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Capítulo 18

Robert

A consciência não estava mais presa a seu corpo. Fora enviado mais uma vez para um lugar distante, para o próprio cosmos. Aquele templo magnífico de pedras, estava ali flutuando sob uma grande cúpula. Dessa vez, vários tronos ao redor do salão principal. Na parte superior ao longo do tapete dourado, um trono maior estava localizado no centro, e dois menores ao lado. Não havia representação física, se tivesse, não dava para notar, nada além de uma energia poderosa em forma de aura.

As duas silhuetas ao lado do grande trono eram conhecidas, uma branca e outra negra. A imagem dos irmãos gêmeos se formava de acordo com as vozes que ecoavam pelo salão.

– Meus queridos filhos. – Aquela voz, estrondosa e ao mesmo tempo calma, poderosa. E conhecida. Emanava da energia ao centro, da mais poderosa ali. – Reuni todos aqui hoje, para falarmos sobre nossas criações.

Deuses, é isso o que eles são. Divindade era o que aquelas magias poderosas representavam. Planejando o começo da vida? Da terra? A consciência trêmula não sabia.

– O meu filho primogênito, Lux. Concorda que devemos acrescentar magia sob os seres da terra. Já o meu outro filho, Tenebris, acredita que é uma péssima ideia. Peço para que ambos argumentem, e depois todos iremos votar. Tomarei uma decisão após ouvir cada um.

Malditos sejam os deuses, eles estavam ali para decidir o que deveriam fazer com "a vida". De fato, Deus não joga dados com o universo. E sim com os seres, com as suas criações.

Meio aos pensamentos filosóficos, a silhueta é puxada ao longo do universo, trazendo de volta para a terra, depois para um país, uma cidade, um quarto e então seu corpo.

~∻~

Robert acorda num quarto conhecido. Uma cama com lençóis branco, parede esverdeada antiga, e aquela velha dor de cabeça. – Dejavu? – Se pergunta o jovem ao perceber que o quarto onde estava era o mesmo que havia ficado quando chegaram na capital, a casa de repouso dos curandeiros. Mas dessa vez Hina estava ao seu lado, dormindo na beirada da cama. – Por quanto tempo será que eu dormi dessa vez?

As lembranças do que aconteceu na luta estavam turvas e embaralhadas, pra variar. A dor de cabeça estava a mil, seu corpo todo dolorido, e uma fome enorme. Robert olhou para suas mãos, a direita estava enfaixada, e queimava muito – foi aí que se lembrou do golpe que quase matou seu oponente. – Se não fosse pela voz de Hina naquela hora chamando o seu nome, não teria retomado sua consciência e a morte do brutamontes seria inevitável. Depois de tudo que ele fez a ela, Robert sentia que era o mínimo que ele merecia. Seus pensamentos foram interrompidos pelo ronco de sua barriga.

– Por gentileza, peça para que sua barriga me deixe dormir mais um pouco. – Hina acorda bocejando. – Como se sente?

– Um pouco tonto e com dor no corpo, mas estou me sentindo bem. Por quanto tempo eu dormi dessa vez?

– Três dias. Pra variar.

– Nossa, isso explica o porquê de tanta fome. – A gata demoníaca sai das sombras de Hina e pula na cama de Robert se esfregando nos seus braços, e lambendo.

– Oi menina linda, também senti sua falta – fala acariciando-a, mas logo olha em direção a bruxinha ao seu lado. – Hina, quero sair daqui, comer um banquete.

– Pena que querer não é poder, e você sabe que não pode. Mal consegue se mover.

– É por isso que preciso da ajuda de vocês, não é garotona? – A gata mia em aprovação, se aninha no colo de Robert e começa a ronronar.

– Robert, não entende o que é um não? Um não é um não, e acabou. – Hina se levanta e vai buscar um remédio de ervas que os curandeiros deixaram para Robert tomar quando acordasse. – Tome, você precisa beber isso.

Entrega o copo para ele, com algo verde e algumas sementes dentro. Robert toma e faz uma careta.

– Que negócio horrível – fala, quase cuspindo de volta. – Olha, vamos fazer o seguinte então. Saímos apenas hoje, comemos e depois voltamos, certo? É tudo que peço.

Hina bufa, mas é obrigada a concordar.

– Vou ver o que posso fazer.

Ela sai e instantes depois volta, Robert já estava de pé se arrumando. As suas vestes estavam bem desgastadas e rasgadas em alguns pontos, mesmo assim vestiu.

– Precisaremos comprar novas vestes para você – fala Hina entrando no quarto. – Agora que você conseguiu muito dinheiro, podemos comprar algo de qualidade. E arrumarmos uma casa, já que vamos ficar muito tempo por aqui.

– Eu gosto dessas, – fala colocando o manto por cima do ombro – comprarei outras, mas quero mandar ajustá-las se possível. E então?

– Os curandeiros falaram que se você é doido o suficiente e não liga para sua própria vida, pode ir. Mas que não os culpasse depois caso o pior aconteça.

– Ótimo, então vamos. – Ele acaricia a gatinha e a pega no colo. – Neeko, precisarei da sua ajuda para me levar. Você consegue? – Ela mia em aprovação.

Caminharam por um tempo até chegar numa taberna, onde pediram um banquete que Robert devorou num piscar de olhos. Alguns aventureiros estavam comentando sobre a luta do arcano contra o tirano, e as conversas aumentavam de nível, dizendo que Robert era o próprio demônio em pessoa, que era maior que Ardiles, e outras histórias. Por sorte, o jovem estava todo enfaixado e com vestes surradas e não foi reconhecido por ninguém. A música tocava e muitos bebiam, era uma melodia aconchegante, tocada por um elfo de cabelos preto. – Mas não era elfo, e na verdade um meio-elfo, Alberin, para desagrado de Robert.

Após terminar de comer, outra atração entrou no pequeno palco pela lateral do salão, o jovem avistou Hina e Robert de longe, e fora até eles.

– Olha só quem temos aqui. – Ele se aproxima, sentando ao lado de Robert. – É o cara de quem todos estão falando.

– Shiiii! – Hina o repreende. – Fale mais baixo Alberin, se descobrirem que é ele, vão vir fazer baderna aqui. E estou sem paciência hoje.

– O que você quer? – Pergunta Robert tomando uma caneca de cerveja preta. Ele nunca fora de beber, mas naquele lugar, aquela bebida era maravilhosa. As bebidas dali eram mais saborosas, muito diferente do que ele se lembrava de sua terra natal.

– Uau, vocês dois estão mesmo de bom humor não, é? Eu estava lá sabe. – Fala o bardo, se aproximando de Robert, cochichando as próximas palavras – Quando você deu uma surra naquele brutamontes nojento.

– Se quer me vangloriar, Alberin, poupe seu tempo. Da última vez que fui amigável com você acabei com o olho roxo. – Responde Robert entreolhando para Hina.

– Águas passadas, meu querido Hudson. Veja, seu talento natural é inconfundível. Eu consegui escutar toda a luta, senti cada batimento do seu coração. E posso inferir muita coisa sobre você, Robert. Mas não estou aqui pra isso.

– Para quê está então? – Pergunta Hina ficando mais atenta a cada palavra do jovem.

– Eu acho que devemos começar uma aliança. Nós três.

– E por qual motivo deveríamos aceitá-lo? – Questiona Hina.

Robert também achava aquilo muito suspeito.

– Que tal, porque eu sei que seu amigo invadiu a biblioteca do rei – fala com um tom de voz sereno, abrindo um sorriso calmo olhando para Robert. – Sei o que buscava e o que pretende fazer. E confesso que temos alguns interesses em comum. Podemos nos ajudar. Eu também almejo me tornar um herói sabe, cansei de viver viajando.

– Espera aí, o Robert fez o quê? – Hina pergunta se virando para Robert, incrédula.

– Te conto depois – responde ele, mas já se voltando para o meio-elfo. – Olha, não sei como você sabe disso, mas aqui não é nem lugar e hora para tal conversa. Como pode perceber não estou em boas condições no momento, espera alguns dias até eu melhorar e volto aqui para conversarmos melhor, até lá pensarei na sua oferta. O que me diz?

– Muito bem, só não pense muito. Ou vou acabar mudando de opinião. Se me dão licença. – O jovem se levanta, faz um aceno para Robert e uma piscadela para Hina, com um sorriso encantador de cafajeste. – Senhorita.

No caminho de volta, Robert não pôde deixar de notar que nas estrelas brilhosas no céu noturno. – Ah, como ele amava aquela imagem, passava horas e horas as observando. – As ruas estavam bem calmas, sempre que anoitecia todos o centro ficava vazio. Robert vinha nos ombros da gata crescida, e Hina ao seu lado, a volta foi em silêncio.

– Hina, vamos parar aqui um pouco. – Ele aponta para a ponte que encontrou a garota aos choros dias antes. – Está na hora de eu te contar o que aconteceu.

Eles pararam na campina abaixo da ponte, Hina tirou da sua bolsa uma coberta e colocou no chão para sentarem. Então Robert contou tudo a ela que aconteceu nos últimos dias, sobre a ideia que teve, a invasão à biblioteca com o ninja, o que descobriu lá, assim como foi seu treino sozinho esses dias, e como subiu de grau. Robert contou cada detalhe de tudo.

– Nossa, isso é muita informação. Eu sempre soube que uma força maligna estava despertando, o clã das bruxas tinham oráculos poderosos que previram isso. Só não sabíamos que seria nessa era. Como conseguiu fazer aquilo na arena?

– Não sei bem, eu li nos pergaminhos que cada arcano tinha uma mágica oculta que ao ser liberada poderia elevar consideravelmente seu poder, o chamado "despertar", mas que as consequências seriam grandes. Eu meio que venho estudando uma forma de como libertá-la, sem sucesso. Então treinei as habilidades que vi lá, até agora só consegui dominar aquela que usei contra Ardiles, claro que não naquela escala, tudo que eu conseguia fazer antes era uma pequena energia que quebrava rochas.

– Aquilo foi realmente impressionante. Temi que você o matasse ali.

– E eu ia, se não fosse por você ter me chamado instantes antes de soltar o golpe... – Sua voz falhou, e seu coração apertou. – Eu estava fora de si. Não me lembro de muitas coisas quando despertei o poder. Mas de uma coisa eu tenho certeza, eu iria matá-lo, pelo o que ele fez a você.

Hina engole a seco, e olha para o céu acima. Ela nunca falava sobre seu passado na capital. Robert sempre soube que algo terrível tinha acontecido lá, e realmente conseguiu confirmar isso. Mas não queria forçá-la a contar, se conheciam a pouco tempo, mas Robert sentia a necessidade de protegê-la.

– Sabia que quando olhamos para as estrelas, na maioria das vezes estamos olhando para o passado delas? – Robert muda de assunto e se deita ao lado de Hina para observar as estrelas também.

– Como assim?

– A luz das estrelas demora para percorrer a enorme distância que se tem até aqui, para que possamos vê-la. Então, quando uma estrela morre, continuamos a ver o que restava dela muitos anos atrás, ou seja o seu passado.

– Como sabe disso tudo? – Hina se deita ao lado de Robert, e aninha a gata entre eles que já estava dormindo.

– Eu já te falei, não foi? Eu sou incrível. – Brinca, mas logo prossegue. – Eu sempre amei as estrelas, o céu, toda essa imensidade. Tanto que acabei me especializando nisso. Ainda não me lembro bem como, apenas sei disso – Robert se vira pra Hina. – Mas, o que quero dizer, Hina, é que não importa o quão o passado pareça real, ou o quanto ele nos assusta. A verdade é que ele já se foi, quando olhar novamente para trás, olhe direito. Esqueça as coisas ruins, e olhe sorridente para o futuro que nos espera, pois é nele que se guarda as esperanças.

Os olhos de Hina se encheram de lágrimas, Robert as aparou com o dedo, acariciando sua bochecha.

– Quando era pequena, perdi meus pais, fui criada pelo meu avô. Até o perdê-lo também anos depois. Desde então tive que me virar sozinha, me mudei para a capital aos 12 anos, encontrei com o mestre Hylos que me ensinou a aprimorar minha magia que meu avô tinha passado. Então, entrei na guilda e subi de nível com auxilio de Aryta. Há dois anos, conheci Ardiles, mas presumo que já saiba de tudo isso. – Robert assente. – Quando ele me desafiou, eu realmente não iria aceitar, mas eu devia aquilo a ele, aquela pessoa que me ajudou tanto, mesmo cansada aceitei. O que não esperava, é que além de sua força ter crescido muito desde o nosso último encontro, Lizzy me surpreendeu me dando uma de suas águas sagradas que acabou drenando minha magia.

As lágrimas no rosto de Hina desceram com mais facilidade, sua voz começou a falhar, fez uma pausa. Robert não sabia o que dizer. Apenas queria confortá-la.

– Hina, não acho que a Lizzy tenha feito isso. Ela não é esse tipo de pessoa. Ou esse tipo de sereia.

– Tanto faz, Rob. O pior veio depois, minha derrota não foi suficiente para ele. Após a batalha, ele me seguiu até em casa, eu estava muito fraca depois da luta, precisava descansar. Não o tinha percebido até ele me agarrar por trás e tampar a minha boca, me levou para dentro da minha casa, onde me torturou, sem nenhuma finalidade, apenas por pura maldade. – Ela levantou a manga do vestido que estava, e abaixou parte de suas meias, e também parte das costas, mostrando cicatrizes ferozes ali. Robert nunca havia percebido nenhuma delas. – Ele espalhou na guilda que eu tinha rastejado aos seus pés, que tinha obedecido como uma cadelinha, tudo mentira. Me senti mais do que humilhada, então fugi, fui para o interior, onde Hylos morava, contei a ele o que tinha acontecido. Hylos veio para capital, mesmo eu pedindo várias vezes para o deixar em paz, mas mesmo assim ele veio para falar com Ardiles, e nunca mais retornou.

Robert se sentia revoltado por dentro, o que tinha feito ao guerreiro tinha sido pouco, ele merecia sofrer bem mais do que aquilo. Robert pensou que se o visse novamente, faria picadinho dele. E o pior foi pensar que ela passou por tudo aquilo sozinha. Mas não mais, não mais.

– Hina, eu – Robert tentou falar, com a voz falhando, mas Hina o atrapalhou.

– Me sinto culpada até hoje por isso. Desde então nunca mais confiei em ninguém, parei de treinar, fiquei apenas com as coisas básicas que você viu no vilarejo. Até um dia, quando tive um sonho, uma profecia, na verdade, nós bruxas costumávamos ter isso. E nesse sonho, eu conhecia alguém, e tinha que ajudá-lo, e juntos teríamos que participar da seleção de heróis, teríamos que salvar esse mundo. Pouco tempo depois, te conheci, e aqui estamos nós. Não é você quem deve me agradecer, e sim eu que devo agradecer a você, me senti sozinha por anos, e agora tenho um amigo com quem posso contar. – Ela tentou conter o choro mas conseguiu abrir um sorriso. – Então não esconda mais nada de mim, certo, Dr. Cabelo de arbusto?

Robert analisou sua expressão de tristeza disfarçada, seu rosto rosado. E nossa, ele que queria tocá-la. Assim como seus belos cabelos ruivos que eram bagunçados ao vento. Robert a desejou.

– Você não está mais sozinha.

Robert a tomou em seus braços lhe abraçando forte, e logo os seus lábios estavam encostados aos dela. Não sabia como ou porque fez aquilo, apenas sabia que não queria largá-la, não queria vê-la daquele jeito nunca mais. Aquele sentimento estranho que vinha sentindo, e aqueles lábios macios com gosto doce, fez o seu coração acelerar, tudo aquilo era algo novo. E sob o céu estrelado e Hina ao seu lado, Robert se sentiu feliz em muito tempo.

~X~

Olá Aventureiros.Olha só que capítulo foi esse.
Gostaram desse final? 

Não deixem de votar e comentar.

Até a próxima xD  

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