rosto.

- Não. Você parece alguém que está quebrada. Do jeito mais estranho que já vi em minha vida, como se os cacos estivessem presos pela cola de um rótulo prestes a rasgar.

Ele não está completamente errado...

- Muito bem, parece que para alguém que não tinha ideia de quem eu era há meia hora, você está presumindo bastante coisas a meu respeito...

Esteban me olhou, suplicante.

- Não vá por este caminho. Você não precisa fazer algo tão sombrio para encontrar a si mesma... Você sabe o que eles fazem com os forasteiros?... Não! Ninguém sabe! Ninguém voltou para contar a história.

Balanço a cabeça negativamente.

- Você está enganado, Esteban. Eliza, a escritora do livro, voltou! Veja, ela descreve a cidade por dentro das muralhas! O livro não revela o segredo do Deus da Morte, mas o caminho para chegar até lá está todo descrito aqui!

Esteban passou os olhos pelo manuscrito. Uma ruga se formou em sua testa. Sua expressão era indecifrável.

- Isso pode ser tudo obra de ficção, Victória! Deve ser obra de ficção! Ouça. Você parece ser uma pessoa valente. Uma garota como você poderia fazer coisas fantásticas, há muitos mistérios aí fora. Você tem coisas melhores a fazer do que perseguir o Deus da Morte!

Senti meus olhos arderem pelas lágrimas contra as quais estava lutando. Cada dia a menos era uma esperança perdida de encontrar algo que pudesse sustentar a ideia de Eliza Osborne de que meu destino não estava selado.

Oscilei, entre a frustração e a barganha, tantas vezes nesses últimos meses, que penso de onde tirei tanta coragem para estar aqui.

Aceitar meu destino é uma luta diária...

Separei minha parte do dinheiro para pagar a conta e o coloquei sobre a mesa.

- Eu queria poder escolher ter coisas melhores para fazer, Esteban. Obrigada pelo jantar e pela companhia! Desculpe ter tomado seu tempo...

Enquanto me afastava da mesa, senti uma mão enlaçar meu antebraço com suavidade. Sua palma quente escorregou lentamente até meu punho, antes de a tensão de sua pegada me forçar a virar para mergulhar em seu olhar castanho.

- Devagar, preciosa. Eu nunca disse que não iria ajudá-la.

Minha expressão surpresa arrancou um sorriso de Esteban.

- Espero que você não passe mal em barcos. Me encontre no cais às seis. Partiremos para Trujillo pela manhã.

Bem- vindos à segunda temporada!

E aí gente? Gostaram da aparição do nosso Esteban?

Friendzone ou um shipp?

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